LAPLACE 10/02/2017Ponto FinalJúlio César está morto! Sem perder tempo, os Liberatores mostram ao povo que foram responsáveis pelo assassinato do pai de Roma, aquele que parecia intocado, como se colocassem o fim em um governo tirano e restituíssem a República.
O que eles não contavam era que Marco Antônio, antigo aliado e amigo de César, se voltaria contra o Senado e criaria uma guerra civil fazendo com que os órfãos do Grande Júlio buscassem vingança, virando o jogo mais uma vez.
Longe de todo esse tumulto, Augusto, o filho adotivo de César, recebe a notícia do assassinato de seu pai e parte para Roma buscando herdar o que é seu por direito e declarar guerra contra todos os Liberatores.
Querem saber mais? Então corram para ler o livro!
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Quando adolescente li os primeiros 4 volumes dessa saga, e Conn Iggulden foi meu autor favorito na época. Ao descobrir que ele lançou esse novo livro, quase uma década depois de a história parecer estar concluída, não perdi tempo e corri para adquirir meu exemplar.
No começo foi meio complicado me conectar com a história, havia muito tempo que eu li algo do Conn, e meu estilo de leitura mudou muito de lá para cá. Ainda li um ou outro livro histórico, mas eles tinham deixado de ser meus favoritos. Com persistência consegui mergulhar no desfecho da história de Júlio César.
Sim, porque embora Júlio tenha sido assassinado em Os Deuses da Guerra - não venham dizer que é spoiler, está na sinopse - e Otaviano seja o protagonista desse último volume, Júlio César ainda é o personagem central da trama, toda a narrativa gira em torno de se buscar vingança por sua morte, perseguindo aqueles responsáveis por ela.
Os diálogos ao longo das páginas às vezes me incomodaram um pouco, os personagens usaram palavras não condizentes com o período em que viviam, e até alguns comportamentos pareciam bastante atuais para a época em que a trama se passa. Isso até pode ter sido uma estratégia do autor, para que a leitura não ficasse muito truncada, cansativa, então ele teria utilizado algo mais moderno para deixar o texto mais fluido.
No fim das contas, Sangue dos Deuses entrega o que promete, agrega um novo desfecho para o que já tivemos no volume anterior, contudo, dessa vez, ao invés de uma conclusão trágica, onde os Liberatores riram no final, aqui tivemos a ideia de que, mesmo morto, Júlio César ainda conseguia se sobressair perante todos e eliminar quem quer que se colocasse em seu caminho.