Ela e Outras Mulheres

Ela e Outras Mulheres Rubem Fonseca




Resenhas - Ela e Outras Mulheres


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Lisa 01/01/2023

Primeira leitura do ano ?
Não é muito o meu estilo de livro mas até gostei :') decidi ler um livro do Rubem por causa de "Histórias de Amor Duram Apenas 90 Minutos" .
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Isis 23/04/2020

primeiro livro que leio do autor. ela e outras mulheres tem uma leitura simples, fluida e rápida.
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Israel145 13/12/2015

Lançado originalmente em 2006, o livro “Ela e outras mulheres” talvez tenha sido o que menos empolgou em toda a bibliografia do Fonseca.
A premissa é interessante. Ao todo são 27 contos curtíssimos, onde cada conto tem como título o nome de uma garota. As personagens são bem desenvolvidas, toda a violência urbana que os leitores do Fonseca adoram está lá. Mas o que há de errado então como o livro?
O que parece errado é que a sensação que temos é de um Fonseca cansado, repetitivo, mostrando o lugar comum de sua obra sem muito esforço. Parece mera obrigação contratual.
Para os amantes do autor, o livro merece ser lido, até para avaliarmos os contos de marca menor que o autor produziu. Infelizmente não chega a empolgar tanto.
Não há comprometimento da leitura, mas os contos, apesar de curtíssimo, cansam. Essa é a mancha na obra do autor. Uma pena.
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Dayvs 19/05/2018

Raimundinha
Acabei de ler o conto Raimundinha e fiquei impressionado com a forma concisa que o Rubem conta a história sem precisar de diálogos sendo o próprio narrador contando. Contos me fascinam muito mais que romances e pretendo ler todas as obras do Rubem.
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De Cara Nas Letras 16/03/2015

Ela e Outras Mulheres - Rubem Fonseca
Ela e Outras Mulheres é um livro de contos do mineiro Rubem Fonseca, e como o próprio título sugere tem como enfoque as mulheres, de suas diversas formas. São vinte e sete contos, cada um com um nome de uma mulher: Alice, Joana, Guiomar, Lavínia, Luíza, Miriam, Selma, Xânia, Diana... Cada mulher que ele retrata é única na sua simplicidade, na sua loucura, nos seus atos.

O autor, nesse livro, quebra o padrão da mulher que estamos habituados na literatura. Ele nos mostra mulheres simples que possuem desejos escondidos, mulheres que traem e que desejam matar o marido, mulheres amarguradas e uma cleptomaníaca. Ora elas são apresentadas como vítimas, ora como algozes, sempre com características desvirtuadas, mas fascinantes de se ler.

A maioria dos contos são narrados em primeira pessoa por um personagem masculino, que nos conta sua experiência com determinada mulher. Em cerca de quatro contos, o personagem José, que é um matador de aluguel, reaparece como narrador, e nos conta a relação de sua profissão e as mulheres que cruzam seu caminho - como Belinha, que quer que ele mate o pai dela, para poder ficar com a herança.

Rubem Fonseca tem uma forma leve e rápida de escrita. O livro, que como já dito é composto de vinte e sete contos distribuídos em 176 paginas, é daqueles que você lê em um fôlego só. O autor não tem pudor e fala de varias temáticas, como sexualidade, assassinato, tortura, e não poupa as palavras ao descrevê-las, despertando, em contos curtos, a curiosidade do seu leitor.

Em seus contos, de uma forma visceral, o autor expõe aquilo que ninguém percebe, mostra que as mulheres, assim como qualquer ser humano, está suscetível à violência, a matar, a ter desejos inconscientes. Apesar de alguns contos terem o desfecho previsível, eu apreciei muito a leitura e adorei a escrita de Rubem Fonseca. Já estou curiosa para ler as demais obras do autor, que parecem ser tão boas ou até melhores que esta.

site: www.decaranasletras.blogspot.com
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Tito 11/08/2010

Histórias minúsculas de amor, violência e morte: outro livro temático, salvo da irrelevância por José, matador do Despachante.
Marta Skoober 30/11/2012minha estante
A mocinha da biblioteca me indicou o livro como divertido e para dar muito risada, acho que ela tem um senso de humor esquisito, ou não?
Preferi trazer para casa A revolução dos beatos de Dias Gomes, que a julgar pelas primeiras páginas o riso estará garantido.




SARITA 21/12/2010

Contos rápidos, sem pudor com a curiosidade do leitor que geralmente busca o prolixo para chamar uma obra de grandiosa. Livro fantástico.
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Ronnie K. 14/04/2009

O mestre cansado
Em seu último livro de contos lançados (2006), Rubem Fonseca repete a fórmula, pelo menos quanto ao estilo, do seu "Secreções, excreções e desatinos" (2001). Quase mini-contos, frases e parágrafos curtos. Eis uma faca de dois gumes. Quanto mais curto o conto, mais impactante se espera que ele seja. O conto como gênero requer esse procedimento. Principalmente se for curto. Quanto mais curto e rápido espera-se que o ápice, o clímax, seja no mínimo desconcertante ou surpreendente. Não há outro caminho. Antes de "Secreções...", Fonseca escrevia contos mais longos, com maior números de eventos; contos vigorosos e excitantes. Então, passou a escrever contos breves. Em "Secreções..." ele surpreendeu a crítica e foi, merecidamente, bastante elogiado. O impacto e a surpresa esperadas estavam concentradas no insólito dos temas centrais. Histórias de amor, redenção, perdão, violência e loucura comoventes, nascidas da "relação" dos indivíduos com as secreções e excreções do título. Como a dizer: quem ama faz tudo pelo seu amor, até lhe sugar com a própria boca um furúnculo inflamado que não melhora por nada (no conto O estuprador). Entretanto aqui tratamos de outra coisa. Fonseca retomou o formato nesse "Ela e outras mulheres", porém o resultado é um tanto decepcionante. Pois justamente o clímax de todos os contos, ou pelo menos da imensa maioria, são ABSOLUTAMENTE PREVISÍVEIS, ou de impacto zero na consciência do leitor. Quando não são incrivelmente impostos, tem um desfecho completamente insignificante ou vazio. Terminam em assassinato, suicídio, prisão. Ou simplemeste terminam de qualquer maneira. Curiosamente dois dos melhores contos do livro, "Alice" e "Guiomar", fogem desse viés e deixam vislumbrar a velha marca do mestre. No geral é um livro que se lê fácil e com algum prazer. Fonseca vai direto ao ponto, seu estilo é enxuto, e isso não deixa de ser uma virtude. Porém é pouco, considerando-se sua trajetória. Para os que não conhecem sua obra é melhor começar pelos livros transgressores que ele escreveu dos anos 70. Como "Feliz Ano Novo" e "O cobrador", por exemplos.
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Fábio Ricardo 12/01/2009

O melhor
O melhor livro de Rubem Fonseca que já li. Fala sobre amores, relacionamentos e mulheres em geral. Uma obra de arte.
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Dexter 24/05/2015

Histórias e diálogos curtos, contemporâneo, meio cômico e com requintes de crureldade, ou seja, completamente diferente de tudo que estou acostumado a ler e o que me surpreendeu é que gostei bastante. No final li um texto resumindo um pouco a história e as obras do autor que e deixou curioso. Desconfio que tenha achado um autor brasileiro que pode me apresentar um mundo literário diferente do que leio e sirva como escape da rotina. Recomendo.
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Newton Nitro 24/01/2015

A lupa masculina fonsequiana sobre o universo feminino.
Elas e Outras Mulheres é um livro de 2006 onde o Rubão explora o universo feminino, do jeito visceral dele, desafiando os limites do erotismo, da pornografia, e trabalhando os temas da escatologia, assassinatos, traição, e a corrupção da miséria e da riqueza urbana. O livro revela a habilidade do Rubão no microconto ou miniconto, são 27 (!!!) contos em um livro que pouco mais de duzentas páginas.

Pela introdução do velho parceiro do Rubão, o grande Sérgio Augusto, o véio durão escreveu a coletânea em um curto espaço de tempo, descendo o cacete no teclado dentro de uma estrutura simples: cada conto leva o título de um nome de uma personagem feminina, e organizados em ordem alfabética. Os contos são todos fictícios, mas assusta a semelhança das narrativas com alguns casos reais, como o conto “Belinha”, que tem muita semelhança com o caso de Suzanne von Richthofen, e o conto de “Alice”, que lembra o caso da pedófila americana Debra Beasley Lafave (que no caso do conto “Alice”, tem uma solução muito mais adaptada para a mentalidade mais patriarcal-safada brazuca).

Os contos trazem mulheres de diferentes classes sociais, situações de vida e visões de mundo, são mulheres gordas, magras, velhas, jovens, lindas, feias, ricas, pobres, burras, inteligentes, lascívas, hipocondríacas, ninfomaníacas todas colocadas na lupa cruel do Rubão, uma lupa bem masculina, muitas vezes misógina mas encaixando dentro da projeto literário do Rubão, de revelar, expor completamente, e com honestidade brutal a visão de mundo hipócrita, cruel, materialista, egoísta e muitas vezes mesquinha da psicologia masculina brasileira.

As personagens possuem vindas interiores reduzidas aos seus instintos primais de fome, sexo e sobrevivência, como se fossem criaturas de ID puro, cobertas por uma fina camada de comportamento socialmente aceito, que, em algumas frases crutas, são despedaçadas pela escrita do Fonseca. Até mesmo alguns temas mais tradicionalmente ligados ao universo feminino, como a vaidade corporal, a competição entre as mulheres, o terror de não ser aceita pelos homens, de não agradar, de não provocar desejo, são ligados à esses instintos primais.

Para quem já é leitor veterano do Rubão e já conhece o matador de aluguel mais doidimais do universo, o José, o véio colocou ele em dois minicontos da coletânea. O anti-Mandrake, considero o José como o Moriarty do Rubão, tem uma presença marcante e só a sua participação especial nos contos já vale a leitura da coletânea.

Os contos são curtíssimos mas poderosos e ressonantes, reforçando a tese de que, no conto, a força está no impacto que deixa no leitor depois do seu final. A força de Fonseca está em tratar o conto como um soco, uma aceleração repentina de trama para um impacto demolidor na cara do leitor. Ou como um acidente de carro, rápido, rápido e POW, já aconteceu, deixando os envolvidos atordoados.

E como é bom, masoquisticamente falando, ser o alvo das bordoadas literárias do Rubão! :D

SUMÁRIO MASSAVÉIO DOS CONTOS DE “ELAS E AS MULHERES” - RUBEM FONSECA

Alice
Um casal busca solucionar a gagueira do filho, e acabam descobrindo um tratamento não ortodoxo.

Belinha
A namorada de um matador de aluguel lhe faz uma proposta.

Carlota
O desespero de uma solteirona vendedora de cosméticos.

Diana
Um encontro às escuras, sadismo, e crueldade.

Ela
Filosofia na cama.

Elisa
Um poeta em um consultório médico.

Fátima Aparecida
A conversão de uma mendiga.

Francisca
Paraísos fiscais e uma mulher frustrada.

Guiomar
Um machão cafajeste em busca do amor.

Helena
A relação entre um inventor de brinquedos educacionais e uma jornalista.

Heloisa
Uma pecadora beata e um sedutor.

Jessica
Um corno, baixa auto estima e cirurgias plásticas.

Joana
É um pecado só gostar de mulher bonita? Sobre as mulheres feias.

Julie Lacroix
Sobre uma escritora de meia idade e uma cartomante.

Karin
O encontro de um porteiro gordo e pobre e uma gorda rica de regime, e as farras de carnaval.

Laurinha
Uma filha adotada desaparece.

Lavínia
Um casal de namorados com uma relação supostamente madura.

Luíza
Uma artista plástica escatológica e seu amante.

Marta
Um advogado procura por amor na internet.

Miriam
Uma bancária e o médico do banco.

Nora Rubi
Memórias de uma cleptomaníaca.

Olívia
As férias de um matador de aluguel.

Raimundinha
Sobre o namorado inútil de uma empregada doméstica.

Selma
Oa temores de um jovem virgem e sua fimose.

Teresa
Um velho agonizante, sua velha esposa, e seus dois filhos gordos e ingratos.

Xânia
Um matador de aluguel tentando aposentar. O micro conto resgata um assassino recorrente dos contos do Fonseca.

Zezé
Uma quarentona tentando sentir um orgasmo pela primeira vez.
CITAÇÕES DOIDIMAIS DO LIVRO ELAS E OUTRAS MULHERES – RUBEM FONSECA

Quer ouvir uma opinião que vai deixá-lo preocupado?

Quero.

Controle-se um pouco. Fazendo amor em excesso dessa maneira que descreveu, vai acabar causando nela uma sensação de cansaço. Mulher não gosta de fazer amor com essa constância. Ela quer sentir-se amada todos os dias, mas, para usar uma palavra suja porém adequada, não gosta de foder todos os dias. Nenhuma mulher gosta de foder todos os dias, ainda mais várias vezes. E você sabe que eu tenho experiência no assunto, fui casado cinco vezes. Ela vai cansar de você, desculpe. Controle-se.

Rubem Fonseca – Ela e Outras Mulheres – “Ela”

Fui para casa, fiz o sinal da cruz e rezei o credo. Depois um pai- -nosso, três ave-marias, uma glória-ao-pai, sendo que após cada reza eu recitava a oração pedida pela Virgem Maria em Fátima: Ó meu Jesus, perdoai-nos os nossos pecados, livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem da Tua misericórdia. Finalmente, rezei mais dois pais-nossos e encerrei com uma salve-rainha. Tudo isso em voz alta. Quando acabei, achei que estava perdoado e fui me deitar.

Não consegui dormir. Eu não estava perdoado. Sabia que apenas seria perdoado quando namorasse uma mulher feia. Mas, ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, arranjar uma mulher feia é mais difícil do que conseguir uma bonita. Certas feias sublimaram o desejo e se emparedaram defensivamente em variadas obsessões; outras o excluíram do campo da consciência. Todas se defendem com explicações que acreditam coerentes para o comportamento adotado, sem perceber o verdadeiro motivo: elas são feias e nenhum homem quer saber delas.

As mulheres feias vão a que lugares? À igreja, é claro. Esse era o lugar certo para encontrar uma penitente feia que quisesse se entregar ao pecado da luxúria. Ou que já o tivesse cometido. Eu ainda tinha de imaginar em que dia e horário as mulheres feias preferiam rezar. Resolvi escolher o domingo. E testar todas as missas desse dia.

Rubem Fonseca – Ela e Outras Mulheres – “Joana”
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Elidiane 16/01/2015

Ela e Outras Mulheres - Rubem Fonseca
Ela e Outras Mulheres é um livro de contos do mineiro Rubem Fonseca, e como o próprio título sugere tem como enfoque as mulheres, de suas diversas formas. São vinte e sete contos, cada um com um nome de uma mulher: Alice, Joana, Guiomar, Lavínia, Luíza, Miriam, Selma, Xânia, Diana... Cada mulher que ele retrata é única na sua simplicidade, na sua loucura, nos seus atos.

O autor, nesse livro, quebra o padrão da mulher que estamos habituados na literatura. Ele nos mostra mulheres simples que possuem desejos escondidos, mulheres que traem e que desejam matar o marido, mulheres amarguradas e uma cleptomaníaca. Ora elas são apresentadas como vítimas, ora como algozes, sempre com características desvirtuadas, mas fascinantes de se ler.
A maioria dos contos são narrados em primeira pessoa por um personagem masculino, que nos conta sua experiência com determinada mulher. Em cerca de quatro contos, o personagem José, que é um matador de aluguel, reaparece como narrador, e nos conta a relação de sua profissão e as mulheres que cruzam seu caminho - como Belinha, que quer que ele mate o pai dela, para poder ficar com a herança.

Rubem Fonseca tem uma forma leve e rápida de escrita. O livro, que como já dito é composto de vinte e sete contos distribuídos em 176 paginas, é daqueles que você lê em um fôlego só. O autor não tem pudor e fala de varias temáticas, como sexualidade, assassinato, tortura, e não poupa as palavras ao descrevê-las, despertando, em contos curtos, a curiosidade do seu leitor.
Em seus contos, de uma forma visceral, o autor expõe aquilo que ninguém percebe, mostra que as mulheres, assim como qualquer ser humano, está suscetível à violência, a matar, a ter desejos inconscientes. Apesar de alguns contos terem o desfecho previsível, eu apreciei muito a leitura e adorei a escrita de Rubem Fonseca. Já estou curiosa para ler as demais obras do autor, que parecem ser tão boas ou até melhores que esta.

site: http://decaranasletras.blogspot.com.br
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alex 01/02/2022

Ela e outras mulheres, de Rubem Fonseca (2006)
27 breves contos que são a cara do autor. Diretos, cinematográficos, abusados. Em todos eles, a personagem feminina tem um papel central.

Satisfação garantida!
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Handerson 20/05/2012

Contos rápidos
Mais um bom livro de contos do Rubem Fonseca. Não é dos melhores, mas sem dúvida é muito bom. As histórias nem sempre têm a mulher como principal personagem. Aliás, acho que a maioria dos contos são narrados em primeira pessoa por um personagem masculino. Algumas narrativas são bem bobinhas, outras chegam a ser sombrias, melancólicas e cruas. O que chamou bastante minha atenção é que tem uns quatro ou cinco contos sobre o matador de aluguel José, que é o protagonista do romance "O Seminarista". Recomendo a leitura!
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