Bela Lima 19/06/2016Graffiti Moon é sobre uma aventura de um dia em busca do amorLucy tem um amor platônico por Sombra, um artista desconhecido que grafita pelas ruas da cidade, mas ela nunca o viu. Ele ou seu parceiro Poeta, que escreve poemas para os desenhos, mesmo que ela não ache que falem das mesmas coisas, sempre interpretando-o de uma maneira diferente.
Para comemorar a graduação no terceiro ano, Lucy sai com suas amigas Jazz e Daisy para se divertir, juntando-se com Ed, Leo e Dylan, ex-atual-namorado de Daisy. Dylan acaba revelado que conhece os dois artistas e todos decidem ir à procura deles, mas, enquanto quase todos querem apenas se divertir e flertar (vulgo Leo/Jazz e Dylan/Daisy), Lucy deseja realmente encontrar Sombra, aquele que seria seu verdadeiro amor.
“(...) você tem que ir a uma festa procurar um cara que você nunca vai achar. Um cara que existe na sua cabeça, não o que pintou esse muro. Não o cara que sou eu.”
Logo na sinopse, percebemos que Ed é o Sombra, além de que isso é confirmado nos primeiros capítulos, que são divididos entre Ed e Lucy, com alguns poemas do Poeta espalhados. Não apenas isso tornaria o livro clichê, como o fato de Ed e Lucy meio que não se darem bem. Ela o socou e quebrou seu nariz quando ele passou a mão na sua bunda no primeiro encontro deles. Contudo não achei o livro chato e nem batido, tudo foi muito bem descrito e com personagens bem louquinhos.
“É disso que gosto na arte, o que você vê às vezes diz mais sobre quem você é do que sobre o que está na parede”
Lucy é uma sonhadora, mas isso não a torna fraca. Ela é bem forte e decidida. Sua idealização sobre quem é Sombra, como ele é, é a única constância em sua vida, além da dedicação que se sente por soprar vidros, pois... Lucy não sabe o que pensar sobre seus pais juntos, mas separados; ela morando na casa e ele na garagem; contudo, independente de tudo isso, eles continuam a dizem que estão apaixonados e que não irão se separar.
Ed é bastante inteligente apesar de todos acharem o contrario, ele apenas pensa de um modo mais vivido e colorido do que outras pessoas. Não aguentando mais a pressão que a escola fazia, Ed desiste da escola no primeiro ano e começa a trabalhar numa loja de tinta que pertence a seu amigo Bert, grafitando as paredes no seu tempo livre, mas... Bert morreu e ele agora se vê demitido.
“Ouço as pessoas falando do que sentem quando pintam coisas em lugares proibidos. Leo diz que sente o medo o percorrer rápido por dentro, ir do coração para todas as partes do corpo. Eu desenho para jogar os meus pensamentos para fora. Eu desenho para ficar calmo por dentro.”
Dylan e Daisy são aquele casal que se amam, mas não querem admitir, muitas vezes agindo como se fossem crianças. Mas o casal que me conquistou, em segundo lugar, pois os protagonistas são maravilhosos, foi Leo e Jazz. (A autora bem que poderia fazer um livro sobre eles) Jazz é uma vidente louca que quer ser atriz e troca de namorado sem nenhuma dificuldade, enquanto Leo tem muitos problemas na família, mas continua sendo uma boa pessoa que escreve poemas que tocam a todos pela sinceridade.
“Lembre que
O amor
Envolve com os dedos o seu coração
E o segura
Submerso
Lembre-se disso
Quando a próxima garota sorrir”
Graffiti Moon é sobre uma aventura de um dia em busca do amor; que o romance de um dia pode ser real, pode ter um começo, um meio e, quem sabe, não ter um fim; que não importa como o amor inicie, ele não precisa acabar.
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