Caroline Gurgel 30/01/2014Amor...a única solução...A série
Consequences foi feita para aqueles que acreditam que as pessoas cometem erros alguns gravíssimos, mas principalmente para aqueles que acreditam que essas pessoas podem mudar, se arrepender, pagar por seus deslizes e, um dia talvez, serem perdoadas. O terceiro livro,
Convicted (Culpado), traz o desfecho
incrível - da estória de Claire e Tony e fecha todas as lacunas abertas desde as primeiras páginas de Consequences. São três livros bem diferentes um do outro, cada um cheio de distintas e fortes sensações, que se completam perfeitamente.
Contém, inevitavelmente, spoilers dos dois primeiros livros, Consequences e Truth.
Consequences nos apresentou aquele Anthony poderoso, amargo, cheio de ódio e vigantivo, um Anthony que nunca foi amado e não sabia o que era amar. A autora manipulou nossos sentimentos e brincou com o amor e o ódio; fez-nos detestarmos a nós mesmos por desejar que Tony, no fundo, fosse uma pessoa boa; e nos deu raiva,
ó, céus, muita raiva. Então o leitor entra em
Truth querendo vingança, torcendo por uma Claire forte e racional. Conhecemos Harry e Amber, e quase até torcemos por Harry, quase. Verdades vêm à tona e temos um Tony mais dócil, um Tony que aprende a pedir perdão e que começa a entender as entrelinhas do amor. Existe um
sonho que vai mudar todo o rumo da estória
Oh! Pausa para um suspiro! A autora disponibilizou essa cena escrita pelos olhos de Anthony no GR e a preocupação que eu tinha dela não ter sido consensual evaporou em poucas linhas. O final de Truth, apesar de aceitável, foi um pouco esquisito, e só nesse terceiro livro o compreendemos.
O início de
Convicted me deu medo. Mesmo. Muito. A estória é reiniciada no ano de 2016 e o que lemos não é nada animador. Aliás, é apavorante. Ficamos curiosos para saber o que aconteceu para estarmos diante de tais fatos e seus porquês. A autora começa a intercalar cenas de 2016 com o passado. As verdades começam a surgir, as peças começam a se encaixar e, aos poucos, tudo vai se esclarecendo.
Em um determinado momento do livro, mesmo compreendendo as revelações feitas, eu tinha dúvidas (e receios) sobre como a autora faria para que o leitor perdoasse Tony por completo. Que explicações seriam plausíveis o suficiente para o que aconteceu no primeiro livro? E a Aleatha Romig surpreendeu! Fez-nos perdoá-lo da melhor maneira possível. Alguns atos simplesmente não tem explicação ou justificativa aceitável, e o fato da autora não ter tentado inventar desculpas mirabolantes mereceu meu aplauso.
O que começou como um thriller psicológico fantástico termina como uma bela história de amor, de aprender a amar e ser amado. Como Tony saberia o que era o amor se nunca havia sido amado na vida? Se jamais tivera o carinho dos pais? Se seu maior exemplo era um avô arrogante e bruto? Claire, com sua doçura e seu amor incondicional, faz o coração de Tony derreter, faz com que ele queira ser uma pessoa melhor, digna e merecedora de seu carinho.
Ah, já ia me esquecendo da
Meredith, como poderia?! Imaginem que ela foi fundamental nessa estória. A
Meredith e a
Courtney nos trouxeram momentos en-can-ta-do-res nesse livro, dignos de verdadeiras amigas. A
Emily continuou me dando nos nervos.
Arghh... E a
Sophia, não teve jeito, não me conquistou nem achei que merecesse tantos capítulos nesses dois últimos livros. Não posso deixar de mencionar o
Phil, também peça chave e não vou dizer se para o bem ou para o mal, para não tirar-lhes a graça.
Harry e
Amber, er...prefiro não comentar.
Catherine, quem é ela mesmo?
Trilogia incrível, bem escrita, muitíssimo bem desenvolvida e sem pontas soltas. Uma trama perfeita, entre culpados e inocentes, entre o amor e o ódio, entre a vingança e o perdão.
É uma bela história de amor e de perdão, cheia de mistérios, dor, mentiras e arrependimentos, cheia de muros altos a serem escalados e de espinhos que machucam e fazem sangrar. Mas, além de tudo, é uma história que mostra que, sim,
o amor pode mudar uma pessoa. O amor, sim, mudou o Tony como nunca imaginei que pudesse mudar.