ELB 01/07/2015
O que fazer quando dois inimigos sentem uma atração irresistível um pelo outro?
Continuam lutando ou se entregam à paixão?
O segundo livro da série Renegade Angels traz dois personagens intensos, ambos em meio aos conflitos que se intensificam quando adicionados aos sentimentos descontrolados que surgem entre os dois: Elijah, o alfa que teve que escolher entre seu povo e os Sentinelas e ficar em uma posição que não era seu desejo; e Vash, a braço direito dos líderes dos vampiros, cuja existência é impulsionada pela vingança.
Forçados a se aliarem contra um mal que se propaga, os dois se vêm em meio a uma turbulenta relação, onde precisam conciliar o desejo de se entregarem aos seus instintos, mesmo sendo criaturas tão opostas, pois ambos nunca se reconheceram como aliados, somente como inimigos.
Elijah tem uma forte personalidade dominante, apaixonada. Apesar de ser o alfa do seu grupo, não hesita em demonstrar sua paixão para aquela que é considerada inimiga. Guiado pelos seus desejos, que o instiga a se aproximar de Vash e fazê-la sua, não recua mediante os preconceitos do seu bando ou a resistência dela, de tão intensamente atraído.
“A caçada começou no momento em que eu vi você pela primeira vez. E só vai terminar quando você admitir que é minha, ou quando eu parar de respirar.(...)”
No primeiro livro, conhecemos uma Vash fria, calculista, uma estrategista essencial para o líder dos Caídos. Mas, no livro dois, passamos a conhecer seus traumas e uma natureza apaixonada, ainda que temerosa de se entregar àquele que pode acarretar todo um sofrimento que ela não deseja reviver e que guiou sua existência nos últimos anos.
Mas, quem disse que é possível resistir a uma atração tão forte, que desperta sentimentos mais intensos que os considerados carnais? Ainda mais com um alfa tão disposto a conseguir uma companheira tão instigante quanto Vash?
O livro é uma boa sequência da série, apesar de eu ter sentido falta de uma participação maior dos outros personagens que compõem a série. O mistério que foi iniciado ainda permanece, o que é uma coisa boa, porque instiga o leitor a continuar a ler e confirmar suas suspeitas de quem está por trás deste complô que objetiva acirrar a rivalidade entre Sentinelas, Licanos e Vampiros, levando-os a uma guerra que poderá ser destrutiva.
A autora também soube deixar no ar a história de outros personagens, que creio que venha a ter sua própria história e ainda deixar com gosto de “quero mais”, ao prenunciar a história de Syre, o líder dos caídos, que está disposto a tudo, até manipular àqueles que confiam nele e o seguem, para deter o mal que vem acometendo o seu povo.
Enfim, mais uma leitura recomendada!
site: http://www.everylittlebook.com.br/2015/06/resenhaum-desejo-selvagem.html