Flavio Assunção 05/09/2012Difícil escrever uma resenha sobre um livro em que você foi obrigado a utilizar técnicas de pular parágrafos para não correr o risco de abandoná-lo. "Quando o Vento Sopra" foi um dos poucos que tive que fazer isso e não me arrependo.
A história tem como principal premissa, uma mina, cuja população acredita ter um mistério envolvendo crianças mortas e que, quando o vento sopra, traz o choro delas, espalhando a morte. Paralelamente a isso, Christie Lyons perde o pai que trabalhava na mina e passa a morar com Edna e Diana, mãe e filha que detém as terras onde a mina se encontra. Na verdade, quem adota a garota é Diana que, aos 50 anos, e sendo controlada pela mãe, acredita estar fazendo uma boa ação. Mas sua mãe, a velha Edna, quer a todo o custo que Christie saia da casa e passa a infernizar a vida de ambas, enquanto que na mina, a cada vez que o vento sopra, uma criança morre.
Tá, parece ser um pouco confuso, mas tudo o que citei da história está relacionado. A questão é que tudo é extremamente simples e maçante. Os diálogos são fracos e desnecessários, as situações demasiado bobas, os personagens não são nada cativantes e é difícil, muito difícil, penetrar na história. Como eu disse anteriormente, só não abandonei esse livro porque resolvi ler de forma dinâmica, por cima, em algumas situações.
Vale destacar que do início ao fim o autor busca envolver o leitor em um mistério que acaba sendo previsível e clichê, digno de trocentos filmes já lançados.
"Quando o Vento Sopra" é de fato desagradável a meu ver. Posso estar sendo exigente, mas a impressão que tive é que o livro é simples, bobo e que não merece ser lembrado como um livro de terror. Pode até existir outras obras do autor interessantes, mas, se realmente tiver, infelizmente esperará bastante o meu interesse em começar a lê-lo. Vou passar longe de qualquer coisa que se refere John Saul por enquanto.