Resenhas - O Segredo do Meu Marido

-Koraline 29/08/2021

Extremamente envolvente
Em O Segredo do Meu Marido, acompamhamos o cotidiano de três mulheres, Rachel, com quase 70 anos, ainda sofrendo o luto por ter perdido sua filha muitos anos atrás, Cecillia, com 42 anos, mãe de três filhas que acaba de encontrar uma carta escrito por seu marido para ser lida apenas quando ele morresse, e Tess, que tem por volta de 30 anos e acaba de receber a notícia de que seu marido e sua prima/melhor amiga estão apaixonados. A história segue a vida dessas mulheres por um período de aproximadamente 1 semana, e é absolutamente fantástico. A narratica da autora é extremamente envolvente, e o jorro de emoções que as personagens sentem me fez sentir um empatia gigantesca por cada uma delas. Não é uma livro de suspense, mas sim de drama familiar, tanto que o grande segredo é revelado um pouco antes da metade do livro, e o que vem depois são as consequências do descobrimento desse segredo. Apesar de sido uma leitura maravilhosa, não foi perfeita, devo confessar que a forma como a autora construiu a relação entre Will e Felicity (núcleo de Tess), e as justificativas do relacionamento foram um tanto ridículas, além de toda a questão de gordofobia. Apesar de um pouco frustrante, o final é extremamente realista, e acho que é exatamente por isso que fiquei frustrada, por ser decisões que mulheres comuns tomariam em situações similares, pensando não nelas mesmas, mas sim em seus filhos e suas famílias, mostrando o quanto uma mulher abdica de suas necessidades pelo bem de outras pessoas. Recomendo muito esse livro para qualquer pessoa que goste de drama ou romances realistas (fãs da Coho, especialmente), e pretende ler muitos outros da autora.

Déia 13/03/2014

Parece, mas não é!
O título, a capa, o fato de ter sido escrito por uma mulher, pode te fazer pensar que "O segredo do meu marido" trata-se de chick-lit, ou de alguma trama de romance atrapalhado.
Não se engane. Este livro está longe de ser assim.

Confesso que comecei a leitura deste livro com um certo preconceito. Não que eu não goste de chick-lit, não é isso, mas li as primeiras páginas imaginando que previsível e superficial deveria ser a história de uma mulher que encontra uma carta do marido confessando um segredo... Como a história começa com leves cenas domésticas e o surgimento da carta, fiquei imaginando que o tal segredo poderia se arrastar ao longo do livro enquanto Cecilia, a esposa do autor da carta, criaria uma série de confusões e equívocos com a intenção de lidar com o segredo etc e tal.
Nada disso acontece.

O livro é simplesmente fantástico. Um dos melhores livros que já li na vida. Bem escrito, fluido, com personagens bem construídos, surpreendente e belo. Reflexivo (sem ser presunçoso) e capaz de provocar insights até nas pessoas mais desligadas.

Culpa.
Responsabilidade.
Comodismo.
Fragilidade.
Resignação.

Leiam! Vale cada instante passado com ele nas mãos.

Rosangela Max 06/05/2023

Um drama familiar que tem o suspense como coadjuvante.
É mais do que uma história de descobrir quem é o assassino. Fala sobre o sofrimento de eterno luto de uma mãe que, mesmo depois de décadas, almeja justiça. Também fala sobre relacionamentos que pareciam ser perfeitos e sólidos e que se revelaram frágeis como muitos outros.
Achei bem interessante a mistura que a autora fez. Só desejava um final diferente.
A escrita é madura em todos os sentidos.
Recomendo a leitura.

Pam 27/06/2021

Previsível e um show de horrores de gordofobia e capacitismo.
Eu não sei nem por onde começar. Já aviso desde já que essa resenha vai conter gatilhos de gordofobia e capacitismo.

O livro aborda a vida de três mães típicas da classe média com alguns mistérios ao seu redor: a Cecilia que acha uma carta misteriosa do marido que dá título ao livro, a Rachel que teve a filha assassinada é obrigada a viver sem resolução do assassinato, e a Tessa que está enfrentando uma crise matrimonial. Nenhuma delas é cativante, o que piora mais ainda a situação do livro. Poderíamos dizer então que essa história é movida pelo desenvolvimento da trama e não das personagens? Nem isso. A trama é extremamente previsível. Nos primeiros capítulos do livro acho que todo mundo já consegue teorizar o conteúdo da carta do marido da Cecilia, e tudo acontece como o esperado. A autora faz o maior auê sobre o conteúdo dessa carta e enrola quase metade do livro para revelar, e quando revela é a coisa mais óbvia possível. Não vou nem falar dos personagens masculinos porque são todos figurantes e super frouxos. As crianças todas pareciam “mini adultos” ou completamente idiotas, a Liane Moriarty não soube escrever crianças aqui. Eu não me apeguei a ninguém.

No fim do livro eu entendi a relevância da Cecilia e da Rachel, mas não da Tessa. Até agora não sei qual foi o objetivo da personagem pra esse livro, acho que foi pra encher linguiça e reproduzir gordofobia. A Tessa teve um plot de ansiedade social, mas nada muito impressionante e, novamente, inútil pra história, ela poderia ser facilmente excluída do livro. Falando da gordofobia, O TEMPO TODO a Tessa fala como a prima dela, a Felicity, era obesa e ao emagrecer ficou bonita. Não adianta falar que nossa sociedade é assim porque isso é desculpa pra passar pano pra preconceito e acho que como leitores temos que ter senso crítico, né? A Liane reproduz aqui gordofobia o tempo todo e nunca coloca uma visão crítica ou a Felicity se defendendo. Eu fiz até uma thread no twitter com alguns trechos e eu ainda deixei passar vários, dá pra fazer uma coletânea. Eu pesquisei se a Liane Moriarty era/é gorda e reproduz gordofobia internalizada, mas não, ela só é magra e gordofóbica mesmo. Aqui apenas dois trechos:

"Ela tinha obesidade mórdiba, isso é relevante, porque esse ano ela perdeu quarenta quilos e ficou muito bonita" (era feia antes quando era gorda?) e "O tamanho de Felicity continuava sendo seu conceito para o que era inaceitavelmente gordo, mesmo depois de Felicity ter conquistado um corpo lindo" (ou seja, corpo gordo é feio?).

Sobre capacitismo não entrarei em detalhes porque pode dar spoiler, mas basta dizer que a Liane colocou uma deficiência como "castigo". Acho que precisamos superar urgentemente esse tipo de ideia. Pessoas com deficiência não devem ser excluídas nem são inferiores, nossa sociedade que não acolhe todos os corpos como deveria. Seja corpos com deficiência, corpos gordos, corpos negros, neuro divergentes, LGBTQIA+, e tudo mais.

Como se o livro já não tivesse uma história ruim o suficiente, o epílogo estraga tudo mais ainda. Um dos piores que eu já li, deu vontade de jogar o kindle na parede.

Pra não dizer que teve coisas boas, os primeiros 40% do livro foram bons sim. A leitura fluiu muito bem e a Liane Moriarty sabe como prender os leitores, eu fiquei sedenta pela resolução do mistério, talvez por isso um final fraco e previsível tenha sido ainda mais broxante. Inclusive acho que plot twists não são o forte da autora, porque em Pequenas Grandes Mentiras acontece a mesma coisa, a diferença é que lá a Liane conseguiu criar personagens interessantes e cativantes, aqui são todos apáticos.

Não recomendo esse livro pra ninguém, ainda mais pra quem pode se ferir com os gatilhos. Eu sei que essa resenha saiu muito crítica, mas eu preciso tirar isso do peito e deixar aqui esse texto para futuros leitores desse livro. Tenham um olhar crítico! Não podemos aceitar esse tipo de comentário!

resenhasdajulia 19/05/2021

O livro nos apresenta três mulheres: Cecilia, que se vê em uma situação muito complicada quando descobre uma carta endereçada a si, para ser lida somente no dia da morte de seu marido, John-Paul. Ele ainda está vivo, mas sua curiosidade fala mais alto.

Tess descobre que seu marido e sua prima se apaixonaram.

Rachel recebe a notícia de que seu filho, sua nora e seu neto irão se mudar pra Nova York, a deixando sozinha.

É um pouco confuso no começo, para ligar uma mulher a outra, mas aos poucos tudo vai se encaixando. O que move a narrativa não é o segredo, mas sim as consequências dele.

Achei a história ótima, mas o que mais amei foi o epílogo!

@tigloko 19/08/2023

"O maldito fato de não saber"
Segunda tentativa com a autora e ao menos esse foi melhor que o anterior. Achei muito bom o drama familiar das três protagonistas do livro. Temos Cecília, que descobre uma carta do seu marido que só pode ser aberta depois de sua morte. Rachel, que diariamente convive com o luto da sua filha assassinada a décadas e o caso sem solução. E Tess, que descobre a traição do marido com a prima.

São situações delicadas e o jeito que a autora trabalha para não haver absolutos foi o que me manteve interessado. Pensamentos do tipo: ?o que eu faria nessa situação?? pipocavam a todo momento durante a leitura. Além das revelações que foram acontecendo durante a leitura, como por exemplo a carta de Cecília, que foi bem chocante. Achei a leitura fluida nesse aspecto, não teve tanta enrolação quanto eu esperava.

Agora, ainda que tenha esses pontos positivos, eu não consegui gostar de nenhum personagem principal. Na questão da personalidade mesmo. E se isso acontece, pra mim, já tira mais da metade da empolgação na leitura. Imagina você ter que acompanhar três pontos de vista em um livro, seus pensamentos e não gostar de nenhum ? É exatamente isso. Tive esse mesmo problema com o outro livro da autora.

Enfim, no saldo final, achei um bom livro muito pelos temas abordados, a leitura fluida e a reviravolta final.

Obs: Se alguém que leu puder explicar o uso do Muro de Berlim na história, eu agradeço kkk. Fiquei boiando.
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?? SPOILER - SPOILER - SPOILER ??


Sério mesmo que a autora apresentou essa coincidência no final? Que a filha da Rachel já tinha uma doença e a morte foi causada por um aneurisma e não uma asfixia causada por John? De qualquer forma ele matou ela, então para que esse epílogo? Desnecessário.

Sueli 01/04/2014

Ainda Bem Que Não É o Meu Marido!
Comecei a ler O Segredo do Meu Marido, de Liane Moriarty, com grande expectativa e animação, baseada em minha experiência anterior com a autora a partir do livro As Lembranças de Alice. Porém, desde o começo percebi que na obra em questão Moriaty veio resolvida a esmiuçar as entranhas de cada um de seus personagens e de todos nós, os seus leitores, de uma forma bem realista e crua.
É o ritmo da narrativa de Moriarty que nos faz entrar imediatamente em sintonia com as questões absurdamente factíveis deste romance impactante. É um livro pós-final feliz. Um livro sobre todos os aspectos fundamentais do relacionamento amoroso, e que deixamos escapar quando estamos submersos na paixão. E, se você estiver achando pouco, certamente ficará perplexo com os questionamentos sobre culpa e inocência, e sobre até que ponto alguém moralmente ilibado estaria disposto a sacrificar o seu status em favor da verdade e da justiça.
O livro começa quando Cecilia, uma mulher bem sucedida em todos os setores de sua vida, ao procurar um pedaçinho do muro de Berlim, para mostrar a Esther, sua filha surpreendentemente inteligente e focada, encontra, por acaso, uma carta que seu marido havia endereçado a ela para ser lida somente após a morte dele.
Cecilia, mesmo morrendo de curiosidade e imaginando todas as possíveis confissões que seu amado John-Paul ocultara durante toda a sua vida, concorda em não abrir o envelope após a conversa por telefone com seu marido, que estava nos Estados Unidos a trabalho.
Moriaty, diferentemente de algumas autoras que não conseguem terminar suas histórias em apenas um volume, nos premia com vários personagens importantes para a trama e que nos trazem revelações desastrosas que modificarão de forma radical as suas vidas pacatas e confortáveis.
E, após Moriarty desenhar em linhas gerais o dilema de Cecilia, vamos conhecer Tess, uma mulher trabalhadora, mãe do adorável Liam, casada com Will, um marido perfeito, e prima de Felicity, a quem ama de todo coração. Os três são sócios de uma firma de propaganda que começa a dar os primeiros sinais de sucesso. Certo dia, quando Tess é convocada para uma reunião com seus sócios, ela imagina ser mais uma das famosas conversas sobre trabalho, porém é surpreendida com uma revelação que irá desmontar toda sua vida como conhece até agora.
E, com toda essa bagunça em andamento partimos para conhecer Rachel, viúva, avó de Jacob, a quem ama infinitamente, e mãe de Robb que por sua vez é casado com Lauren. Tudo ia relativamente bem, até que Rachel recebe a devastadora notícia de que por motivos profissionais sua nora terá que ser transferida para Nova York, e com isso ela se verá privada do convívio com seu neto, sua única fonte de alegria após a trágica morte de sua filha Janie, aos dezessete anos.
O segredo de John-Paul, marido de Cecilia, é paulatinamente procrastinado, o que me fez desconfiar do teor do mesmo, antes que ele fosse revelado. Contudo, acredito que tenha sido a forma da autora suavizar o choque dessa descoberta devastadora e da avalanche de complicações envolvidas. E, apesar do aguardado segredo ser desvendado pouco antes da metade do livro, nem por isso a continuação desse drama se torna menos interessante, muito pelo contrário. Iremos conhecer todas as possíveis variáveis para cada uma das possíveis soluções desse conflito. E, sofrer com cada uma delas.
Mais que apenas um romance O Segredo do Meu Marido tem algo de um emocionante thriller psicológico, onde as relações humanas, por trás do cenário doméstico nessa pacata comunidade de alta classe média de Sydney, são complexas e encobrem um segredo de vinte oito anos, que colocará em xeque a vida dessas três mulheres em momentos críticos de suas vidas, e que possuem personalidades tão diferentes, quanto conflitantes.
Liane Moriaty tem agilidade e não perde tempo com cenas desnecessárias, mas alterna os cenários e as ações, o que só faz aumentar a nossa expectativa e a emoção da narrativa. Seus diálogos são sucintos e precisos, com um glossário perfeitamente adequado à faixa etária a qual este livro está destinado.
Você pode amar ou odiar O Segredo do Meu Marido, porém será impossível ficar indiferente a ele.

Tamara Ferraz.As3Artes 25/02/2024

O lado obscuro do ser humano
O segredo do meu marido começa um pouco lento, mas depois ganha um ritmo que te prende até o fim. O livro tem um enredo bem elaborado e envolvente, com personagens bem trabalhados. A autora usa a ironia para mostrar um lado obscuro do ser humano, nos fazendo refletir até onde conhecemos a nós mesmos e até onde achamos que conhecemos as pessoas. São três histórias que se conectam e trazem reflexões sobre questões e consequências com base nas escolhas que fizeram. Uma história cheia de suspense e reviravoltas. Adorei!!!

Victoria (Vic) 26/03/2020

Perfeito!
Que livro foi esse? Amei demais!
Quase chorei em algumas partes
A escrita da autora é perfeita, quero ler tudo escrito por ela.

Andrea Lacombe 16/06/2022

A leitura flui , é possível entrar na vida dos personagens e viver os dramas. O início é completamente bagunçado , pq não dá pra entender nada , mas depois as peças se encaixam e o final foi surpreende .

JurúMontalvao 05/03/2022

Foi uma leitura esquisita...
Comecei bem confusa, mas quando entrei na história fiquei maravilhada com a escrita da Liane Moriarty. É muito envolvente!

Daí, no meio do caminho... vi 2 coisas q me incomodaram a ponto de azedar minha leitura:
1) a sugestão de que uma das personagens tinha feito por merecer o que lhe aconteceu.
2) a pesistente visão depreciativa do corpo feminino que não é magro ou jovem.

No fim, já sabia que o desfecho não ia atender minhas expectativas, mas ainda achei que a narrativa avançaria pra um ceticismo ou pra uma exaltação do desastre na tentativa de impactar, mas não! Simplesmente acabou.

Maria 10/04/2021

que livro bom!! sério. foi por um segmento diferente do que eu esperava mas não teve decepção :) ansiosa para ler mais obras da autora.

Dih Schaberle 11/11/2020

Muito bom !
Gostei mto da história, enrolei um pouco pra terminar pois a história se divide entre três mulheres
cada capítulo conta um pouco da história delas
achei que a história da Tess foi a menos interessante, achei que ela teria mais conexão com a história das outras duas
mas gostei bastante !
recomendo a leitura

Vica 04/09/2017

Casos de família
O Segredo do meu Marido da autora Liane Moriaty é um ensaio sobre a vida real. Um romance narrado com muita verdade e pitadas de humor, que nos insere na vida de três mulheres em suas vidas e problemas rotineiros.
Pouco sabia sobre a trama quando iniciei a leitura. Somos apresentados primeiramente à Cecilia, que em uma procura em seu sótão, acaba encontrando uma carta de seu marido endereçado para ela com a observação "Para ler na ocasião da minha morte". Ela se vê extremamente curiosa em relação a carta, e por um tempo ficamos na angústia da curiosidade junto com a personagem, até que ela decide o quê deve fazer com aquilo que encontrou.
Ao mesmo tempo, conhecemos Rachel e Tess. A primeira, uma senhora viúva, que sofre todos os dias com a morte da sua filha anos atrás, a segunda, que acabara de receber a notícia de que seu marido e sua prima estão apaixonados.
O dia-a-dia rotineiro das personagens foi um ponto forte do livro para mim. Consegui aprofundar na história o suficiente para me importar com os personagens e me sentir parte da narrativa. Entretanto, o grande segredo do marido de Cecilia foi bastante óbvio para mim, e não me surpreendi tanto com o grande acontecimento do final do livro.
A história é bastante verdadeira e dei algumas risadas durante a leitura por conta da narrativa bem humorada da autora.
É um bom livro, me diverti bastante com a história e me envolvi com os personagens, mas não achei ohmeudeusomelhorlivrodomundo como muitos haviam me dito que assim achavam.
Gostei muito do final do livro, que foi rotineiro e cru, sem muitas firulas. Por essa eu não esperava, e por isso gostei do quê li.
Torço para que este livro tenha seus direitos vendidos para alguma adaptação, pois acredito que daria um bom filme. Senti uma atmosfera perfeita para uma novela da globo também.
4 de 5 estrelas, e recomendo bastante para quem gosta de dramas da vida real e personagens que não são perfeitos, nem extremos, preto no branco. Todos são um pouco bons e um pouco maus, e não somos todos assim?

Simone 21/04/2021

O Segredo do meu Marido
O enredo é bom com um mistério que logo o leitor começa a descobrir e que muda a vida de muitas pessoas.
Tem um persosagem que ficou perdida no livro e que não tem muito sentido na história. A não ser apresentar uma terceira pessoa que pode ter relevancia na história.