Bruno @viagempelomundodoslivros 16/06/2021
Quando o "faz de conta" vira realidade...
O Menino Mágico, livro infanto-juvenil da Rachel de Queiroz, foi uma das obras selecionadas pela Unesco, em 1971, como um dos livros para representar o que há de melhor em literatura para crianças e jovens de até 14 anos, sendo que no total foram selecionados livros de 57 países, sendo 10 livros de cada um. Em "O menino mágico" temos a história de Daniel, um menino que tinha seus desejos de “faz de conta” realizados de maneira inesperada, e por que não de forma mágica. Rachel aborda trata de situações comuns no cotidiano infantil com aquele tom de aprendizado ao final, as típicas lições sociais de não mentir, confiar na família, etc. As mágicas na vida de Daniel vão de viagens pelo Brasil, um prêmio num programa de TV e uma fuga de casa que não foi aquilo que o garoto esperava. Algo incrível nesta obra é que a autora não empobrece a linguagem escrita para falar para crianças. O livro estimula a imaginação infantil, principalmente por trazer uma fantasia com um toque de verdade (quem nunca brincou de faz de conta e viu nitidamente suas ideias tornando-se quase reais?) e as lições não são escancaradas como nas fábulas, mas trazem vários ensinamentos de maneira sutil ao longo da narrativa. As ilustrações do livro também trazem as crianças para mais perto da história, um livro belíssimo. Um livro que quando você termina percebe estar com aquele sorrisinho no canto da boca. Sensacional!