O Coração das Trevas

O Coração das Trevas Joseph Conrad




Resenhas - O Coração das Trevas


597 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Pedrohp 03/10/2023

Coração Das Trevas
"Coração das Trevas" é um romance que explora justamente as trevas que existem na humanidade. É um livro que fala sobre ganância, obsessão, sobre a realidade do imperialismo e sobre uma jornada na natureza sombria do ser humano. O livro descreve como o caos da natureza desvenda e influencia a mente humana.

Por se passar no contexto do Estado Livre do Congo, colônia controlada pela Monarquia Belga sob o reinado de Leopoldo II, que ficou conhecido por ?Leopoldo II, o Genocida? justamente por sua sanguinária campanha de exploração na África, o livro de Joseph Conrad reflete essa realidade brutal vivida na época, descrevendo os abusos e maus-tratos que os nativos viviam todos os dias, também a extrema fome que assolava a região, com o personagem Marlow dizendo: ?É realmente mais fácil enfrentar a privação, a desonra e a perdição da própria alma do que uma fome prolongada?.
comentários(0)comente



Will 02/10/2023

Muito interessante e gera muitas discussões importantes, mas fiquei muito confuso na última parte e ainda não sei se entendi direito, mas gostei.
comentários(0)comente



Klelber 01/10/2023

O horror!
Tinha horas que eu me perdia na leitura, mas entendi bem que o livro trata de racismo e invasão. Um horror mesmo (não o livro, a situação).
comentários(0)comente



Rafael.Fires 01/10/2023

Que livro senhores, que livro!
Joseph Conrad cria um alter ego para narrar sua própria experiência enquanto trabalhava em uma companhia marítima em missão ao Congo.
Apesar da narrativa do livro "não dar nomes ao bois" tudo fica claro conforme a história se passa. E meus amigos, que livro devastador!
Quem nunca ouviu falar em Leopoldo II, rei da Bélgica, deveria conhecer uma pouco mais sobre a história de um dos maiores genocidas da história, e os horrores cometidos enquanto colonizador do Congo.
Em pouco mais de 100 páginas, você é levado a loucura, devastação, surtos, genocídio de um povo cuja história hoje em dia mal é lembrada.
100 páginas que você jamais leria, como diríamos nós leitores, 'uma sentada só'.
Espetacular, intrigante, personagens bens construídos, narrativa pesada, horrenda e de difícil leitura de uma vivência que o autor conseguiu transformar em um livro fatos verídicos de uma das mais nojentas histórias do continente africano.
comentários(0)comente



May 29/09/2023

A colonização é horrivel e o ser humano também
Li esse por causa de uma aula, estudo literatura e foi uma leitura meio complicada mas fico feliz que eu fiz.
A história é meio arrastada e redundnte, o protagonista é complicado e muitas coisas são difíceis se ler, mas sei que é o intuito. Li a edição da antropofagica que vem com textos de apoio FENOMENAIS então fica a dica.
Verdade seja dita, provavelmente eu nao teria lido se não fosse por obrigação (como muitos clássicos que li estudando letras), mas eu fico feliz que eu li, entendo porque é importante pro cânone e até pra história, acho muito importante a gente ter acesso a como as pessoas pensavam e pensam até hoje sobre o racismo, a colonização e como se deu esse pensamento.
Em termos de leitura, não é dificil pela linguagem, é dificil por ser meio maçante e repetitiva ate pela ambientação, então me cansei varias vezes, mas já li mt coisas bem mais dificeis.
Acho que é isso, foi importante pro meu conhecimento de estudante e de pessoa mesmo, mas pessoalmente eu achei meio chato e sei que é complicado falar isso de classicoas ainda mais entendendo a importância, mas estou sendo honesta.
comentários(0)comente



Paulo 29/09/2023

QUE LIVRO BOM! QUE LIVRO BOM!
Estou HORRORIZADO também! Que livro glorioso!
Como explicar sentimentos e sensações? Não me vejo apto para expor o que eu senti.
Kurtz, oco, foi preenchido pelas trevas da selva e daquele continente selvático. Isso o inflamou de um jeito que fizesse o seu jarro transbordar muito e nada mais o deteria, a não ser a morte.
Aquela luta consigo mesmo em seus momentos finais foi mais sofrida do que as batalhas já vencidas.
Sua grandiosidade é tanta, que mesmo nosso narrador, em primeira pessoa, é dado como personagem secundário. Mero relator da glória de outra pessoa. Alguém, como ele mesmo disse, sem poder de palavra e que quando teve a chance, não tinha nada à falar.
As vezes, quando vou para a fazenda e encaro aquela mata fechada, sinto esse eco, esse sopro de mistério, como se eu estivesse sendo hipnotizado pelos tambores de um ritual e fosse chamado para adentrar, como eles.
Essa dúvida sobre repreender ou não o errado é gigantesca e sombreia o livro todo, como a névoa que sobe do rio.
Mesmo Kurtz querendo ir embora, como haveria de conseguir? Fica ecoando a música de Nessa Barrett na minha cabeça, "I keep sayin' that I'm leavin', but it doesn't work that way.".
Se tornou um deus daqueles que oprimiu. Abusou da inocência dos outros e carregou o significado de notoriedades que transformaram o continente africado e que até hoje sofre as sequelas daquela fome voraz e desenfreada.
No final, eu tenho a sensação que o próprio narrador volta pra lá com o intuito pela continuação dessa busca, só que dessa vez, para o seu vazio. E então também ser encarado por si mesmo e enfrentar face a face esse adversário.
Tenho comigo, esse sentimento de misticismo com aquele lugar também. Imagino uma viagem pra lá como uma sensação. Não sei descrever. Quem sabe um dia, se eu conseguir por meus pés naquela terra, venha com o jarro transbordando também, só que dessa vez, de bons sentimentos e que eu os consiga expressar.
Roberto 29/09/2023minha estante
Excelente resenha, parabens pela leitura! Tbm gosto muito desse , é um livro pra se levar para a vida toda




Café com Livros 24/09/2023

?A conquista da terra não é nada bonita?
É uma leitura bastante densa, nos aproxima dos horrores da colonização e nos faz questionar o quanto algumas experiencias são capazes de transformar para sempre quem somos. Esse trecho descreve bem a sensação ao ler o livro (...) "parece pertencer a alguma farsa sórdida encenada ante um pano de fundo sinistro."
comentários(0)comente



Luiz 21/09/2023

Viagem ao Abismo dos horrores do espírito humano
Livro: O Coração das Trevas
Autor: Joseph Conrad

Coração das Trevas é um livro que narra, durante uma viagem de barco, um histórica acontecida com o personagem principal, Charles Marlow, em um outro momento de sua vida, o momento em que decidiu dar vazão a uma espécie de "sonho" ou "autorrealização" que tinha em tornar-se um comandante de um navio e viajar por diversos lugares. Ou seja, por um lado temos um conto que explora grandemente o fator psicológico e emocional do narrador, e por outro, o mistério que poderia acontecer naquela viagem (decepcionando por um lado por não ser o foco da história, mas instigando por outro pra entendermos tudo que o protagonista passou pra chegar aquele momento inicial da história).

Charles comenta com a tripulação que sempre teve vontade de viajar e conhecer lugares até que decidiu se empregar numa companhia de comércio em águas doces do ramo de exploração de marfim, conseguiu a vaga de capitão, já que o anterior tinha morrido, assim inicia por uma jornada sombria e tenebrosa que o marcou de forma indelével.

Desde o momento em que participa da seleção do emprego até o momento em que começa a sua viagem em busca do navio que comandará, percebemos que será uma caminhada às entranhas de um abismo quase indescritível, similar à jornada de Dante ao centro do Inferno, no livro A Divina Comédia, mas aqui Marlow é atraído não exatamente pelo Diabo, mas algo muito similar à ele, Kurtz, no próprio Coração das Trevas em que ele habita.

"[...] A melhor maneira como consigo explicar para vocês é dizendo que, por um ou dois segundos, me senti como se, em vez de partir para o centro de um continente, estivesse prestes a zarpar para o centro da Terra."
(Charlie Marlow / Joseph Conrad, p.39)

Basicamente para exercer sua função de comandante precisa ir até seu barco, ao passo que é levado até ele, conversa com as mais diversas figuras e vê as mais diversas barbaridades,

Charles assiste praticamente impotente os nativos serem explorados, dezumanizados e massacrados para que a companhia tenha seu negócio, o ramo da obtenção de marfim, à "pleno vapor", essa realidade proporciona um verdadeiro horror humano e Marlow inevitavelmente se questiona sobre tudo ali, um conflito se forma e como síntese desse conflito temos, ele, totalmente impactado no mais profundo de sua alma, e que assim como nele o conflito se apresenta, veremos dualidades interessantíssimas na obra como um todo. Mas ao passo em que Charles Marlow percebe tudo isso também se dá conta que um nome ressoa frequentemente, Kurtz, um cara que comparado à todos os outros exploradores, consegue entregar a quantidade equivalente a todos os demais postos de exploração juntos, um homem conhecido por sua eficiência, brilhantismo e presença, conseguiu constituir um tipo diferente de relação com os nativos, é para eles como um "deus", inevitavelmente a jornada de Marlow é direcionada a ele sem que o perceba.

"[...] A questão era que se tratava de uma criatura talentosa e que, dentre todos os seus dons, o que se destaca com preeminência, o que tinha em si um senso de presença real, era sua habilidade de falar, suas palavras -- o dom da expressão, desconcertante, luminoso, o mais exaltado e o mais desprezível, um pulsante feixe de luz, ou uma enganosa torrente do coração de trevas impenetráveis."
(Charles Marlow /Joseph Conrad, p.88)

O livro, realmente, é diferenciado, possui diversas camadas interessantes de serem discutidas. Dentre elas ressalto algumas:

I) Camada "espiritual"
A todo momento surgem associações, como já tinha comentando antes, com o livro A Divina Comédia, principalmente o que se refere ao Inferno, então por vezes o personagem faz associações interessantes com Demônios, Serpentes e ao próprio Diabo. Somos conduzidos a uma perspectiva de que não só o personagem saiu do "plano terreno" e foi pra um "plano infernal" como também a própria questão da história ser sobre exploração, em um cenário no interior da África, existe a constante associação tanto dos nativos quanto dos exploradores com algo "não-humano", algo selvagem, animalesco e demoníaco. Um ambiente onde as almas sussurram no escuro, "almas penadas" caminham por aí, culpa, choro tristeza, tormento e o mal espreita em todos os lugares.

II) Camada "psicológica"
Ao passo que a Charles conta sua experiência temos a ideia de que toda aquela experiência vivida por ele o marcou de forma a somente agora agora ele conseguir elaborar tudo o que houve com ele. Isso é reforçado pela forma "traumática" em que ele fica no final da história, após voltar para "o mundo normal", e como o início do livro é justamente o que acontece após sua história, dá um efeito de catarse.
Pode-se pensar também que a forma como ele relata tudo é similar como quem conta um pesadelo, ora não sabendo o que é real e o que é produto de sua imaginação, que foi extremamente impressionada e dissociada dos eventos traumáticos.
Uma outra questão é a possível associação simbólica que pode ser feita com o personagem, numa espécie de exercício introspectivo ao estilo psicanalítico, descobrir que os horrores do alma humana e a possibilidade de tudo que um ser humano pode fazer ao desumanizar outro humano, nesse caso ele se dá conta de que ele é o próprio horror, e o "abismo" que existe na psiquê humana.

III) Camada "materialista"
Uma leitura mais fácil e recorrente é justamente a ideia típica de um "marxismo" ao estilo "opressor × oprimidos".
Sendo um cenário africano e de exploração é fácil fazer a associação típica dos capitalistas, e até mesmo "Colonizadores", ao explorarem economicamente os nativos, desumanizando eles completamente, sendo que por lógica eles seriam os donos daquela riqueza explorada.
A questão racial se encaixaria aqui também, bem como a ideia de uma forma de transformação daquela sociedade em algo mais "racional" e civilizado por conta de seus exploradores.

IV) Camada "primal"
Um elemento muito interessante no livro é a noção de que, em algumas sentido sim estamos sendo transportados pra um outro mundo seja o inferno ou não, mas que em algum sentido estamos nos deparando com a natureza, a floresta e o próprio ambiente é selvagem em todos os sentidos.
Existe uma ideia romântica da natureza como algo belo e toda aquela imagem mental de um campo ou florestas perfeitas, mar e cachoeiras, uma ideia de "paraíso intocado pelo homem", mas aqui chamo a atenção para a realidade, a natureza é cruel, um ser humano largado sem o devido preparo perece facilmente na natureza, que a todo instante, desde plantas até os animais mais selvagens se escondem, sendo tão mortal quanto um ambiente "civilizado" ainda que com altos índices de criminalidade.
A todo momento somos remetidos a temeridade do personagem por estar num ambiente tão hostil ao homem. O confronto entre "Selvagem × Civilização" é completamente imersivo.

V) Camada de "predestinação"
Há sutilmente uma ideia destino, ao passo em que o narrador tem a intenção de atitude para embarcar nessa jornada, por outro lado existe um sentimento de que o personagem estaria destinado àquilo tudo. Como se fosse, uma espécie de "escolhido" para o trabalho. Isso é reforçado pela ideia de ao final ele receber uma espécie de livro de Kurz, quase como uma espécie de mensageiro para o mundo, uma espécie de "apóstolo". De certa forma para o personagem existiu um "antes de Kurtz" e um "depois de Kurtz".

Existem outros diversos elementos interessantíssimos que o livro remete, mas me contento em abordar somente esses por enquanto, mas destaco que de forma incrível o autor consegue trabalhar o clima de terror magistralmente, estimula o imaginário do leitor muito bem, a questão da escrita e narrativa em forma de "pensamento ou diário" é muito boa, somos levados aos pensamentos de Marlow e possibilita nos sentirmos como alguém que também está lá conversando com ele e sentido tudo o que ele quer passar pra gente, o autor utiliza esse recurso de introduzir um narrador qualquer para depois ceder lugar para o próprio Marlow contar sua história e numa viagem retrospectiva e ao mesmo tempo introspectiva somos levados a entender toda a história.

Cabe dizer também que o livro proporcionou à inspiração para o filme Apocalipse Now do diretor Francis Ford Coppola, que fez também o filme O Poderoso Chefão; que ainda seja ambientado em outra época e em outro contexto, no caso numa guerra, consegue transmitir esse clima sombrio e misterioso que o livro carrega.

Outro ponto é que vários do acontecimentos do livro são baseados nos acontecimentos do Estado do Gongo e o Reinado de Leopoldo II na Bélgica, e uma viagem que o próprio escritor, o Joseph Conrad, vivenciou vendo nativos sendo explorados por um ditador.

Recomendo muito a leitura do livro!!
Edson 22/09/2023minha estante
Parabéns meu amigo ??????


Luiz 23/09/2023minha estante
Muito obrigado meu amigo




Amanda Guelso 21/09/2023

Li o livro para fazer um trabalho de História da África. A narrativa é bastante densa, apesar do livro ser curto. Achei um livro bem esquecível, mas com uma história importante de ser lida. O mundo precisa prestar mais atenção no genocídio que aconteceu no Congo do Leopoldo II.
comentários(0)comente



Lua 20/09/2023

Muito bom. A escrita da primeira e da terceira parte são ótimas. A segunda parte parece se arrastar um pouco.
Interessante ver um livro escrito na época da invasão e partilha da África com um olhar crítico e não naturalizado sobre o que estava acontecendo.
As ilustrações dessa edição da Antofágica realmente elevam a experiência da leitura.
comentários(0)comente



Eduarda 18/09/2023

"O horror! O horror!"
Este livro é uma grande experiência. Por diversas vezes fui transportada para uma atmosfera de puro delírio, a sensação de desvario de um sonho febril. Uma leitura muito intensa e complexa, gostei bastante. Ademais, também gostei muito dos textos que complementam esta edição (especialmente do posfácio de Silvio Almeida).
comentários(0)comente



mrdorian 13/09/2023

Coração das trevas
Assim? é um ótimo clássico mas eu nao gostei muito da leitura, aborda muitas questões sociais EXTREMAMENTE IMPORTANTES!! ele é sobre realidade, eu fui achando que era algo surreal, rs.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Carolina 05/09/2023

Confuso porém bom
Tinha altas expectativas para esse livro e nao me agradou como desejava. Talvez eu nao esteja acostumada com esse tipo de leitura e história, mas gostei de me aventurar em algo novo. A história se desenrola de forma confusa, a escrita é levemente complexa. Gostei dos conhecimentos adicionais que obtive com a leitura.

Recomendo para pessoas que gostam de aventura em navios e leitura com bastante atenção.

??2,5/5
comentários(0)comente



Aresandio 04/09/2023

A sede por aventura pode ser um trágico resultado, um bom livro não muito específico por ter fatores dramáticos, a ida para o coração da África em busca de marfim pode ser um caminho sem volta.
comentários(0)comente



597 encontrados | exibindo 46 a 61
4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR