Dezoito de escorpião

Dezoito de escorpião Alexey Dodsworth




Resenhas - Dezoito de escorpião


24 encontrados | exibindo 1 a 16
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Henrique 22/04/2014

Sci-Fi brasileira de excelente qualidade
Confesso de início que não sou grande conhecedor do gênero Sci-Fi, o último livro que li foi Contato de Carl Sagan – influência indelével do livro em voga –, há alguns anos... No entanto, é muito perceptível a qualidade literária que Dezoito de Escorpião detém, dela que desejo falar. Um ponto marcadamente literário é o tratamento com a linguagem, afinal literatura é sempre linguagem, em Dezoito de Escorpião percebe-se que não há nenhuma grande ousadia no tratamento linguístico, o texto é escrito de maneira muito fluída, a prosa detém muita rapidez e é cristalina em sua simplicidade. Poder-se-ia pensar que isso advoga contra o livro, não é caso, pois a linguagem simples e concisa que o autor emprega detém uma versatilidade importante para a arquitetura da obra que é um caleidoscópio científico-filosófico, ou seja, a linguagem, além de narrar muito bem, construindo imagens nítidas e várias vezes grandiosas, descomplica teorias científicas de inúmeras estirpes, a Física Quântica, a Relatividade Geral, a Biologia quando trata dos extremófilos etc., dilemas éticos são também explicitados e desenvolvidos com destreza pelo estilo que erige a obra, é um livro que faz o leitor crescer bastante intelectualmente. Em suma, a linguagem está completamente comprometida com a narrativa. A fantasia de Alexey é introjetada com fatos reais, quase que dissolvendo as fronteiras entre a fantasia do autor e a nossa realidade, o livro é permeado de curiosidades incríveis, que fazem com que o leitor fique de “orelha em pé”, contudo não é um livro ingênuo, porque não cai no lugar comum das teorias da conspiração. Há um jogo com o misticismo e ciência, uma tentativa de mostrar que não há diferença substancial entra o mágico e o tecnológico, algo bastante interessante: ao mesmo tempo que desmitifica o místico, destrona a ciência da precedência que, às vezes, impomos a ela. O jogo com as três leis de Clarke é fenomenal, confere uma coesão inabalável para as 350 páginas do romance, e o inscreve numa tradição maior, em um contexto enriquecedor para a narrativa e para a fruição do leitor, dentre outras referências ao mundo científico da realidade e da ficção. Outro mérito que o romance carrega é a lida com o tempo, idas e vinda, retrocessos e avanços não comprometem o andamento da história, da crise de 29 ao já desenvolvido século XXI, tudo é feito de modo muito orgânico, o olhar visionário do autor fornece todo recurso necessário para a verossimilhança, as lentes de contato futuristas, as roupas hi-tech entre outros são sacadas muito boas, a descrição do funcionamento deles é muito plausível, palpável, como se fosse um desenvolvimento orgânico da nossa tecnologia atual. O livro introduz uma tese interessante, um imperativo vitalista – pan vita – que seria, segundo meu ponto de vista, mais um golpe no antropocentrismo que carrega nossa cultura, e também mais um êxito do autor, pois esta novidade se imiscui na história arrematando-a de maneira magistral, a imagem que enuncia essa tese é de impacto, é poderosa. Sobre a ética, me chamou muito a atenção a ideia que dissolve o destino, não há o que cumprir nele, mas sim há o que construir. Talvez seja um excesso de interpretação, mas muito me lembrou o conceito de além-do-homem de Nietzsche, a ideia de que intervimos na configuração do cosmos, sendo que nos amalgamamos nele, intervindo no curso das coisas, a ação humana, longe de ser restrita, é ampla, cósmica, o eleito é aquele que intervém na realidade, e não o que foge dela, que a nega, é muito instigadora. Enfim, posso dizer que a obra faz jus ao selo que ostenta na capa, Alexey, no que se propõe, tem tudo para despontar como um talento da literatura brasileira de Sci-Fi.
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Daniel Fioravan 12/04/2014

Inteligência artificial, mutantes, nanotecnologia e xamanismo
18 de Escorpião é dividido em três partes.

A primeira (Eleitos) fala da descoberta de uma estrela gêmea do Sol da Terra e descreve a vida sofrida de paranormais confundidos com doentes mentais. Uma dupla formada por um homem e uma mulher entram em contato com estes ditos doentes, os convidando para participar de um experimento social numa comunidade alternativa no meio de uma floresta. A primeira parte é muito interessante, apresenta alguns fatos científicos curiosos e expõe algumas críticas sociais, como o racismo presente na sociedade, a violência sexual praticada dentro da própria família e o preconceito contra pessoas com distúrbios psiquiátricos.

A segunda parte (Terra prometida, noite proibida) conta a estória destes paranormais já inseridos na comunidade alternativa, e apresenta um mistério que a maior parte das pessoas parece não ligar, mas que torna a comunidade no mínimo esquisita. O leitor é apresentado a algumas pistas, e admito que a verdade passou pela minha cabeça, mas fiquei suspeitando de outras coisas até chegar à descoberta chocante. Não consegui parar de ler, me prendeu demais. A participação de personagens indígenas é excelente, nunca tinha visto isso num livro de ficção científica, pelo menos não de uma forma que eu gostasse. O personagem Acauã, o xamã, é excelente e um ótimo contraste para o manipulador Ravi Chandrasekar.

A terceira parte (Limite de Chandrasekar) é FANTÁSTICA. É quando a ação toma forma, e conhecemos o vilão da história, mas nem sei dizer se ele é mesmo um vilão ou se é mais alguém digno de pena. O autor, de quebra, apresenta um problema filosófico com seu vilão. O mal existe, ou resulta das circunstâncias? O vilão merece ódio ou é digno de pena? Há também outros questionamentos interessantes: somos capazes de controlar tudo? A inteligência, mesmo a avançada, nos torna realmente poderosos? Mas o que mais gostei foi a ampliação do conceito de vida, e a onde tudo isso nos leva, a uma visão panteísta do Universo, o conceito de um UNIVERSO VIVO.

O fim dá a entender que o autor tem mais coisa a oferecer no futuro. Me deu a impressão de que vem mais por aí, em torno dos mesmos personagens.

Livro excepcional, muito bem escrito, grande domínio da língua portuguesa. Me lembrou Clarke em sua melhor forma.
Anne-Louise 12/04/2014minha estante
Já chegou a pesquisar no google algumas coisas, como o autor recomenda? Encontrei um artigo muito legal sobre mensagens alienígenas no DNA de um vírus.




Anne-Louise 15/03/2014

Ficção científica brasileira das boas!
É um livro para ser lido com muita atenção, pois o tempo não se segue de forma linear e o autor oscila entre o passado e o futuro. Além disso é um livro de "hard sci fi", ou seja, se você gosta de ciências como eu, vai adorar e irá ler muito rapidamente, mesmo sendo um livro com mais de 300 páginas. Tem MUITOS fatos reais e um mistério muito legal que, quando solucionado, me fez pensar como eu não tinha percebido antes. O vilão é terrível, mas me fez sentir mais pena do que raiva, e não recomendo para menores de 15 anos.

Consigo ver uma minissérie baseada na história, e antevejo desdobramentos para outros livros.


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Giane 20/04/2014

Sci-fi instigante, viciante e inteligente
Dezoito de escorpião reúne uma gama de assuntos interessantíssimos neste que é o primeiro romance de hard sci-fi do autor, Alexey Dodsworth. Repleto de fatos científicos e personagens reais inseridos no contexto da história, desperta a curiosidade de averiguar quais os acontecimentos são verdadeiros e quais são ficcionais.

Apresenta os elementos clássicos do gênero ao abordar temas científicos e tecnológicos. Mas, como em Duna, de Frank Herbert, o elemento místico é fortemente explorado - embora, segundo a Terceira Lei de Clarke, "Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de magia".

Repleto de referências a outras obras de ficção científica, assim como ao universo das histórias em quadrinhos, encontramos uma diversidade de personagens com perfis psicológicos bastante distintos e coerentes. A narrativa começa um tanto leve e informativa, e vai ganhando dubiedade à medida que a história avança. Um processo de metalinguagem bastante coerente com o tema dual que se revelará em diversos pontos da trama.

Como toda a grande obra do gênero, há no mínimo uma questão filosófica abordada na temática da história. Este livro começa a tocar em alguns pontos que provavelmente serão aprofundados e trabalhados de forma mais axiomática em sua sequência.

Grande potencial para evoluir para um romance de distopia nos próximos volumes, o que certamente acrescentará densidade à série.
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Rahmati 22/06/2014

Às vezes, os universos colidem

Que grata surpresa foi comprar - numa promoção! - o romance Dezoito de Escorpião, do brasileiro Alexey Dodsworth, e descobrir que é, sem sombra de dúvidas, a melhor ficção científica escrita por um autor nacional que já li!

Eu tenho um problema sério, que, a despeito da dificuldade em admitir, vou revelar: me apaixono por livros. Quando acabo de lê-los, se eles foram bons comigo, corresponderam às minhas expectativas e me entretiveram, eu fico olhando para eles (especialmente quando têm a capa bonita), folheando-os de novo, sentindo as texturas da capa... E é o que estou fazendo enquanto escrevo: admirando o Dezoito de Escorpião, numa bela edição da Novo Século, que faz o incrível trabalho de possibilitar a publicação de ótimos escritores nacionais - e dos quais já tive o prazer de conhecer, além de Dodsworth, o Jorge Lourenço e o Nelson Magrini, com suas ótimas obras, respectivamente a Rio 2054: Os Filhos da Revolução e Anjo: A Face do Mal.

Logo no início o livro me cativou pela qualidade da escrita, e depois foi me prendendo pelo desenvolvimento da trama. É desnecessário discorrer sobre clichês ou inediticidades, já que tudo já foi criado mesmo; mas do modo que Dodsworth faz, tudo se torna mais agradável. Ele nos faz viajar por décadas para tentar nos fazer entender, da maneira mais interessante possível, porque é tão agradável acompanhar um bando de desajustados - sim, é exatamente essa a palavra - a uma prisão deveras agradável, mas com aquele ruído de fundo de que "alguma coisa está errada".

Depois de ler a obra, seguindo a recomendação do autor, googlei alguns dos fatos usados no romance, e descobrir que realmente muitas daquelas coisas aconteceram, de maneira bem próxima ao que o autor escreveu - ou não, hehe. Mas, de fato, foi muito legal reviver o que foi lido - e sentido - nas páginas da Wikipedia.

É meio estranho dizer assim, mas, em definição, o livro é uma hard sci-fi didaticamente escrita. É claro que será melhor apreciada pelos amantes da física - coisa que sou, apesar de não entender lhufas dela -, mas tem qualidades suficientes para ser degustada por qualquer tipo de leitor. Não é, contudo, a meu ver, indicada para novos leitores, vindos de crepúsculos e jovens magos ou semideuses, mas será, garanto, admirada pelos amantes dos livros. E sabem outra coisa impressionante? Nunca um final de livro, um finalzinho, inho mesmo, me gerou tanta ansiedade quanto esse, dissipada, depois, numa única palavra. Genial.

Como eu disse ao próprio autor no Facebook (e ele é super gente-boa!), ele já ganhou um novo fã, e, com isso, aumentou as expectativas sobre sua próxima obra. De repente, talvez os universos colidam mais uma vez e saia mais uma obra-prima dos dedos caóticos do Sr. Dodsworth =)

site: www.oblogdorahmati.blogspot.com.br
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Patricia.Montini 06/09/2014

Como não amar esse livro?
Surpreendente do início ao fim, só deixa a desejar a continuação
O fluxo não é linear, passado, presente e futuro se alternam no decorrer dos capítulos, instigando de tal forma a curiosidade que por vezes é impossível parar de ler; desaparece também a noção de espaço-tempo e qualquer outra tarefa fica para depois. Passados alguns meses decidi reler a obra, então percebi que havia devorado alguns trechos juntamente com detalhes importantes, que na verdade são muitos, a serem descobertos e saboreados como um gourmet.
Do mais puro horror ao sublime êxtase, da ciência à telepatia, estimulando reflexões e questionamentos éticos muito atuais. Ação, tramas ocultas, bom humor e personagens fascinantes entrelaçados com fatos verídicos: parece haver espaço para tudo nessa caixinha de surpresas, tão criativa e complexa que certamente eleva seu autor ao mesmo patamar de grandes nomes da ficção científica já em sua estreia.
O que significa vida? Estamos sós no universo? Quão frágil é nossa civilização? A cada página aumenta a amplitude do quebra cabeças
A humanidade desenvolve suas tecnologias cada vez mais rápido, contudo ainda carece de consciência e responsabilidade para com o planeta que a sustenta, esboçando inúmeros cenários trágicos para o futuro. Estamos sempre numa encruzilhada de possibilidades. Sobreviveremos? De qualquer forma os grandes sóis continuarão a brilhar, como se nunca houvéssemos existido...
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Jefferson Nóbrega 10/10/2023

"Não existe magia, apenas ciência desconhecida"
L
Na constelação de Escorpião há uma estrela, 18 Scorpii, também conhecida como HR 6060, uma gêmea do nosso sol e, apesar de essa ser uma resenha sobra uma obra de ficção científica, isso é um fato. É a descoberta dessa estrela que dá vida a história que veremos na obra. Aliás, a mistura do real com o ficcional é parte integrante da história, o próprio autor já alerta e convida nas primeiras páginas:

?...Se eu fosse você, pesquisaria no Google todas as curiosidades aqui contidas? Você descobrirá que a realidade é mais mágica que a mais bizarra das fantasias?.

É com essa mistura, transitando entre a ficção e a ciência que Alexey vai nos brindando com mais uma empolgante história. Nela dois personagens fulguram como protagonistas, os misteriosos Ravi e o jovem Arthur. Ravi é a mente poderosa e Arthur o jovem com curiosidade científica suficiente para contestar o que parece incontestável.

Dezoito de Escorpião é a história de pessoas que possuem uma condição rara de sensibilidade a campos eletromagnéticos o que faz com que desenvolva uma espécie de superpoderes. Em meio a explicações de física, química, astronomia, os personagens vão passando por todos os problemas da sociedade e tratando e capacitismo, racismo, machismo e diversos outros problemas que compõem a sociedade moderna. E a história que parece uma crônica vai ganhando guinadas que te levam ao espaço, planetas diferentes, inteligência artificial e vida alienígena.

Outros personagens profundos e importantes vão surgindo na história, inclusive o famoso serial killer, Dahmer, que foi inserido de uma forma muito interessante e nova na trama.

A obra termina como uma parábola gato de schrödinger onde enquanto as páginas não avançarem o final pode ser dois diferentes.

É complicado falar sobre uma obra tão rica sem spoiler, o que posso adiantar é que vale muito a pena cada página e que Alexy com certeza já é um dos melhores nomes da ficção científica nacional.

Aliás será mesmo ficção? Para o Dr. Ravi: ?Não existe magia, apenas ciência desconhecida?.
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Tulio 05/09/2014

O Melhor Livro Brasileiro de Ficção Científica
Um livro muitíssimo interessante. Leitura fluída, personagens marcantes e uma história fortemente calcada em trabalhos científicos recentes, Dezoito de Escorpião é leitura obrigatória para todos que se dizem fãs de ficção científica.

Parte de uma narrativa não-linear, com vários acontecimentos e sub-narrativas simultâneas. Múltiplos personagens e histórias aparentemente desconexas convergem para um ponto em comum, magistralmente compondo o título do livro.

Confesso que eu não imaginei que o livro seria tão bom; equiparo-o a obras primas da ficção científica como Contato, 2001 e Fundação. Cada novo capítulo aumenta o suspense, responde perguntas e abre outras. O avançar da história vai lenta e naturalmente mostrando como os acontecimentos tão diferentes (tanto geografica quanto temporalmente) são intimamente ligados.

O "mindblow" ao terminar e entender todo o desenrolar da história torna esse livro inesquecível. Disparado o melhor livro de 2013 e com certeza um dos TOP5 de Ficção Científica de todos os tempos.

O único ponto negativo fica por conta do relativo pequeno tamanho do livro: é tão bom que fica aquele gostinho de "quero mais". É claro que isso será resolvido com uma (obrigatória) continuação.

Como impacto pessoal desse livro, posso falar que ele delineou grande parte da minha atual carreira científica de pesquisa em biofísica. Como ele utiliza de várias pesquisas de ponta recentes, acaba atiçando a curiosidade do leitor em entender mais do que está sendo falado ali. A responsabilidade e acurácia em retratar as pesquisas é memorável.

Eu li, me interessei e acabei me apaixonando por biofísica!
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Michele Alberton 03/06/2023

Achei o livro bom. Bem escrito, intrigante, que me fez querer ler mais pra saber o final... Mas mesmo sendo fã de ficção científica, esse aqui não me encantou tanto. Não sei se foi a mistura enorme de elementos ou se li depois de ter concluído "O Esplendor" do mesmo autor, mas o fato é que esse último me encantou muito mais...
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Raphael Santos 14/04/2022

Curioso, mas longo e repetitivo
A história sobre adolescentes e adultos com super poderes que aparecem subitamente foi tentada inúmeras vezes por diversos autores.

O autor busca mudar a nossa visão da história ao todo tempo, com um pouco de pretensão a provar uma tese, finaliza a obra com uma brincadeira e usa do final para falar muito e não dizer nada.

Senti como se fosse preciso ler o outro livro, O Esplendor para entender melhor o universo, o que acho falho e nada interessante.

Acho que quem gosta de ficção científica clássica, pode virar a cara, mas quem está mais aberto as novas interpretações, pode aproveitar mais este livro do autor.
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Claudia Cordeiro 08/08/2023

Muito bem escrito, fui até quase a metade, parei pq li resenha com spoiler, não curto ficção científica e já vi o rumo que a história ia tomar. Talvez devesse ter terminado.
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Ana Paula 11/07/2016

Exercicio de realidade
Não sou nenhuma NERD, ao contrário da recomendação da leitura... por outro lado, me considero uma leitora bastante eclética, várias coisas me interessam.... (assim, não foi diferente quando me deparei com a sinopse deste livro- Dezoito de Escorpião.

A curiosidade foi imediatamente despertada por uma das minhas paixões, a astrologia, e me fez querer saber mais sobre o assunto...O que era? O que afinal havia nesta tal estrela da constelação de escorpião tão parecida com o nosso SOL....*(fato que desconhecia). Aprendi muitas coisas novas, me deparei com situações importantes sobre o comportamento humano e o livre-arbitrio (relativo), reforcei a certeza de quanto somos interligados nesse universo sem fim. E apenas por desconhecermos (ainda) , não significa que não exista. A vida tem um valor e significado muito maiores do que ainda somos capazes de compreender. Ao longo da leitura, surgiram coisas novas, outras nem tanto, mas tudo muito bem embasado e cheio de informações precisas, convincentes e “reais” naquele contexto.

O que eu não esperava, e isso sim me surpreendeu sobremaneira, era me deparar com um texto redondo, bem escrito, extremanente cuidadoso nos detalhes enriquecendo o conteúdo a cada linha, a cada palavra escolhida com maestria para a situação. Gerando uma sensação agradável, uma completude, durante a leitura.

Definitivamente é um grande prazer ler Alexey!!!

Os acontecimentos do livro a cada novo capitulo, situam o leitor no tempo/espaço. A história se passa em tempos diferentes, dão saltos e retrocessos, visando alimentar o leitor com informações pertinentes para a correta compreensão e avaliação da história - mas afinal de contas, como bem sabemos, o tempo é uma convenção e nem mesmo é linear...
Como podemos dizer que não é tudo ao mesmo tempo?

“Na verdade as realidades coexistem....e às vezes até colidem.”

Uma coisa é certa: o nosso poder criativo é infinito. Estamos em construção e constante evolução...A história deixou um gostinho de “quero mais”...merece uma continuação.
Um livro onde a imaginação é ampliada e somos convidados a VOAR rumo a novas possibilidades!

Sem duvida nenhuma, super recomendo!

Boa leitura!
Bjs ANA PAULA



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El Tiburón 23/07/2016

X-Man + Star Trek Insurrection + Carrie, a Estranha
Adquiri este livro de sci-fi com muita expectativa, todavia, sua leitura foi uma extrema decepção, não cumpriu em nada as recomendações que me deram, incluindo as da presente página no Skoob.

Mas ninguém precisa ler o texto que se segue para entender porque achei este livro muito chato. Basta dizer que o mesmo é uma história “chupinhada” de três outras histórias muito famosas: o grupo de mutantes X-Man da Marvel, Star Trek Insurrection e Carrie, a Estranha.

O livro começa com um personagem chamado Ravi recrutando pessoas com dotes especiais telecinéticos para um programa misterioso, ficando evidente que tal personagem exerce o mesmo papel do Professor Xavier do grupo de mutantes X-Man.

Pelo menos um terço do livro, então, nada mais é do que uma descrição dos “mutantes” recrutados pelo “Professor X”. Nesse ínterim, algumas cenas desconexas vão intercalando a descrição de cada mutante, fatos que são apresentados com diferentes datas, ou seja, se passam em diferentes momentos do tempo. Achei péssima essa abordagem, pois quem presta atenção em datas? Fica-se totalmente perdido no tempo sem entender nada. Tudo bem, pois se espera que no final da história as coisas passem a fazer sentido.

Quando finalmente Ravi termina de recrutar seus “mutantes” e eles enfim se mudam para a “escola do Professor X”, no caso, uma instalação que se acredita ser no meio da floresta amazônica, mas, ao invés da história avançar, recomeça uma nova descrição de cada personagem com mais profundidade e nada acontece. Inclusive, a própria construção das personagens e a relação entre os mesmos é um tanto quanto apelativa, como se o autor quisesse criar uma história para adultos com cenas de sexo e bullying entre sua interminável descrição dos personagens e que pouco ou nada agregam ao que se espera de um livro classificado como ficção-científica. Tão longa que é difícil memorizar, tomando dois terços da obra sem que nada aconteça que não sejam os fatos desconexos embaralhados conforme dissemos. Ainda assim, o leitor que chega até aqui, como eu, prossegue na leitura crente que algo sensacional irá acontecer e finalmente todos os fatos desconexos vão ser costurados no final.

Pra resumir, quando finalmente algo acontece, se descobre que a tal escola de mutantes do professor Xavier não é na Terra, e sim em outro planeta. Foram todos abduzidos e levados para outro mundo sem que soubessem. Ora, essa nada mais é que a mesma ideia de abdução vista no filme “Star Trek: Insurrection”, nesse instante um dos “mutantes” perde o controle e destrói tudo e a todos exatamente como acontece com a personagem Carrie do famoso livro de Stephen King. Além desse final banal e clichê, muitos daqueles fatos desconexos, e até alguns personagens, narrados ao longo da obra ficam assim, sem conexão com o final da trama. Uma decepção.

Realmente, não dá para entender como as pessoas elogiam esse livro como se fosse uma obra prima. Ou até dá, basta um pouco de perspicácia para perceber de onde e de quem partem tais elogios. Talvez seja essa a mensagem subliminar contida nesse livro, que, se de uma estrela bem distante virá uma realidade virtual capaz de nos abduzir sem nos darmos conta, aqui na Terra hoje se abduz o público com dinheiro e publicidade. Pague para dizerem ao povo que algo é bom e ele acreditará.

Uma história bem medíocre que, por isso mesmo, agrada um público bem mediano.
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highbythem00n 13/04/2021

Recomendo demais
Amei a não linearidade temporal, amei a introdução de cada personagem e como tudo foi se encaixando e desabrochando perfeitamente. Ótimos plots tb!
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El Tiburón 23/07/2016

X-Man + Star Trek Insurrection + Carrie, a Estranha
Adquiri este livro de sci-fi com muita expectativa, todavia, sua leitura foi uma extrema decepção, não cumpriu em nada as recomendações que me deram, incluindo as da presente página no Skoob.

Mas ninguém precisa ler o texto que se segue para entender porque achei este livro muito chato. Basta dizer que o mesmo é uma história “chupinhada” de três outras histórias muito famosas: o grupo de mutantes X-Man da Marvel, Star Trek Insurrection e Carrie, a Estranha.

O livro começa com um personagem chamado Ravi recrutando pessoas com dotes especiais telecinéticos para um programa misterioso, ficando evidente que tal personagem exerce o mesmo papel do Professor Xavier do grupo de mutantes X-Man.

Pelo menos um terço do livro, então, nada mais é do que uma descrição dos “mutantes” recrutados pelo “Professor X”. Nesse ínterim, algumas cenas desconexas vão intercalando a descrição de cada mutante, fatos que são apresentados com diferentes datas, ou seja, se passam em diferentes momentos do tempo. Achei péssima essa abordagem, pois quem presta atenção em datas? Fica-se totalmente perdido no tempo sem entender nada. Tudo bem, pois se espera que no final da história as coisas passem a fazer sentido.

Quando finalmente Ravi termina de recrutar seus “mutantes” e eles enfim se mudam para a “escola do Professor X”, no caso, uma instalação que se acredita ser no meio da floresta amazônica, mas, ao invés da história avançar, recomeça uma nova descrição de cada personagem com mais profundidade e nada acontece. Inclusive, a própria construção das personagens e a relação entre os mesmos é um tanto quanto apelativa, como se o autor quisesse criar uma história para adultos com cenas de sexo e bullying entre sua interminável descrição dos personagens e que pouco ou nada agregam ao que se espera de um livro classificado como ficção-científica. Tão longa que é difícil memorizar, tomando dois terços da obra sem que nada aconteça que não sejam os fatos desconexos embaralhados conforme dissemos. Ainda assim, o leitor que chega até aqui, como eu, prossegue na leitura crente que algo sensacional irá acontecer e finalmente todos os fatos desconexos vão ser costurados no final.

Pra resumir, quando finalmente algo acontece, se descobre que a tal escola de mutantes do professor Xavier não é na Terra, e sim em outro planeta. Foram todos abduzidos e levados para outro mundo sem que soubessem. Ora, essa nada mais é que a mesma ideia de abdução vista no filme “Star Trek: Insurrection”, nesse instante um dos “mutantes” perde o controle e destrói tudo e a todos exatamente como acontece com a personagem Carrie do famoso livro de Stephen King. Além desse final banal e clichê, muitos daqueles fatos desconexos, e até alguns personagens, narrados ao longo da obra ficam assim, sem conexão com o final da trama. Uma decepção.

Realmente, não dá para entender como as pessoas elogiam esse livro como se fosse uma obra prima. Ou até dá, basta um pouco de perspicácia para perceber de onde e de quem partem tais elogios. Talvez seja essa a mensagem subliminar contida nesse livro, que, se de uma estrela bem distante virá uma realidade virtual capaz de nos abduzir sem nos darmos conta, aqui na Terra hoje se abduz o público com dinheiro e publicidade. Pague para dizerem ao povo que algo é bom e ele acreditará.

Uma história bem medíocre que, por isso mesmo, agrada um público bem mediano.
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