O Falcão Maltês

O Falcão Maltês Dashiell Hammett




Resenhas - O Falcão Maltês


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Fabio Shiva 31/08/2010

O FALCÃO MALTÊS (RELÍQUIA MACABRA) Dashiell Hammet
Clássico!!!

É difícil mensurar a força que essa obra teria para um leitor de hoje, de tanto que ela já foi copiada, parodiada, caricaturada... É necessário observar o contexto e a época em que o livro foi escrito para se ter uma real dimensão da importância de O Falcão Maltês (The Maltese Falcon no original).

Publicado em 1930, originalmente como uma série para a revista Black Mask, esse livro foi o ápice do chamado romance noir. Por conta dessa obra, Dashiell Hammet foi acusado de elevar o romance policial à categoria de alta literatura. Novamente, é difícil averiguar até que ponto essa acusação procede. Pois o conteúdo de O Falcão Maltês já foi tão sugado pela indústria cultural a ponto de virar clichê do clichê.

Ainda assim, há uma força latente nesse livro, que sobrevive imune a tanta imitação. Penso que algo parecido ocorre com os filmes de Hitchcock. Muitas das técnicas que Hitch inventou já viraram jargão do cinema, outras hoje seriam consideradas ingênuas diante dos avanços tecnológicos... mas eu não trocaria Psicose, Vertigo ou Janela Indiscreta por nenhuma tonelada dos filmes policiais produzidos em massa hoje em dia.

Dado curioso é que antes de virar escritor o autor Hammet teve uma vivência como detetive para a famosa agência Pinkerton! Experiência que foi sem dúvida valiosa para moldar um tipo inesquecível: Sam Spade.

Descrito como um Satã loiro, Spade é o protótipo do anti-herói, um malandro mau caráter e incrivelmente rude às vezes. Mas como ele é carismático em seu mau caratismo! Infelizmente ele só aparece nessa obra-prima e em três contos menores de Hammet.

O Falcão Maltês é marcado por uma prosa seca e direta, sem nenhum tipo de floreio. Por detrás do universo de loiras fatais e pistoleiros psicopatas, há um retrato sombrio da América no período entre as duas grandes guerras. O livro teve algumas versões para o cinema, sendo a mais famosa a de 1941, dirigida por John Huston e estrelada por Humphrey Bogart, certamente um grande clássico do cinema (que espero ver em breve!).

(16.04.10)
Gerson 26/05/2012minha estante
Excelente resenha. Trás mais informações sobre o livro e faz comparações com outros temas. Geralmente se confunde resenha com resumo. Fico contente quando encontro uma bem feita.

Gerson


Daniel Rocha 16/05/2013minha estante
Muito legal tua resenha. Estou há horas me amarrando para ler este livro. Sou fã da literatura noir, e soube deste clássico quando li que "'O Longo Adeus', de Chandler, era a única obra capaz de ombrear com 'O Falcão Maltês'".

Tua resenha reacendeu o desejo de ler Dashiell. Só li "Mulher no Escuro", mas acho que esta é a oportunidade perfeita para começar a ler o Falcão.

Abraços e viva a literatura noir!


Fabio Shiva 17/05/2013minha estante
Olá amigos, valeu pelos comentários!
Por sincronicidade ontem mesmo terminei de ler um livro de contos do Hammett, achei ainda melhor que O Falcão Maltês!!! Muito bom mesmo!!!
abração


Daniel Rocha 17/05/2013minha estante
Opa, quero saber. Qual é o livro? Tiros na Noite: Medo de Tiro?

Abraços noir!


Leiliane R. Falcão 05/01/2023minha estante
Muito legal! Vi uma referência ao Falcão Maltês no Vampiro Lestat e fiquei ainda mais curiosa com a resenha. Muito bom!


Reccanello 23/07/2023minha estante
Spade, Sam Spade. Está na plaqueta.




Reccanello 27/07/2023

Spade, Sam Spade. Está na plaqueta.
Clássico dentre os clássicos do gênero noir, obra que inspirou dezenas de outras do estilo. Seca. Pesada. Sorri para o lado enquanto os olhos demonstram dureza. Criada na aspereza da rua, mas você pode me regenerar, baby. Mort, Ed Mort. Está na plaqueta.
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Maltenri 10/07/2011

Um marco do "noir"
“O Falcão Maltês”, escrito por Dashiel Hammett em 1930, segue as peripécias de Samuel “Sam” Spade, detetive particular em San Francisco. Ele se vê às voltas com uma mulher misteriosa, que o envolve em um caso complicado depois que seu parceiro Miles Archer é assassinado.

Por honestidade intelectual, indico que minha resenha e nota podem ser pouco objetivas. Li a versão traduzida e editada em 1984 pela Abril Cultural. A edição em si não está muito ruim, com poucos erros de tipografia, e uma ou outra palavra esquecida em língua inglesa. A tradução, no entanto, é vexatória e por vezes ridícula. Além de traduzir nomes pessoais e lugares, prática que abomino, o tradutor errou constantemente ao traduzir expressões e gírias. Isto acaba cortando o ritmo da trama e, por conseqüência, diminuindo a imersão e prazer da leitura. Disto decorre uma resenha talvez um pouco injusta.

A obra é considerada uma das grandes obras da literatura americana do século XX, feito raro para o gênero policial, tão criticado e menosprezado pelos amantes da grande literatura. Hammett foi detetive antes de ser escritor: sua obra tem uma sombra de realidade inigualável. Ele descreve um mundo duro e cruel, sem lugar para a inocência.

O estilo usado é interessante por três razões principais.
Primeiro, o uso abundante de adjetivos para dar um toque extra de realidade à trama. Suas descrições ficam rápidas e objetivas, com somente os adjetivos dando cor ao mundo.
Isto leva ao segundo ponto, que pode ser explicado por seu passado de detetive. Ele descreve todas as situações de forma metódica e precisa, sem floreios e figuras de linguagem. Decorre uma leitura rápida que, no entanto, não pode ser desatenta: as situações evoluem rapidamente, com muitas mudanças bruscas.
A última razão é a ausência de pensamentos dos personagens. O autor apresenta o que falam, fazem, e nada mais. Isto colabora para aumentar o clima de mistério e dúvida que acompanha toda a trama.

A visão pessimista do autor sobre o mundo aparece através de seus personagens: ninguém é santo; nenhum deles tem uma moral inteiramente reta. Aliás, retidão moral é algo raro na obra.
O personagem principal, Sam Spade, é o maior exemplo: um legítimo pulha, que faz só o que é melhor para si mesmo. Ele é um canalha da pior espécie: rouba, trai, briga... Porém não deixa de ser um personagem a quem se possa afeiçoar: tem uma ironia e um jeito malandro muito bem construídos pelo autor.
Todos os personagens seguem a mesma linha: mulheres manipuladoras, advogados de caráter duvidoso, policiais que vão além de suas funções e assim em diante. Todos têm seus interesses particulares e fazem de tudo para alcançá-los. Resumindo, temos personagens reais, que transpiram qualidades e defeitos, sem cair em estereótipos.

O livro merece ser lido, por ser um marco da gênero “noir” e por fugir do lugar-comum deste tipo de literatura. Lamento somente a tradução, que me privou certamente de um prazer maior.
Gerson 26/05/2012minha estante
Gostei da resenha. Só acho que revelou demais sobre Sam Spade.

Gerson




Valéria Cristina 01/09/2022

Clássico noir
Em São Francisco, em um clima noir, o detetive Sam Spade parte em busca de uma relíquia desaparecida. Muitas pessoas estão envolvidas nessa aventura, inclusive a polícia e a bela Brigid.

A trama se torna cada vez mais complexa e o assassinato de seu sócio faz a investigação mais urgente.

A leitura remete-nos aos filmes em branco e preto, estrelados Humphrey Bogart no início do século XX. Detetives usando chapéu e sobretudo, frases contundentes e cortantes garantem o envolvimento na trama e a diversão.

Samuel Dashiell Hammett (Condado de Saint Mary's, 27 de maio de 1894 – Nova Iorque, 10 de janeiro de 1961) foi um escritor estadunidense, considerado o pai do romance policial americano, um dos precursores da literatura noir.

Entre os personagens mais marcantes, criou os detetives Sam Spade, Nick e Nora Charles e o Continental OP, com o ilustrador Alex Raymond, criou a tira de jornal Agente Secreto X-9.
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Manfredo 12/08/2012

Excelente livro do Dashiell, talvez o melhor. dificil dizer, todos são fora de série. Ele é professor no assunto.

ps- data de leitura imprecisa
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Willjf 28/12/2023

Não há nada melhor do que um bom romance policial. E como qualquer grande obra do gênero, abundam as ambigüidades morais. Sam Spade, o personagem principal, é um detetive particular endurecido e cínico com seu próprio código de ética. Entra em cena um vigarista, uma bela mulher cuja lealdade muda rapidamente e uma valiosa estátua de falcão desaparecida - e você está preparado para uma maravilhosa história de investigação.
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Luciano 19/06/2013

Sinopse - O Falcão Maltês - The Maltese Falcon - Dashiell Hammett

Uma relíquia medieval - a estatueta de um falcão - é alvo da cobiça de aventureiros gananciosos. O detetive Sam Spade entra nesta batalha quando seu sócio é assassinado depois de se envolver com uma jovem sedutora. Em 1941, John Huston transformou o livro no filme noir "Relíquia Macabra", com Humphrey Bogart no papel de Sam Spade.

O Falcão Maltês - The Maltese Falcon - Dashiell Hammett
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Leandro 12/11/2022

O estilo de Hammett é muito agradável de ler, apesar de não descrever tão bem a atmosfera do mistério.
O caso - como um bom noir - é intrincado, com personagens dúbios.
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spoiler visualizar
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Wtl 21/11/2023

Um sigma detetive?
Ao conhecer O Falcão Maltês por recomendação de um protagonista de livro (o André, de O Campeonato), eu, como grande apreciador de histórias policiais, tive que ler essa obra... E eu achei muito bom. Os personagens, locais, o mistério em volta do tal Falcão e o porquê dele ser tão buscado me motivaram a terminar isso. As páginas passavam tão fluidamente, porque a escrita do Dashiell Hammett é simples e seu protagonista é cativante.

Sam Spade é o típico cara durão dos anos 30. O homem é forte, inteligente e muito mentiroso. De 10 palavras que ele fala, 7 são mentiras pra poder virar a história ao seu favor. Creio que este seja o primeiro detetive Sigma (sim, igual aquele cara do campari) que eu já vi. Principalmente a parte final com a Brigid: o cara mandou o amor pra caixa bozor e prendeu a mulher mesmo. Só por essa ação virou um herói nacional pra mim, porque a Brigid é um pé no saco até o final da obra, porque ela é uma mentirosa e duas caras incurável.

Enfim, eu gostei dessa história, mas ela não é das melhores e eu não recomendaria para que qualquer pessoa lesse isso. Recomendo isso pra quem gosta de uma boa história policial em livro que mais parece um filme. Muito bom.
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P. M. Zancan 27/04/2012

Um livro Envolvente
(...)

“O Falcão Maltês” começa com Sam Spade, o personagem central, recebendo em seu escritório uma certa senhorita Wonderly em busca de ajuda. Ela pede que alguém siga um certo Floyd Thurby, com quem sua irmã de 17 anos teria fugido e se mantido sem contato. Miles Archer, sócio de Spade, se incumbe da tarefa, com um destino trágico. A morte de Archer, na mesma noite, leva Spade a um novo rumo à investigação onde pouco do que dissera Wonderly (se era realmente este o seu nome) poderia ser verdade.

A reação em cadeia conduz Spade a uma busca por um artefato inestimável, o “Falcão Maltês”, e aos que o buscam, não importando o que estiver em seu caminho. Contudo, fica clara a frieza do detetive, que entra neste jogo pelo dinheiro e para encontrar o responsável pela morte do finado sócio, ignorando quaisquer sentimentos que mulheres possam nutrir por ele, se ficarem em seu caminho.

Ninguém, nesta estória, é perfeito, nem mesmo Sam. Os personagens que cruzam com Spade são muito bem descritos, chegando, em alguns momentos, a beirar a “caricatura”, em razão do destaque às suas características mais marcantes.

Ao final da trama há um desfecho surpreendente e o caso se conclui, mas não da forma como muitos gostariam.

Este é um livro altamente recomendado, não só por ser um clássico, mas também porque serviu de inspiração de várias outras obras policiais tanto do cinema quanto na literatura.

(...)

Resenha completa está em:
http://ladyweiss.blogspot.com.br/2012/04/resenha-de-o-falcao-maltes.html

P. M. Zancan
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Juliane4 02/12/2023

O estilo de escrita de Hammett é caracterizado pela concisão e pela eficácia, refletindo a dureza da narrativa e o mundo implacável em que os personagens habitam. A utilização de diálogos afiados e cortantes é uma das marcas registradas do autor, contribuindo para a construção de personagens memoráveis.
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Policaio 09/01/2023

O detive criado por Dashiell Hammett
Dashiell Hammett é dos autores pioneiros do gênero policial noir na literatura. "O Falcão Maltês", publicado em 1930, é um de seus livros de maiores sucesso, sendo adaptado para o cinema em 1941.

O livro traz a primeira aparição do detetive Sam Spade no universo literário, uma figura um tanto duvidosa; um detetive malicioso, sarcástico, irônico, mulherengo; um trickster; um anti-herói; características que vão modular a personalidade dos detectives do gênero noir. Uma transposição dos trickters do Velho Oeste para o urbanismo estadunidense.

No mais, a edição da Editora L&PM como sempre tem as páginas brancas, o que não torna a leitura tão leve quanto páginas amareladas, mas a vantagem é o custo benefício, a editora tem um ótimo catálogo por um preço acessível.

Quanto a escrita de Dashiell Hammett, no geral é fluída, as vezes se torna proxila, mas o excesso de fatos e detalhes é compensado com ótimos plots e boa ação. Um ótimo título para quem quiser mergulhar no universo noir.
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Moises Celestino 03/08/2015

Relíquia Macabra
Um dos meus favoritos. A trama de "O Falcão Maltês" gira em torno de uma estatueta cobiçada por pessoas inescrupulosas. O detetive Sam Spade com seu senso dedutivo investigativo consegue decifrar o enigma. É uma leitura que te prende do início ao fim e, para quem curte o gênero romance policial noir clássico é um passatempo agradável e instigante. O enredo deste romance de Dashiell Hammett serviu de inspiração para "The Maltese Falcon", filme noir dirigido por John Huston em 1941, com Humphrey Bogart, Mary Astor e Peter Lorre nos papéis principais.
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P. H. de Aragão 31/08/2019

Detetive Spade e a Relíquia Macabra
Gosto bastante do estilo de escrita do autor Dashiell Hammett. Ótimas descrições e diálogos precisos, que nos fazem imaginar a cena se desenrolando diante dos nossos olhos. Quase um roteiro audiovisual, pronto para ser filmado (como realmente o foi, por duas vezes). Ademais, a trama investigativa tem várias nuances e algumas reviravoltas narrativas bem aplicadas. O Falcão Maltês deve ter sido muito melhor para os leitores da época, 90 anos atrás, mas é inegável que continua ótimo ainda hoje.

Nota 8/10

site: https://www.instagram.com/phdearagao/
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