Kennia Santos | @LendoDePijamas 07/09/2015O caubói não empolgou tanto assim..Esse livro, foi mais um que, muita gente me super indicou, falando maravilhosamente bem sobre ele, e principalmente desse Lucas, descrevendo-o como perfeito, divo, espetáculo e tudo mais. A princípio hesitei não pela autora ser brasileira, mas sim por ser brasileira da literatura ‘’erótica’’, que é uma nova fase pra mim, pois tinha bastante preconceito com relação a esse gênero. Mas então fui lá, comprei o livro porque pra falar mal ou elogiar algo, você precisa conhecer e tirar seu próprio ponto de vista do mesmo.
Achei uma história com ápices bastante interessantes, toda essa coisa de ‘’patricinha’’ e ‘’garoto da fazenda’’ costumam gerar new adults bastante bons, mas, nesse caso, não.
Desde o início a escrita da autora me incomodou bastante, achei bastante vulgar e descarada, sei que e erótico, não estava esperando ursinhos carinhosos e ciranda-cirandinha, mas achei um tanto quanto exagerada, o tipo de escrita que ao invés de empolgar o leitor, envergonha-o, não pelos palavreados, mas pelo direcionamento e cenário que acontecem.
A Pietra é bastante chata no começo, mas nada que não esperasse de uma garota que futuramente teria seu apartamento próprio na cidade da luz. Mas achei que a transformação dela ocorreu de forma bastante rápida, cheguei-peguei-mudei, e você lendo fica: “sério?”, mas ao decorrer da história, principalmente no final, ela melhora bastante e o leitor consegue enxergá-la de forma mais humana e sentir mais sinceridade na mudança que a princípio gira apenas em torno do Lucas, e depois se transforma em algo maior e mais abrangente.
O Lucas, o tal do caubói que faz todas pirarem, confesso logo: ele tem pegada, mas, achei o cara o maior babacão.Primeiro que, o cara, apesar de inteligente e prestigiado por toda população local, vivia uma vida em relação às mulheres bastante ‘’oca’’, do tipo, peguei-usei-larguei, o que me surpreendeu porque, geralmente esses garotos de livros do interior vivem ou uma vida bastante recatada ou no mínima respeitosa, diferente do Lucas que pegava até o ar, o comportamento da Pietra é compreensível, pois ‘patricinhas’ muito mimadas que crescem sem amor paternal vivem daquele jeito mesmo, já o Lucas, que mesmo sem pais, tinha todo o carinho do Tio e da Mari, achei um pouco controvérsio, mas enfim.. Depois, todas as vezes que dava algum problema entre ele a Pietra foi sempre por causa do mimim inesperado dele. Sempre ela tá se dedicando pra ele, quebrando as próprias regras e paradigmas, mas nunca desistiu, e depois do sentimento novo, ‘’amor’’ recém-descoberto para ela, a mesma nunca hesitou em demonstrar.
A única ‘’mancada’’ dela foi esconder bastante tal informação a qual começa a dramatização da história, e quando o Lucas descobre, ele explode, de forma exagerada. Ele se prendeu no passado de uma forma bastante forte e, começa a culpar a Pietra por tudo, e depois que o Santiago vai e explica, ele ao invés de ir atrás da ‘’Cristal” fica cheio de draminha e mimimi.
E é com essa dramatização que o livro começa a crescer, porque nessa parte a autora me surpreendeu, conseguiu interligar os fatos sem me deixar com cara de ‘’ué’’, e explicando coisa por coisa de toda trama, e me fez gostar ainda mais da Pietra e entendê-la bem mais. Foi uma ligação tão boa que, eu já tinha decidido classificar o livro com 4 estrelas, mas, chegou uma parte no final que PUTZ que droga é essa..
Sobre os demais personagens, amei a Mari, apesar de achar ela meio cabeça-oca no início, todavia compreensível analisando os detalhes, o Pedro gostei bastante, um baita amigo e comedor de queijo (HAHAHA), até a Raquel, achei a parte ‘desapego’ dela bem legal.
No fim das contas, quem me surpreendeu não foi o caubói, foi a Pietra, com toda a mudança de comportamento, hábito, ambiente, gostos e valorização. O casal em si não empolgou tanto, então, tá aí minha opinião.