Se alguma vez...

Se alguma vez... Meg Rosoff




Resenhas - Se Alguma Vez...


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Nanda 08/04/2016

Escolhi Se Alguma Vez... para resenhar porque a sinopse me intrigou demais com toda a situação de se reinventar, só que não funcionou muito bem para mim. A gama de informações jogadas no início do livro foi muito grande e em algum momento da história a autora, os personagens e eu mesma nos perdemos no meio da confusão criada por David/Justin.

Achei a ideia da troca de nome divertida, porque em tradução literal Justin Case poderia ser interpreta como No caso de, o que leva a várias reflexões do e se?. E o livro é cheio dessas reflexões, mas tão cheio, que ficou chato. Em certas partes parecia que eu estava lendo um livro de filosofia e, convenhamos, não é algo legal de se encontrar em um livro de ficção.

O motivo que leva Justin a se reinventar não me pareceu tão sério a ponto do drama que ele criou. Além disso, não foi muito bem explorado. Tiveram partes que me levaram a questionar, de verdade, o sentido do livro existir. Porque, como já disse antes, aconteceu tanta coisa que eu não sabia mais diferenciar o que era real e o que não era.

O livro é narrado em terceira pessoa, mas em algumas partes esse observador se revela, sendo ele o destino. Isso seria algo legal a ser explorado, afinal, Justin acha mesmo que está sendo perseguido pela vida. (Mas nós todos estamos sendo perseguidos pela vida, certo?) Só que, infelizmente, o que deveria ser a história principal se tornou um plano de fundo para os dramas adolescentes de Justin.

E me atrevo a dizer que o Justin é um porre, eu sei muito bem que a adolescência não é uma fase fácil, mas pelo amor de Deus fazer um estardalhaço porque qualquer coisa é exagero demais. E também é pedir demais da minha paciência. Os outros personagens que poderiam ser bem desenvolvidos, não foram. De fato, o melhor personagem (e parece ser também o mais inteligente) era o irmão mais novo de Justin.

Cheguei ao final do livro sem absorver nada da história, sem conseguir entender o propósito, enfim, divaguei demais e tudo o que senti foi um grande vazio. Motivo pelo qual eu acabei nem avaliando o livro porque simplesmente não dava. É triste, sabe, porque era um livro que eu tinha expectativa de ser bom. Principalmente por conta da citação na capa dizendo que era O Apanhador no Campo de Centeio dos dias atuais. E receio dizer que se for mesmo (e se eu vier a ler o livro comparado), vou me decepcionar novamente.

site: http://www.entrelinhascasuais.com/2014/09/resenha-se-alguma-vez-meg-rosoff.html
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Saleitura 09/10/2014

A vista é ótima daqui de cima. Posso olhar do outro lado
do mundo e ver tudo.
Posso ver, por exemplo, um menino de 15 anos e seu irmão.


Se alguma vez... você conhecer um jovem adolescente como David Case será que conseguirá entender seus conflitos e acompanhá-lo nesse mundo imaginário? Uma história bem original e posso dizer até um pouco louca, mas como de louco todos nós temos um pouco segui em frente para saber até onde ele conseguiria mudar seu destino, ou melhor, escapar de si mesmo.

David Case é um rapaz um pouco complicado e apesar de não reclamar acha sua vida uma chatice. Tanto a escola como seus pais e seu irmão mais novo é um tédio para ele. Depois que pega seu irmão, Charlie, querendo voar pela janela se vê cara a cara com a morte.
De repente, para onde quer que olhe, ele vê catástrofe, desastre, a ruína da raça humana, a morte do planeta...

Achando que o destino o persegue resolve primeiro mudar o seu nome para Justin Case e para completar vai mudar por completo a sua forma de se vestir. Vai até um brechó e lá conhece Agnes Bee - jovem de 19 anos com uma franja cor-de-rosa - que o ajuda a escolher as roupas para o seu novo visual. Por último ele adota um cachorro imaginário e dá o nome de Garoto, pois a ideia de um animal de estimação mesmo sendo imaginário o confortava.

Toda essa mudança surpreendeu a seus pais que praticamente se dedicavam mais ao irmão menor e não davam muito atenção ao que ele fazia ou quais suas preocupações. O pai chegou a perguntar se ele era homossexual e simplesmente foi pego de surpresa, pois não havia pensado nessa possibilidade. Simplesmente respondeu que não sabia.
- Bem, isso é um alívio.- Fungou. A vida já é complicada o bastante sem um filho bicha.

Enfrentar a escola com um novo nome, novas roupas e um cachorro o que o fazia sentir mais seguro. Impossível não ser motivo de chacota dos grupos de estudantes, mas ele tentava superar. Ele fez amizade com Peter Prince, que era solidário e inteligente e isso agradava a Justin. Peter é um personagem muito marcante e o amigo de todas as horas. Sempre tinha uma turma que fazia pouco deles e Peter enfatizava que esse processo de tentar humilhar os outros explicava a natureza endêmica do bullying.

Justin surpreendeu como corredor batendo recorde. Tudo começou depois que o treinador de educação física o chamou perguntando se ele já havia pensado em corrida cross-country.

Recebe uma ligação de Agnes que o convida para irem a Londres. Ele gostava dela e vivia imaginando como seria estarem juntos trocando beijos e transando. Até onde um jovem adolescente poderia ser levado por seu coração apaixonado? Só que Agnes é uma fotógrafa e viu em Justin o seu modelo ideal. Pegava sua câmera e tirava fotos dele de todos os ângulos e chegou a levá-lo para conhecer Ivan seu amigo que era fotógrafo também e disponibilizou um casaco que caiu ótimo em Justin e foi o grande motivo para Agnes tirar mais fotos ainda.

No entanto, nem mesmo essa nova identidade será capaz de protegê-lo de seu destino, e quando Justin se apaixona loucamente por Agnes, uma sequência de eventos perturbadores ameaça acabar de vez com o disfarce dele.

Durante a leitura confesso que muitas atitudes de Justin me deixam sem ação, mas fiquei encantada com seu irmãozinho Charlie. O carinho entre eles é muito bonito e suas palavras tocam Justin que fica sem resposta. Será que ele conseguirá sobreviver a tantas turbulências e entender sobre o seu lugar no mundo e o significado real do destino?

A criança assentiu. Um piano pode cair na sua cabeça, ele falou, mas também pode não cair. E enquanto isso você não tem como saber. Algo bom pode acontecer.

A autora Meg Rosoff narra uma história que pode ser analisada de muitas formas. Uma família normal que tem um filho adolescente e outro ainda engatinhando, mas é natural que a atenção se volta ao menor e o mais velho além de cuidar do caçula enfrenta uma fase de mudanças, de questionamentos, ansiedades que com falta de apoio levam a criar conflitos internos.

Uma capa super criativa para uma história bem diferente e criativa. Gostei do estilo, das cores e de todo o acabamento nesta obra da Galera Record.

Resenhado por Irene Moreira
http://www.skoob.com.br/estante/resenha/47098022

site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2014/10/resenha-do-livro-se-alguma-vez-de-meg.html
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Irene Moreira 09/10/2014

A vista é ótima daqui de cima. Posso olhar do outro lado
do mundo e ver tudo.
Posso ver, por exemplo, um menino de 15 anos e seu irmão.

Se alguma vez... você conhecer um jovem adolescente como David Case será que conseguirá entender seus conflitos e acompanhá-lo nesse mundo imaginário? Uma história bem original e posso dizer até um pouco louca, mas como de louco todos nós temos um pouco segui em frente para saber até onde ele conseguiria mudar seu destino, ou melhor, escapar de si mesmo.

David Case é um rapaz um pouco complicado e apesar de não reclamar acha sua vida uma chatice. Tanto a escola como seus pais e seu irmão mais novo é um tédio para ele. Depois que pega seu irmão, Charlie, querendo voar pela janela se vê cara a cara com a morte.
De repente, para onde quer que olhe, ele vê catástrofe, desastre, a ruína da raça humana, a morte do planeta...

Achando que o destino o persegue resolve primeiro mudar o seu nome para Justin Case e para completar vai mudar por completo a sua forma de se vestir. Vai até um brechó e lá conhece Agnes Bee - jovem de 19 anos com uma franja cor-de-rosa - que o ajuda a escolher as roupas para o seu novo visual. Por último ele adota um cachorro imaginário e dá o nome de Garoto, pois a ideia de um animal de estimação mesmo sendo imaginário o confortava.

veja a resenha completa no blog Saleta de Leitura


site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2014/10/resenha-do-livro-se-alguma-vez-de-meg.html
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tiagoodesouza 28/09/2014

Se alguma vez... | @blogocapitulo
Sabem aqueles livros que a gente percebe que é bom, mas não chegam a funcionar muito com a gente? Ou talvez a gente - eu - não tenha entendido muito bem o que o autor/a quis mostrar e precisa ler novamente, no futuro, pra ter uma nova visão da história?

"Então é aqui que começamos: um menino à beira da morte. Outro à beira de algo um tanto mais complicado."
Página 10.

Mas apenas no caso de alguns poucos segundos serem suficientes para evitar uma catástrofe e fazer com que você questione se o destino está no seu pé, reinvente-se como David Case. No caso dele, entre em cena uma nova pessoa, com uma nova forma de ver, alguém que não existe de verdade e, portanto, não tem o destino no seu rastro.

Parece mais complexo do que é, no entanto é uma história simples com questionamentos relevantes. É como um segundo pode mudar toda a estrutura da vida e em como uma escolha pode abrir um caminho completamente novo.

O que provavelmente me incomodou foi o fato de um garoto tão novo ficar tão preocupado com algo muito mutável quanto o destino. Justin apenas deveria ter incorporado a Elsa e mandado um Let it go para o destino, curtido o que a vida tinha para oferecer e agradecido aos céus por ter chegado na hora certa e salvado o irmão de virar um passarinho que não sabia voar. E eu digo isso porque eu já fui assim e, neste caso, eu me reconheci um pouco no garoto. Eu percebi que não adianta tentar evitar algumas coisas, elas vão arrumar um jeito de acontecer. E ainda assim a gente não pode ter certeza se será bom ou ruim, né? É como um jogador correndo para o gol - ele pode driblar todo o time adversário e ficar na frente do goleiro, mas se vai alcançar o objetivo ou não depende de muitos fatores. Alguns, podem não estar em suas mãos. Ou nos seus pés.

Recomendo a leitura e acredito que cada um de vocês terá uma visão diferente dessa história. Meg Rosoff é também autora de Minha vida agora.

"(...) E se o destino o estiver perseguindo porque você está correndo?"
Página 174.

site: http://ocapitulodolivro.blogspot.com.br/2014/07/resenha-se-alguma-vez.html
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Karini.Couto 11/07/2014

Meg Rosoff nos presenteia com uma história graciosa, clara e ao mesmo tempo tão intrínseca, pois a autora trata de questões frequentes como relacionamentos, sexualidade e demais dúvidas que surgem na adolescência, assim como nos mostra a ansiedade de um personagem em mudar aquilo que não se pode controlar.. O destino!

"Então é aqui que começamos: um menino à beira da morte.
Outro à beira de algo um tanto mais complicado."
pág.10

Se alguma vez.., nos apresenta David Case, um jovem de 15 anos que após ver seu irmãozinho Charlie de um ano e meio quase cair da janela do quarto passa a vislumbrar sua morte onde quer que vá; então resolve que precisa mudar tudo que há em si, incluindo seu próprio nome para que possa fugir do destino que está tentando alcança-lo a todo custo com tragédias e situações devastadoras.. Com isso passa a chamar-se de Justin Case; dando sequência à suas mudanças, Justin vai a um brechó encontrar roupas que sejam mais adequadas ao seu novo "eu" e lá conhece Agnes, uma jovem de dezenove anos que imediatamente demonstra interesse por Justin e a coisa de fugir do destino e o ajuda a escolher suas roupas, assim como o "clica" com sua máquina fotográfica a toda troca de roupas..

"Talvez ele estivesse escutando, mas de alguma forma
não tivesse capacidade de entender."
pág.15

Justin acredita que com todas essas mudanças sua vida irá melhorar em todos os sentidos, assim como irá conseguir manter-se longe do destino. Para enfrentar a escola, ele cria um cão imaginário, seu Galgo Cinza chamado "Garoto"; porém na escola as coisas não acontecem bem assim, pois as pessoas o vêem como louco com essa coisa de mudar de nome; mas Justin parece vestir a própria indiferença em sua carne e demonstra total falta de interesse no que acham de si.. Mas no meio de tantas pessoas que se afastam a todo instante, Peter parece ser o único que de certa forma entende Justin e acabam tornando-se amigos.. E de alguma forma parecia que Peter podia sentir ou ver "Garoto".. Essa sensação é nítida..

"Garoto trotou até ele e encostou-se em Peter brevemente
enquanto Justin observava pasmo. A fronteira entre a realidade
e a fantasia oscilou perigosamente."
pág.41

A história realmente me encantou, no início não dei nada pelo livro, achando que seria bobo ou mesmo infantil demais, porém isso demonstrou ser um engano, pois em meio a personagens jovens e um enredo simples, Meg Rosoff nos mostra que mesmo que tentemos a todo custo evitar situações em nossas vidas, apenas nos colocamos de caro com o inevitável. Não podemos e não devemos deixar de viver o que a vida tem para nós por conta de traumas ou mesmo de querer evitar sofrimento e dor.. nem tudo está em nossas mãos para que possamos ou não evitá-las!

Justin é um personagem imensamente sensível, e muitas vezes até acreditamos que ele de fato seja completamente louco, porém ao chegar ao final do livro podemos entender todo o enredo com total clareza e um ar de tristeza no coração, pois percebemos coisas que desconfiávamos em alguns trechos e depois deixamos de lado.. imaginando outras coisas.
Peter é um amigo muito bondoso e generoso, e gostei muito da sinceridade de sua irmã Dorothea..
Agnes foi um personagem fundamental para a evolução de Justin; em alguns momentos me chateei um pouco com ela por achar que ela "usou" uma situação para seu próprio benefício!
Os pais de Justin me incomodaram muito com toda sua ausência e conivência com a situação de seu filho, ao menos isso que o leitor vê inicialmente!
Charlie, irmão de Justin, é um personagem singular e muito fácil de se gostar; até mesmo Justin, que tentou não se aproximar tanto, não resiste!

Bom.. Infelizmente não tenho como dar detalhes sobre a história sem contar spoilers, só o que posso dizer é que a leitura vale muito a pena e que o livro deve não apenas ser lido, mas apreciado.. degustado pouco a pouco para melhor entendimento!
A capa tem tudo a ver com o enredo e não imagino nada melhor do que ela para representar o que li. A diagramação e revisão estão ótimas!

Convido você leitor a ler Se alguma vez.. e compartilhar conosco suas impressões!
Boa leitura!

"A VISTA É ÓTIMA daqui de cima. Posso olhar pelo mundo
e ver tudo.
Posso, por exemplo, ver você."
pág.255
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Camille 22/06/2014

As peças do destino... - Beletritas.com
David é absurdamente ansioso, nada o assusta mais que a imprevisibilidade do futuro. Um segundo antes, você morre, um segundo depois, permanece vivo: coisas sobre as quais não se tem o menor controle.

Então ele decide tomar a iniciativa e fugir o próprio destino, torna-se Justin Case, uma quase piada para "no caso de". Então acompanhamos, através de uma narrativa interessante, um pouco da história do garoto que mudou completamente para enganar algo maior (ou, talvez, apenas a si mesmo).

A primeira coisa que penso sobre o livro é: por que diabos escolheram uma capa tão ruim? Não sei vocês, mas ela não me agradou e, se não tivesse lido a sinopse, nunca que ia olhar novamente para o livro.

Entretanto, li e Meg Rosoff conseguiu o que precisava: deixar-me curiosa. Então logo comecei a ler, esperando uma história muito infanto-juvenil, mas interessante e até mesmo fofa. Algo muito sensível.

E Se Alguma Vez... de fato é sensível, mas de um jeito completamente diferente do que você está pensando. O tempo inteiro a autora coloca Justin de cara com questionamentos infinitos sobre coisas que não dependem dele.

Ela explora seu medo, sua paixão, sua adolescência, sua falta de conhecimento e a vontade de fazer o que quiser quando os pais não sabem o que fazer com ele. Ao mesmo tempo, há as falas do destino, às vezes tão assustadoras, mas que se mostra tão bom quanto ruim.

Sim, o destino é bom e ruim. Com ele falamos de sorte e azar, de vida e morte, de interesse próprio e compartilhado. Mostra como nem tudo é o que parece ser, nem as pessoas, nem um cachorro imaginário e um coelho verdadeiro, ou uma raposa com fome.

O livro encanta nesses momentos e surpreende com o final, que consegue ser esperado e não-esperado, fazendo completo sentido assim. Não é uma narrativa romântica, nem engraçada; é absolutamente questionadora.

Se recomendo a leitura? Sim, mas com seus devidos preparos. Não creio que Se Alguma Vez... seja para pessoas muito novas, pois elas talvez não entenderão sua originalidade.

Pelo menos eu tenho absoluta certeza de que precisarei ler de novo, sabendo que deixei muito passar por não ter entendido por completo. E olha que de ansiedade eu entendo bastante...

site: http://beletristas.com/resenha-se-alguma-vez-de-meg-rosoff
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Fernanda 30/05/2014

Resenha: Se Alguma Vez...
Resenha: “Se alguma vez...” ganha destaque inicial, principalmente, por sua simplicidade e inovação. Com uma narrativa dinâmica e habilidosa, a autora Meg Rosoff também usufrui bastante do lado imaginário do protagonista, fazendo as adaptações necessárias de acordo com o ambiente apresentado.

David Case tem 15 anos e vive de maneira bem acomodada e tediosa, seguindo os padrões típicos de uma família que vive numa rotina básica, ao qual nem pensam em mudar alguma coisa. O fato é que esse protagonista passa uma impressão necessária de que precisa provar para si mesmo e para as pessoas ao seu redor quem é realmente. Para poder apontar suas principais características e ser diferente em algum sentido. Quem é ele?



CONFIRA A RESENHA COMPLETA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2014/05/resenha-se-alguma-vez-meg-rosoff.html
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