Guilherme Amaro 30/06/2022
Metrô 2034 - Uma promessa que virou decepção
Metrô 2034 em formato digital (pdf) em português, contém 321 páginas. Edição de 2010.
Estava todo empolgado para ver a continuação do 2033, explorar as outras estações de metrôs até então desconhecidas, sem continuidade dos antigos personagens e das pontas soltas.
A trama se passa com dois personagens já conhecidos anteriormente:
* Hunter um brigadeiro silencioso e assassino, um estereótipo ambulante de um louco traumatizado pela guerra.
* Homero velho contador de história e filósofo. que tinha a obsessão de fazer algo com algum significado.
Personagem que aparecem pela primeira vez na trilogia:
* Sasha uma uma adolescente estúpida, filha de um ex-combatente exílado cobiçando um homem mais velho e mais robusto chamado Hunter.
* Leonid um músico mais jovem e bonito para um triângulo amoroso, cheio de privilégios por ser filho de Moskvin líder dos comunistas da Linha Vermelha.
* O protagonista Artyon o herói do livro Metrô 2033, ele aparece apenas na metade do livro na página 172, e no total apenas 5 páginas dedicadas a ele, sua função é estar de sobreaviso em uma estação para atender o telefone, em uma ligação alertou Homer que os infectados fugiram da estação Tulskaya, e posteriormente cumpriu uma ordem do seu superior Melnikde para inundar essa mesma estação e fugir.
Não existe mais aquela atmosfera sombria e aterrorizante que estamos acostumados, a única ameaça é a epidemia, foi citado brevemente sobre algumas criaturas mutantes como: quimera, aranhas, e um monstro espécie de pássaro, e nada sobre os grupos que se formaram nessa sociedade pós-apocalíptico como; nazistas, bandidos, satanistas, etc. Poucas cenas na superfície, a maioria se passa dentro das estações e os transportes sendo a dresina. O enredo ficou preso em um péssimo romance, e os inimigos sendo a humanidade (zumbi).
A história se passa com desaparecimento de pessoas em estações inteiras, um surto de uma grande epidemia contaminou a estação de Tulskaya e Serpukhovskaya, uma ameaça abala o sistema do metrô inteiro. Hunter quer evitar o alastramento da epidemia e queimar toda a estação. Homero preocupado com isso e também em escrever seu livro. Sasha perdidamente apaixonada por Hunter e iludida pelo jovem músico que convenceu a encontrar a Cidade das Esmeraldas e também sobre a radiação da superfície ser a cura desse vírus mortal.
Esperava mais do livro, principalmente o personagem principal Artyom do metrô 2033 e a sequência da história. Mas esse livro é uma nova história abordando mais o lado psicológico para a existência humana.
Prólogo:
" É o ano 2034. O mundo encontra-se em ruínas. A humanidade está quase aniquilada. A radiação tornou as cidades destruídas inabitáveis. Além de suas fronteiras, alguns dizem, desolações queimadas intermináveis e florestas mutantes impenetráveis estendem-se eternamente.
Mas ninguém sabe exatamente o que existe além. A civilização desvanece-se. E as memórias do passado grandioso do homem lentamente recuam para contos de fadas e lendas.
Passaram-se mais de vinte anos desde que o último avião funcionou. Trilhos enferrujados dos trens levam a lugar nenhum. E, quando o operador do rádio escuta pela milionésima vez as frequências onde um dia Nova Iorque, Paris, Tóquio e Buenos Aires transmitiram, ouve nada além de um chiado solitário."
" Enquanto antes a Terra havia sido explorada e colonizada, agora ela afundara no oceano sem fronteiras do caos dos tempos antigos. As pequenas ilhas de civilização afundaram no abismo uma após a outra, e sem petróleo ou poder, a humanidade retorna à Idade da Pedra." Pg 77