A letra escarlate

A letra escarlate Nathaniel Hawthorne




Resenhas - A Letra Escarlate


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Bia 28/06/2018

Hester Prynne: Uma personagem forte.
A Letra Escarlate, obra que foi publicada em 1850, mostra como muitas pessoas ainda precisam evoluir em pleno século XXI. Mesmo tanto tempo após sua publicação, não é incomum encontrar pessoas com o pensamento tão ultrapassado. A obra mostra a jornada de uma personagem forte, paciente e decididamente íntegra, que mesmo com tudo e todos contra ela, não se deixou abalar nem endureceu seu coração, e o modo como ela decidiu viver após o ocorrido, ajudando os pobres que, muitas vezes, a pagavam com ingratidão, andando em retidão e educando sozinha da melhor forma possível sua pequena filha, fez com que ela se transformasse num exemplo até mesmo para os seus perseguidores.

Hester Prynne é uma jovem casada, que em acordo com seu marido, decidem se mudar para o Novo Mundo. Seu marido decidiu que ela viajasse antes, sozinha, pois ele ainda tinha alguns negócios inacabados, e precisava retardar sua viagem. A história se passa na Salem do século XVII, colonizada por puritanos vindos da Inglaterra.
Hester já vivia na comunidade há dois anos, sem notícia alguma de seu marido. E de repente aparece grávida...
O adultério era um crime punível com a morte. Hester é presa imediatamente. Ainda na prisão, ela deu à luz a pequena Pearl, fruto de seu amor proibido, que muitos passaram a chamar de filha do diabo.
Entretanto, a jovem recebe uma punição considerada leve pelos habitantes locais: ao invés da pena de morte, ela seria obrigada a levar a letra "A" de Adúltera bordada em suas roupas pelo resto da vida, como um lembrete de sua desonra. Hester e sua filha, com apenas três meses de vida, são expostas em humilhação diante de toda a comunidade, durante três horas, no mesmo local onde criminosos eram executados. Mesmo diante de tal humilhação, não quis confessar quem era seu amante. E foi em meio à multidão que ela avistou o homem com quem fora casada até então. O mesmo havia sido prisioneiro de índios, que agora exigiam o resgate por ele.
Este, passa a atuar na comunidade como médico, aproveitando-se de conhecimentos adquiridos enquanto refém. Adota o nome de Roger Chillingworth. Em uma visita à prisão, confronta Hester, para que esta lhe diga o nome de seu amante e, após ela negar, ele decide então fazer um acordo: Que o casamento deles seja segredo perante todos, mas que a partir de então ele dedicaria sua vida para descobrir a identidade do amante dela, e cumprir sua vingança...

Ao expor o preconceito de uma sociedade hipócrita, que desconta no pecado alheio o medo do julgamento divino por seus próprios erros, o autor representa as falhas, angústias e misérias da humanidade, levando a reflexões diversas a respeito de uma religião impiedosa e opressora.

Pra quem for ler essa edição, vale ressaltar que o início do livro é a partir da página 53, pois antes disso, há detalhes desnecessários, na minha opinião, sobre a alfândega, funcionários que passaram por lá, até que em meio a muitos objetos ele encontra um pedaço de tecido bordado com a letra "A", etc, etc... eu quase desisti de ler o livro, estava muito maçante, até que decidi folhear e vi que melhor seria pular esta parte, pois o importante era a partir da página 53.
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Letícia 24/09/2016

A Letra Escarlate, publicado em 1850 por Nathaniel Hawthorne, é um clássico da literatura mundial desde o início. Esta edição é uma edição de bolso, publicada pela editora BestBolso em 2012.

O livro conta a história de Hester Pryne, uma mulher nascida na Europa, mas que se mudou para a América, vivendo então na Nova Inglaterra. Seu marido a enviou na frente e ficou para trás, prometendo que iria encontrá-la após resolver algumas coisas.

A história começa com Hester saindo da cadeia, com uma bebe no colo e uma letra A escarlate bordada no peito e caminhando para o mercado público, centro mais movimentado da cidade, onde ficará exposta como parte da punição pelo seu crime. Nesta época o adultério não era só um pecado, mas também um crime passível de morte. Porém, graças ao reverendo de Hester, sua pena foi abrandada, sendo condenada então a passar o resto da vida com uma letra A bordada sendo carregada no peito.

Em frente ao povo, tentam convencer Hester a entregar o seu cúmplice neste crime, mas ela não o faz, como previsto pelo reverendo. Apesar de todo o sofrimento, Hester permanece firme cumprindo seu castigo. Como se isso já não fosse o bastante, justo neste dia seu marido resolveu chegar na cidade e vê toda a cena.

Sem se revelar como marido dela, o homem que se identificou como médico, acaba cuidando de Hester e de sua filha, Pearl. Quando a mulher fica com medo de que ele tente matá-las, ele diz que deseja que ela vivesse por muitos anos, para que possa pagar pelo pecado que cometeu. Ao pedir que ela lhe diga quem é o seu amante ela também se nega. O homem então pede que ela guarde segredo também sobre sua verdadeira personalidade, já que iria guardar o segredo de seu amante, mas jura vingança ao homem que a ajudou a envergonhá-lo.

Hester então se afasta da sociedade com sua filha, permanecendo na cidade, mas longe do convívio social, vivendo da costura (a letra escarlate era linda, apesar de ser um fardo tão grande a ser carregado) para sustentar sua filha e ela com simplicidade, sempre ajudando os pobres quando podia, apesar de receber, em muitos casos, a ingratidão de quem ajudava, por causa de seu pecado. Todos que precisavam de ajuda em momentos difíceis sempre podiam contar com Hester, que "não ficava para colher os frutos da gratidão, caso houvesse".

O marido de Hester, que se apresenta com o nome falso de Roger Chillingworth, começa a cuidar do reverendo Arthur Dimmsdale, um homem adorado por todos, considerado santo por muitos e que fica muito doente e fraco. É Dimmsdale que, sob ordens de outros pastores, tenta convencer Hester a contar quem praticou o adultério com ela e também é ele o reverendo que Hester ouvia as pregações, o "responsável" por ela, sendo ele então quem decidiu que ela não deveria receber a pena de morte.

Apesar de o foco ser em Hester, a história também fala sobre os demais personagens importantes. Acompanhamos a doença de o pastor piorar, apesar da companhia e cuidados constantes do vingativo Roger; o crescimento de Pearl, uma garotinha que é a mistura da inocência e do pecado, sem aparente aceitação pelas regras comuns da sociedade, que hora tem um temperamento perverso e hora é carinhosa e que muitos supersticiosos na cidade dizem ser "filha do demônio", linda e que, para o desapontamento de muitos no lugar, não revela pela aparência quem é seu pai.

O livro é muito bem escrito, não é a toa que é um clássico mundial, e a trama é bem desenvolvida. Confesso que no começo pensei que não tinha como o autor deixar a história um mistério por muito tempo, já que é bem óbvio desde o início quem é o amante de Hester. Fiquei com medo de que a história ficasse dando voltas e voltas, mas foi uma preocupação desnecessária: apesar de já saber quem era o amante, o final foi surpreendente. Apesar de não ser muito grande (nesta edição são 255 páginas), deve ser lido com calma, pois muitas frases levam à reflexão, te fazendo pensar muito sobre ação e consequência, pecado, escolhas, vingança, culpa. Em algumas partes ele me lembrou do livro O Retrato de Dorian Grey, mas em um sentido, de certa forma, inverso.

Apesar de ser antigo, seu tema ainda é bastante atual. Hester é uma personagem cativante, que te leva a questionar muitas coisas. Para quem não tem medo de ler um livro questionador essa é uma excelente dica. Definitivamente entrou nos meus livros favoritos.

site: http://madminds.weebly.com/blog/resenha-a-letra-escarlate
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Blog MDL 22/12/2016

Ambientado em Boston, em meados do século XVII, quando os puritanos chegaram ao Novo Mundo, o primeiro e mais conhecido romance de Nathaniel Hawthorne nos apresenta ao pior tipo de sociedade do mundo, na opinião desse que vos escreve: os puritanos.

Para os menos cientes da história, o Puritanismo foi uma corrente da fé cristã extremamente radical, que surgiu como resposta a sua insatisfação com o ritualismo da Igreja Anglicana, o meio que Henrique VIII arranjou de conseguir seu divórcio de Catarina de Aragão. Essa "Doutrina Religiosa" prega a predestinação, bem como a rigorosa política da boa moral cristão, seja no âmbito social ou privado. E ai de quem fosse aquele que desrespeitasse os "bons costumes"...

Hester Pryne é uma jovem casada que, junto com o marido, decidem por fazer sua vida nessa nova sociedade do Novo Mundo. Ela parte na frente e passado dois anos, o marido é dado como morto, vítima da viagem. Porém, eis que dois anos depois de fixar residência na Nova Inglaterra, Esther aparece grávida.

Tal crime contra os bons costumes jamais ficaria impune. Eis então que Esther é presa e, onde se inicia a história, após ter seu bebê, uma menina que chamou de Pearl, Esther é posta no cadafalso, local de execução de criminosos, onde. após se negar com veemência a revelar a identidade do pai da criança, mesmo com o apelo de seu antigo guia espiritual, o reverendo Dimmesdale, é sentenciada a ter bordado para sempre em seu busto a Letra "A" para comprovar que é uma adúltera, e passar a ser uma pária na sociedade.

Após tal episódio, ela retorna à prisão, onde reencontra seu marido desaparecido, que acaba de chegar a cidade e exige da esposa que jamais revele a ninguém sua verdadeira identidade, e passa a se chamar Dr. Roger Chillingworth, pois passa a tuar como médico na cidade. Esther aceita tal condição e o restante do livro então é o passar de 07 anos, onde vemos como essa pecadora passou a viver na hipócrita cidade.

Um dos pontos mais relevantes da Letra Escarlate com certeza é a crítica á "religiosidade" e "moral", que norteia toda a trama. Esther é um dos personagens femininos mais fortes que já encontrei nessa minha rala experiência literária. Apesar das intempéries que a famigerada condenação da moça tenha gerado, ela se torna de uma pária à um símbolo de esperança, pois, além de sustentar sua filha com sua habilidade caprichosa no bordado, parrou a cuidar cada vez mais dos pobres, doentes e moribundos da cidade, nunca abaixando a cabeça ou se revoltando contra a cidade. Seu espírito forte fez com que, do seu "pecado" a envolvesse numa redoma de mácula, onde a mesma acabou por se tornar um mártir da cidade. É interessante notar também como a personagem vai mudando ao longos dos tempos. Antes uma bela e jovial moça, nossa protagonista vai se tornando um simbolo de austeridade, o que faz com que a mesma acabe por perder qualquer chance de futuros relacionamentos.

Sua filha, Pearl, também é um personagem deveras intrigante. Apesar de, durante toda a história, ter apenas 07 anos, sempre foi uma criança arteira e solitária, pois sempre foi considerada como "filha do diabo". É ela que dá vida ao livro, com suas falas bem posicionadas e incômodas aos que a escutam.

A sociedade em si é bastante interessante de se observar. pois Hawthorne tenta expor todo o preconceito dessa sociedade tão correta, que, ao encontrar uma vítima que publicamente foi imoral, desconta na mesma todo seu horror ao julgamento divino e atiram todos os seus receios e angústias.

Porém, apesar de tal premissa, o livro em si deixa a desejar.

A começar pelos dois personagens masculinos de destaque da história.

O Reverendo Arthur Dimmesdale é considerado um santo. Jovem para o cargo que ocupa, suas missas são um perfeito deslumbre a seus seguidores, que o tem na mais alta conta, considerando-o um anjo puro que desceu dos céus. O mesmo acaba por intensificar tal imagem ao falar, em alto e bom som para quem quiser ouvir, que é um pecador e que jamais será digno dos portões celestiais, dando ao mesmo um ar de humildade que faz todas as senhoritas suspirarem. Acaba que o reverendo Dimmesdale não é nada modesto, mas sim uma pessoa torturada por um pecado antigo, ao qual se penaliza tanto mental quanto fisicamente.

Dimmesdale acaba por construir uma amizade deveras conturbada com o Dr. Chillingworth, que é o mais próximo de um vilão nessa história. Chillingworth é um homem amargurado que sempre entra em confronto com o reverendo, fazendo os dois uma representação da antiga luta da ciência contra a fé.

Mas os dois são chatos.

Tanto o reverendo Dimmesdale quanto o Dr. Chillingworth são homens, a sua maneira, amargurados e muito enfadonhos. Os capítulos que retratam ambos são maçantes e tão demorados, que acabei levando menes pra acabar um livro tão curto.

Mas a culpa não é apenas dos personagens, mas também da narrativa.

Hawthorne é ótimo pra criar profundidade a seus personagens, isso é atestado na leitura, mas o problema é que ela se preocupa tanto em dar essa profundidade e no pensamento crítico, que a narrativa em si acaba se tornando um segundo plano. É um livro em que as ações são deveras escassas, e a falta de dinamismo acaba por tornar a leitura muito enfadonha.

O livro é muito interessante e atemporal. Hawthorne sabe como nor forçar a um pensamento crítico e a elucidar diversos pontos numa trama bem bolada. Afinal, quem é que pode dizer o que é certo e o que é errado?

site: http://www.mundodoslivros.com/2016/11/resenha-especial-letra-escarlate-por.html
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Alex Nascimentto 30/12/2016

A letra Escarlate
Que drama impressionante!
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Bia 20/05/2017

Clássico mais que recomendado!
O livro foi publicado em 1850 nos EUA. Já ganhou adaptações para os cinemas, uma em 1926 e outra em 1995; a última estrelada por Demi Moore.

Particularmente, gosto de clássicos e até fiz um desafio pessoal em ler mais clássicos neste ano. Assim sendo, fiquei muito empolgada em ler um livro que tem tanto significado histórico.

O que me deixou triste foi o fato de não encontrar uma edição física para comprar que não fosse de bolso. Vocês bem sabem que tais edições acabam sendo desconfortáveis para leitura, uma vez que as letras são demasiadamente pequenas e os espaçamentos entre parágrafos e linhas praticamente inexistentes.

Mas, quando li a primeira página do livro, a edição já não foi um incômodo. A Letra Escarlate é um clássico que, com toda certeza, prende o leitor.

Hester Prynne é nossa protagonista. É uma mulher que cometera um crime que, para a época, era considerado muito grave: o adultério.

Estamos no século XVII, e nesta época, tal crime poderia ser punido até mesmo com a morte. Mas vamos analisar a situação da nossa então pecadora.

Hester era casada, porém seu marido havia partido para uma viagem e ninguém sabia sobre seu paradeiro. Assim, ela acabou por traí-lo e desta traição nasceu a pequena Pearl.

Não temos detalhes a respeito desta traição, tão pouco sobre como era o casamento de Hester. Nós a encontramos bem no dia de seu julgamento. A prova da traição era a então bebê. Hester estava presa e como sentença teria de usar a letra A, bordada em vermelho bem no peito, símbolo de ADÚLTERA, por toda sua vida.

Acreditem, sua pena fora considerada abranda, uma vez que ninguém sabia ao certo se o marido da “criminosa” estava morto.

É válido analisarmos a cultura do povo local. Estamos de frente a uma sociedade puritana, que abomina quaisquer tipo de pecado que acreditem ir contra os desígnios de Deus.

Sororidade era uma palavra completamente desconhecida. As outras mulheres, ao saberem da punição amena de Hester, consideravam uma verdadeira afronta.

Hester fora exposta, ridicularizada, humilhada de todas as formas possíveis perante toda a cidade. Mas, em momento algum, ela revelou o nome de seu amante. E ai ficamos com a pulga atrás da orelha: quem seria esse homem? Por que não se apresentava? Qual o motivo de Hester escondê-lo? Medo? Proteção? Amor?

Com o fim da prisão e portando a letra em seu peito, ela decidira por continuar no vilarejo. Ficou isolada em uma cabana, juntamente com sua filha, sem amigos; sendo o símbolo vivo do pecado. Mas não pensem que estamos diante de uma protagonista dramática. Hester é forte, conseguia manter a ela e sua filha.

Tinha o talento incrível ao manusear, com zelo, uma agulha. Tal talento estampava as vestimentas até mesmo de autoridades.

Mesmo forte, mesmo enfrentando a situação em que se encontrava sem recorrer a fuga ou morte, ela sofria todos os dias. A letra estampada em seu peito era tida como uma verdadeira chama do inferno. E claro que Hester acreditava fielmente que seu pecado era o maior que poderia existir.

Com o passar do tempo, Pearl cresce e torna-se uma criança linda. Sua mãe a vestia como uma verdadeira fada, mas percebemos certa peculiaridade na menina. Aliás, até mesmo Hester, por vezes, não entendia “o que era” sua pequena Pearl.

Assim como a mãe, a garota era julgada pela sociedade como fruto do pecado; alguém que não seria digna em conviver com os cidadãos puritanos do vilarejo.

As pessoas as ofendiam sempre que tinham oportunidade. E mesmo com todo esse sofrimento, Hester não revelava o nome de seu amante, pai de sua filha.

É engraçado lermos uma obra escrita há tantos anos atrás que traz um tema, mesmo com as adequações para a época, tão discutido nos dias atuais.

Os sentimentos da protagonista, vergonha, medo; a convicção em achar que aguentar as ofensas e os julgamentos é uma forma de pagar pelo erro que cometera; soaram completamente comuns à nossa realidade. Infelizmente.

Quantas mulheres não são condenadas em ofensas e julgamentos pelo adultério? E quantos homens temos nessa posição, praticantes do mesmo “crime”?

É uma obra que, quando vista pelo simples modo de entretenimento, nos prende por ter esse suspense em torno do pai de Pearl. E ao mesmo tempo, ficamos completamente curiosos em saber qual seria o destino de Hester e sua filha.

Por outro lado, também tem o poder de levantar questionamentos sobre a posição da mulher perante a sociedade. Foi completamente reflexivo, pessoalmente falando. Eu considerei até mesmo aqueles vídeos compartilhados no whatsapp que mostram sempre a mulher adúltera como uma grande vilã, que merece ser exposta em praça pública. Em compensação, o parceiro, assim como o amante de Hester, sempre é preservado. O homem adúltero também. Não vou entrar em detalhes sobre essa discussão, afinal estamos numa resenha aqui.

Voltando ao enredo, Pearl é uma criança a qual eu gostaria de acompanhar de perto seu desenvolvimento. Queria que tivesse um livro que a trouxesse como protagonista. Mesmo com toda a inocência de uma criança, Pearl se mostrou a frente de seu tempo e inconformada com sua posição, mesmo sem compreender ao certo. Hester sentia receio pela personalidade da filha, e muitas vezes a considerava como a enraização do próprio demônio. Mas como julgar a mãe que enxergava sua filha assim? Estamos falando do século XVII, onde mulheres a frente de seu tempo eram verdadeiras bruxas.

Foi uma obra muito importante para mim, apreciei a leitura por completo, a escrita é ótima e fácil em ser compreendida. É um livro gostoso em ser lido e por incrível que pareça, mesmo com as letras pequenas, foi uma leitura bem rápida.

Recomendadíssimo!

site: http://pausaparapitacos.blogspot.com.br/2017/05/resenha-letra-escarlate-nathaniel.html
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denilson 02/12/2012

genial
sinceramente, me julgo incopetente para resenhar este livro....
rsrsrsrsrsr
bem , o livro é genial...
a estória de uma mulher marcada com o A de adúltera, no peito, humilhada pela sociedade puritana americana do sec 17, por ter uma filha em um relacionamento extra conjugal.....
e conforme a est´ria passa, o pai da menina que se escondeu é o que mais sofre e aquela que mostrou seu pecado se torna mais forte
é um livro brilhante, extremamente bem escrito, que traz à tona inúmeros sentimentos e paradoxos da raça humana.....



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oeudesalves 19/09/2017

Escarlate e outras cores mais
Eu "pintei" esse livro de um jeito diferente quando li a sinopse e vi a capa. Talvez tenha me precipitado nisso, porque depois que terminei de lê-lo foi como se eu tivesse derrubado um copo d'água em cima do meu trabalho. Não foi como uma decepção, e sim uma surpresa. Não vou negar que senti a falta de diálogos, porque senti. Eu gosto quando as personagens aparecem "sozinhas" e se mostram sem o dedo mágico do narrador. Mas também não posso reclamar dessa figura, porque afinal você não fica entediado da narrativa. Você não reclamará de detalhes nas expressões dos personagens, nem das descrições de sentimento ou de um ambiente. (Aposto explicativo nesse livro é mato!)

O autor vai te levar para algumas décadas antes do surto de Salem. E essa Salem não é menos sinistra que aquela tão famosa. As vezes eu me pegava confuso sem saber se estava lendo algum livro de literatura fantástica, porque aqui também tem bruxa, e bárbaros, e uma menina-fada. O que parece é que embora os habitantes de Salem não quisessem admitir, todos trouxeram consigo da Velha Inglaterra um pouco do universo mágico da antiga vida. O resultado da pintura pós copo d’água é um tom sombrio de cores muito marcantes, o vermelho da letra Escarlate que Hester Pryne carrega no peito chega a doer nos olhos, a pele de alguns personagens é cadavérica e a floresta tem um verde assustador. O Hawthorne mostrou-me como é que se equilibra os tons numa paleta.
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Leila de Carvalho e Gonçalves 21/10/2017

A Moral Não Segue A Letra Da Lei
"A Letra Escarlate" narra a redenção moral de uma mulher adúltera, tendo como cenário a cidade de Boston durante o século de XVII. Em 250 páginas, Hester Prynne ao lado de sua filhinha ilegítima terá de enfrentar o julgamento de uma sociedade colonizada por puritanos, que distante da hipocrisia que dominava a França de "Madame Bovary" ou a Rússia de "Anna Karenina", está disposta a formar um país baseado na severidade das leis e nos princípios religiosos.

De fato, naquela época, o sexo fora do casamento poderia ser penalizado com a pena de morte, no entanto, não há registro de que alguma pessoa teria sofrido o mesmo castigo imputado à Mrs. Prynne. O "A", de adúltera, bordado em suas roupas, provavelmente, foi produto da imaginação do escritor que também acrescentou um "W" a seu sobrenome. Aliás, Nataniel Hawthorne era descendente de uma família tradicional e seu tataravô foi o magistrado do rumoroso caso das "Bruxas de Salem".

Sem dúvida, Hester é o grande destaque de "A Letra Escarlate" graças à força de seu caráter. Nenhuma outra personagem é tão fascinante, nem Chillingworth, seu velho e cerebral marido, que é incapaz de amá-la ou seu amante, o Pregador Dimmesdale, que não assume os sentimentos e obrigações, priorizando seu papel na sociedade, decisão que termina por consumi-lo de culpa.

O livro exibe a eterna luta entre amor e liberdade assim como o poder da sociedade sobre o indivíduo e de suas obrigações para com ela. Trata-se de uma leitura rica que aborda temas como paixão, ciúme, hipocrisia, fraude e mentiras a partir da perspectiva de um Estado em que contrariar as leis, significa quebrar princípios religiosos.

Publicada originalmente em 1850, não há final feliz para essa história que Henry James, grande admirador de Hawthorne, descreveu como uma das ?mais tristonhas? da literatura inglesa. Sua leitura é um desafio muitas vezes cansativo, Hawthorne apresenta sob o ponto de vista vitoriano uma narrativa especialmente indicada para quem aprecia romances de época.

Finalmente, não deixe de assistir a adaptação para o cinema, realizada em 1995, tem Demi Moore no papel principal.

Nota: Esta edição foi feita com muito cuidado pela Penguim Editora. Com prefácio do autor e posfácio de Nina Baym, exibe tradução de Christian Schwartz, boa revisão e diagramação. Recomendo.
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aleitora 12/03/2018

Um mergulho num passado ainda mais opressivo à mulher.
A letra escarlate nos apresenta a Hester Prynne, uma jovem mulher à frente de sua época. Recém-casada, Hester viajou sozinha para a Nova Inglaterra com a promessa de que o marido logo viria encontrá-la, porém, passado um ano após a sua chegada nenhum sinal do marido fora recebido e sabendo que as condições de viagem naquela época não eram muito seguras, todos passaram a imaginar que seu navio tivesse afundado.

Sozinha nesse mundo novo e ainda selvagem, Hester acabou se envolvendo com um homem cuja identidade não teria graça se aqui fosse revelada e desse relacionamento surgiu um fruto, o fruto do pecado de Hester e a prova de seu adultério. Marginalizada, acabou presa e após o nascimento de sua filha Perola, foi posta sob o cadafalso da praça onde ganhou de volta a liberdade mas recebeu como punição carregar no peito uma letra, a letra A de “adúltera” na cor escarlate e o isolamento pelo resto da vida.

Sempre que Hester procurava a igreja em busca de consolo espiritual, acabava virando o tema da pregação, as crianças inocentemente percebiam que a comunidade desprezava a portadora da letra escarlate e faziam coro e lhe apontavam o dedo sempre que passava pela praça, as pobres inocentes sequer entendiam o significado do símbolo preso ao peito mas atingiam Hester como punhais. Fortalecida por seu tempo na prisão, Hester não abaixou a cabeça para as ofensas, os julgamentos e olhares implacáveis da multidão, sozinha aceitou a punição e se resignou a mostrar a todos o seu valor mesmo que eles lhe virassem a cara. Passou a se dedicar aos pobres que muitas vezes recusavam receber ajuda de suas mãos pecadoras e tanto quanto isso lhe doía, ela jamais desistiu ou retrucou qualquer ofensa.

Enquanto a jovem adúltera sofria humilhação pública, o homem com quem ela vivera uma paixão permanecia com a identidade oculta, mas sofria igualmente e estava sendo punido mesmo sem perceber, pois o silêncio levou um pedaço de sua alma e os esforços de um inimigo oculto o fez se transformar em uma casca do que fora um dia.

“Bem-aventurada é você, Hester, que usa a letra escarlate abertamente em seu peito! A minha queima em segredo!”

Com o passar dos anos, a jovem conhecida por todos como a adúltera foi ganhando o respeito de parte da comunidade, sempre disposta a ajudar os enfermos e oferecer-lhes um manancial de ternura enquanto esperavam que a luz divina brilhasse sobre eles, para alguns, o “A” de adúltera poderia muito bem ser “A” de abençoada de tanto que passaram a respeitar as atitudes benevolentes de Hester.

“É credito da natureza humana, salvo quando o egoísmo é posto em jogo, amar mais facilmente do que odiar.”

Hester nos mostra que permanecer fiel ao que somos é prova de caráter e também a atitude mais inteligente caso valorizemos uma vida tranquila sem perigo de adoecer a alma, ela, sendo pecadora e portadora de uma marca a identificando com tal, foi a única que resistiu aos anos e que ao invés de enfraquecer se tornou mais forte e se tornou maior que o símbolo do seu pecado, ao contrário dos seus antagonistas, o marido e o amante, que por se esconderem nas sombras encerram suas vidas em profundo amargor e fora de alcance da luz divina.

Garantia de grandes aprendizados, A letra escarlate é uma leitura que eu recomendo.

Quotes:
“Nenhum homem, por período considerável, consegue exibir um rosto para si e outro para a multidão sem finalmente se confundir sobre qual dos dois é verdadeiro.”

“Aquele a quem somente o mal externo é revelado sabe, muitas vezes, apenas metade do mal ao qual é chamado curar.”

site: http://www.revelandosentimentos.com.br/2017/05/resenha-letra-escarlate.html
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Fernanda.Nandainsync 12/03/2018

A Letra Escarlate da editora Martin Claret (ed. 2016) possui 271 páginas compostas por um prefácio (que revela alguns pontos da trama, e por isso, sugiro que o mesmo seja lido após o término da leitura da narrativa), um capítulo introdutório entitulado de "A Alfândega" (que é excessivamente longo), 24 capítulos e uma breve nota sobre o tradutor.

A narrativa conta a história de Hester Prynne, uma mulher de personalidade forte, e à frente de seu tempo, que desembarca na Nova Inglaterra com a missão de se instalar e aguardar a vinda de seu velho marido, que chegaria posteriormente, porém, dois anos se passaram sem que Hester recebesse qualquer notícia sobre o marido. Durante o longo período de espera a jovem se envolve em um relacionamento "extra conjugal" que resultou em uma gravidez, o que foi tratado como crime pela sociedade puritana da época. Hester foi presa e condenada a usar uma letra "A", de adúltera, em seu peito pelo resto de sua vida.

O romance de Hawthorne é uma grande crítica ao puritanismo da sociedade norte americana, com um excelente enredo e personagens excepcionais, porém com uma narrativa muito arrastada, onde as ações demoram muito para acontecer. Isso torna a leitura um pouco cansativa, mesmo com o enredo despertando no leitor uma curiosidade para saber o que vai acontecer a seguir.
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Fernanda.Nandainsync 12/03/2018

A Letra Escarlate da editora Martin Claret (ed. 2016) possui 271 páginas compostas por um prefácio (que revela alguns pontos da trama, e por isso, sugiro que o mesmo seja lido após o término da leitura da narrativa), um capítulo introdutório entitulado de "A Alfândega" (que é excessivamente longo), 24 capítulos e uma breve nota sobre o tradutor.

A narrativa conta a história de Hester Prynne, uma mulher de personalidade forte, e à frente de seu tempo, que desembarca na Nova Inglaterra com a missão de se instalar e aguardar a vinda de seu velho marido, que chegaria posteriormente, porém, dois anos se passaram sem que Hester recebesse qualquer notícia sobre o marido. Durante o longo período de espera a jovem se envolve em um relacionamento "extra conjugal" que resultou em uma gravidez, o que foi tratado como crime pela sociedade puritana da época. Hester foi presa e condenada a usar uma letra "A", de adúltera, em seu peito pelo resto de sua vida.

O romance de Hawthorne é uma grande crítica ao puritanismo da sociedade norte americana, com um excelente enredo e personagens excepcionais, porém com uma narrativa muito arrastada, onde as ações demoram muito para acontecer. Isso torna a leitura um pouco cansativa, mesmo com o enredo despertando no leitor uma curiosidade para saber o que vai acontecer a seguir.
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spoiler visualizar
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Well 21/04/2018

A herança de um pecado
Considerado um dos primeiros romances da literatura americana, pertencente ao American Renasscence, o que poderia ser o "romantismo" americano, mesmo podendo ser classificado dentro do "simbolismo".
Independente da classificação em períodos ou "escolas" literárias, esse romance possui uma singular importância para história americana.

Escrito em 1850, foi um dos mais famosos romances de Hawthorne. A trama conta a vida de Hester Prynne, uma jovem que, na Salém do século XVII, cometeu um ato de adultério e é condenada pela sociedade puritana da época, a usar sobre o peito uma letra "A" estampada em vermelho e dourado, como símbolo de sua ignomínia (palavrinha bastante utilizada no livro). Para piorar ela se recusa a revelar o nome de seu amante. Para piorar ainda mais ela, logo no primeiro capítulo já está com uma filha no colo, fruto de sua traição.
Seu marido permaneceu na Europa... Mas o "pecado" dela torna-se (ou se tornaria se fosse revelado...) ainda pior porque o pai da pequena Pearl, sua filha, é Dimmesdale: um reverendo local, bonito e bem quisto pela população.
Isso não é um spoiler pois nos é revelado antes do meio do livro.

Tudo isso e mais alguns outros eventos misteriosos e até místicos por assim dizer, engloba toda a história. Sim, os acontecimentos se resumem a poucas coisas, podendo ter sido apenas um conto se fosse um tanto mais direto.

O romance é prolixo em descrições de paisagens e alegorias sobre os temas abordados na obra, como a hipocrisia social, a religiosidade, o simbolismo envolvendo quase todos os personagens, tornando a leitura um pouco arrastada. Mas nem por isso menos importante.
É instigante ler esse livro porque ficamos o tempo todo querendo saber o desfecho e o destino dos personagens, principalmente as femininas. Pearl é de uma sagacidade impressionante, sendo considerada, por mim ao menos, como o maior símbolo de honestidade da trama. Hester é uma protagonista forte, corajosa e suporta sua punição com uma resiliência invejável, fazendo-nos vê-la não como uma pecadora, e sim como uma mulher que cometeu um deslize e por isso é demasiada humana como qualquer um de nós.

Um livro interessante, mais pelas suas reflexões levantadas nos leitores do que pelo seu desenvolvimento de narrativa. Recomendado para quem tem paciência para digerir uma história profunda e que discorre de forma lenta, mas nunca trivial.
Um clássico notável.

Curiosidade: a introdução "A alfândega" é chata e cheio de detalhes, porém o autor conta sua experiência de emprego nesse local e como encontrou um símbolo A e cartas de uma possível Hester que realmente pode ter existido.
E... A época em que o livro se passa é a mesma em que rolava as queimadas às bruxas em Salém.
E última curiosidade, o bisavô do autor foi um dos juízes desse período macabro e o autor mudou seu nome de "Hathorne" acrescentando o "w" em seu sobrenome para evitar associações.
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Deghety 23/04/2018

A Letra Escarlate
A Letra Escarlate traz como protagonista Hester Prynne, uma jovem que é condenada a usar no seio a letra A em escarlate como um castigo à seu crime e/ou pecado.
"Hester Prynne veio a ter um papel a desempenhar no mundo. A sociedade, que a marcara com um ferrete mais intolerável para um coração de mulher do que o que assinalou a fronte de Caim, não a pôde proscrever completamente, vencendo-lhe a natural energia de caráter, e a rara capacidade. "
Hester vive a marginal da comunidade, junto com sua filhinha Pearl, criança personalidade misteriosa e fruto do tal crime.
A história gira em torno de 4 personagens, Hester, Pearl, o médico Roger Chillingworth e o Reverendo Arthur Dimmesdale e como são atormentados pelo laço que os une.
Numa visão geral, Hawthorne põe em questão o comportamento humano a respeito de julgamento, hipocrisia e suposta moralidade.
"O ambiente não deixava de refletir o respeito que sempre envolve o espetáculo da culpa e da degradação de um semelhante, enquanto a sociedade não estiver bastante corrupta para sorrir em vez de tremer diante dele. "
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Deghety 23/04/2018

A Letra Escarlate
A Letra Escarlate traz como protagonista Hester Prynne, uma jovem que é condenada a usar no seio a letra A em escarlate como um castigo à seu crime e/ou pecado.
"Hester Prynne veio a ter um papel a desempenhar no mundo. A sociedade, que a marcara com um ferrete mais intolerável para um coração de mulher do que o que assinalou a fronte de Caim, não a pôde proscrever completamente, vencendo-lhe a natural energia de caráter, e a rara capacidade. "
Hester vive a marginal da comunidade, junto com sua filhinha Pearl, criança personalidade misteriosa e fruto do tal crime.
A história gira em torno de 4 personagens, Hester, Pearl, o médico Roger Chillingworth e o Reverendo Arthur Dimmesdale e como são atormentados pelo laço que os une.
Numa visão geral, Hawthorne põe em questão o comportamento humano a respeito de julgamento, hipocrisia e suposta moralidade.
"O ambiente não deixava de refletir o respeito que sempre envolve o espetáculo da culpa e da degradação de um semelhante, enquanto a sociedade não estiver bastante corrupta para sorrir em vez de tremer diante dele. "
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