Fernanda 25/05/2015Resenha publicada originalmente no blog Caçadora de LivrosQuando falam que o escritor Amish é o Tolkien da Índia, não é algo leviano. A sua escrita limpa, ágil e sagaz faz você voar em uma cultura nova, saber mais sobre uma religião e sobre um povo, até então distante, mas surpreendente.
Estejam preparados para:
Trilogia Shiva
Livro 1
Skoob
Média do Skoob: 4.7
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Classificação: Cinco Lupinhas
Algo super interessante foi a apresentação do livro, leiam!
"E se Lorde Shiva não foi apenas fruto de uma imaginação fértil [...]".
P.17
Em 1900 a.C, no Lago Mansarovar, no Tibete, a tribo de Shiva, Gunas, passava necessidade. Homens, Mulheres e Crianças lutavam constantemente com a tribo rival, Pakratis, que queria dominar o seu lado do rio.
Shiva, um homem de 21 anos de idade, era o líder. Um líder justo, respeitado por todos. Shiva pensava primeiro em seu povo e por isso decidiu aceitar o convite do estranho Nandi, o meluhano que trouxe a proposta dos Gunas irem para Meluha.
Mas, vocês acham que os Gunas iriam para a Terra prometida sem um combate final com o Pakratis?
Claro que não! É ação do início ao fim e tudo o que relatei aqui não é nem 1/4 do livro. Até aqui estou na página 22, para vocês terem uma ideia.
- Sua decisão é a nossa decisão.
p. 23
[...] Shiva sabia que Yakhya, o líder Pakrati, não permitiria que os Gunas partissem em paz.
p. 23
Depois de muita luta, suor, cansaço físico e quatro longas semanas de marcha, os Gunas conseguem chegar em Meluha e são encaminhados para o campo de imigrantes, justamente para serem medicados e analisados. Aqui eles ficam em um período de quarentena, até eliminarem qualquer tipo de doença, mas há dois fatos super importantes aqui, o primeiro é a chegada da médica Ayurvati, Lady Ayurvati. Eu tenho um fraco por personagens femininas poderosas, e ela é uma ótima representante. Girl power total!
Há um estranhamento inicial entre ela e Shiva, mas nada que o tempo não supere e se tornem grandes amigos.
O segundo ponto importante acontece com o próprio Shiva, quando o mesmo toma o soro e aí a história finalmente começa.
- O Neelkanth chegou!
p.39
Entendam que todo o prelúdio é necessário para se entender toda a história, que é alucinante. A história de Shiva é muito bonita, principalmente quando há os flashbacks da sua infância, que apesar de possuírem fatos de muita dor, há o contraponto em relação ao personagem, que se desenvolveu de forma tão bonita e pura. Fiquei encantada com esse livro.
Agora vamos aos pontos, que sei que vocês querem saber.
Tem romance, mas não é um romance construído de forma piegas, há vários encontros, análises, você vê que a paixão, se transforma em amor, que se transforma em cumplicidade. É lindo de se ver.
- Sati... - repetiu Shiva, deixando o nome rolar por sua língua. - Meu nome é Shiva.
p. 66
Há muita ação, pois Shiva vai enfrentar vários perigos, tanto no plano material, quanto no plano espiritual, porém tudo isso só faz com que ele veja com quem pode contar.
As nuances culturais são ótimas! Há uma cena de uma dança, que gente eu imaginei a cena! Juro! E fiquei com vontade de dançar também! ^^
E as castas? Há os vaixás (artesãos), sudras (fazendeiros), xátrias (guerreiros) e brâmanes ( professores, advogados, sacerdotes, etc.).
Há as representações das classificações das tribos-escolhidas: leão, tigre, elefante, touro, sol, etc.
Se você quer um mergulho cultural, esse livro é o indicado.
As páginas são amareladas, as letras são médias, a diagramação está ótima (depois comentem aqui o que acharam) e a capa retrata bem o Shiva, por isso o livro recebeu a classificação total!
Ah e para quem não viu os booktrailers do livro, basta clicar aqui, aqui e aqui.
Até a próxima!
E já já teremos resenha do segundo livro.
Aguardem!
site:
http://www.cacadoradelivros.com/2015/05/os-imortais-de-meluha-amish.html