Os Vagabundos Iluminados

Os Vagabundos Iluminados Jack Kerouac




Resenhas - Os Vagabundos Iluminados


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Tiago Ceccon 21/04/2009

Apenas Kerouac conseguiria transformar um lanche de chá e pudim de chocolate em algo tão emocionante e excitante.
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Marino 17/02/2010

A beleza solta por aí
O romance de Jack Kerouac faz a leitura do mundo com as lentes do zen-budismo. Viajando por aí, o personagem principal, Ray Smith, e seu fiel amigo Japhy Rider transmitem o desapego a lugares, ambientes e bens valorizados pela sociedade de consumo. Amigos e namoradas são bons de conviver enquanto eles estão por perto, e quando estão longe mantêm o vínculo pelo que um aprendeu com o outro, como se pode ver na inesquecível parte final do romance, quando Ray passa uma temporada entocado numa cabana no alto de uma montanha, na companhia apenas da natureza e entregue a um visual quase inimaginável. O texto fluente e desgarrado de Kerouac é como o próprio personagem: quando não está caminhando montanha acima, está viajando de carona ou como clandestino em trens de carga. O destino seguinte satisfaz Ray Smith por pouco tempo; logo ele põe os pés na estrada outra vez, e enquanto isso encanta o leitor com lindas descrições dos cenários que seus olhos vêem e desenham. "Os vagabundos iluminados" é uma lição de vida: o valor da amizade, do prazer, de correr junto com o tempo, de enxergar a beleza solta por aí, da experiência de viver. Ainda que viver seja pouco mais que se transportar de um lugar a outro. Belo romance.
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Patricia 13/03/2011

Infelizmente esse livro sofre a sina de ser constantemente comparado a "On the Road".
"Vagabundos Iluminados" foi o primeiro livro do Kerouac que eu li, e por isso não fiz o movimento lógico de compará-lo a qualquer outro.
Claro que existem similaridades, assuntos em comum e personagens que muito bem poderiam se encontrar numa beira de estrada.
Mas o grande mérito deste livro em específico é a abordagem zen-budista, pessoalmente eu nunca me aprofundei no tema, apenas tenho um conhecimento supeficial e geral. E achei interessante como Kerouac consegue no livro trazer alguns ensinamentos e questões budistas/zen-budistas de uma maneira "ocidentalizada", quebrando um pouco uma visão (que em parte eu tinha, pelo menos) de que um adepto desses ideais seria um monge sóbrio e isolado no topo de uma montanha.
Fora que o personagem de Japhy Rider é algo a parte, alguém que muitos na rua considerariam um mendigo, ou quase isso, se revela alguém extremamente culto, literalmente um vagabundo iluminado.

Que fique registrado para as pessoas, que mesmo que não tenham lido ainda "On the Road", que leiam o prefácio do Eduardo Bueno na edição de bolso da LP&M. Um belo resumo de como o livro foi parar num pedestal e serviu de referência para todas essas comparações, algo que diga-se de passagem, nem o próprio Kerouac ficou muito contente. Claro, tendo que sofrer do mau do escritor de ter que escrever algo "a altura" ou "tão bom quanto" "On the Road"
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Ge 29/05/2012

É Kerouac, é iluminado, é espiritual, é poético, é bonito. É o eco do meu próprio pensamento, do meu próprio ser inquieto tentando descobrir os porquês que não sei se existem. É a aceitação, a busca e a rendição.É o pôr do sol no topo de uma montanha.
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Ruby 07/08/2020

Esse cara faz parecer fácil a vida que leva!
Começou morno, mas depois me ganhou com a forma de escrita ja conhecida de Kerouac. Não tenho muito o que dizer, você precisa ler para entender que a mensagem desse livro é baseada na simplicidade da vida que cada um escolhe pra si. O personagem é feliz com suas escolhas e com sua religiosidade. O amor pela vida vem do simples! Ele ama viver!
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Vellasco 16/06/2020

Ray é um escritor que está em busca de iluminação espiritual, e quer algo mais da vida do que empregos comuns e uma vida modesta. Está atrás daquilo que acredita ser a verdade.

Aqui olhamos mais para dentro dos personagens do que em On the Road.
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TheBorba 02/08/2013

Gosto demais da forma como Kerouac descreve as coisas, transformando uma xícara de chá num ritual cheio de significado e importância.

Essa capacidade de transformar a simplicidade da vida na mais bela das coisas realmente me encanta.

Jack Kerouac é foda! Um autor que me inspira como poucos.
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Carol 17/08/2021

O livro que fez eu ter certeza que a geração beat não é para mim.

A história em si trás umas reflexões bem interessantes sobre a vida e sobre a maneira que lidamos com ela, mas as longas passagens falando sobre arvores e natureza e etc etc eram tão cansativas que em um ponto só comecei a pular as partes mesmo.
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Diego / @blogdiscolivro 29/07/2022

Você já pensou em largar tudo e ir morar numa montanha?
Nascido em Lowell, Massachusetts, em 1922, Jack Kerouac foi um romancista, ensaísta e poeta norte-americano de ascendência franco-canadense. Ao lado de nomes como Burroughs, Kammerer e Ginsberg, foi um dos líderes da chamada geração beat, movimento literário que precedeu a cultura hippie. Aos vinte anos, abandonou a faculdade para servir a Marinha e, entre uma viagem e outra, publicou seu primeiro romance, "Cidade Grande, Cidade Pequena", em 1950. No ano seguinte, começou a trabalhar na obra que viria a se tornar porta-voz de toda uma geração: "On the Road". Sua prosa, muito peculiar, é marcada por uma espécie de fluxo de consciência e em suas obras é comum nos depararmos com temas como o budismo, o consumo de drogas e a crítica social.

Publicado originalmente em 1958, "Os Vagabundos Iluminados" é um de seus mais celebrados romances. A obra retrata a busca do poeta Ray Smith pela verdade e pela iluminação. O escritor de São Francisco é uma espécie de simpatizante do budismo que cruza o país como um andarilho, viajando clandestinamente em vagões de carga, fugindo da polícia, cozinhando seu jantar no calor de uma fogueira e dormindo enrolado em seu saco de dormir. Em uma de suas andanças, seu caminho acaba se cruzando com o de Japhy Rider, um zen-budista que vive à margem da sociedade e apresenta Ray a um novo mundo, regado a chá, poesia, meditação, escaladas em montanhas geladas e orgias budistas de tirar o fôlego.

O romance tem muito de autobiográfico, uma vez que o autor realmente se interessava pelo budismo e parece que chegou até mesmo a fazer uma escalada com um amigo em busca de ascensão espiritual. É sabido que Kerouac escrevia em ritmo frenético sob o efeito de estimulantes, como benzedrina ou doses cavalares de café, e isso fica evidente no vigor e na intensidade da narrativa. O humor também se faz presente e o sarcasmo é a principal arma do autor para tecer suas críticas sociais, a sociedade de consumo norte-americana sendo o seu principal alvo. Você já pensou em largar tudo e ir morar numa montanha? Se a resposta for sim, vai gostar disso aqui!

site: https://discolivro.blogspot.com/
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Luiz Gustavo 19/12/2020

Uma leitura providencial que fiz em 2016 foi "Os vagabundos iluminados", que é definido, na contracapa da edição que tenho da L&PM, como "um On the road zen-budista, uma busca pela iluminação". O romance é narrado em primeira pessoa pelo protagonista Ray Smith, que relata sua amizade com Japhy Ryder – personagem que o influencia com ideais zen-budistas –, além de contar sua participação em festas e suas aventuras por florestas e montanhas. A narração alterna eventos sociais urbanos com viagens e reflexões na natureza. Há muitos questionamentos e críticas ao funcionamento da vida nas cidades, além de uma busca por transcender todas as questões mundanas, capitalistas e materiais. Tudo isso me impactou muito quando li o livro, pois na época estava justamente refletindo sobre esses assuntos. A transcendência desejada pelo protagonista pressupõe uma liberdade de não precisar participar dos jogos sociais: "Ah meu Deus, sociabilidade é só um grande sorriso e um grande sorriso não passa de um monte de dentes, eu gostaria de simplesmente ficar aqui e descansar e ser bom". Tal liberdade requer, portanto, solidão. Tenho uma lembrança nítida de uma parte da narrativa em que Ray Smith realiza seu desejo e fica sozinho, durante todo o verão, em uma montanha, trabalhando como guarda florestal responsável por monitorar e apagar incêndios na região. Nesse momento de completa solidão o personagem faz inúmeras reflexões e parece atingir uma transcendência "louca e lírica" que me abalaram muito quando li o romance. Tenho receio de reler esse livro, pois embora não me lembre de muitos detalhes da narrativa, tenho memórias vívidas das sensações que tive durante a leitura que fiz quatro anos atrás, e foi uma grande leitura que recomendo a todos que estejam querendo "transcender" um pouco.
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Douglas.Moreira 21/11/2020

Vagabundos do Dharma
A aventura de Ray ( e assim como no On the Road, é impossível dissociar o narradaor do escritor) em suas passagens pelas montsnhas dos EUA, atrelado ao budismo e maneira beatnik nos leva a querer conhecer tais lugares, as pessoas, mesmo que a história tenha ocorrido na década de 1950. Sensacional.
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Robson Souza 20/07/2011

Budismo Beat
Outro livro de Jack Kerouac, sim! Sou fã do cara e acho ele um dos melhores escritores norte-americanos, tanto pela sua obra, quanto pelo legado deixado. Ele influenciou meio mundo, deixando sua marca na história.
Neste romance, escrito na década de 50, ele antecipa o espírito hippie numa trama com viagens de mochila nas costas, sexo liberal, harmonia com a natureza, anti-consumismo e zen-budismo.
Ray Smith é um escritor iniciante que busca a iluminação, e encontra em seu amigo filósofo hipponga Japhy Rider o caminho. Eles amam a natureza, gostam de se isolar, subir montanhas, beber vinho barato, participar de orgias, festas, se isolar novamente e rezar. Por fim, Ray se oferece para um trabalho de vigia de incêndios numa cabana isolada no Desolation Peak (experiência que o próprio Kerouac viveu) e acaba se "encontrando".
No mesmo estilo "fluxo de consciência" tão típico do autor, o ritmo aqui é desacelerado, às vezes contemplativo. Ele ainda narra fatos, misturando reflexões no mesmo parágrafo, mas bem mais tranquilo que a loucura de "Os Subterrâneos". Vale a pena conhecer o budismo beat de Jack Kerouac.

Mais em http://robsonbatt.blogspot.com
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Mara 01/03/2022

A busca pela simplicidade
Assim como Na Natureza Selvagem, aqui também temos jovens abandonando as pressões da sociedade em busca de simplicidade, amor e conexão espiritual através do desapego e do contato com a natureza. Claro, do jeito jovem, cheio de energia e hormônios.
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N4te 09/04/2021

Aceitável!
Como mais um livro que eu escolhi na esperança de descobrir uma literatura diferente em uma das referências da época, me senti, em certos momentos, sem entender o que se passava no livro.
O que mais me comprou nele foi a ideia, a história da sinopse. Sem dúvidas era algo que me cativava de certa forma quando eu dei início ao livro. O fato dele ser um viajante solitário me enche os olhos. Mas para mim, o estilo do descrever não caiu muito bem.
Outro ponto que eu esperava mais, foi a aventura. Por ser um livro, apesar de baseado em fatos reais, sobre um viajante que rodava os Estados Unidos, eu senti uma verta falta de ter mais acontecimentos. Ele se baseava mais nas suas interações sociais com as pessoas que ele conhecia na sua jornada, do que na jornada em si.
A abordagem religiosa do protagonista não foi algo que me cativou muito conforme a minha leitura, o que me incomodou por ter sido um fator crucial para eu ter escolhido esse livro como leitura.
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