Fael 13/07/2021
O dinheiro comprou a essência do futebol?
O prefácio que se inicia com a frase ?o futebol é inviável sem dinheiro? me deu ânsia. Obviamente que sei da extrema importância do dinheiro no futebol e em todos os aspectos da vida atualmente, porém é essa mesma naturalização do dinheiro como parte integrante quase que anatômica das nossas vidas que faz o consumismo de tudo, inclusive do futebol, caminhar para um caminho supostamente irremediável.
O autor apresenta diversos pontos interessantes sobre a imersão do dinheiro no futebol, começando na construção dos estádios europeus no final do século XIX e os sul-americanos no começo do XX. Com o marketing, a publicidade e a intensa industrialização cultural que o futebol passou no quartel final do século XX, o dinheiro passou a ser quase que o protagonista das relações futebolísticas, ganhando notoriedade até nas calorosas conversas de bar, onde o patrocínio maior do seu clube diante do rival, a cota da televisão e a premiação de determinado campeonato valem mais do que o próprio título.
Acredito, mesmo parecendo utópico, em mundo futebolístico que insira limites para movimentações financeiras. Obviamente que isso gera uma ampla discussão, principalmente em um teor negativo a proposta por conta dos clubes mais ricos (provavelmente pelos jogadores mais bem pagos também), porém é mais do que necessário uma avaliação do caminho percorrido pelo futebol nas últimas décadas.
Isso se apresenta viável no cenário atual?
Aparentemente, e infelizmente, não.