A Jornada do Ser Humano

A Jornada do Ser Humano Osho




Resenhas - A Jornada do Ser Humano


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Wolsey 19/07/2023

Não deve ser lido rapidamente.
Osho não é muito fácil de digerir.
A primeira vez que tentei ler, em 2015, abandonei antes de chegar à metade do livro. Desta vez me sentia mais preparado para aproveitar o livro, porque o tema se integrou com outros conhecimentos e experiências acessados nesse período. Ainda assim, tenho a impressão de que deixei alguma coisa escapar.
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Nathan Parada 17/01/2016

Ao meu ver existem certos exageros por parte do autor ao "o que o ser humano é", porém o livro se salva por alguns bons insights de como a vida funciona. Difícil indicar ou analisar esse livro, se você for uma pessoa muito cética, a não ser que queira mudar, nem o abra. Se você for uma pessoa que busca tornar seu espirito e sua mente um algo mais, leia-o, porém de coração e mente aberta.
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Jac 12/02/2023

Quais são as prisões que eu chamo de ?lar??
No título minha frase preferida do livro.

Vale a pena conferir para retirar alguns insights interessantes. Reflexões de quem somos e como é importante deixar as coisas fluírem.

Porém não sei se é a tradução ou não a forma que foi expressa algumas coisas além de ser agressiva é desrespeitosa com as crenças das pessoas.
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Jennifer 07/11/2021

un guia espiritual
Através das palestras reecritas, dadas pelo o grande mestre espiritual Osho, este no leva a reflexões sobre a natureza humana, não apenas no plano físico, mas também os seu questionamentos no âmbito emocional e espiritual.
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Carla.Parreira 24/10/2023

A jornada do ser humano
Eis alguns trechos: ?...Os pássaros são felizes, as árvores são felizes, as nuvens e os rios são felizes, mas eles não são autoconscientes. Eles são simplesmente felizes. Eles não sabem que são felizes... Há uma semelhança entre natureza inconsciente e seres supraconscientes. A natureza inconsciente não tem nenhum eu, e os seres supraconscientes também não têm nenhum eu. O homem está exatamente no meio dos dois. Ele não é mais um animal, não é mais uma árvore, não é mais uma pedra, e não é ainda um buda. Pairando no meio está a infelicidade... Quanto mais desprovido de ego, mais feliz; quanto mais feliz, mais desprovido de ego. Você se dissolve na felicidade. Você não pode existir junto com a felicidade; você só existe quando há infelicidade. Na felicidade há dissolução... O homem é infeliz porque aprendeu os truques para ser infeliz. O ego é a base disso. O homem é infeliz porque o êxtase e a felicidade estão muito obviamente disponíveis ? esse é o problema... As pessoas só são atraídas por aquilo que elas não têm. O não existencial atrai... Você só pode ser feliz com aquilo que tem. Como pode ser feliz com aquilo que não tem? E o ego está sempre interessado apenas naquilo que você não tem... O ego só lhe dá objetivos, mas, quando você atinge os objetivos, ele não lhe permite celebrar. Você se torna cada vez mais infeliz! À medida que a vida passa, continuamos coletando infelicidade, continuamos acumulando infelicidade. E é muito difícil compreender isto ? que você está causando sua própria infelicidade; que está relacionada ao ego. Então lança a responsabilidade sobre os outros... O ego é extremamente defensivo. O ego nunca está errado, e por isso você vive infeliz. O ego é sempre infalível, por isso você vive infeliz... Os comportamentos do ego são muito sutis. Se você for a uma prisão e escutar a conversa das pessoas que estão ali confinadas, ficará surpreso. Elas todas vão se vangloriar porque realizaram muitos roubos e mataram muitas pessoas. Podem não ter feito absolutamente nada, mas esse é o comportamento do ego. Então você fica infeliz e preocupado. Por quê? Você cria uma barreira entre você e a vida. O ego não é nada exceto uma barreira... Não há nada melhor do que a dança para você se livrar do ego; por isso eu insisto que todos os meditadores devem dançar. Porque se você realmente entrar em um redemoinho, se você se tornar uma piscina rodopiante de energia, se estiver realmente na dança, o dançarino se perde. Na dança o dançarino sempre se perde. Se ele não se perder, então não está dançando. Pode estar fazendo uma apresentação, pode estar gestualizando, pode estar realizando exercícios corporais, mas não está dançando... Desaparecendo, você aparece. Não ser é o jeito do ser real. E isso pode acontecer na vida cotidiana. Você não precisa ir para o Himalaia ou para um mosteiro. Há milhões de oportunidades na vida cotidiana, milhões de situações grandiosas em que isso pode acontecer. Você só tem de ser um pouco observador e um pouco corajoso para usá-las. Quando começar a usá-las, cada vez mais situações ocorrerão. Elas sempre estiveram chegando, mas você não tinha consciência delas e as perdeu... Observe esta diferença, porque é uma diferença fundamental. A agonia não está separada de você, ela é você. Já a dor, o sofrimento, a infelicidade são todos separados de você; por isso, momentaneamente eles vêm e vão. Eles têm causas; quando as causas são removidas, eles desaparecem. Eles são em sua maioria criações suas. Você espera algo e isso não se materializa: vem então uma grande frustração. Você sente dor, desesperança, como se tivesse sido rejeitado pela existência. Nada disso aconteceu ? tudo se deve à sua expectativa. Quanto maior a expectativa, maior será a frustração. Está em suas mãos ser ou não frustrado na vida. Se suas expectativas se tornarem cada vez menores, na mesma proporção, a frustração se tornará menor. Chegará um dia em que não haverá expectativa; então você nunca mais irá se deparar com nenhuma frustração. Você pensa, você imagina, alguns momentos de prazer ? e eles não se materializam, porque a existência não tem obrigação de materializar sua imaginação. Ela nunca lhe prometeu que o que quer que você pense irá acontecer. Você considerou uma coisa como certa sem qualquer questionamento, como se toda a existência lhe devesse algo. Você é que deve tudo à existência. A existência não lhe deve nada... A existência não se importa com quem você é, norte-americano ou russo. Ela nunca rende frutos para ninguém ? ela simplesmente segue seu próprio curso. Ao fazer um esforço para satisfazer seus desejos, para forçar a natureza, a existência, a seguir você, você está criando causas de dor, de sofrimento. No momento em que você entender isso, vai abandonar essas causas. E o abandono das causas é o desaparecimento de toda a sua infelicidade. Era uma projeção sua... Esta é nossa agonia: estamos tentando nos tornar algo que não está na natureza das coisas. Não estamos permitindo que a natureza siga seu curso... A agonia é a coisa mais profunda em você. E ela só acontece ao homem. Todos os outros animais são isentos de agonia ? mas também são isentos de êxtase. A agonia e o êxtase acontecem juntos; do contrário, eles simplesmente não acontecem... A agonia acontece se você continuar se perdendo. O êxtase acontece se você se encontrar. Perder-se ou encontrar-se: ambos ocorrem na mesma profundidade de seu ser. Perder-se significa que você estava tentando se tornar algo, alguém. Você tem uma ideia e está tentando satisfazer essa ideia em sua vida. Todos os idealistas vivem em agonia... O homem é o único animal na existência que tem liberdade ? e, devido à liberdade, existe a agonia. Agonia significa: eu não sei quem eu sou. Eu não sei para onde estou indo e por que estou indo. Eu não sei se, o que quer que eu esteja fazendo, eu devo fazer ou não. A questão permanece continuamente; nem por um único momento a questão vai embora. O que quer que você faça a questão está lá: Você tem certeza? Isso é realmente o que você deve fazer? Esse é o lugar onde você deve estar? A questão não o deixa nem por um único momento. E isso é tão profundo quanto algo pode ser em você. Toca o âmago de seu ser. Esta é a agonia ? o sentido não é conhecido, o propósito não é conhecido, o final não é conhecido. É como se fôssemos acidentais, como se tivéssemos nascido por algum acidente... A existência deixou o homem totalmente livre. Quando você se torna consciente dessa situação, surge a agonia. E é auspicioso senti-la. Por isso eu digo que não é uma dor, um sofrimento, uma infelicidade. É muito extraordinário e de um enorme valor para toda a sua vida, para seu crescimento, que você sinta agonia, que cada fibra de seu ser sinta o questionamento, que você se torne simplesmente uma dúvida. E, naturalmente, é assustador. Você é deixado em um caos. Mas desse próprio caos nascem às estrelas se você não começar a se encher de medo, se não começar a escapar de sua agonia. Todos estão tentando escapar, encontrando maneiras: apaixonando-se, fazendo isto, fazendo aquilo, ficando de algum modo engajado em algo ? uma coisa não está acabada e você já começa a fazer outra coisa, porque tem medo. Se houver uma lacuna entre as duas e a dúvida surgir na sua cabeça, e você começar a sentir agonia, você continua, prossegue correndo; não para. As pessoas começam a correr desde o nascimento e vão assim até a morte. Elas não param, não se sentam à beira da estrada debaixo de uma árvore... Agonia é a experiência de que você entrou no mundo como uma placa limpa de ardósia, uma tabula rasa; nada está escrito nela. Esta é sua face original. Então, você pode fazer duas coisas. Uma delas é, tendo medo desse vazio, você pode começar a correr atrás de uma coisa ou outra ? ganhar dinheiro, poder, erudição, ascetismo, tornar-se um sábio, um estudioso, um político ? que de alguma forma lhe dê uma sensação de identidade, que de algum modo esconda seu próprio caos interior. Mas, independentemente do que você faça, o caos estará ali e irá permanecer ali. É uma parte intrínseca sua. Por isso, aqueles que entendem não tentam de maneira alguma escapar dele. Ao contrário, tentam penetrá-lo. Estas são as duas maneiras: ou correr dele, como todos os demais estão fazendo, ou penetrá-lo. Atingir seu próprio centro, não importa quão doloroso, atemorizante possa parecer, mas atingir o centro, porque esse é você. E é bom pelo menos uma vez estar no exato centro de seu ser. No momento em que você atinge esse centro, a segunda palavra se torna significativa: êxtase. O êxtase é a flor da agonia. A agonia não é contra o êxtase. A agonia é o caminho para o êxtase. Você simplesmente tem de aceitá-la ? o que mais se pode fazer? Ela está ali. Você pode fechar os olhos ? isso não significa que o sol tenha desaparecido; ele continua lá. E todos estão tentando fechar os olhos; o sol brilha demais... O mestre é simplesmente uma prova de que você não precisa ter medo. Se esse homem pôde encontrar seu próprio centro, passando por toda a agonia, não há razão por que você também não possa fazê-lo. E quando você conhecer o sabor do êxtase, toda a sua vida, pela primeira vez, terá algo que pode ser chamado de celestial. Uma nova qualidade surge em você, uma nova chama. Mas essa é nossa natureza, a natureza de todo mundo... Nunca na minha vida eu tentei me tornar alguém. Eu simplesmente permiti que a vida me levasse para onde ela quisesse. Uma coisa eu posso lhe dizer: não fui um perdedor; foi uma grande alegria ser levado pela natureza. Não deixei que nada interferisse. Nem sequer nadei, porque quando você nada está pelo menos movendo suas mãos. Eu simplesmente me deixei levar pela corrente, fluindo para qualquer lugar aonde a corrente estivesse indo. Felizmente, todos os rios acabam alcançando o oceano. Os pequenos, os grandes, de um modo ou de outro, todos encontram seu caminho para o oceano. E essa sensação oceânica eu chamo de sensação religiosa ? quando sua pequena gota cai no oceano. Em certo sentido você não existe mais, e em certo sentido você existe pela primeira vez. De um lado está a morte; do outro lado está o renascimento... Quando eu digo ?abandone o ego, abandone a mente?, não quero dizer que você não possa mais usar a mente. Na verdade, quando você não se apega à mente você pode usá-la de uma maneira bem melhor, bem mais eficiente, porque a energia que estava envolvida no apego torna-se disponível. E quando você não está continuamente na mente, 24 horas por dia na mente, ela também consegue um pouco de tempo para descansar... A meditação faz de você um mestre e a mente se torna um escravo. E lembre-se: a mente como mestre é perigosa porque, afinal, ela é uma máquina; mas a mente como um escravo é enormemente importante, útil. Uma máquina deve funcionar como uma máquina, não como um mestre... Não fique identificado com o ego, embora, no que diga respeito ao mundo, você tenha de funcionar como um ego ? ele é apenas um utilitário! Você tem de usar a palavra eu ? use a palavra eu, mas lembre-se de que é apenas uma palavra. Ela tem certa utilidade, e sem ela a vida se tornará impossível. Se você parar completamente de usar a palavra eu, a vida se tornará impossível. Nós sabemos que os nomes são apenas utilitários, ninguém nasceu com um nome. Mas não estou dizendo para abandonar seu nome e atirar seu passaporte no rio... No mundo, onde há tantas pessoas, precisamos de alguns rótulos, de alguns símbolos, apenas para demarcar, apenas para ter certeza de quem é quem... Não estou lhes dizendo para serem desprovidos de mente; estou apenas dizendo: não sejam apenas mentes ? vocês são muito mais que isso. Sejam consciência! Então a mente se torna uma coisa pequena. Você pode usá-la sempre que for necessário, e quando ela não for necessária você pode colocá-la de lado... A primeira expressão de amor por uma criança é deixar seus primeiros sete anos absolutamente inocentes, incondicionados, deixá-la por sete anos completamente selvagem, pagã... Foi porque os filhos discordaram de seus pais, de seus ancestrais, com relação a toda a sua tradição, que o homem evoluiu. Toda essa evolução é uma enorme discordância com o passado. Quanto mais inteligente você for, mais vai discordar. Mas os pais apreciam o filho que concorda com eles; e condenam o filho que discorda deles... Lembre-se: a iluminação não é algo que acontece por acaso e chega a um ponto final. Não! A iluminação começa, mas nunca termina. É um processo contínuo. Ele se torna cada vez mais enriquecido. E quando as coisas continuam se tornando cada vez mais enriquecidas, como você vai voltar para trás? Quem se lembra do caminho de volta, do passado? Porque todos os dias você está enfrentando uma nova revelação, uma nova luz, uma nova alegria. Todo dia é tão novo que não há necessidade de olhar para trás. O homem iluminado é para sempre uma criança. Ele só tem o futuro e não há limite para seu crescimento... Se eu sou um com a existência, como posso morrer? A existência estava aí antes de mim e estará aí depois de mim. Sou apenas uma onda no oceano, e a onda vem e vai; o oceano permanece, sobrevive. Sim, você não estará aí ? como você é, não estará aí. Esta forma vai desaparecer, mas aquele que habita essa forma vai continuar habitando, quer em outras formas ou, finalmente, na ausência de forma. Comece a se sentir um com a existência, porque essa é a realidade. Por isso minha reiterada insistência em deixar desaparecer a distinção entre o observador e o observado, o máximo de vezes durante o dia... Deus não criou a morte; ela é uma invenção do próprio homem. Crie o ego e você terá criado o outro lado dele ? a morte... Então, em primeiro lugar, lembre-se de que individualidade não é personalidade.
Quando você abandona a personalidade, descobre sua individualidade ? e só o indivíduo pode se tornar iluminado. O falso não pode se tornar a realização final da verdade. Só a verdade pode se encontrar com a verdade, só os iguais podem se encontrar com os iguais. Sua individualidade é existencial; por isso, quando sua individualidade floresce, você se torna um com o todo... Somos individualmente diferentes. E não há contradição nisso. A pessoa pode experienciar o universal, mas, quando surge a questão da expressão, tem-se de ser individual... Dois estranhos podem se olhar ao se cruzarem na rua por três segundos. Até esse tempo, é um olhar casual. Se for mais prolongado que isso, então o olhar se torna não casual. Agora você está tentando penetrar na outra pessoa. Se você ama a pessoa, isso pode ser permitido, porque os amantes estão abertos um ao outro. Mas se você não ama a pessoa e a pessoa não o ama, então você está sendo ofensivo. Então isso é violência. Então você está transgredindo a privacidade da outra pessoa, e esta vai se sentir ofendida, vai se sentir constrangida... O ?eu?, o ego, não é nada além das opiniões de outros que você coletou sobre você. Esse ?eu? não é você, mas você está identificado com ele. Você é aquele ?eu? que nunca foi visto por ninguém, que nunca foi sequer tocado por ninguém. Não corrompido, não tocado, não contaminado, virgem, absolutamente puro, a própria pureza ? esse é você. Deixe de lado o que você não é, para poder saber o que você é... As pessoas estão sempre criando grandes problemas do nada. Conversei com milhares de pessoas sobre seus problemas e ainda não me deparei com um problema real! Todos os problemas são fictícios ? as pessoas os criam. Porque sem problemas elas se sentem vazias: então não há nada a fazer, nada a combater, lugar nenhum para ir... Viva, dance, coma, durma, faça as coisas da maneira mais total possível. E o tempo todo se lembre: quando você se perceber criando algum problema, saia dele imediatamente. Uma vez que você entra no problema, torna-se necessária uma solução. E mesmo que encontre uma solução, dessa solução mil e um problemas vão tornar a surgir. Quando você dá o primeiro passo, já está preso na armadilha. Sempre que perceber que está entrando em um problema, fique atento, corra, salte, dance, mas não entre no problema. Faça algo imediatamente para que a energia que estava criando o problema se torne fluida, líquida, derretida, de volta ao cosmos... Qualquer coisa que você deixe incompleta tem de ser completada em seus sonhos. Qualquer coisa que não tenha vivido permanece como uma ressaca e se completa na mente ? é isso que o sonho é. O dia todo você ficou pensando. O pensamento simplesmente mostra que você tem mais energia do que usa para viver; você tem mais energia do que sua suposta vida necessita. Você está perdendo a vida real. Use mais energia. Logo energias frescas estarão fluindo. Não seja avarento. Use-as hoje; deixe que elas se completem em você hoje; o amanhã cuidará de si, não fique preocupado com o amanhã. A preocupação, o problema, a ansiedade, todos simplesmente mostram uma coisa: que você não está vivendo da maneira certa, que sua vida não é ainda uma celebração, uma dança, uma festividade. Por isso existem todos os problemas. Se você viver, o ego desaparece. A vida não conhece ego, ela só conhece o viver, o viver, o viver... Aprenda a desfrutar não apenas dos prazeres da vida, mas também dos sofrimentos; não apenas dos êxtases, mas também das agonias. E a pessoa que puder desfrutar das agonias estará libertada. A pessoa tem de ir além de todos os desejos; só então haverá o contentamento. O contentamento não está no fim de um desejo, o contentamento não vai existir pela satisfação do desejo, porque o desejo não pode ser satisfeito. Quando você conseguir a satisfação de seu desejo, verá que outros mil e um desejos apareceram. Cada desejo se subdivide em muitos novos desejos. E repetidas vezes isso vai acontecer, e toda a sua vida será desperdiçada... O ego e os desejos estão intrinsecamente juntos, são totalmente inseparáveis. No momento em que o ego morre, o desejo desaparece, ou vice-versa. No momento em que os desejos são transcendidos, o ego é transcendido. E não ter desejo é estar desprovido de ego, é saber que a bem-aventurança fundamental é conhecer o êxtase eterno que começa, mas nunca termina. Em face de uma crise de neurose, de angústia, sejam quais forem as suas manifestações, o que devemos fazer é: a) não lutar frontalmente contra os sintomas; b) não insistir no esforço ineficaz; c) não cair presa do medo decorrente da sensação de impotência. Em resumo: não lutar e não temer! Reação frustrada e resistência destruída só servem para evidenciar nossa própria derrota e é isto que dá medo. Este, por sua vez, destrói a eficácia dos esforços, pois cria tensões desastrosas. E assim, a vitória será sempre da adversidade, da inferioridade, do vício, de tudo quanto nos quer vencer, reter, escravizar e destruir... Que tal esta sensação de segurança e serenidade, que está substituindo o medo? Vê como é Divina a vitória sem luta, sem ansiedade, sem reação, sem violência? Esta paz gostosa está ao seu alcance todas às vezes que quiser! Sempre que uma nova crise quiser tomar conta de você, lembre-se disto: não lute; não tema; se entregue a Deus; relaxe; deixe que a adversidade, por si mesma, descubra que já não tem domínio sobre você! Relaxar é gozar repouso. É amolecer-se. É desfrutar os inefáveis prazeres de não fazer absolutamente nada. Para um neurótico inquieto e ansioso, relaxar é difícil. Compreende-se. Representa um ato de coragem, de crença, de segurança, que exatamente ele não tem. É um entregar-se todo, sem restrições, sem preocupação com um sistema de segurança. E isso é impossível. O neurótico, vivendo exausto, em guarda, a defender-se do misterioso e supostamente presumível assalto, não consegue, com facilidade, mandar dormir todas as sentinelas que tem colocado ao redor para sua defesa. Por outro lado, se o neurótico, insistindo e tirando proveito de outras técnicas, conseguir aprimorar a arte de relaxar, consequente e simultaneamente, estará se libertando da neurose. Estará vencendo o medo, acalmando a ansiedade, ganhando coragem e estímulos de vida... A ansiedade pela cura é tão perniciosa como o acreditar-se curado, quando se está apenas melhor. Evite preocupações, principalmente com o tempo. Lembre-se de que seu distúrbio nervoso levou anos para instalar-se. Não será com dois dias que vai ser superado. Não que seja impossível, pois para Deus nada o é. O que não quero é que se sinta desanimado com não ficar logo bom, nem surpreendido com as recaídas e com as naturais dificuldades do caminho... Ninguém que, usando autossugestão, pretenda fazer cessar uma dor de cabeça o conseguirá, se, todo tempo, ficar ansiosamente interessado em saber se já está melhor. No mínimo, depois de algumas sondagens, acabará por abraçar a sugestão contrária, isto é, concluirá: ?Quem disser que autossugestão tira dor de cabeça não sabe o que está dizendo.? Em resumo: ?Não arranque todos os dias a semente procurando ver se a plantinha está nascendo? (Yogananda)... Todos, dentro de certos limites, somos frutos do meio em que vivemos. É preciso ser muito vigilante, hábil e corajoso para conseguir salvar-se da normalidade enfermiça... Não seja intransigente com ninguém e principalmente consigo mesmo. Deixe isto de horrorizar-se com suas quedas e crises. Não trave batalha sem quartel contra suas anormalidades, tibiezas e falências, se é que elas o são mesmo. Lembre-se de que muita gente por você tida como curada, normal e mesmo perfeita também carrega uma cruz, também cai e se levanta e novamente tropeça, tendo a alma impregnada daquilo que chamam de pecados, e o corpo, de muito sofrimento... Comporte-se com a serenidade de quem não se perturba diante de uma não vitória. A grande recomendação é: paciência. Mantenha a esperança. Insista. Sem qualquer ansiedade, insista, sabendo que, quanto mais você for paciente, maior a probabilidade de êxito... Esqueça que deve ou necessita ou tem de ficar bom. Mas nunca esqueça o conselho psicoterápico de Jesus: ?Primeiro o Reino de Deus e o resto (inclusive a saúde, eu diria) vos será dado de acréscimo?. Persistência. Esperança. Paciência. Suavidade. Não anseie curar-se. Passe a querer, isto sim, evoluir espiritualmente... É comportamento de enfermos que têm um inconsciente interesse em fazer fracassar qualquer tratamento. Seus sofrimentos lhe são rendosos. Com eles, vão conseguindo dos familiares, proteção, cuidados, carinhos e vida sem encargos e compromissos. A doença lhes propicia cômoda e infantil irresponsabilidade. Dispensa-os da obrigação de ganhar o sustento e de cumprir papel de adulto. São coitadinhos de profissão... A angústia ? este privilégio do bicho-homem ? não é infelicidade em si, senão na medida em que o angustiado, por ignorância e autopiedade, enfrenta-a em mísero estado de medo e infelicidade... Sem o desafio e a convocação, representados pela angústia, a alma individual em evolução se perderá, totalmente alienado, nesta existência ilusória, onde os prazeres são muitos, mas decepcionantes. A vitória sobre a angústia, em última e definitiva instância, consiste em a alma individual em evolução integrar-se na Alma Universal... Vocês moralistas estão crucificando os indivíduos que, imbuídos de restrições e deveres, partidos de um superego forjado pela religiosidade, pelos costumes, pelos conselhos dos pais, dos professores, dos mentores, entram em conflito interno com os impulsos naturais, ocasionando prejuízos à saúde... Nenhum de nossos pensamentos, desejos e ações, por mais insignificantes que nos pareçam, deixam de mexer com o cosmo. A toda hora, sem que o saibamos, estamos rabiscando as páginas do livro da Vida Universal e por isto somos responsáveis... Assim, a ação imoral é aquela que nos faz sofrer. A ação moral é a que nos torna mais chegados à suprema bem-aventurança, ao próprio Deus... Os obstáculos que mais dificultam o julgamento de nós mesmos são: autocomplacência, autopiedade, autosseveridade. Pela primeira, o indivíduo, desejando uma agradável visão de si mesmo, obscurece os defeitos e enfatiza tudo o que considera perfeição. Pela segunda, desejando sentir-se um coitado, uma vítima, um perseguido, exagera tudo o que o faça sofrer mais um pouco. A terceira atitude é a oposta da primeira. Por ela, o perfeccionista de si mesmo se fixa sobre o que precisa ser corrigido em seu caráter, temperamento ou personalidade e não se interessa por saber o que ele tem de positivo e de bom. Qualquer das três atitudes nasce do egoísmo e gera mais egoísmo. Qualquer delas impede o autoconhecimento, além de servirem como amplificadores das emoções e, consequentemente, do estresse... A desidentificação só é acessível aos que são capazes de se manterem imunes sem renunciar ao mundo ou dele fugir, mas, ao contrário, nele viver ativa e produtivamente. Diante de suas próprias desventuras, procure galgar um ponto em que, sereno e silente, possa observar emocionalmente isento o que está acontecendo. Aquilo que quando nos fala nos dá infelicidade é objeto de nossa identificação. Somos identificados ao que ansiosa e desastrosamente queremos conservar, melhorar, desenvolver. Somos uns perdidos de nós mesmos porque nos identificamos a uma variedade sem conta de coisas, posições e pessoas. Nossa segurança e paz dependem de tudo isto com que nos identificamos. Uma das maiores fontes de sofrimento é o identificar-nos com os níveis mais densos e materiais de nosso ser. Os que se identificam com o corpo, e somos quase todos, costumam dizer: ?eu estou doente?. O ser já desidentificado com o corpo, usa outra linguagem e diz: ?meu corpo está doente?. À medida que avança nesta desidentificação, o homem vai se tornando cada vez mais invulnerável aos acontecimentos, às coisas, aos fatos e às pessoas. Um imaturo vai ao cinema e sofre respectivamente com as derrotas do herói ao qual se identifica. Seus nervos, glândulas e vísceras são fundamente sacudidos pelos acontecimentos do mundo mítico criado pela fita. Uma pessoa de espírito crítico e amadurecido, conhecedora da técnica e arte cinematográficas, sabe ?dar o desconto?, e assiste ao filme, dizendo para si mesmo: ?não é comigo?; ?eu não sou aquele personagem?; ?tudo isto é ilusão?. O mundo que nos rodeia só é realidade na medida em que nos identificamos com ele, pois nos impõe dor ou prazer, pesar ou alegria, confiança ou medo. Desde que conheçamos o que é realmente o mundo, começaremos a sentir a equanimidade do espectador de mentalidade evoluída, sem sofrer nem gozar, sem tentar fugir ou buscar, sem medo, sem ódio e sem tédio... A imaginação, que tem força para desgraçar, tem o poder de salvar. Nunca deixe a imaginação solta arrastá-lo na direção errada. Mantenha-a sempre firme no rumo de sua redenção... Dedicando todas as ações a Deus, considerando-se a si mesmo tão só um servo ou instrumento, isento de desejos pela colheita dos frutos da ação, a salvo do egoísmo e sem qualquer sentimento de cobiça, engaja-te na batalha... Não se esqueça que a violência da poda torna a árvore mais bonita e vitalizada. Lembre-se de que a terra cujo lombo é rasgado pelas pás do arado ganha fertilidade. Assim é com o ser humano. Os desafios da desventura podem amadurecer a personalidade. As lágrimas que derramamos na dor não são de lastimar, pois enriquecem os dias de experiência. Quero que você me aponte alguém que se aperfeiçoou, se fortaleceu, floresceu em obras, fez-se herói, santo ou sábio através do prazer e na ausência da dor. Não sou partidário de um ascetismo masoquista. Longe de mim achar que é preciso sofrer o martírio para poder ganhar o céu. Ao contrário, acho loucura o que certos místicos praticam: a autoflagelação. Afirmo o contrário. Creio que a tendência legítima e fundamental do ser humano é a busca da felicidade. Esta, no entanto, nem significa a ausência de adversidade e dor, nem é sinônimo de gozo e prazer. Acho que ser feliz é pairar acima das vicissitudes. Ser feliz, eu creio, consiste em viver liberto tanto do apego ao prazer, como do medo da dor... Contentar-se até mesmo com a situação da carência, falência, queda ou crise é estratégia para libertarse de tudo isto e, portanto, desmoralizar o ?inimigo?. Contentamento é desafogo, pois liberta-nos da ânsia de obter cura ou triunfar. Veja bem: não é capitulação de covarde. É a calma de quem se sente forte. Não é satisfazer a insatisfação o que nos faz felizes. O não ter a insatisfação, sim. Satisfação não é contrária ao querer firme, constante e sereno dos sábios, mas é antítese da apressada, febril, traumática, tensa e ansiosa caça ao sucesso em qualquer de seus aspectos... O sábio não se deixa perturbar nem pelo dulçor nem pelo amargor dos frutos que lhe são dados. Não chora demais nem ri sem medidas. É sereno. É equânime. É igual. É invulnerável aos opostos. O caçador de prazeres, de compensações, de fortuna, de posições, de aplausos, de lucros, de tudo que julga desejável, é em geral um débil, pois, na mesma medida com que se alegra com a conquista daquilo que busca, desespera-se, sente-se desamparado e perdido diante dos menores vetos e negativas que o destino lhe impõe. Quase sempre sente medo de perder o que tem ou o que pensa que é, e adoece de medo diante das ameaças a ele ou a seu patrimônio. Ao primeiro prenuncio de dor de cabeça, se acovarda e, assim, a agrava. Quem faz da equanimidade sua fortaleza interna é inexpugnável. Não teme perder nem se perturba na ansiedade de conquistar. Equânime não é a pessoa fria, indiferente e inconsequente. Embora se apercebendo da significação de ser favorecido ou desfavorecido, embora participe ativamente dos fatos, consegue um sadio isolamento emocional, colocando-se acima deles. Na obra do Absoluto ?tudo é necessário? e em nossa vida ?nada é imprescindível?, a não ser o amor de Deus. Aprenda a aceitar com equanimidade o que a vida lhe der. Só assim poderá seguir o que o Epíteto ensinou: ?Não faça sua felicidade depender daquilo que não depende de você?... Diante das dificuldades e frustrações devo insistir, até poder constatar que Deus tem realmente outros planos para mim. Nesta hora, só me resta aceitar sua sábia vontade, sem permitir qualquer resquício de tristeza, revolta ou autocomiseração. Portas que se fecham, prejuízos, adversidades e frustrações que destroem os fracos, são quantas vezes declarações inequívocas de amor, partidas da Consciência Suprema para ouvidos e corações sábios... A Inteligência Cósmica, presente em todos os objetos, é o que é chamado de Deus, o Ser Supremo. Você chama isto de Absoluto, porque é Consciência Completa, e não existe nada fora dela. Quando existe alguma coisa fora dela, você chama de consciência relativa. Quando não existe nada fora dela, e é o Todo no Todo, que a tudo permeia, você chama isto de Consciência Absoluta... O que é harmonia? Harmonia não é nada mais do que o seu ajuste com o cosmos. Se você está ajustado adequadamente ao universo, é dito que você está em harmonia com o universo. Porém, se há um desajuste com o cosmos, você é arremessado como um indivíduo. Agora, o simples fato de você ser capaz de ver objetos fora de você, com seus sentidos, como algo separado completamente de sua personalidade, mostra que você não está adequadamente ajustado com o cosmos. Você não consegue enxergar uma célula do seu corpo como algo externo, porque é uma parte essencial da sua própria existência. Deste modo, se nós somos capazes, pelo poder da força de vontade e concentração, de visualizar o mundo como essencialmente relacionado à nossa consciência, nós estaríamos automaticamente em um estado de meditação... A análise do processo de percepção de objetos lhe dará uma indicação de que o mundo é feito de Consciência, e não matéria. É somente por dedução que você pode chegar a esta conclusão, não por uma percepção direta, visível e sensorial... Então, a Consciência Universal, sendo incapaz de ser convertida em um objeto, permanece sempre como sujeito, como o Ser (Self). A Consciência Suprema, que é o Absoluto, é o Ser de todos. Se você conseguir reter este estado mental por alguns minutos, o de que o universo é um mar de Consciência e que você é como ondas neste mar de Consciência, e que não existe nada como matéria ou matéria inorgânica neste mundo ? isto é universalidade de percepção, diferente da percepção individual de objetos. Isto é Meditação...?
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Jennifer 07/11/2021

un guia espiritual
Através das palestras reecritas, dadas pelo o grande mestre espiritual Osho, este no leva a reflexões sobre a natureza humana, não apenas no plano físico, mas também os seu questionamentos no âmbito emocional e espiritual.
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Tathy 14/01/2022

Não gostei
Sempre ouvi falar de Osho, já havia lido alguns aforismas e frases, retiradas de contexto que me pareceram brilhantes.
Mas eu não gostei desse livro. Não sei se tive uma falta de sorte de pegar uma tradução ruim ou se o livro é ruim mesmo. Cheio de preconceitos, de enrolação para falar o que estava querendo. Enfim, não recomendo e ainda estou na dúvida se dou outra chance a outro livro dele.
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Miriam172 07/05/2023

Já foi o tempo que eu curtia ler Osho. Hoje já acho repetitivo e superficial, além de perceber alguns preconceitos na fala dele. Tem mestres mais contemporâneos que já estão atentos à essas questões.
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