Os mil outonos de Jacob de Zoet

Os mil outonos de Jacob de Zoet David Mitchell




Resenhas - Os Mil Outonos de Jacob de Zoet


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Wolney Fernandes 22/03/2015

Os Mil Outonos de Jacob de Zoet
O David Mitchell eu conheci em 2008 quando li "Menino de Lugar Nenhum" e o livro se tornou um dos meus favoritos. Depois eu passei pelo incrível Atlas das Nuvens, mas quando li a sinopse de "Os Mil Outonos de Jacob De Zoet" me bateu uma frustração porque se tratava de um livro de aventura - gênero que não me atrai muito - com trama passada no Japão no final do século XVIII onde meu interesse é praticamente nulo. Mesmo reticente eu resolvi conferir o livro que acabou me conquistando, página a página, no modo detalhado como o autor consegue contar a história de um jovem escrituário que deixa sua vida na Europa e parte para o Oriente em busca de fortuna na feitoria mantida por holandeses às margens da costa de Nagasaki.

Envolto em negociações firmadas entre o pensamento ocidental e o oriental, Jacob é responsável pelo registro daquilo que acontece no local. O jovem é um protagonista solitário que, diante das dificuldades de se enturmar, funciona como ponte para que a gente compreenda as diferenças entre uma cultura e outra. Motivado por um idealismo mantido por sua história de vida, Jacob amadurece diante dos acontecimentos que testemunha e que não são poucos.

Você pode ler a resenha na íntegra aqui:

site: http://instantespossiveis.blogspot.com.br/2015/03/os-mil-outonos-de-jacob-de-zoet.html
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Yan Pereira 20/07/2022

Jacob de Zoet
Uma experiência agradável acompanhar, nesse romance histórico, as aventuras de Jacob de Zoet durante seus 20 anos trabalhando em uma feitoria holandesa chamada Dejima, em Nagasaki, Japão. Livro repleto de personagens interessantes como o Dr. Marinus, o macaco William Pitt, o intérprete Ogawa Uzaemon, magistrado Shiroyama e outros.

O livro foi muito bem escrito, retratando o Japão do século 19, fruto de uma intensa pesquisa do escritor junto a especialistas e escritos holandeses, fora sua experiência de vida por morar alguns anos no Japão. David Mitchell é mais conhecido pelo seu livro Atlas nas Nuvens.
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Gabii 24/10/2015

Passando-se praticamente todo na ilha de Java, exatamente em Jacarta – em um período que vai de 1799 até... uns 40 e poucos anos depois – Os Mil Outonos de Jacob de Zoet é um livro com uma narração impecável – com alguns erros de revisão como o 1790 que virou 1970 – e com uma estória que contou com uma boa pesquisa e enredo.

Jacob é um rapaz não muito abastado que se vê forçado a “perder” alguns dos seus melhores anos trabalhando para a Companhia Holandesa das índias Orientais, para assim poder ser digno de uma jovem chamada Anna, que tem um pai bem exigente financeiramente. Claro que tudo isso parece meio simples, mas o livro não se limita a isso, e além de acompanhar Jacob por um período curtíssimo em que acontecem muitas coisas – falou a rainha do marasmo – ele também fala muito sobre a cultura, desde a estrutura de poder vigente em Batávia – que era o nome de Jacarta na época – até algumas crenças de lá – to aqui me segurando para não dar spoiler, porque sinceramente essa parte me surpreendeu muito, eu não esperava uma guinada tão drástica em um livro que sinalizava ser mais tranquilo – além de tratar também de detalhes não tão românticos da vida dos marinheiros e comerciantes daquela época – de doenças a prostíbulos, passando pela “mesa” de cirurgia do Dr. Marinus em plenos procedimentos.

Tirando Jacob, que é claro, monopoliza o foco do livro, também temos alguns personagens fascinantes como o Dr. Marinus e Orito, que são estudiosos em uma época em que a busca de conhecimento não era tão bem vista – principalmente no caso de Orito, que era uma mulher – Enomoto – que dispensa explicação em função dos spoilers – entre outros.

Desculpem-me, mas é muito difícil falar desse livro sem ficar a beira de soltar um detalhe, e são muitos detalhes, além de contar com uma narrativa limpa e muito bem feita o livro também trás elementos inesperados, e complicações que eu nunca poderia esperar.

site: http://embuscadelivrosperdidos.blogspot.com.br/2015/10/os-mil-outonos-de-jacob-de-zoet-david.html
Diego 08/08/2016minha estante
Gabi, fiquei fascinado também. Meu primeiro contato com romances históricos foi justamente O Xogum do James Clavel, então ler Os Mil Outonos de Jacob de Zoet me fez mergulhar em nostalgia, enquanto reconstruía essa imagem do Japão da era Edo. O que mais me marcou foi perceber que o autor descreve a bestialidade e as futilidades tanto dos europeus, quanto dos asiáticos. Do lado de europeus, a bebida e o "baixo calão" no palavreado, e do lado asiático, uma série de protocolos e rituais baseados em absolutamente nada além de si mesmos.

Quanto ao monastério do abade Enomoto, temos dentro do livro outro livro que narra essa história de terror e ocultismo. Incrível.

Tornou-se uma das minhas histórias preferidas, e um desejo enorme de escrever fanfics sobre quase todos os personagens, QUISERA EU escrever como David Mitchell faz.




Kamylla 13/11/2020

Pode entrar, lágrimas!
Eu termino de ler o livro e me vejo totalmente tocada pela história. Chorei muito nas partes finais, porque a forma como foi escrito foi de uma sensibilidade ímpar. Mostra, sobretudo, que amor sobrevive a todos os intempéries, que mesmo diante da impossibilidade do "ficar junto" o carinho e o respeito permanece. É muito duro lidar com essas questões tanto é que me permito limpar a alma através das páginas finais. Com certeza vou sentir falta da honestidade e justeza de Jacob, dos comentários ácidos e sensatos do Dr. Marinus, da paixão pela profissão de Orito e de todos os personagens que complementaram a história. Cada um deles humanos, passíveis de erros. O que me resta pontuar é: será que conseguirei adentrar outra história tão boa ainda esse ano? E porque todo meu ser quer ir visitar o Japão e mergulhar nas belos campos de tulipas holandesas? Tudo isso são resquícios das marcas boas que essa história me causou.
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Thiago Barbosa Santos 16/11/2017

Mitchell me convenceu do ótimo escritor que é na primeira leitura
Um dos romances mais engenhosos que eu já li dos autores contemporâneos, certamente. David Mitchell nos traz um universo pouco conhecido, o Japão da virada do século XIX, um país quase totalmente fechado para o resto do mundo e com modelos de negócio e modo de vida um tanto primitivos. Naquela época, os japoneses estabeleciam relações comerciais apenas com a Holanda.

Os mil outonos de Jacob de Zoet mistura mitologia, aventura, amor, traições, corrupção e toda essa miscelânea resulta em um romance vigoroso e original. Jacob de Zoet é um holandês que foi para Dejima, em Nagazaki, em busca de uma melhor condição de vida para depois voltar à Europa e casar-se com Anna. No oriente, ele encontra um mundo hostil. Na atividade como escriturário, tenta usar de sua pureza para combater os negócios escusos que são estabelecidos na localidade. Com isso, sofre preconceito e rejeição dos próprios compatriotas, e é olhado também com certa desconfiança pelos orientais.

No Japão, ele conhece a encantadora Orito Aibagawa, uma moça que trabalha como parteira e estuda medicina. Ela tem parte do rosto queimado. No primeiro encontro dos dois, De Zoet já se apaixona por ela e esquece-se logo da prometida na Holanda. Porém, ele percebe que aquele era um amor impossível, jamais a cultura japonesa admitiria um romance de uma filha da terra com um estrangeiro.

Com o passar do tempo, os caminhos dos dois vão tomando rumos diferentes, à medida que perdemos o fôlego com uma história vibrante. O livro parece empacar um pouco no início da trama, que vai sendo costurada em um ritmo lento, porém, da metade para o final o enredo acelera e prende o leitor, que não se decepciona com o desfecho. O livro tem ótima tradução de Daniel Galera.
Edméia 25/03/2019minha estante
*Obrigada pela resenha, Thiago Barbosa Santos ! Coloquei este livro na minha "Lista de Desejos" da Livraria Amazon ! Lerei-o em formato de e-book ! Prefiro os livros eletrônicos ! Boas leituras pra você ! Um abraço. Fiques com Deus.




Thiago 19/02/2022

Romance muito agradável de ler, com uma veia bem Dickens, do começo ao fim. Acompanhamos a vida desse jovem escriturário holandês, que é enviado pela companhia holandesa das índias orientais, para a costa do Japão, em 1799. A partir daí testemunhamos as desventuras de Jacob de Zoet, o choque da cultura oriental e européia, cristianismo e a mística oriental, um país fechado cedendo ao expansionismo europeu, e todas as tensões que surgem desses embates. Uma história de amor singular surge em meio a tudo isso, descrita de forma sensível e melancólica, prezando muito pela sobriedade, sem falsos finais felizes. Uma experiência única...
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Ryllder 13/08/2017

Minucioso
O autor possui uma escrita bastante refinada,descrevendo minúcias interessantes e surpreendentes.Livro de lento desenvolvimento,mas nunca sacal.Merece uma leitura atenta.
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Curumin 13/05/2020

Há tempos eu não lia algo tão incrível. Rodeio esse livro por anos, mas nunca o encarei.

Agora sinto um imenso atraso: por que não li antes?? Tem uma riqueza imensa de detalhes, cuidado, coerencia de escrita. É como se o autor tivesse dado todo cuidado a cada parte da história.

Há capítulos que eu fiquei completamente imerso. Os personagens são incríveis, tem uma densidade imensa.

Sabe aquele momento que você lendo romance histórico, pega aqui e ali uma fragilidade, não de fatos, porque isso não importa na ficção, mas de consistência?! Esse livro não me despertou nenhum receio. O que percebi é que há muito, muito trabalho nele.

Já tá nos meus favoritos.
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Diego361 26/10/2021

Mitchell supreendendo de novo
David Mitchell entrou no radar com "Atlas de nuvens", que até virou filme. O livro físico está esgotado e difícil de encontrar, mas num golpe de sorte consegui encontrar a um bom preço hehehe.

"Os mil outonos de Jacob de Zoet" consegue ser melhor que seu livro mais famoso, e deixou o autor na minha lista de "ler tudo o que puder dele" (de preferência com a tradução do Daniel Galera). Ele faz sucesso no exterior, mas por aqui é deixado de lado pela Cia. das Letras.

Mistura de romance histórico com romance de formação. Poderia, se forçar um pouco, virar uma trilogia. O enredo se passa na época do Japão feudal quando só travava relação comercial com a Holanda. A primeira (e melhor) parte acontece em Dejima, porto comercial na porta de Nagasaki, com o protagonista, a companhia holandesa e alguns personagens marcantes. Na segunda parte conhecemos mais, a meu ver, o antagonista e seu templo religioso. Na terceira parte tem-se o encerramento com seu "alguns anos depois".

Tem comédia, corrupção, misticismo, aventura... Ótima experiência literária nesse ano em que tenho encontrado mais livros 5 estrelas.
Terminando: capa linda que mostra que faz parte, sim, apreciar o visual e se empolgar com o trabalho gráfico.
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Fábio Valeta 10/07/2022

Antes de mais nada, preciso confessar: eu comprei o livro pela capa, magistralmente criada por Joe Wilson... felizmente, o restante do conteúdo também vale a pena.
Personagem que dá nome ao livro, Jacob de Zoet é um funcionário de baixo escalão da famosa Companhia Holandesa das Índias Orientais, que no ano de 1799 é enviado ao Japão para investigar os graves casos de corrupção que afetam os interesses da Companhia. Na época, o Japão ainda estava quase que completamente isolado do restante do mundo devido a uma lei que proibia estrangeiros de pôr os pés no país ou de japoneses de saírem dele. A única cidade com autorização para realizar algum tipo de contato (e comércio) é a cidade de Nagazaki, através da ilha de Dejima, uma ilha artificial criada no século XVII pelos Portugueses (que pouco depois foram expulsos do país) e posteriormente utilizada pelos Holandeses para o comércio. Os Holandeses ficam confinados na Ilha e nas raras vezes que um deles é autorizado a pisar em solo japoneses, o faz sendo constantemente vigiado.
Jacob é um completo estranho naquelas terras. Cristão fervoroso em um país que na época punia a profissão da fé cristã com a morte, é visto como uma aberração pelos japoneses devido a seu cabelo e barba ruiva e com suspeita pelos colegas holandeses, que o veem como um espião que veio lhes tomar o pouco lucro que obtém com a corrupção sistema praticada em Dejima. Para piorar sua situação, ele fica completamente fascinado com uma parteira japonesa chamada Aibagawa Orito. A relação entre japoneses e estrangeiros é completamente e Orito é a única mulher (além das prostitutas que tem permissão de trabalhar no local) de frequentar a Ilha e ter aulas com o médico Holandês Marinus, e até mesmo falar diretamente com ela pode provocar a fúria dos japoneses.
O livro começa completamente centrado em Jacob, mas aos poucos vai se expandindo para outros personagens, como a já citada Orito, o intérprete japonês-holandês Ogawa Uzaemon e o capitão de um navio inglês enviado para saquear os holandeses e fazer um tratado de comércio com o Japão. Infelizmente, nem as 560 páginas são suficientes para contar todas as histórias, e alguns plots (entre eles, justamente o mais interessante da obra), são concluídos de forma apressada e anticlimática.
Apesar do final menos interessante do que o livro merecia, ainda é uma obra muito bem escrita e cheia de detalhes. É uma boa ficção-histórica (ou romance histórico) para quem gosta do gênero, como eu.
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Michel 30/08/2016

Excelente!
O livro prende do início ao fim. Li aos poucos para saborear melhor. Literatura concisa, sem longas descrições (do jeito que eu gosto). Pouquíssimos escritores escrevem tão bem quanto David Mitchell. Vou iniciar agora a leitura de Atlas de Nuvens, que também é dele.
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Fabiano 25/09/2016

Diário de uma vida.
Este livro me apresentou a escrita de David Mitchell, o qual eu conhecia através do seu livro Cloud Atlas, recentemente publicado no Brasil. Aqui, apresentarei alguns pontos que achei sobre a obra, não tratarei da sinopse, uma vez que pode ser encontrada na descrição do livro.

Os Mil Outonos de Jacob de Zoet é um livro intenso e profundo. Retrata uma vida inteira, o qual passa por diversas situações pessoais, seja no trabalho exercido pelo personagem, seja nas suas relações pessoal e amorosa. Assim como na nossa vida, na vida do personagem também é encontrado alguns empecilhos no caminho, os quais podem ser complexos à sua maneira.
O livro traz questões comerciais entre Batávia (Inglaterra) e Japão, e suas relações complexas de negociação. Isto é um pequeno retrato histórico da relação entre as duas nações, e retrata a cultura da época.

Este livro chama a atenção por ser igual a um diário, similar talvez, ao livro Cemitério de Praga de Umberto Eco, e retrata a vida do personagem Jacob de Zoet. Essa narrativa constrói uma linha complexa e ao mesmo tempo simples sobre uma vida, o qual leva à varias reflexões sobre nossas ações, desejos e anseios ao longo da vida. Assim como as estações, a vida apresenta fases, cada estação correspondendo a uma fase da vida.

Em questões mais técnicas, o livro traz uma linguagem mais sofisticada. Em certos momentos a leitura se torna desafiadora. A história é cativante, mas, não é uma leitura rápida e fluída, exige certo empenho. Entretanto, o final é recompensador, apesar de ser um pouco fora do esperado. No geral, é uma obra muito bem elaborada, complexa e desafiadora, que mostra ao leitor uma narrativa sofisticada e tem tudo para tornar uma leitura memorável.
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