Resenhas - Morto depois de ler

TamiresCipriano 10/07/2015

Morto depois de ler.
Este foi um pequeno conto que confesso, eu o li somente pelo título, mas dei sorte e acertei quanto a isso.

Como a sinopse já diz muito, tentarei não falar envolvendo o que está lá e dando uma pequena opinião, afinal, fica difícil para apenas vinte e duas páginas.

Depois de receber uma carta de seu avô, Affonso, nosso protagonista, vai ao encontro de seu último parente vivo, mas antes de seu avô morrer deixa uma missão para ele, achar um antigo livro da família em um rancho e destruí-lo.

O pequeno conto é surpreendente, te prende até o fim da narrativa.


As terras da família é a única que produz no local, mas ninguém sabia que a causa era uma antiga maldição...

" - Obrigada pela oferenda, meu primogênito - murmurava ela. - Trouxeste-me a mais jovem de minha fazenda para que seu sangue possa então renovar o nosso antigo tratado. Que venha mais uma geração de riquezas para tua família. Tens a marca do diabo. Leu o nosso contrato, sabe o que fazer."

O pequeno conto tem o toque de tudo, mas poderia ter um pouco mais de páginas, pois achei o fato da garota sair da casa muito clichê. O que posso dizer que é ótimo para passar um tempo, ter um bom momento de devaneio.

Saibam mais no blog:

site: http://de-tudo-e-um-pouco.blogspot.com.br/2015/07/resenha-morto-depois-de-ler.html

Laís Helena 14/11/2016

Resenha do blog Sonhos, Imaginação & Fantasia
Morto depois de ler, assim como o outro conto de Valquíria Vlad (Kowai: você tem medo do escuro?), também tem uma ideia interessante, envolvendo livros, maldições e mortes. Tinha tido para ser um conto muito interessante, no entanto, falhou na execução.

A trama foi bem trabalhada, mas o que não me agradou foi a escrita. Ela não é exatamente apressada, mas conta muito. Os sentimentos dos personagens são nomeados, por exemplo, em vez de poderem ser deduzidos pelo leitor a partir de pistas deixadas na narrativa. Outra coisa que me incomodou foram os diálogos, ou pelo menos alguns deles. Eles não têm propósito, não fazem a história andar, ao mesmo tempo em que me deram a sensação de que, caso tivessem sido melhor trabalhados, teriam se tornado mais relevantes e servido para construir o clima de mistério (que, aliás, está bem pouco presente no restante da narrativa, também).

Em nenhum momento o conto me deixou tensa com o que poderia acontecer a seguir. Todos esses elementos acabaram por não trazer imersão à leitura; não que ela seja enfadonha, mas não consegui me sentir dentro da história.

site: http://contosdemisterioeterror.blogspot.com.br/2016/10/resenhando-contos9.html

AmadosLivros 16/08/2017

- (...) Há algo que quero que pegue naquela fazenda... Um livro. 'O dito pelo maldito'. Queime-o, queime-o!"

Esse conto nos traz a história de Affonso Dee, um famoso editor colombiano que faz sucesso nos EUA. Contudo, ele recebe uma carta de seu velho avô doente e se vê obrigado a passar com ele seus últimos dias de vida. As coisas então começam a ficar estranhas, pois o velho começa a dizer que sombras dançam em seu quarto. Affonso julga que seu abuelo está delirando por causa da idade e da doença, e não credita suas palavras.

A última coisa que o velho lhe pediu antes de partir foi que Affonso voltasse ao antigo rancho da família e recuperasse um livro maldito. Sua missão era destruir o livro, queimando-o antes que mais algum Dee pudesse ler, e Affonso devia prometer jamais lê-lo! As terras da família Dee eram as únicas que produziam no local, mas ninguém sabia que a causa se devia a uma antiga maldição... Affonso então parte para o rancho. Tentado, ele irá descobrir que há muito mais no sucesso patrimonial da família do que um simples tato para os negócios.

Eu achei esse conto muito interessante. Ele é bem rápido e te prende bastante. O conto não me deu exatamente medo, mas a tensão psicológica é presente em todos os momentos. O final é clichê, mas ainda assim foi uma ótima leitura.

site: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2017/02/contos-morto-depois-de-ler-velha-casa.html

Duda Mel @epifania_literaria 08/07/2018

Regular
"Se não há luz, não há sombras."

Resenha:

Estava cheia de vontade de ler um conto e esse trazia já uma sinopse que prometia uma história macabra, então resolvi lê-lo logo.
De fato, a obra tem essa premissa.
Affonso é um editor bem sucedido nos EUA, conhecido por transformar em sucesso todas obras que passam por sua mão.
Repentinamente ele recebe uma carta do avô falando sobre estar em seus últimos dias.
Durante a visita, há o relato de que o homem vê sombras durante a noite e que o mal está cercando-o. Há ainda um pedido ao neto: ir a velha fazendo da família e destruir o livro "O dito pelo maldito".

"Palavras são tão ou mais perigosas do que uma arma na mão de alguém que nunca atirou em vida. Ou em morte."

A premissa é boa, mas confesso que esperava mais. O conto termina exatamente no clímax. A autora poderia ter desenvolvido mais e melhor os segredos do tal livro o qual desde o título sabemos que Affonso lerá.
Ainda assim, trata-se de uma história bem escrita. Poucos erros de digitação, nada que uma revisada não resolva. Além disso, a escrita não é chata, mesmo em terceira pessoa, conseguindo manter o tom de mistério ao longo da narrativa junto a alguns bons quotes.