@APassional 14/10/2012
O Baile dos Deuses * Resenha por: Elis Culceag * Arquivo Passional
O Baile dos Deuses, 2º volume da Trilogia do Círculo, retoma exatamente o ponto onde A Cruz de Morrigan terminou. Um mês se passou desde que Hoyt recebeu a missão da deusa Morrigan, de encontrar e forjar o Círculo de seis (uma bruxa, um feiticeiro, um metamorfo, uma guerreira, uma erudita e um vampiro), e faltam dois meses para o Shamain, data em que acontecerá a grande batalha entre o Círculo, a vampira Lilith, e seus respectivos exércitos, no Vale do Silêncio em Geall.
Este livro narra a preparação física, mágica e logística dos integrantes do Círculo para o que está por vir, o planejamento da viagem à Geall, (terra mágica forjada pelos deuses em uma dimensão paralela à Irlanda), que será feita através do Baile dos Deuses, a viagem propriamente dita e a chegada à esse reino. Tudo isso entremeado de ataques mágicos e vampíricos comandados por Lilith, que não dá uma trégua.
Mas a narrativa é muito mais do que isso: os personagens são vivos, pulsantes, complexos e completos, cada qual tendo seus limites testados, e conhecemos inclusive o lado humano (desequilibrado, é certo), da vampira Lilith.
Enquanto Hoyt e Glenna tem um início de vida conjugal nada convencional, Moira e Cian soltam cada vez mais faíscas entre si, inclusive com uma cena que rendeu gritos de alegrias da minha parte. Exagero? Não mesmo rsrsrs... Porém, é no relacionamento entre Blair e Larkin, que temos o principal enfoque romântico desse volume.
"Cara engraçado, pensou Blair. Tipo curioso. Olhos maravilhosos (...) uma combinação daquelas não podia acabar em boa coisa. E ela, simplesmente, não fora programada para aquele tipo de problema - o que aprendera da forma mais difícil." (Blair)
Apesar de possuir total confiança em si enquanto guerreira, Blair tem a auto-estima abalada, por ter sido abandonada pelas pessoas que lhe foram mais próximas na vida, justamente por ser quem é: uma caçadora de vampiros. Confiar novamente nas pessoas lhe parece difícil, manter um relacionamento amoroso então, quase impossível.
" - Não conheço teu pai ou teu irmão, mas sei que prefiro muito mais estar aqui contigo do que com qualquer um deles. Lutas como um anjo vingativo. E cheiras bem." (Larkin)
É Larkin, e sua capacidade de transformar-se em qualquer ser vivo, com o seu jeito doce, cuidadoso, divertido, alto-astral e comilão porque não, que tentará aos poucos baixar as defesas da "fera". Nessa tentativa do Larkin em derreter a Blair, quem se derreteu fui eu!
" - Estou com vontade de fazer uma pergunta. - ele sorriu, quando ela relanceou por cima do ombro. - Usas os cabelos tão curtos para que eu enlouqueça com a curva de tua nuca? A forma como eles descem aqui faz com que eu sinta vontade apenas de... lambê-la." (Larkin)
"Satisfeita, caçou Larkin pelas cocheiras, onde ele se encontrava nu da cintura para cima, molhado de suor e ajudando a forjar armas. O humor dela, simplesmente melhorou. O que podia ser melhor do que ver um cara bonitão e seminu transformar ferro quente em espada?" (Blair)
As coisas que Larkin diz para Blair são maravilhosas, não vou colocar aqui para que vocês possam apreciá-las dentro do contexto da história. A leitura é apaixonante, me deixou com o coração aquecido, satisfeita e com um sorriso de felicidade no rosto. Fantasia, ação, aventura e romance na dose certa. Que delícia!
Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 10/10/2012:
http://www.arquivopassional.com/2012/10/resenha-o-baile-dos-deuses-de-nora.html