Eu a Amava

Eu a Amava Anna Gavalda




Resenhas - Eu a Amava


15 encontrados | exibindo 1 a 15


Ladyce 21/05/2011

Viver a vida!
Nunca cheguei a ser uma boa jogadora de "Bridge", apesar de gostar do jogo. Mas joguei o suficiente para aprender a respeitar qualquer adversário capaz de "finesse" sua mão. Esta expressão, vinda do francês, mas usada no mundo inteiro no jogo de "Bridge", se refere à maneira como um jogador consegue se livrar de cartas perigosas sem que seus parceiros o percebam. Depois que aprendi a expressão e entendi a combinação de destreza e sutileza imbuídas no vocábulo, já a usei tantas vezes, em contextos tão diferentes, que acho inacreditável que não exista em português um verbo que expresse no todo a astúcia e finura de gesto, que combinadas dão peso à palavra.

É natural então que essa expressão francesa seja a que me vem à mente no fim da leitura do livro EU A AMAVA, da autora Anna Gavalda [Record:2002], nascida em Boulogne-Billancourt, na Île de France. Isso porque sua prosa demonstra uma habilidade de escrever carregada de grande sutileza, que consegue retratar o mais corriqueiro dos temas – histórias de amor que não deram certo – com astúcia e perícia. Seu retrato dos sentimentos mais corriqueiros, mundanos, pequenos, acabrunhantes, que nos afligem na hora da perda de um amor, é composto de maneira tão singular, bem humorada e livre de sentimentalismos, que merece grande admiração. E mais, seu romance oferece um penso para almas feridas, um curativo para a emoção exposta do amor não correspondido.

O enredo é tão simples quanto a linguagem usada: uma mulher, abandonada pelo marido, vai com suas duas filhas e o sogro, Pierre Dippel, para a casa de campo deste. Traída, sofrida, com o coração em pedaços, Chloé deixa à mostra toda sua infelicidade e revolta. Seu estado de espírito pode ser resumido na frase: "O perigo é pensar que temos o direito de ser felizes". Pierre Dippel que até então havia se mostrado um homem reservado, aparentemente insensível, revela, para surpresa da nora, uma grande história de amor na qual foi um dos personagens principais. E com essa lembrança de um amor perdido, Pierre Dippel acalenta a nora e a si próprio, tranqüiliza-a sobre o futuro, consola-a com o exemplo, serena seus sentimentos, nutre suas esperanças, alimenta sua alma. No todo são 170 páginas, quase todas de diálogos que formam esta leitura comovente, às vezes irônica, bastante sutil. Não é a toa que, com esse romance, Anna Gavalda tenha conquistado os leitores franceses; surpresa é que sua obra não tenha ainda sido “descoberta” pelos leitores brasileiros, que ainda não a abraçaram na proporção gigantesca com que foi recebida e aplaudida na França.

Este não é o primeiro livro de Anna Gavalda que leio. Há uns poucos anos li ENFIM, JUNTOS [Rocco: 2006], um volume que corrobora a insinuante prosa da autora. Há, no entanto, uma característica entre esses dois romances: a troca de experiências entre diferentes gerações, que me parece um motivo, um padrão freqüente nas criações francesas mais recentes. Essa troca de experiências entre pessoas e gerações distintas está presente também nos filmes: UM LUGAR NA PLATÉIA, 2006, [Fauteuils d'orchestre] de Danièle Thompson; O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE POULAIN, 2001, [Le fabuleux destin d'Amélie Poulain] de Jean-Pierre Jeunet; e também no romance, A ELEGÂNCIA DO OURIÇO [Cia das Letras: 2008] de Muriel Barbery. É claro que a minha mostra é pequena e provavelmente irrelevante, no entanto fica aqui o registro de que além da apurada sensibilidade que se estende por muitos dos romances franceses atuais, -- e aqui ainda posso adicionar CASAS DE FAMÍLIA de Denis Tillinac [A Girafa: 2005] e UM TOQUE NA ESTRELA de Benoîte Groult [Record: 2008]-- há um tema ímpar, único e inexistente nos romances de outros países: o retrato benfazejo da comunicação entre diferentes gerações, o relacionamento positivo entre jovens e pessoas de uma ou duas gerações mais velhas. Esse tema parece trazer uma nova perspectiva na produção literária e cinematográfica da França atual. Um tema bem-vindo, positivo, confiante, útil, que muito enriquece textos e leitores. Uma atitude diametralmente oposta ao eterno conflito de gerações, representado com grande minúcia nas literaturas norte-americana e brasileira, entre outras, que chega às vezes a um retrato narcisista e vaidoso de jovem escritores. Essa troca de experiências, no romance de Anna Gavalda, é apurada e escrupulosa, retratada com vigor e entusiasmo. Vale a leitura de EU A AMAVA.


***

Nota sobre a edição brasileira: Li este livro novo. Nenhum outro leitor havia ainda manuseado o volume. No entanto, ao final da leitura, tive em mãos um livro cujas páginas se soltaram, cujo dorso teimou em querer se descolar e cujos pontos de alinhavo pareceram feitos em linha muito grossa, incompatível com o peso do papel em que foi impresso. As páginas mostraram o desejo de voarem para fora do volume, sendo picotadas pelo cordão que as segurava ao dorso. O livro foi composto na tipologia Aldine 721 em corpo 12/26 e impresso em papel off-set 90g/m² no Sistema Cameron da Divisão Gráfica da Distribuidora Record. Tive que colar de volta diversas páginas do livro. É inacreditável que uma editora, tão grande como a Record, não tenha se esforçado para manter um mínimo de controle de qualidade. Fica aqui o meu protesto pelo desprezo que a companhia demonstrou pelo leitor e pela autora.


--

Esta resenha como todas as outras que faço pode ser encontrada no meu blog: http://peregrinacultural.wordpress.com
Kio 14/04/2023minha estante
Ambos os livros que você citou da Anna Gavalda são excelentes!




Cris01 12/11/2020

Não recomendo
Um livro de leitura rápida, sem grandes emoções. Sem grandes expectativas.
comentários(0)comente



Cleiton 26/11/2016

O relato de um amor...
O livro é bom mas a historia conta mais sobre o Pierre e seu amor do passado,não se aprofunda nos outros personagens.
comentários(0)comente



Mingualdemilhocomcanela 28/09/2021

Eu a amava
O livro tomou um rumo que de fato eu não esperava, uma leitura gostosa e rápida com pequenas revelações inesperadas durante as conversas infinitas. Pierre claramente nos mostra uma visão de amor um pouco distorcida eu diria mas compreensível na maioria das partes, se desenrola entre os copos de vinho e algumas risadas.
comentários(0)comente



Yasmin441663 21/02/2023

Diferente de tudo o que eu já li
Nunca li um livro igual, deve ser por isso que eu tive dificuldade de ler

Comprei esse livro nesses trem de compre um livro só pela sinopse, gostei muito da experiência

O livro é bom, fala sobre amor e seus sofrimentos, mas não me conectei muito com os personagens

Para quem gosta de clássicos é uma boa opção levinha
comentários(0)comente



Silvana (@delivroemlivro) 12/12/2012

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2012/12/eu-amava-anna-gavalda.html

Gostou? Então também siga e curta:
*Twitter: @4blogsdelivros
*Facebook: http://www.facebook.com/ColecaodeFrasesTrechosSelecaodosLeitores

*Conheça aqui todos os 4Blogs: http://www.facebook.com/pages/4Blogs-de-Livros/447343685327661

Tks!
comentários(0)comente



OceaneMontanea 16/12/2010

Nada demais
Devo adiantar que o livro não me impressionou como deveria.
É escrito em parágrafos curtíssimos, o que torna a leitura por vezes cansativa. A história é banal, apesar de a autora conseguir captar certos sentimentos muito íntimos e mais intensos do que aparentam. Um homem casado que amou imensamente uma mulher livre e intensa, mas apesar de todo esse "grandioso amor eterno" não foi capaz de se entregar totalmente a ela, nem de dar-lhe mais que promessas. As avaliações no skoob são ótimas, mas eu não acho que o livro faça jus a tudo isso. Muitas pessoas discordarão, mas para mim, o livro só vale a pena como um ralo passatempo.
comentários(0)comente



Bruno 28/08/2011

Nostalgia.
Um livro bom para se ler naqueles dias nublados ou em noites chuvosas. Leitura rápida e com um clima nostálgico agradabilíssimo. Gavalda une o presente e o passado num elo familiar entre nora e sogro. Amores perdidos, covardia, força e saudade são os ingredientes que requintam as páginas saborosas desse bom livro!
comentários(0)comente



Renata 30/03/2015

Quase muito bom
Anna Gavalda é a autora francesa de "Eu a amava", seu primeiro romance, sucesso em seu país e traduzido em diversos idiomas.
A história gira em torno de Chloe e seu sogro Pierre. A coisa parte de um mote extremamente comum, Chloe foi abandonada com as duas filhas pelo marido. O rumo inesperado é o envolvimento do sogro, Pierre, que leva a nora e as duas netas para a casa de campo da família. Neste encontro, no processo de cuidar de Chloe, Pierre abre sua vida como nunca fizera antes, nem com a esposa, nem com os filhos. A narrativa vai bem, é um livro fluído, bom de ler. O único senão, infelizmente, foi o desfecho do livro, altamente cliché, muita história, revelações, experiências para culminar em uma assertiva tão senso comum, pena.
comentários(0)comente



Heloise 18/08/2021

Recomendo!
A leitura é rápida e simples. A história traz uma sensação boa, nos faz pensar nos amores e na vida.
comentários(0)comente



Hísley 04/01/2023

Leitura rápida e tocante
Achei uma historia muito bem construída, li em apenas 1 dia.
Os diálogos são intensos e cheios de emoções diferentes, a gente sente a raiva e a indignação de Chloe, e sente o arrependimento e a tristeza do seu sogro.
Vários trechos me marcaram e me fizeram refletir sobre muita coisa, é um livro bom de ler, pequeno, bem construído, e o final meio que "deixa a seu critério" a interpretação do que pode ter acontecido depois, gostei.
comentários(0)comente



Dani 28/02/2023

Eu A Amava
Comprei esse livro naqueles negócio de ? compre pela sinopse? por 10 reais e fiquei chocada quando eu terminei.
Nunca li um livro com esse estilo de leitura, mas mesmo com minhas dificuldades de entender no início achei a história muito bem construída.
Os diálogos com muitas emoções, visões e tão intensos que não sei nem como explicar minhas reações ao longo da leitura.
Adorei o fato da autora contar a história do Pierre de um jeito que não passa-se pano pros erros dele é por ter mostrado uma personagem forte como Chloe

Leitura rápida, simples e que se resume a bebidas, risadas e arrependimentos
comentários(0)comente



sarah 01/03/2023

Não recomendo
Que livro chato! o livro começa com uma mulher sofrendo pq o marido a traiu, foi embora. ai ela vai morar com o sogro (?) não entendi bem o pq, até chega a parte que ele conta um caso de paixão onde traiu a atual mulher e ainda abandonou a amante com o filho que é dele. nas páginas ele deixa claro que se sentia horrível e tal, porém eu esperava MUITO mais que uma história de traição chata.
Kio 14/04/2023minha estante
O filho não é dele, ele apenas achava que era




cmoiframboise 19/10/2023

Esperava mais
Um livro curto que li em menos de 3 horas. Começa de forma um pouco confusa, mas aos poucos fui entrando na história. Porém, é um pouco cansativo, chega a ser enfadonho o praticamente monólogo que desenrola toda a obra. Traz boas reflexões, mas nada extraordinário. Aliás senti uma grande passada de pano nos atos de Adrien, enfim. No mais, gostei muito da tradução :)
comentários(0)comente



Jhonathan.Marques 06/05/2024

Em poucas palavras: este disparate literário não pode ser chamado de livro.
O que diabos foi isso??? Que protagonistas mais horrendos, profundos igual uma poça de água -àgua do esgoto-. Enfim, decepcionante.
comentários(0)comente



15 encontrados | exibindo 1 a 15


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR