Le Chevalier e a Exposição Universal

Le Chevalier e a Exposição Universal A. Z. Cordenonsi




Resenhas - Le Chevalier e a Exposição Universal


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Thais 09/01/2016

Suspense, ação, steampunk e crítica social em uma obra só
Em Le Chevalier e a Exposição Universal drozdes mecânicos acompanham os humanos em seus dias iguais e enfadonhos, lutando por mais um dia de sobrevivência enquanto o Imperador da França mede a força política em uma Exposição de avanços científicos – bélicos ou não. Sob essa atmosfera, está a tensão de um assassinato e um possível novo império à espreita.

Com essa situação hostil somos apresentados ao Chevalier, o Cavaleiro do Império, exímio detetive, e seu parceiro, Persa, que são chamados oficialmente para investigar um assassinato peculiar, que pode ter desdobramentos políticos.

Confira a resenha completa no site Experimento42

site: http://www.experimento42.com.br/le-chevalier-exposicao-universal-resenha/
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Alineprates 12/11/2015

Le Chevalier e a Exposição Universal foi uma excelente surpresa, me vi completamente envolvida com o livro.

A história começa com o assassinato de um agente do Boreau, porém não é apenas uma questão simples ou uma morte aleatória, mas algo muito mais impactante, pois pode estar relacionado com a segurança do próprio imperador francês e também com a Exposição Universal. Devido ao caso ser de grande importância o major decide colocar o seu melhor espião para trabalhar nele: o Le Chevalier,. No entanto Le Chevalier está suspenso por conta de alguns acontecimentos no México e isso vai causar um certo desconforto entre vários personagens. E é a partir daí que a trama se desenrola de forma excepcional.

Le Chevalier é um livro formidável e muito completo, tanto no quesito de conquistar e divertir o leitor, quanto em ambientação, desenvolvimento da trama e pesquisas históricas. É um livro recheado de ação e com personagens muito cativantes.

O enredo é fabuloso, pois é uma mistura perfeita de thriller policial com steampunk e tem como pano de fundo a Exposição Universal de Paris de 1867, também conhecida como A Segunda Exposição Universal, que para quem não sabe aconteceu no reinado de Napoleão III.

O autor soube conduzir muito bem a história, que é cheia de detalhes, mas não cansa o leitor em momento algum, trabalhou muitíssimo bem o gênero do steampunk, essa mistura de tecnologia com uma época antiga, ele foi muito talentoso nesse quesito e também soube incluir muitos elementos originais como os drozde (animais mecânicos), além de ter várias referências interessantes como o Julio Verne sendo um inventor e a menção a rua Morgue do Edgar Allan Poe.

A narrativa do autor também é maravilhosa, muito envolvente, acho que o A. Z. Cordenosi tem um grande talento como escritor, espero muito poder ler mais coisas dele, ele tem uma habilidade incrível para conectar tudo e construir bons personagens, tanto o protagonista como os outros são excelentes, enfim é um livro que eu amei e recomendo muitíssimo.

A edição também está fabulosa, a AVEC é um editora que está apostando nos nacionais e ela é muito caprichosa. A diagramação está ótima, o texto está perfeito, as ilustração são maravilhosas.

Farei também uma resenha em vídeo, por que o livro merece destaque. Estou com alguns problemas na minha câmera, mas assim que eu resolver, eu faço um complemento e posto no blog.


site: http://alinenerd.blogspot.com.br/2015/11/le-chevalier-e-exposicao-universal-z.html
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Leitor Sagaz 23/08/2015

Steampunk nacional de excelente qualidade
Resenha postada no blog Leitor Sagaz

O livro nos transporta para Paris em 1867, mas não da maneira que conhecemos a cidade, uma tecnologia rústica baseada em vapor e engrenagens domina esta época.

A história já começa com um assassinato, um agente do Bureau foi pego de surpresa e não houve tempo para reagir, até mesmo seu drozde (espécie de pequeno autômato companheiro, possui várias formas distintas) foi destruído.

Então não tiveram escolha a não ser convocar seu melhor e mais controverso agente para investigar este caso, Le Chevalier e seu parceiro Persa.

Devo dizer que estes dois personagens foram muito bem elaborados, a perspicácia de um e o impeto e fome incontrolável do outro se completam, passando por cenas hilárias e muita aventura esses dois realmente conseguem se destacar.

Mas voltando a história, em Paris será promovida a Exposição Universal, onde as grandes potências mundiais iram mostrar seus avanços tecnológicos. Detalhe vai para a investigação que aponta para algo relacionado a esta exposição, Le Chevalier e Persa terão que se esforçar ao máximo para descobrir o que esta sendo tramado.

Vou parar por aqui com os detalhes do enredo, e vamos para alguns dos pontos que garantiram as 5 estrelas para essa história:

Capa - trabalho gráfico excelente, a arte até nos remete a um HQ, confesso que deu vontade de ver essas aventuras em um HQ.

Enredo - empolgante, um ritmo de história que nos faz querer ler tudo de uma vez só.

Personagens - todos muito bem desenvolvidos, garanto que vocês iram bolar de rir com as tiradas de Persa.

Steampunk - a ideia dos Drozdes foi muito interessante, não foi preciso se aprofundar tanto na tecnologia em si, bastou uma pequena explicação para já entendermos o funcionamento destes autômatos.

Ação, investigação e humor - tudo na medida certa para construir um contexto bem harmônico.

Então é isso, um conjunto excelente e que me deixou com vontade de conhecer mais histórias de Le Chevalier e Persa.

Parabéns ao autor e a editora AVEC pelo excelente trabalho, agradeço por ter tido a oportunidade de ler esta obra e com certeza recomendo este livro para todos vocês amigos leitores, um abraço e até a próxima.

Diego de França

site: http://www.leitorsagaz.com.br/2015/08/resenha-le-chevalier-e-exposicao.html
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Telma 18/08/2015

SURPREENDENTEMENTE BOM!
Queridos,
Tudo bem por aí?

Por aqui tudo ótimo! Acabei de ler um livro excelente!

A Avec vem me impressionando mais e mais com suas edições.

Desta vez trata-se de um speampunk¹ nacional, do autor Andre Zanki Cordenonsi, que veio ao mundo para fazer algumas pessoas crerem que nossos brasileiros podem ser melhores do que os outros... no mínimo, podem ser tão bons quanto!

WOW!
André (posso te chamar assim, monsieur Cordenonsi?) me impressionou demais!

Steampunk está longe de ser meu gênero favorito e eu me empolguei na leitura (que me fez ficar curiosa e dar risadas, como costuma acontecer nas leituras de Sir Arthur Conan Doyle e seu famoso personagem Sherlock Holmes).

Fatos históricos são tão bem traçados e entremeados com a ficção, que acreditamos piamente que tudo aconteceu.

Fiquei o tempo todo me perguntando se André tinha alguma formação em História ou o trabalho de pesquisa é uma paixão que o tornou um expert no assunto. Na verdade, quis muito ser um neurônio do autor pra ver como toda essa maquinaria funciona. Juro!

A história passa-se em 1867 em Paris, onde está para acontecer a Exposição Universal. Nessa exposição (que eu comparei mentalmente à Copa do Mundo em nossos tempos), cada país tem chance de sair com fama e prestígio, ou com o nome enlameado, portanto o acontecimento é de mobilização geral.

O contraste sócio-econômico (ruas sujas X moradias suntuosas; extrema pobreza X extrema riqueza) chamou demais minha atenção, nessa sociedade paralela.

A ambientação é perfeita: muito vapor, latão, zinco, cristal de quartzo, cobre, etc., pelas cidades e os drozdes (pelos quais me apaixonei perdidamente), que, como animais de estimação, acompanham seus donos no dia a dia do local. Cada um deles têm um comportamento individual (que tem muito a ver com seus donos, como notei) que lhes permite um certo grau de raciocínio e personalidade.

Logo no início temos uma morte brutal, onde o assassino fez questão de matar também o drozde (seria uma modus operandis de algum matador conhecido?):

"Um sorriso malvado surgiu entre seus lábios finos e, com um salto atlético, ele alcançou o pequeno drozde coruja, que piava desesperado, sem entender o que estava acontecendo. Ele acariciou lentamente o pequeno artefato de cobre, como se o acalantasse da perda do amo.
Então uma raiva corrosiva relampejou em seus olhos, e trouxe um brilho obscuro às suas faces escorridas. Com os dentes trincados, ele destruiu o drozde, socando-o repetidamente no chão, até vê-lo desmantelado entre seus dedos."

Como era possível que Napoleão III corresse perigo, mas a exposição não podia ser adiada ou interrompida (para que a supremacia francesa reverberasse pela Europa contineltal - The Show Must Go On), resolveram chamar o homem que era conhecido por "Le Chevalier" (O Cavaleiro, em Português) para solucionar o caso.

Le Chevalier havia sido afastado de seu posto de agente secreto do Império Francês, mas sua eficiência e eficácia eram grandes demais, assim sendo, voltou-se atrás na decisão do afastamento e ele foi designado para descobrir que país e quem, encomendara aquele assassinato.

Le Chevalier era sempre acompanhado de Persa (seu leal escudeiro assistente) e Persa me fez rir demais com seus jargões acertadíssimos para a época e local.

Outros personagens também roubaram meu coração, como é o caso de Juliette. Uma criança espertíssima e pobre, que dentre outras coisas, construía seus artefatos para furtar a população (em especial em época de festas) para seu sustento.

Descobrir quem matou e porque, tornou-se minha missão e eu me descobri ajudando O Cavaleiro a descobrir toda a trama e a escapar impune das tentativas de assassinato nessa conspiração internacional.

Que tal envolver-se nessa missão também?

Termino dizendo que a diagramação da Editora Avec está maravilhosa, as ilustrações dos personagens que aparecem ao final do livro foram o que vi primeiro, para desenhá-los (na minha mente) nas cenas bem descritas.

Algumas pessoas podem incomodar-se um pouco com as notas de rodapé que o autor coloca em abundância, já eu gostei demais de tê-las como referência para o que eu não conhecia.

A escrita fluída, inteligente e rebuscada (na medida certa) me impressionaram muito e me deixaram ansiosa para a próxima obra. O conhecimento de Cordenonsi sobre o que escreve é notável e me senti aprendendo enquanto me divertia.

Super recomendo!
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¹ Steampunk é um subgênero da ficção científica, ou ficção especulativa, que ganhou fama no final dosanos 1980 e início dos anos 1990. Trata-se de obras ambientadas no passado, no qual os paradigmas tecnológicos modernos ocorreram mais cedo do que na História real (ou em um universo com características similares), mas foram obtidos por meio da ciência já disponível naquela época - como, por exemplo, computadores de madeira e aviões movidos a vapor. É um estilo normalmente associado ao futurista cyberpunk e, assim como este, tem uma base de fãs semelhante, mas distinta.
O gênero steampunk pode ser explicado de maneira muito simples, comparando-o a literatura que lhe deu origem. Baseado num universo de ficção cientifica criado por autores consagrados como Júlio Verneno fim do século XIX, ele mostra uma realidade espaço-temporal na qual a tecnologia mecânica a vapor teria evoluído até níveis impossíveis (ou pelo menos improváveis), com automóveis, aviões e até mesmo robôs movidos a vapor já naquela época.
fonte: Wikipedia



site: http://surtosliterarios.blogspot.com.br/2015/08/resenha-le-chevalier.html
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Marcos Pinto 11/08/2015

Um bom Steampunk nacional
Quem acreditava que o Steampunk estava extinto aqui no Brasil se enganou de forma magnânima. A. Z. Cordenonsi mostra que o gênero está vivo e ainda pode gerar excelentes obras e com ambientes variados. Se você não acredita, aperte o cinto, abra a mente e vamos viajar diretamente para Paris, no começo do século XX.

Paris está bem diferente do que você imagina. É apenas o início do século, mas a cidade está repleta de tecnologias movidas a vapor. Temos armas poderosas, barcos potentes, alguns robôs, mãos mecânicas, drozdes – animais mecânicos capazes de alguns truques – e um grande problema: a Exposição Universal do ano, que ocorrerá na França, está seriamente ameaçada. Motivo? Interesses econômicos e bélicos.

A Exposição Universal é o arroto de ego das potências mundiais. Lá é onde os grandes países apresentam seus avanços tecnológicos, suas armas mais poderosas e sua força intimidadora. E essa edição, em especial, há outro ingrediente: existe uma tensão no ar por causa da expansão territorial germânica. Ou seja: armas + promessas de guerra + disputas de egos = confusão.

“As estrelas mais brilhantes já pontilhavam no firmamento, enquanto tons de turquesa e anil desapareçam no horizonte encoberto pelos telhados de tijolos avermelhados e pela fumaça que escapava dos fogões e lareiras. Pouco a pouco, os acendedores de lampiões deixavam as suas residências, ocupando-se com os seus cajados compridos e iluminando o passei público”.

Para evitar que tudo dê errado e para fortalecer a França, o imperador Napoleão III mobilizou o espião Le Chevalier e seu fiel escudeiro, o legionário Persa. O objetivo deles é simples: descobrir qualquer possibilidade de sabotagem e evitá-la. Porém, ambos não imaginavam que poderiam ter tanto trabalho.

A. Z. Cordenonsi construiu o livro com uma habilidade incrível, demonstrando uma narrativa madura e uma escrita envolvente. A tecnologia a base de vapor funciona bem e sem grandes problemas. Contudo, para explicá-la corretamente, algumas vezes recorre a descrições mais longas, o que pode incomodar a alguns leitores.

Os personagens, por sua vez, são bons e bem desenvolvidos. Persa, apesar de não ser o grande protagonista, é quem rouba a cena, mostrando-se divertido e cativante. Seu amigo e “chefe”, Le Chevalier, mostra-se menos envolvente. Apesar de ter uma inteligência incrível, seu carisma não convence o leitor por completo e não o torna inesquecível. Entretanto, isso não impede uma boa leitura.

“Le Chevalier andou calmamente por entre os convidados, notando o comportamento destes ao tomar seus assentos previamente marcados. Havia condes, marqueses e barões para todos os gostos; provavelmente, metade da realeza europeia estava por ali”.

Além do bom conteúdo, a editora AVEC caprichou na parte visual da obra. A capa é bonita e em perfeita sintonia com o conteúdo do livro. Além disso, no final há ilustração dos principais personagens, o que faz mais vívida a experiência literária. Além disso, a revisão está boa: encontrei pouquíssimos erros, o que torna a leitura ainda mais rápida.

De uma maneira geral, apesar de não ser perfeita, Le Chevalier e a Exposição Universal é uma excelente leitura e que possui tudo para agradar a quem adquirir a obra. Sem falar que há potencial para melhorar ainda mais nas possíveis sequências. Leitura recomendada!

site: http://www.desbravadordemundos.com.br/2016/09/resenha-le-chevalier-e-exposicao.html
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Portal JuLund 16/07/2015

Le Chevalier e a Exposição Universal, Resenha, @AVEC_EDITORA
Le Chevalier e a Exposição Universal foi uma grata surpresa para mim, recebi ele como cortesia da editora e logo comecei a ler. Vou dizer que nunca tive muito contato com o mundo steampunk, já li uma versão dos contos de Edgar Allan Poe no estilo mas nunca li uma obra inteira, posso dizer agora que me arrependo de não ter começado antes.

Le Chevalier é um cavalheiro muito inteligente, um agente secreto, ao inicio do livro temos a sua convocação, e de seu fiel companheiro Persa, para uma missão, eles vão retomar a missão de um colega espião que foi assassinado. Apesar de ser um grande espião, podemos notar um certo “receio” do bureau ao convoca-lo.

Leia a resenha completa em nosso portal!

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/le-chevalier-e-a-exposicao-universal-resenha-avec_editora
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Café & Espadas 26/03/2015

Resenha Le Chevalier e a Exposição Universal
Dentre os lançamentos literários marcados para o mês de março, este foi um dos que me despertou muito interesse.

A escolha do autor A. Z. Cordenonsi de fazer a história do seu habilidoso espião, que encara o crime e vai a fundo nas investigações mais perigosas, se passar em uma Paris localizada nos primórdios do século XX e ricamente ilustrada pela tecnologia baseada no vapor, latão e nos cristais de quartzo foi algo bem audacioso e que – apesar de alguns leves problemas – funcionou muito bem.

Le Chevalier e a Exposição Universal, publicado pela Editora AVEC, carrega consigo todas as características clássicas do gênero steampunk, e isso é mais que notório. Essas facetas podem ser observadas nas descrições precisas de cenários e maquinários feitas pelo autor e também em todo o trabalho gráfico da edição: desde a capa às ilustrações da galeria – trabalhos feitos pelos já conhecidos e talentosos Diego Cunha e Marina Avila.

A história de Le Chevalier começa com a capital francesa fervilhando em preparação para mais uma edição do maior evento cultural e tecnológico mundial: a Exposição Universal. Neste evento, cada uma das superpotências mundiais pode mostrar seus maiores avanços no ramo da tecnologia e mostrar mais da sua cultura para os olhos do mundo. A importância desse evento é tamanha que o imperador francês Napoleão III conta com o seu completo sucesso para consolidar a hegemonia da França sobre a Europa, ampliando o poderio e a influência do império sobre o mundo.

Mas isso não será algo fácil de se conseguir, visto que outros países se empenham para que tudo seja um grande fracasso e a França perca todo o seu prestígio. Não demora muito para que um misterioso assassinato aconteça, desencadeando uma cadeia de acontecimentos que irão pôr em risco toda a população francesa. E é nesse clima denso de espionagem que somos apresentados ao “cavaleiro” Le Chevalier e o seu parceiro legionário e birrento conhecido como Persa.

Cordenonsi conduz a narrativa com muita destreza. Constrói sua história, interliga os acontecimentos, aos poucos apresenta todos os personagens e suas principais nuances, ambienta o leitor em seu mundo pulsante e de movimento ininterrupto sem resfolegar ou perder a cadência que o steampunk lhe exige.

Há vários elementos interessantes e que devem ser observados em Le Chevalier. Um deles é a crítica social que o autor conseguiu incorporar em seu mundo ficcional. Por meio do manuseio do “high tech, low life” – oriundo do cyberpunk – a contradição entre o constante progresso tecnológico e condição de vida miserável da grande massa é retratada sutilmente em alguns momentos. Isso fica mais evidente quando vamos analisar o papel dos Drozdes na narrativa.

A primeira vista, eles aparentam ser somente autômatos em forma de animais que acompanham os seus donos e são capazes de pequenos truques, e que é uma tecnologia acessível a todos. Porém o que vemos é que esses pequenos artefatos traçam a linha sólida que separa os afortunados e poderosos do grande proletariado. O dito “civilizado” do “selvagem”. E isso foi um ótimo recurso narrativo que deu um caráter mais maduro a aventura do cavaleiro espião e seu escudeiro legionário.

O protagonista esconde um passado nebuloso, marcado por um fracasso que não é descrito com exatidão no livro. Apesar do grande potencial, a personalidade e a essência de Le Chevalier não é completamente cativante. Falta algo mais, um traço chave para torna-lo mais memorável. Esse carisma tenta ser empregado em Persa, o até mesmo na ladra – que é um prodígio da engenharia – Juliette, mas não chega a convencer de todo. Alguns ajustes que com certeza serão feitos nas próximas histórias do espião.

Há a existência de vários ganchos para continuações – sobre tudo no desfecho que faz menção a Rua Morgue, da obra do célebre Edgar Alan Poe. E não é só essa referência que vemos em Le Chevalier. Vários nomes da intelectualidade francesa são mencionados durante a narrativa, entre eles Júlio Verne – o pai dos romances de ficção científica – e o químico e médico Louis Pasteur.

Le Chevalier e a Exposição Universal é uma obra bem despretensiosa. Divertida, ligeira e com uma trama que se desengrena até a última página. Pra quem acha que o steampunk estava parado por aqui no Brasil, Le Chevalier irá provar o contrário. Ele está vivo, em pleno movimento e a todo vapor!

site: http://cafeespadas.com/?p=2743
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