Um Coração Para Milton

Um Coração Para Milton Trudy Brasure




Resenhas - Um Coração em Milton


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Laura 01/09/2018

Que situação complicada! Eu gostei do livro mais não gostei (risos!) Deixa eu explicar, Eu ainda não li o livro Norte e Sul - Elizabeth Gaskell, mas assisti a mini serie e AMEI! Eu sei que não é exatamente igualzinha ao livro, mas me disseram que os eventos principais estão lá. Ai vejo anunciarem que este livro é uma continuação e fico numa felicidade... Mas para mim não é exatamente uma continuação, esta mais para uma releitura estendida. Esse é o primeiro problema, o segundo é que é muito, muito mesmo descritivo, acho que a autora teria feito o mesmo trabalho com menos paginas, confesso que em um momento ou outro foi cansativo.

Mas, ai vem a parte do porque gostei, foi maravilhoso ler mais sobre o amor de Margareth e Jonh, saber da interação amorosa e social dos dois. saber sobre a criação de sua familia, sua vida em sociedade, seu futuro como indivíduos e casal, e sobre vida dos outros personagens do livro.

É um livro muito romântico, tenho que dizer que suspirei muito, mas não posso dar um 5 estrelas pelas questões que mencionei no primeiro paragrafo. Então se você leu Norte e Sul, vá com calma e com o coração e olhos abertos. Se voce não leu, é uma romântica incorrigível, tenha paciência e se prepare para suspirar e se apaixonar pelo casal.
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Naii 12/02/2018

Uma continuação do 'Felizes para sempre'
Eu particularmente gostei bastante deste livro!
Não acredito que seria um livro que agradaria a todos, pois tem uma leitura arrastada e bastante detalhada, contando o dia a dia do casal a partir do momento final do livro Norte e Sul/Margareth Hale.
Eu gostei, pois de fato explica a união de um lindo casal que eu já tinha gostado muito no Norte e Sul e, portanto, é uma oportunidade de continuar o 'felizes para sempre' e testemunhar o lindo amor que eles sentem um pelo outro.
Se você amou Margareth e Mr. Thornton e ficou com 'gostinho de quero mais', então leia esse livro!
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Fernanda Bunning 10/07/2017

Decepcionante, mas ainda assim um bom livro
Quando a gente gosta muito de uma história, ficamos relutantes em nos despedir dos personagens ao final de cada livro. Isso aconteceu de uma forma bem maior no livro Norte e Sul, da maravilhosa Elizabeth Gaskell. Então fiquei muito feliz com esse lançamento da Editora Pedrazul. Um Coração Para Milton, de Trudy Brasure, nos transporta novamente à fumacenta, mas cheia de vida Milton.
Embora não seja uma continuação oficial, não tiro o mérito da escritora, que conseguiu dar vida aos personagens já conhecidos, sem modificar a essência de suas personalidades e aspectos inerentes ao caráter de cada um.
"- Você é o homem mais sensato que eu conheço – admitiu -, exceto quando é guiado por seu orgulho obstinado – acrescentou Margaret com um sorriso travesso.
- Meu obstinado orgulho? E você por acaso é inocente neste tipo de acusação? – zombou ele, com um tom de advertência em sua voz, um sorriso assanhado se espalhando em seu rosto na expectativa pela resposta.
- Prontamente admitirei que meu orgulho sulista me impediu de ver quem você realmente era. Levei muito tempo para entender que o homem mais extraordinário que já conheci casualmente era um fabricante de tecidos em Milton."
No entanto, mesmo que no fundo eu quisesse ler mais sobre Milton, sobre Margareth, Mr. Thornton, Higgins e todos os conflitos da sociedade na época, não fiquei completamente feliz com esse livro.
Acredito que ponto que me deixou demasiado incomodada foi sem dúvidas a modificação do final original da história. A autora iniciou a história no momento da despedida do casal em Marlborough Mills, antes da partida de Margaret para Londres, e reconstruiu uma grande parte da história a partir daí, modificando várias coisas.
"Mas ela virá, ele pensou, colocando de lado a inquieta ânsia pela imediata presença dela que tratava de invadir sua paz. Ela virá e transformará minha vida em algo inteiramente novo – algo indescritivelmente belo."
Até ai tudo bem, mas a situação piora quando diversos acontecimentos antes ignorados na mudança do final começam a aparecer. Acredito que se era para manter tudo assim não precisava ter modificado o original desta forma, mas isso não atrapalha em nada a leitura. É que eu tenho o livro Norte e Sul na minha mais alta estima e admiração e acabei inconformada nesse livro.
Mas de qualquer forma Trudy conseguiu fazer um ótimo trabalho no desenvolvimento da história. Não tem nenhum acontecimento impactante ou plot twist que gere uma grande reviravolta na história. Ela foca na convivência do casal, na luta contra as adversidades do dia-a-dia. Não posso negar que em alguns momentos me peguei suspirando pelas declarações de Mr. Thornton e foi bom poder ver um pouco mais desse seu lado menos sério e ainda mais romântico, amável e sedutor.
"Os anos de luta sozinho, os meses ansiando por ela e a labuta das semanas que passaram, todas pareciam apontar para aquele momento, quando ele pudesse provas os lábios de Margaret, e saber que sua alma era eternamente sua. Nunca mais iria duvidar disso."
Gostei muito da presença dos demais personagens, que embora não tenham muito destaque na história, foram muito bem retratados.
Outro ponto positivo foi o crescimento dos personagens e até mesmo da sociedade em que habitam. Vemos a desenvoltura de Margaret nas causas sociais, o empenho de Thornton em trazer melhorias para toda a sociedade, o aumento da amabilidade de Hanna Thornton e o crescimento profissional de Higgings. Foi maravilhoso ler sobre isso, principalmente após o final que deixou muita coisa em aberto em Norte e Sul.
"Henry teria desaprovado grandemente, ela sentou, estremecendo ao pensar em estar presa em um casamento restritivo. Não, ela estava grata por ter encontrado alguém que entendia sua natureza independente."
Ainda que o livro não tenha me agradado tanto, é inegável que o romance foi muito bem desenvolvido, assim como a natureza de cada personagem foi mantida e os aspectos históricos foram inseridos com a desenvoltura que se espera de um primoroso romance de época.
Acredito que sendo lido como uma simples releitura (sei que deveria ter lido assim, mas não consegui) ou um livro isolado as impressões acabem sendo mais satisfatórias. Mas em todo caso, é um ótimo livro para quem gosta de romances um tanto açucarados, sexys sem vulgaridade e inseridos em meio a um contexto histórico um tanto conturbado.

site: http://irrevogaveispensamentos.blogspot.com.br/
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sclu4na 28/11/2016

''Final Alternativo''
E se Mr Thornton e Miss Hale deixassem o medo e o orgulho de lado e admitissem o amor que sentem um pelo o outro antes de serem separados por milhas e milhas?

Um Coração para Milton nos mostra exatamente isso, como teria sido o curso dos acontecimentos de Norte & Sul se, ao ser obrigada a partir de Milton, Margaret aceitasse e admitisse os seus sentimentos por John e estivesse ao seu lado durante o inverno que o obrigou a fechar as portas de Marlborough Mills pela crise nos negócios. Além de como o casal revolucionário se sairia diante da alta sociedade de Milton.

Uma das cenas que mais me marcaram na minissérie foi quando Thornton fala "Olhe para trás, olhe para mim" enquanto a Margaret está sendo levada no coche para Londres. Sempre pensei: E se ela tivesse ousado olhar para ele? Se tivesse demonstrado um olhar de dor ou tristeza por ter que deixa-lo? Esse livro é um presente para todos os fãs que devem ter se perguntado e imaginado como tudo teria sido porque tem seu início exatamente naquele dia. E embora eu AME cada pedacinho da história original, foi reconfortante poder desfrutar os primeiros meses deles casados. 💕

"Se houve alguma mudança em seus sentimentos, me dê apenas um sinal. Meu coração pertence eternamente seu.
- John Thornton."
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Silvia.Garcia 05/02/2018minha estante
ola .. estou lendo mas achando que ela mudou demais o livro e se perde, perde páginas e páginas em descrições digamos excessivas e melosas demais .. Então essa não poderia ser uma "continuação" e sim uma grande mudança no livro.
Uma continuação poderia ter partido sim do momento mais próximo ao final do livro ..
Mas ainda estou nas primeiras 60 páginas e pulando algumas descrições.
Sim, senti que a autora de Norte e Sul, falhou demais com o final do livro , pois deixou a redenção de Margareth com sua dureza de coração para apenas as páginas finais o que poderia ter sido feito antes por ex quando ela decidiu ir embora.
Após ler todo o livro farei mais observações.




Talita Oliveira 12/05/2016

Um Coração para Milton, de Trudy Brasure
Um Coração para Milton é a continuação do clássico Norte e Sul, de Elizabeth Gaskell. A proposta é nos mostrar o que acontece após a promessa do felizes para sempre do livro original.

A estória começa em 1929, na Mansão Helstone, quando Arabella, neta mais nova de Sophie Thornton Langford, encontra algumas cartas que o bisavô, John Thornton, escreveu para Margaret. Entre as cartas há um bilhete que foi fundamental para a felicidade do casal.

“Se houve alguma mudança em seus sentimentos, me dê apenas um sinal. Meu coração permanece eternamente seu. John Thornton.”

Esse bilhete chegou às mãos de Margaret pouco tempo antes de embarcar para Londres, pois devido à morte de seu pai passaria a viver com sua tia. Feliz por ter a oportunidade de colocar os seus sentimentos à frente, Margaret pede a seu amigo Mr. Higgins, que diga a Mr. Thornton que seu coração pertence a Milton.

Isso foi o suficiente para o jovem casal, apesar do desejo contrário das famílias, oficializar o noivado. Prezando pelo decoro Margaret segue para Londres e John aguarda ansiosamente pelo dia em que ela será sua Mrs. Thornton.

As cartas que trocam para amenizar a saudade até o dia casamento são encantadoras

“... Penso em você em cada momento desperto, desejo ardentemente que as milhas que estão nos separando desapareçam, pois você estará aqui comigo para sempre. Eu sou e eternamente serei seu, John Thornton.”

“Desejo voltar para Milton, para onde eu pertenço, para que nós não precisemos mais ficar separados. Até lá, eu espero, ansiosamente, que você me visite em Londres, para que possa cumprir seu desejo, e que eu possa sentir seus fortes braços em torno de mim. Verdadeiramente sua Margaret.”

A medida que evoluímos a leitura percebemos que o livro é voltado para a relação de Margaret e Mr. Thornton, conseguimos conhece-los a fundo e ver como um se coloca no lugar do outro nas situações desafiadoras que surgem - em especial com relação a fábrica e os tratos com a sogra Hannah Thornton - fortificando a cada dia o casamento e o amor que sentem... Então se você espera algo dramático cheio de idas e vindas, esqueça!

Enfim, sabemos o quão difícil é criar algo a partir de um clássico, mas Trudy soube usar sua criatividade sem perder a essência da estória original. Elizabeth ficaria orgulhosa!

site: https://www.facebook.com/quotesemimagem/
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Thalita Branco 14/04/2016

Resenha ~ Um Coração Para Milton - Trudy Brasure
Primeiro de tudo, confesso que é com certo pesar que escrevo essa resenha. Fiquei mega animada quando o livro foi anunciado, comprei tão logo entrou em pré venda. Aguardei meses até a sua chegada. Li e não gostei.

Mas eu explico o motivo. Um Coração Para Milton de Trudy Brasure foi anunciado como a continuação do clássico Norte e Sul da Elizabeth Gaskell, romance da qual sou mega fã e já resenhei aqui. Uma reconstrução, e não continuação, seria o termo mais correto para descrever a nova obra. Um Coração Para Milton não continua de onde Norte e Sul termina.

A autora tomou a liberdade de alterar a obra original e inicia o seu livro na despedida de Margaret e John em Marlborough Mills antes da moça partir com a tia para viver em Londres. Não sei nem descrever minha sensação quando comecei a ler o livro e percebi que ele ignora o final do original. Fechei os olhos, respirei fundo, mentalizei John Thornton e voltei para a leitura.

Após alguns tristes eventos Margaret Hale precisa voltar a viver com sua tia e prima em Londres. Antes de partir deseja visitar John Thornton, antigo pupilo de seu pai, e se despedir dele e sua família de forma apropriada. Presenteia o moço com um dos livros de seu pai. John, anteriormente (e até então em Norte e Sul) rejeitado por Margaret, resolve retribuir a gentileza e entrega para ela um de seus livros sobre algodão, mas com uma nota especial que diz: Se houve alguma mudança nos seus sentimentos, me dê apenas um sinal. Meu coração permanece eternamente seu.
Margaret descobre a nota apenas durante a viagem de carruagem até a estação de trem. O amor pelo industrial finalmente desperta e Margaret entra em desespero. Coincidentemente encontra pelo caminho um velho amigo, Nicholas Higgins, e pede que ele leve a John o recado de que seu coração pertence a Milton. John recebe o recado a tempo de sair em disparada até a estação de trem, alcançar a amada e refazer o pedido de casamento, sendo prontamente aceito.

A partir de então o livro é uma longa descrição dos sentimentos de quanto se amam, desejam e anseiam um pelo outro. A autora descreve a sensação de seus beijos ardentes, suas relações intimas e banhos a dois. Descreve, descreve e descreve Eu gosto de romance, afinal se não gostasse não leria clássicos ingleses e muito menos Nora Roberts, mas nem a Nora é tão descritiva e melosa. Para quem curte é um prato cheio. Eu prefiro uma coisa menos açucarada. Para mim só foi interessante a inclusão dos tabus da época em relação ao convívio a dois.

Ignorando o excesso de romance, temos de volta todos os antigos e queridos personagens, com a adição de alguns novos para dar um drama. Gostei de ver a interação entre Margaret e Hannah, mãe de John, convivendo na mesma casa, assim como a relação de John, Higgins e os demais funcionários da fábrica, todos agora mais unidos e contentes em trabalhar em um ambiente onde o patrão se preocupa com eles. Na lua de mel é bonito ver o casal interagindo, com John descobrindo a natureza e descanso que até então não conhecia. Trudy Brasure conseguiu manter o básico da essência dos personagens e desenvolve-los de forma satisfatória.

Alguns eventos que ocorrem nas páginas ignoradas de Norte e Sul até chegam a ocorrer aqui, o que só aumentou ainda mais a minha antipatia com a obra de Trudy Brasure, pois, já que os elementos seriam usados, por que ignora-los para depois transforma-los? E antes que alguém diga o final da minissérie também é diferente. sim, ele é, mas ele respeitou todos os acontecimentos da obra original. O que muda ali é apenas o local do acontecimento.

Quanto a edição, ficou bastante bacana. Cada começo de capitulo tem detalhes de rosas e as páginas são amareladas para maior conforto. Encontrei um ou outro errinho de digitação mas nada grave. O que incomodou foi o fato das duas primeiras páginas do romance se repetirem, absolutamente idênticas, no final. Foi meu primeiro livro em pré-venda da Pedrazul Editora e gostei bastante do serviço. Ocorreu um pequeno atraso na entrega por conta das festividades de final de ano mas a editora me manteve completamente informada. A camiseta de brinde é muito bonita e os marcadores de páginas são um charme.

Mas, como disse acima, não consegui gostar do livro. Foi um triste caso de expectativa versus realidade. Uma fã menos fervorosa pode vir a curtir o livro. Quem gosta de romances melosos também, já que não é realmente necessário conhecer Norte e Sul para se envolver com Um Coração para Milton.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
Camila 28/04/2016minha estante
então...isso aconteceu comigo, quando fiquei sabendo que iam lançar uma continuação fiquei super empolgada, mas depois vi que era uma releitura...não gostei, até agora não tive coragem de ler e com a sua resenha, não sei se vou ler não.... :(


Taz 15/11/2016minha estante
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Gabi 16/08/2017minha estante
Estou me sentindo exatamente assim. Um pouco decepcionada com o rumo do livro, em que a autora só descreve, descreve e descreve exatamente como vc falou. Terminei de ler Norte e Sul e fui direto ler a suposta continuação. Gosto de romances mas esse não estou conseguindo "engolir". Muito maçante e entediante. Dei um tempo na leitura pra ver se me empolgo novamente. Achei que os personagens perderam suas características e a história foi conduzida num rumo que não combina.


Silvia.Garcia 05/02/2018minha estante
Comprei exatamente pela mesma razão, e agora lendo sua resenha e iniciando a leitura do livro no meu kindle (pois também comprei capa dura mas ainda não chegou, penso em cancelar e devolver)
A autora mudou a história e tudo fica meio que estranho e sem sentido, pois é como se fosse outro livro e as descrições são maçantes e chatissimas, acabo que pulando páginas que percebo que se tratam de descrições detalhadas e sem necessidade.
Também achei um pouco desrespeitoso uma vez que a nossa querida autora Elizabeth esta morta e nem pode concordar ou não com a mudança da história de Margareth e John, em Milton.
Mesmo que saibamos, segundo alguns comentários de quem leu parte da biografia de Elizabeth que ela preciso terminar rapidamente isso não significa que se pudesse ter terminado lentamente teria feito total mudança, não, não creio.
Mas acredito que para ler esse livro seria sim necessário conhecer Norte e Sul ou não faria nenhum sentido absolutamente nenhum.


Silvia.Garcia 06/02/2018minha estante
Concordo com você... em parte... Estou ainda lendo Norte e Sul e lendo Um Coração para Milton, me apaixonei por Norte Sul ao assistir a série e comprei imediatamente o livro ainda não o terminei mas fiquei sabendo de Um Coração.. e tb comprei , ganhei o ebook da Amazon mas livros assim gosto de manusear então comprei da Pedra Azul tb mas ainda não chegou.
Achei que Norte Sul não teve um bom final, pareceu a mim que a autora acumulou tudo para o final sem que houvesse demonstrado em outras ocasiões propicias também para Margareth ao menos se conscientizar que tinha um forte sentimento por ele.
Ouvi outro comentário de que Elizabeth teria que entregar o livro rapidamente e apressou um pouco o final mas também não sei se isso seria verdadeiramente real, o que senti é que o livro necessitava de continuação (a série necessitava de continuação, pedia isso) e fiquei muito feliz por alguém (Trudy) decidir dar "um coração para Milton"..
Mas também achei que as mudanças foram demais e deixaram de ser uma continuidade para tentar ser "uma nova versão" da história.
Acho que sim ela poderia ter mudado o final, nesse ponto discordo, pois acho que Margareth poderia e deveria , sendo consciente e lúcida, como é, perceber seus sentimentos e demonstrar o mínimo ao se despedir... ela me pareceu ter um coração duro demais contrariamente a alguém tão humanitária.
Quando eu terminar a leitura farei novas observações.
Mas por enquanto continuo acreditando que o final dessa história carecia e muito de mudanças e de continuidade.


Marli.Ramires 02/07/2019minha estante
Isso mesmo. Também me choquei quando vi que não é exatamente uma continuação. E o desenrolar felizes para sempre desde o início é maçante. Já li 60% do livro e estou com a impressão de que nada acontece. Nenhuma adversidade. Tudo dá extremamente certo! Não ficamos com frio no estômago pois algo pode dar errado. Mas enfim. Esse livro é da Trudy Brasure, uma americana, escrito em 2016, é isso mesmo? Minha cópia em kindle não tem data em que o livro foi escrito!


Leydiane.Nogueira 18/10/2020minha estante
Achei que a personalidade dos personagens principais destoa completamente daquilo que foi construído no livro original...




Tamires 18/03/2016

Um Coração para Milton
Um Coração para Milton, escrito por Trudy Brasure e publicado recentemente pela Pedrazul Editora, se propõe a ser uma continuação do clássico de Elizabeth Gaskell, Norte e Sul (1855). Muitas pessoas têm resistência em ler esse tipo de livro, mas existem muitos títulos dignos de nota e Um Coração para Milton é um deles.

Voltar a este enredo é, para grande parte dos admiradores de Norte e Sul, relembrar o romance entre John Thornton e Margareth Hale. Mr. Thornton é um dos meus personagens favoritos da literatura clássica inglesa! Desde a primeira leitura do romance de Elizabeth Gaskell, o vejo como um homem a frente de seu tempo: reconhece os próprios sentimentos, é sincero e honesto, não faz joguinhos e não se considera superior às outras pessoas. É de formação humilde, trabalhou muito desde a infância e isso moldou positivamente o seu caráter. Particularmente, me ganhou desde a seguinte fala, em Margareth Hale (Norte e Sul):

“Hei de me colocar aos pés dela, preciso fazê-lo. Se houvesse uma chance em mil, ou em um milhão… eu o faria.”
(GASKELL, Elizabeth. Margareth Hale (Norte e Sul). Pedrazul Editora, 2015. p. 190)

Margareth passa por muitas situações difíceis em sua vida e termina o livro com a promessa de felicidade junto ao seu amado Mr. Tornton. Sob o pano de fundo da revolução industrial, o romance de Elizabeth Gaskell, muito talvez pela época de sua publicação, nos deixa essa lacuna sobre como seria a vida conjugal desses personagens tão apaixonantes. Agora, mais que só na imaginação, podemos ler essa história de amor em Um Coração para Milton.

Com leves alterações no enredo de Gaskell, Trudy Brasure nos conta os detalhes da vida amorosa do casal John Tornton e Margareth Hale, e também de outros personagens importantes de Norte e Sul, como Nicholas Higgins, Mrs. Tornton e Dixon, por exemplo.

Em 1929, na Mansão Helstone, Arabella Sheppard, neta mais nova de Sophie Thornton Langford, encontra algumas cartas em uma caixa cuidadosamente guardada por sua avó. Eram as cartas que o bisavô, John Thornton, houvera escrito para a sua amada, Margareth, há muito tempo. Dentre as missivas, um bilhete foi a mensagem fundamental para a felicidade dos dois. A partir daí, a senhora conta para a sua neta uma história de amor eterno…

Mr. Hale havia falecido e Margareth estava prestes a se mudar para Londres, onde viveria com sua tia Shaw. Em Marlborough Mills, ao se despedir da família Thornton, John percebe que pode ter havido alguma mudança nos sentimentos de Margareth, que outrora o rejeitara. Ela parecia triste por deixar Milton, disse até que havia aprendido a amar a cidade. Margareth lhe dá um volume da obra de Platão, que era de seu pai, e John, aproveitando a oportunidade, lhe dá A Economia do Algodão, com uma nota sua para a jovem:

“Se houve alguma mudança em seus sentimentos, me dê apenas um sinal. Meu coração permanece eternamente seu.
John Thornton.” (prólogo)

Felizmente, Margareth consegue ler o bilhete antes de deixar a cidade e com a ajuda de seu amigo, Mr. Higgins, envia um recado para Thornton: seu coração pertencia a Milton. Mr. Thornton consegue alcançar Margareth e sua tia na estação e um noivado é habilmente firmado entre os dois. Só precisariam esperar algumas semanas até o casamento.

A princípio, como era de se esperar, nem Mrs. Shaw nem Mrs. Thornton viram com bons olhos a união dos dois. Mrs. Shaw acreditava que a sobrinha não estava com a cabeça no lugar depois de ter passado por tantas tristezas. Mrs. Thornton não tinha certeza se Margareth seria uma boa companheira para seu filho e no fundo ainda estava ressentida com a negativa da moça quando o Master de Marlborough Mills a pediu em casamento pela primeira vez. O próprio casal tinha dúvidas se o sentimento entre ambos era correspondido da mesma forma. O noivado de três semanas, em que Margareth morou em Londres, pôde tirar parte dessas dúvidas e nos fazer suspirar com tamanho romantismo entre os dois.

“Eu acordo todas as manhãs pensando em você e encontro minha mente peregrinando constantemente atraída para sua imagem. Você acreditará em mim agora se eu disser que te amo? Eu nunca senti tais sentimentos antes – você, somente, tem o poder de afetar-me desta maneira.
Desejo voltar para Milton, para onde eu pertenço, para que nós não precisemos mais ficarmos separados. Até lá, eu espero, ansiosamente, que você me visite em Londres, para que possa cumprir seu desejo, e que eu possa sentir seus fortes braços em torno de mim.

Com todo meu amor e afeição,
Verdadeiramente sua,
Margareth.” (p. 91)

Foi lindo ver todo o envolvimento de John e Margareth, um amor verdadeiro e sincero, que construiu uma bela família. O casal conquistou muitas coisas, mas sem nunca deixar de lado as suas convicções. Aqui, o romantismo é o foco, em sua versão mais bela e delicada.

“ – Eu te amo – John conseguiu dizer, sua voz vacilando de emoção. Quão exíguas as palavras pareciam em sua tentativa de expressar tudo que ele sentia por ela. Precisaria de toda uma vida, pensou, para fazê-la entender.” (p. 184)


“ – Venha, dance comigo – ele convidou em um tom tranquilizador, situando a mão na parte estreita de suas costas e mantendo a mão erguida para que ela o aceitasse.

O semblante melancólico da jovem se animou um pouco, quando ela ergueu o olhar para encontrar o do marido. Margareth hesitou por um momento, olhando na direção da porta para assegurar que estavam sozinhos.

– Só por um momento – ele gentilmente atraiu e sorriu quando ela, lentamente, colocou uma mão em seu ombro e a outra na mão que a esperava.

Eles se moveram em perfeita harmonia pelo aposento assombreado, o ritmo da música fluindo por entre eles, para criar em seus membros e pés o registro de uma força que ia além de si mesmos – expressando algo espantosamente belo com uma facilidade que lhes era inerente. Cativados pelo jubiloso regozijo de seus movimentos sincronizados, o mundo se tornara um borrão. Eles contemplaram por um momento a sublime razão para estarem vivos – um amor que punha tudo em movimento e transformava sua existência terrestre em uma sinfonia de contentamento.” (p. 243)

Apesar de Um Coração para Milton ser mais centrado no casal John e Margareth, foi muito bom também ver a evolução dos outros personagens próximos ao casal, especialmente Mrs. Thornton, que se torna amiga de Margareth, e Mr. Higgins, que firmou em definitivo uma grande amizade com a família Thornton e cresceu profissionalmente.

Trudy Brasure fez um ótimo trabalho com essa história! A cada página, lembro-me de pensar realmente, acho que aconteceria isso mesmo entre os dois. Desde o casamento simples em Helstone até as cenas mais sensuais, que não são nada vulgares, é bom ressaltar, em nenhum momento você deixa de acreditar na história. Um romance pós final feliz que consegue surpreender e tem as suas reviravoltas. Já está entre as minhas melhores leituras do ano e penso em reler em breve!

Um Coração para Milton é o tipo de livro que te deixa suspirando por um bom tempo. Se você está precisando de uma leitura que aqueça o seu coração, essa é uma ótima pedida!

site: http://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-um-coracao-para-milton/
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Peregrina 06/03/2016

Margaret Hale (Norte e Sul) é um dos romances mais famosos da escritora inglesa Elizabeth Gaskell. Com as mazelas da Revolução Industrial sob um forte tom crítico de pano de fundo, a história narra a trajetória e a adaptação da personagem título sulista no norte da Inglaterra, onde conhece o frio e distante Mr. Thornton. Eventualmente ela viria a conquistar a afeição do altivo industrial de Milton e, logo, rechaçá-lo em seu primeiro pedido de casamento. Com o passar do tempo, porém, Mr. Thornton revelaria uma face mais sensível e menos bruta do seu caráter e, assim, acabaria conquistando o coração de sua amada.

Foi inspirada nessa complexa e inesquecível história que Trudy Brasure decidiu escrever Um Coração para Milton e dar, de certa forma, continuidade a Norte e Sul.

Vale ressaltar que Trudy altera alguns detalhes da história original a fim de introjetar de modo inovador e coerente detalhes criativos de sua própria história, mas nada que comprometa a essência do romance.

No prólogo, o ano é 1929 e a garotinha Arabella encontra uma caixa repleta de cartas com belíssimas palavras de amor. Arabella logo corre atrás da avó, Sophie Thornton Langford, a fim de descobrir a quem tudo aquilo pertencia e então a história começa…
A autora volta no tempo e nos situa na despedida de Margaret, que vai para Londres morar com a tia após o falecimento dos pais, quando acaba por tomar ciência dos sentimentos inalterados de Mr. Thornton. A mocinha do sul decide revelar os seus, dizendo ao industrial, com a ajuda de Higgins, que seu coração pertencia a Milton. No mesmo dia, nosso herói e heroína ficam noivos de um modo um tanto incomum, em meio à pressa da tia Shaw para ir para Londres e à emoção que tomou conta dos apaixonados. De todo modo, Margaret segue para Londres com a tia para cumprir o devido luto pelo falecimento dos pais e, ao mesmo tempo, planejar seu casamento.

“Antes apreensivo sobre manter o controle de suas emoções, ele agora não se importava que seus sentimentos estivessem expostos quando a observava deslizar, vagarosamente, em sua direção. Margaret estava indescritivelmente linda, sua inocência e pureza tocavam profundamente sua alma. Ele ainda estava perplexo de que ela o houvesse escolhido – de que a moça que havia tão arrogantemente se recusado a apertar-lhe as mãos fosse agora, confiantemente, pôr sua mão na dele para seu cuidado.”

Só que o período longe um do outro se provaria mais difícil do que Margaret e John poderiam ter previsto. A oposição de ambas as famílias, dificuldades financeiras, dúvidas e incertezas se colocariam como nuvens carregadas e cinzentas no céu ensolarado de felicidade e realização ante à descoberta da reciprocidade do afeto dos jovens noivos. Será que o amor recém descoberto de Margaret seria sólido o suficiente para superar as barreiras impostas por sua família? E Mr. Thornton seria forte o bastante para sufocar seus ciúmes e incertezas?

Um Coração para Milton é um livro adorável, porque é tudo que fãs sempre ansiaram por ter. Quem nunca quis mais um pouquinho de seu livro favorito? Mas, mais do que isso, o romance de Trudy Brasure é um conto de esperança e amor em tempos nebulosos, marcados pela miséria e pela rigidez dos corações e das convenções. A bondade de Margaret e a devoção de Mr. Thornton são simplesmente inspiradoras. E, por falar em Mr. Thornton, ele está em sua versão mais romântica e amável com suas incontáveis declarações e juras de amor, Trudy não poderia ter retratado este querido herói de modo mais agradável e sedutor.

Os personagens secundários também foram bem retratados nas ocasiões em que apareceram, Mrs. Thornton, Fanny, Mr. Bell, Higgins e Dixon foram essenciais ao curso da história e se apresentaram de modo semelhante às suas características originais nos momentos em que figuraram em cena embora não tenham sido muitos. Isso porque o livro se concentra mais nos diálogos e momentos compartilhados por Margaret e John, no cotidiano dos dois e em seu relacionamento como um casal, como lidam com o amor arrebatador que os une de modo tão sublime e encantador e as dificuldades diárias que têm que enfrentar.

Além de conteúdo convidativo – convenhamos, a perspectiva de mais Mr. Thornton é mais do que atraente -, Um Coração para Milton conta com uma edição de primeira elaborada pela Pedrazul Editora. Impossível falar deste livro sem uma menção honrosa à tradutora (e amiga) Tully Ehlers, que fez uma tradução de primeira, e todo o cuidado da editora com a diagramação do livro e a arte da capa… um primor!

Por fim, é importante destacar, mais uma vez, que Um Coração para Milton é essencialmente voltado para a relação de Margaret e Mr. Thornton. Não há um conflito maior, não há um drama de enormes proporções que se desenvolve ao longo do romance ou um plot twist totalmente impactante, nada deste tipo. O enredo é focado nos bons e maus momentos da mocinha do Sul e do industrial do Norte e em como lidam com as adversidades e alegrias do cotidiano. Por isso a leitura é recomendada a quem deseja revisitar Milton sem maiores expectativas para uma trama complexa ou mesmo pitoresca como algumas releituras das obras de Jane Austen. O livro será apreciado por todos que buscam um pouco mais de Margaret e Thornton como casal, com direito a todas as conversas e atividades deles (algumas um tanto sensuais, porém nunca vulgares) trilhando seu final feliz.

“Margaret sorriu para ele e John sentiu que algo se modificara bem dentro de si. Margaret estava gloriosamente radiante […]. Deu alguns passos à frente para rodear a cintura dela e, reverentemente, abaixou seu rosto até o dela, atraído para seus lábios – a correnteza e o ocasional gracejo sendo os únicos sons em torno deles. Mr. Thornton a beijou por tudo que ela havia significado para ele no passado, e pelas jubilosas promessas de tudo que estava à frente, e Margaret sentiu seu beijo desatar todas as possibilidades de futuro, enquanto suas almas se fundiam em uma. Era uma visão digna de ser contemplada, mas não havia ninguém para observá-los. […] O céu aberto e as glórias da natureza eram suas únicas testemunhas.”
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