Álbum de Família

Álbum de Família Nelson Rodrigues




Resenhas - Álbum de Família


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alex 17/01/2021

Álbum de família, de Nelson Rodrigues
Se segura e vem!

Peça escrita em 1945, mas encenada a primeira vez apenas em 1967 (só na base da censura, né).

Apresenta uma família cheia de conflitos mal resolvidos, e muito incesto.

Na década de 1940, senhores....

Esse cara é pura ousadia, coragem e talento!
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Dessa 07/05/2020

Muito bom!
O livro é bem maluco. É a história de uma família que um realmente tem sentimentos pelo outro. São relações estranhas, uma história pesada, razão pela qual o livro foi banido na época. É uma ótima leitura, rápida e importante para a literatura brasileira. Vale a experiência!!
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Anna 08/08/2021

Álbum de família
Genial, mas incrivelmente perturbador. Nunca tinha lido uma obra de Nelson Rodrigues e me espantei com a indigestão de suas histórias, mas é inegável a destreza e habilidade do dramaturgo.
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VicentessNeto 30/12/2021

OH. MY. GOSH.
Faltou energia elétrica devido a um trovão. Fui ler. Ser escritor em 2021, é como ser dramaturgo na época do Nelson, "Seu fundamento examina, os tijolos observa! Busca o cofre de cedro, Rompe o ferrolho de bronze, Levanta a tabuinha lápis-lazúli, lê Assim: seus tijolos não são cozidos, seu alicerce não cimentaram os sete sábios?" esse trecho da Epopéia de Gilgamesh fala um pouco desse fazer. Fui ler e escrever. Isso antes da hora, proveito: preguei uma peça. Rasgante, esse texto é rasgante. Os personagens, sobretudo as mulheres e meninas parecem marionetes a mercê das fatalidades. Ah, é claro você pode remeter a um não sei o quê grego e tal, mas se você conversar com um desses sábios idosos e senhoras eles vão lhe contar como era antigamente e que as aparências de famílias de bem não era bem assim... Talvez hoje em dia tenha piorado mais, ou seja mais fingimentos em nome de uma reputação enquanto o pau tora por trás das cortinas ou debaixo dos panos, Deus nos livre! Os contos e as conversas e o tempo revelam senhoras e senhores.
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Sara Muniz 20/04/2020

RESENHA - ÁLBUM DE FAMÍLIA
Álbum de Família é a principal peça do teatro desagradável de Nelson Rodrigues. Publicada em 1946, a peça foi censurada e não pode ir aos palcos por quase vinte anos. Depois da censura, a peça despertou os mais variados tipos de reação no público, que acharam a peça mórbida, nojenta e extremamente... desagradável.

Em Álbum de Família, temos uma família que aparenta ser tradicional, mas que possui a essência mais fétida e podre possível. Jonas é casado com Dona Senhorinha, mas deseja a filha Glória. Para saciar seu desejo pela própria filha, ele tem relações sexuais com meninas de 13 a 15 anos, trazidas por Dona Senhorinha e por Rute, sua cunhada.

Dona Senhorinha é apaixonada pelos filhos homens: Edmundo, Guilherme e Nonô, mas acaba tendo relações sexuais somente com Nonô. Edmundo se casou para esquecer a paixão que tinha por D. Senhorinha (a própria mãe), mas acaba se matando quando descobre de sua relação com Nonô. Guilherme era seminarista, mas também desejava Glória, sua própria irmã. Quando percebe que não pode ficar com ela, ele se castra, mata ela e depois se mata. Glória está no internato no começo da peça, tendo relações com uma garota, mas sem conseguir evitar o amor que sente pelo próprio pai (Jonas), a quem ela compara à figura de Jesus Cristo. Por fim, temos Nonô, o filho louco do casal que vive pelado nas florestas, uivando e que se envolve com a própria mãe. Ao final, D. Senhorinha mata Jonas aos tiros por ele tentar estuprá-la em cima de um caixão.

Essa é a ação da peça, recheada de incesto, homicídio, mutilação, adultério, assassinato, estupro, sexualidade e... Religião. A família é extremamente religiosa, os próprios personagens tem nomes religiosos, mas com representações contrárias.

A ideia de Nelson Rodrigues era justamente criticar a hipocrisia humana, o falso moralismo e a sujeira moral. Essa peça é um das peças do ciclo mítico de Nelson, no qual ele trata como instinto natural a tendência ao incesto, estupro, adultério, etc...

De fato, a peça é desagradável. Quando você pensa que não tem como mais alguém estar envolvido na confusão, mas alguém surge. Causa estranheza, repulsa, dá vontade de largar o livro ou de continuar firme para ver a que ponto vai chegar. Recomendo a leitura se você procura algo totalmente diferente de tudo o que já se viu na literatura brasileira.

PARA A RESENHA COMPLETA COM TRECHOS, LINKS E IMAGENS DO LIVRO, VISITE O MEU BLOG:

site: https://interesses-sutis.blogspot.com/2019/01/resenha-album-de-familia.html
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Arruda 15/03/2022

Passado, Chocado....
Achei incrível a maneira no qual o autor consegue tratar dos assuntos de tal maneira. A peça é trabalhada numa dismistificação da família brasileira.
Cheia de tramas e tragédias familiares "álbum de família" é super instigantes e possui um roteiro que eu nunca tinha lido igual.
Não recomendo pra qualquer pessoa pois o livro é repleto de gatilhos como: pedófila, incesto, suicídio, brigas familiares etc...
QUE LEITURA !
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emy 27/03/2022

surpreendente
Achei o livro bem confuso no início, acho que por conta do formato ser em atos e com cenas, mas aos poucos fui me acostumando e me apegando mais a leitura. O final de cada ato me deixava mais curiosa pelo próximo e para saber mais e mais. Gostei muito do livro e me surpreendi muito com a leitura!
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Lipe 11/04/2018

Uma obra despida de todos os pudores e conceitos morais.
Uma família onde todo o amor carnal e todo o ódio são restrito entre eles mesmo. Temos a filha que é apaixonada pelo pai e odeia a mãe. O irmão que é apaixonado pela irmã e odeia o pai. A mãe que deseja sexualmente todos os três filhos e odeia a filha. Etc... Vemos nessa família praticamente todas as formas de incesto possíveis. E isso vai se desencadeando em uma série de tragédias. Outros temas abordados na trama são estupro e pedofilia, ao ponto de uma cena em que uma menina de 14 anos que está em trabalho de parto é violentada sexualmente pelo pai de seu filho. Não posso deixar de mencionar o humor negro presente em várias cenas que de tão absurdamente perversas chegam a ser cômicas.
Indico fortemente, mas é preciso ter estômago pra encarar.
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Maitan 18/02/2018

Uma outra genealogia da moral
Se você já ouviu acusarem Nelson Rodrigues de imoral, essa peça pode se configurar como sua motivação exemplar. Certamente é uma das obras mais incômodas do autor, pois mexe com o principal tabu, talvez o interdito primordial, na vida familiar: o incesto. Não é difícil imaginar o seu público se escandalizar ao ver a peça e nem por que ela permaneceu 20 anos censurada pela ditadura.

Se o leitor pretende conhecer a obra dramatúrgica de Nelson Rodrigues, sugiro não começar por esta, para não se assustar. Vá com calma, leia “Vestido de Noiva”, que é sua obra maior dada a importância na fundação do teatro moderno no Brasil, leia também “O beijo no asfalto” e, entre suas peças míticas, sugiro começar por “Senhora dos Afogados”.

O susto de “Álbum de família”, entretanto, pode esconder a maestria com que Nelson articula elementos míticos e psicológicos em uma roupagem de incrível verossimilhança em ambiente familiar tanto do início do século XX, período em que o enredo se desenrola, quanto de meados e fins do mesmo século. Até mesmo nas gerações que atravessaram o milênio, sua atualidade não é amenizada, ainda que o exagero possa se destacar ou que os limites da possibilidade pareçam ser forçados.

A referência a Nietzsche no título desta resenha é acidental, mas me arrisquei a mantê-la. Mesmo sem a profundidade do pensamento do filósofo alemão – e nem deveria ser esse o papel da arte dramática –, e sem tocar em tudo o que Nietzsche alcança, Nelson Rodrigues realiza uma leitura da sociedade que somente a arte poderia realizar. E, para não deixar de lembrar outro pensador que possibilitou o surgimento de peças como essa, Freud, também a seu modo, explica.

Arrisco-me, portanto, a afirmar a peça “Álbum de família” como um farol a iluminar os inalcançáveis e obscuros laços ancestrais. Porque o leitor atento verá que a sexualidade entre esses sujeitos é apenas uma das faces dessas construções existenciais, e mais, que a culpa e o peso devastador dos sentimentos que se enredam nessas relações é seu sintoma irremediável. Mas se há uma doença que governa o incesto e seus sintomas, que levam à autoamputação, ao fratricídio ou ao suicídio, o vírus mais apressadamente encontrado é a imoralidade. Se o leitor insistir mais um pouco, não escapará à questão de que a negação da moralidade, por consequência lógica, só pode ser produto dessa mesma moralidade.

Imagino os apocalipses que enfrentaram os ancestrais até que conseguissem sistematizar suas interdições sociais, moldando a duras penas modelos de conduta em busca de sua autopreservação e progresso, e como essa necessidade teve importância fundante nas religiões e culturas espalhadas pelo globo. Mais do que jogar luz sobre aquilo que ninguém quer perguntar, não dar as repostas é um ato de cautela, pois se estamos sujeitos a tamanho governo psicológico, que nos ultrapassa infinitamente, de que modo podemos enxergar a realidade mais imediata senão pelo delicado alerta de que “é preciso ter calma, pois, veja, o buraco é mais embaixo”?

Há algo por detrás dos escândalos de amor e ódio no seio da família. Não se trata, então, apenas do amor sexual, que suja as relações de pai e filha, mãe e filho, irmão e irmã, marido e cunhada. O escândalo é também a reação automática daquele que não se desarmou o suficiente para encarar a experiência que tensiona sua própria existência.

Nelson Rodrigues tem extrema frieza para neutralizar sua moralidade própria ou sua crítica à hipocrisia, enquanto autor, para conseguir alcançar aquilo que há de mais arcaico nos laços familiares e sociais, aquilo que parece ser justamente o disparador dessa necessária moral que teve de surgir e sustentar as famílias para que elas avançassem até a condição civilizatória. E é esse seu principal êxito, não o de esclarecer qualquer fato gerador de nada, mas questionar, com a mão pesada de uma alma sensível, a ordem das coisas no mundo e das relações na vida. É esse o fator que faz de Nelson Rodrigues não só o maior dramaturgo brasileiro da história, mas um dos maiores do mundo de sempre.
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juliana lois 28/03/2016minha estante
muito boa resenha! ótimos apontamentos.


Ana 02/09/2018minha estante
só uma observação: a obra foi censurada por 20 anos, mas isso antes da ditadura militar, ela é de 1946. Em 1967 (durante a ditadura) ela foi liberada e encenada, já que não era um teatro de luta, de crítica ao governo, ao autoritarismo, etc. como o do Boal. Nelson inclusive apoiou a ditadura...




mafê 09/09/2022

O livro das fofocas
Não pensei que iria gostar do livro, mas amei! Não esperava que uma leitura escolar fosse tão boa, agora quero ler todos os livros do Nelson Rodrigues!
A história em si é só fofoca e babado, agora imagina isso tudo nos teatros brasileiros em 1920, só penso no choque que deve ter sido.
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_5illgabriel_ 09/01/2023

In sexto lugar... a p*taria de Nelson Rodrigues
Confesso que livros que abordam temas polêmicos capturam a minha atenção. Esse livro foi mencionado em uma aula que tive no Ensino Médio sobre teatro brasileiro, ao saber do enredo, tive que ler. Os tabus e os temas absurdos são onde brilham as obras desse autor. Álbum de Família é um retrato de uma família bizarra e a trama se move nos desejos incestuosos e completamente abomináveis e é aqui onde Nelson trabalha para acabar com o tipo ideal (teoria weberiana) da família tradicional, resultando em descrições chocantes e obscuras. Com certeza uma das melhores peças teatrais que eu já li, entretanto, a recomendação é só para aqueles que estão acostumados com esse tipo de literatura.
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Rodrigo Lessa 18/07/2013

Sem censura.
Por indicação do meu curso de arte, comecei a ler o livro ''Albúm de Família'' em pdf e em menos de 24hs eu terminei-o. Foi o primeiro livro de Nelson Rodrigues que li - somente o texto ''O Macaco'' que eu sabia sobre ele - e acabei amando.

A história do livro é - em sua maioria - escrita predominantemente por diálogos entre os personagens e o narrador (speaker). É escrita em forma de ''atos'' - possui dois - e cada um mais surpreendente que o outro. Algo interessante a citar é que antes que os diálogos começassem, eram feitas fotografias no palco (o livro é escrito como peça de teatro) e isso nos dava a noção do futuro ambiente e seus personagens. O speaker era alguém que tinha uma visão ''boa'' sobre a família, só que lendo a cada página, sabíamos que a história se opunha a isso.

A história se desenrolou em alguns ambientes onde um se interligava com o outro (ou com a fala de alguém): Fazenda; Convento; Igreja... E em cada situação algo novo aparecia, mais um conflito era posto. Gostei disso, pois me surpreendi bastante com todos os personagens. Suas personalidades eram todas distintas e próprias. Nelson Rodrigues é realmente O CARA. Não sei nem como me expressar em palavras para classificar essa obra extraordinária que deveria ser conhecida mundialmente. Devia! Porém compreendo também o quão é poderoso o efeito da censura e até hoje em dia, essa obra não sendo mais censurada, acredito que várias pessoas a repugnariam. Mas isso, é uma verdadeira arte! Uma arte de escrever detalhadamente com um dicionário riquíssimo que me da inveja.

Não fiquei surpreso que eu tenha gostado tanto deste livro. Afinal, li ''Amor de Perdição'' de Camilo Castelo Branco e acabei me apaixonado por literatura, das antigas. E assim, então, ''Albúm de Família'' entra para a lista dos meus favoritos devido à todos os requisitos terem atingido a nota máxima por mim.
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tomas40 25/01/2024

Apavorante
Esse livro é um verdadeiro álbum de família, onde você abre e descobre fotos antigas mas, se olhar bem, também descobre segredos obscuros
A crítica à "família tradicional" é muito bem construída e aterrorizante, assim como são os segredos contidos dentro dessas famílias
Acho que nem é possível limitar a caracteres o sentimento pós leitura
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Elliene 25/08/2010

Bizarro esse livro! Todo mundo da família se pega, não gostei do enredo.
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