Lu 30/04/2018
Depois de toda a tensão de "La Belle Sauvage", eu queria ler algo um pouco mais tranquilo e sem preocupações. Por isso, passei o livro da Patricia Cabot na frente do livro da Agatha que eu tinha começado a ler.
Como você pode ver, não uma boa troca.
Veja bem , eu não esperava nada de inovador. A Patricia cumpre a risca o que foi combinado no momento em que eu observo a capa. E eu realmente queria um passeio rápido pelos salões de baile da Inglaterra vitoriana, descrição de vestidos, valsas, uma narrativa gostosa, uma mocinha divertida e inteligente e um mocinho apaixonante... e foi aí que ela falhou, Na construção do mocinho.
A princípio, Burke não fede, nem cheira. Eu estou ocupada demais bufando a cada aparição da filha dele, a tal da Lady Isabel, para realmente me importar muito. Até ele mostrar o jeito dele. Para ser justa, eu acho que a descrição na sinopse está incorreta: Burke não criou Isobel sozinho. Burke, como era o costume na época, enviou a filha para ser educada em um colégio, e ela provavelmente voltava para casa nas férias. Dito isso, dá para entender um pouco o distanciamento entre os dois. Ainda assim, Isabel e Burke não parecem ter aquela ligação especial que eu esperava que eles tivessem. Claro, ser pai de uma adolescente, ainda mais uma mal educada como a filha dele, não é fácil. Mas achei horrível a maneira como ele se refere a ela, e a diminui. Ela parece um estorvo. No fundo, Burke está mais interessado em seguir a governanta, do que qualquer outra coisa.
E não é apenas isso. O homem é completamente surtado. Burke não argumenta, ele quebra cadeiras, soca funcionários do clube, quebra a sala da casa dos outros...E enche a cara. Desculpa, mas eu não acho que violência, ainda mais misturado com bebida, seja uma característica vagamente atraente. Não importa quantas cenas hot a autora descreva.
De resto, tirando a Miss Mayhew, que é até uma personagem legal, tem um passado até interessante, o único personagem que parece prestar é o Freddy.
Eu confesso que o mocinho me cansou demais com seus ataques e eu acabei ficando com preguiça de acompanhar a história até o fim. Eu tinha um Agatha Christe, um livro da Tess Gerritsen e outro da Trilogia das Freiras esperando na fila. Não vejo necessidade de me torturar lendo algo que não está me agradando. Continuo gostando muito da Meg Cabot e de seus livros como Patricia, mas esse, realmente, não deu para engolir.
Não recomendo.