Eles Não Usam Black-Tie

Eles Não Usam Black-Tie Gianfrancesco Guarnieri




Resenhas - Eles Não Usam Black-tie


135 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


spoiler visualizar
comentários(0)comente



Asunción 16/04/2024

Eles não usam Black tie
Nesta peça de Gianfrancesco o drama se passa em um morro carioca com operários de uma fábrica.
Sr. Otávio, conhecido por ser adepto e organizador das greves é pai de Tião, um jovem que, por medo de perder seu emprego, decide não aderir à paralisação.
Maria, sua namorada, está grávida; fato que intensifica o receio de Tião.
Os trabalhadores que furam a greve são vistos como traidores e sofrem represálias dos demais operários. Ciente disso, Tião se mantém firme em sua decisão, acreditando que sua lealdade ao patrão lhe renderá uma promoção e salário melhor, a a fim de ter melhores condições para criar seu filho e dar uma vida melhor à sua futura esposa.
comentários(0)comente



eloisagroshevis 12/02/2024

Gianfrancesco Guarnieri fez tanto
E quando eu digo que ele fez tanto é pq a peça apesar de curta desenvolve TÃO bem cada personagem e o cenário da luta de classes, a preocupação, a pobreza, as amizades, o medo e a esperança (e as vezes a falta dela). Impecável.

A gente acaba a peça entendendo as motivações de todos, mesmo que a gente discorde delas. Adorei demais.

Nunca tinha lido uma peça mas adorei, é super rápido, dinâmico e interessante.
comentários(0)comente



maiara263 06/02/2024

Operário não usa black-tie !
Eles Não Usam Black-tie fala sobre uma família carioca que vive no morro nos anos 50, onde o pai e o filho mais velho trabalham numa fábrica que é o sustento principal da família.
Otávio é um homem que luta pelos direitos dos trabalhadores e lidera uma greve pra aumentarem os salários, mas, Tião, seu filho - que não se conforma com sua posição de operário e a vida no morro - fura a greve, traindo seu pai e o movimento.

Apesar de girar em torno do contexto familiar, o tema principal não deixa de ser a luta de classes, a exploração da mão de obra dos trabalhadores e as contradições do capitalismo. O tema central, do movimento operário grevista, entra em conflito com a questão familiar patriarcal, focando no dilema: Lutas coletivas X Preocupações individualistas.

O livro é uma peça, com diálogos simples e narrações de quem entra ou saí da cena. A impressão que dá é de estar num ensaio com o roteiro na mão. Nunca tinha lido uma peça e gostei.

O que mais me impressionou é que, mesmo com poucas páginas e pouco diálogo, cada personagem é muito bem construído. O leitor termina entendendo perfeitamente a personalidade e a motivação de cada um e o contexto histórico da época mesmo sem nenhuma descrição.

Eu já tinha assistido o filme que é cinema puro!! com um elenco absurdo e um dos mais importantes do cinema brasileiro, mas a peça é ainda mais importante, o Gianfrancesco revolucionou o teatro brasileiro com 21 anos, gênio.

Eu gosto mais do filme, que é mais dramático e cruel (recomendo), mas a peça ainda é muito boa, acho que é o tipo de livro que todo mundo devia ler. 5/5.
Leticia 07/02/2024minha estante
? com essa resenha bem escrita deu até vontade de ler




soubarroca 25/01/2024

Eles Não Usam Black Tie, de Gianfrancesco Guarnieri
Uma obra teatral muito simples de ser lida. O dramaturgo conseguiu retratar muito bem o cotidiano da favela. O linguajar, a resiliência do povo, a busca por melhores condições de vida.

A briga entre Otávio, um agitador de greves, e Tião, um descrente dos movimentos operários, representa muito bem a luta por direitos. Os saberes de Otávio simbolizam que o conhecimento liberta da ignorância e da aceitação passiva dos ideais da classe dominante. Em diversos momentos, Dona Romana alerta que, se Otávio não lesse tanto, não falaria ou pensaria daquele jeito.
comentários(0)comente



Pedro.Luis 08/01/2024

Boa representação do proletariado brasileiro
A história é uma ótima representação da classe trabalhadora brasileira em um contexto de exploração, refletindo sobre a mesma por dois pontos de vista distintos: o do trabalhador que busca seus direitos através da luta de classes e o do trabalhador que busca o bem próprio em detrimento de uma luta incerta.
Condenar o ponto de vista do segundo e considerar o personagem como o antagonista da trama me parece leviano, visto que esse pensamento também é fruto de uma sociedade opressora.
A vontade de crescer na vida, de não ser mais um operário que vende sua força de trabalho, de ter sua existência significada aparece aqui da mesma forma como a mentira de Tião sobre ser chamado para ser um astro do cinema. A exploração existe com base na ilusão de que o explorado um dia se tornará algo a mais, talvez um astro, talvez o próprio opressor.
Achei o final um pouco corrido, mas no geral a história fluiu muito bem, mesmo que a forma escrita não seja a maneira da qual a trama foi pensada, e naturalmente ela funcione melhor em um contexto teatral, foi uma leitura muito agradável.
comentários(0)comente



Davi.Paiva 05/01/2024

Gente como a gente
Link Amazon: https://amzn.to/3tGxUBM

Mais um livro que li graças a uma doação na Geloteca (geladeira adaptada para troca de livros em algumas estações de trem)!

Acho engraçado como algumas coisas me acompanharam por tanto tempo até eu dar atenção a elas. "Eles Não Usam Black-Tie", até onde lembro, foi uma presença constante, mas de forma sutil. Gianfrancesco Guarnieri, autor, era um dos atores de uma das minhas séries preferidas na TV Cultura, "O Mundo da Lua"; ao ouvir falar de tal obra na infância, a minha irmã me corrigiu porque eu não sabia pronunciar "black-tie"; o Centro Cultural do Itaim Paulista tinha um grafitti em homenagem a Guarnieri durante a minha adolescência. E sempre que havia oportunidade, algum podcaster ou crítico mencionava a peça de teatro pela sua qualidade e teor político.

Devo confessar que não muito de ir ao teatro e nem de ler livros de roteiro de peças. Todavia, achei interessante ter a experiência de ler algo novo e que não estou tão acostumado.

E sobre o conteúdo, o que posso dizer?

De forma simples: gente como a gente.

Agora aprofundando e detalhando: "Eles Não Usam Black-Tie" é uma obra incrível na qual embora todos os personagens tenham um linguajar rústico que não diminui e nem faz estereótipo de suas classes sociais, cada um acaba tendo uma voz própria onde podemos perceber suas personalidades e peso dentro da trama. Ninguém tem a mesma função e todos se diferenciam.

Além disso, dá um certo nó na garganta perceber como a obra acaba sendo atemporal por mostrar a luta das classes baixas para ter até o mínimo necessário para uma vida digna. A peça foi apresentada em 1958 (65 anos!) e infelizmente embora muito tenha sido feito pelo povo, ainda há pessoas morando em barracos, sentadas em caixas e que precisam fazer greves em prol de salários melhores... ou furar greves por temer perda de emprego e não poder dar uma vida melhor para esposas gestantes.

Por último, mas não menos importante, "Eles Não Usam Black-Tie" é um verdadeiro soco na cara de quem acha que arte não deve ser politizada. Tudo que os personagens são, fazem ou lhes aplicam é resultado do exercício de poder acima deles ou do pouco disponível que eles podem fazer. Portanto, política.

Por isso eu digo que "Eles Não Usam Black-Tie" são gente como a gente. Pois dependendo de como foram a vida dos seus pais ou a sua própria, você, eu ou qualquer outra pessoa seria um deles.

Recomendo!
comentários(0)comente



Isabelly 20/12/2023

Eles não usam black-tie
Um livro muito bom que recomendo muito todos lerem, pois fala sobre o racismo, e a forma da escrita a forma como está no livro é como se fosse um roteiro de uma peça ent é bem mais fácil de ler
comentários(0)comente



sadbroccolitree 30/10/2023

Que história!
Eu me apaixonei pelo filme quando assisti e me senti muito envolvido na história. O livro, com certeza, não decepcionou!
comentários(0)comente



amanda3136 23/10/2023

Urgente: garota é encontrada chorando desconsolada em seu quarto após terminar de ler uma peça sobre a classe operária brasileira
comentários(0)comente



Arthur1037 16/10/2023

Eles Não Usam Black-Tie
O início e meio do livro eu achei um saco, mas ele terminou como a grande promessa que ele criou desde o início, com uma narrativa que se explode, nos deixando a pensar sobre seu final
Fantástico, porém deve ser melhor em assistir como a peça de teatro
comentários(0)comente



Bruno 13/10/2023

"Medo de ser operário"
Tião preferiu jogar a sociedade fora pra não "correr o risco". Preferiu ficar com a ilusão de crescer na vida e morar na cidade, por quê? Porque se lutar por direito, se lutar por melhores condições no trabalho ele, invariavelmente, vira parte do trabalho, vira operário e o sonho morre, a ilusão se desfaz. Estava disposto a largar todo seu círculo, toda sua cultura por isso, pra ficar com a ilusão ali.
A realidade é retradada da forma que existe no mundo, o realismo social aqui é imprescindível, uma vez que se trata de uma obra que fala sobre sociedade. As cartas de tarot, as músicas, os afazeres das pessoas. A realidade tal como é, de luta e de esperança.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



João 12/08/2023

Eles não usam black-tie
Ótimo livro, amei demais! só não gostei que não mostrou a greve! Adorarei todos os personagens, incluindo o juvencio. e achei muito incrível a trama pai e filho
Sintaxe 07/10/2023minha estante
Nesse sentido, a adaptação cinematográfica é um ótimo suplemento ao texto, pois lá a greve é mostrada e dramatizada ao máximo!




Lobo 10/08/2023

Billy Elliot brasileiro
É uma peça teatral de Gianfrancesco Guarniere, sobre uma família na luta, numa greve pelos direitos dos trabalhos e o conflito, as angústias e a decepções que isso acarreta.
comentários(0)comente



135 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR