Eles Não Usam Black-Tie

Eles Não Usam Black-Tie Gianfrancesco Guarnieri




Resenhas - Eles Não Usam Black-tie


133 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Charly.nunes 12/02/2023

Esse livro, é bem básico mas muito bem contruido, ele é uma pesa de teatro para abrir a consciência dos proletariados, e acho que ele cumpriu muito com seus papel, pois ele coloca uma história que deve acontecer bastante, constroi personagem com uma personalidade que geralmente bem humana, e desenvolvida toda a narrativa sobre consciência de classe e raça em cima disso, tudo isso de forma simples daqual qualquer um pode se ver e entender a situação
Naty566 12/02/2023minha estante
Eu adorei o livro,ele faz o básico,mas funciona muito bem


Charly.nunes 12/02/2023minha estante
Siiim, ele é bem básico msm, mas creio que isso é o forte dele, pq seu intuito é transmitir a mensagem para todos, incluindo aqueles sem muita informação




Phelipe Guilherme Maciel 27/10/2017

Um dos melhores livros de teatro da literatura brasileira.
Gianfrancesco Guarnieri foi um italiano mas muito conhecido pelo povo brasileiro e inclusive, naturalizado. Ele é o inesquecível vô Orlando, da série infanto-juvenil "No Mundo da Lua", da Rede TV Cultura, e foi personagem em mais de 40 telenovelas, além de filmes e peças de teatro. O que muita gente desconhece, é que ele foi escritor dramaturgo, e escreveu entre outras, uma das peças de teatro mais bonitas da literatura brasileira: "Eles Não Usam Black-Tie".

Esta peça já começa de forma bastante ácida pelo título, que faz referência ao cinema e ao teatro de ricos, onde todos vão vestidos de Black-Tie e os diálogos são muito pomposos. Esta peça não. Feita para os mais simples, inclusive cobrado na minha juventude quando eu tinha 14 para 15 anos, e eu li e aproveitei, ela tem seus melhores bônus na ideia central. Os dilemas de um jovem que descobre que será pai e faz parte de uma família extremamente pobre mas de um pai sindicalista, aguerrido e sonhador.
Sim, o livro é um folhetim político de esquerda, defende greves e trata os donos de empresas como capitalistas chupadores de sangue, mas isso é uma excelente roupagem utilizada pelo Gianfrancesco, que já foi secretário de cultura de SP durante governo de Mario Covas.
Vemos um primeiro ato muito festivo, com a família em extase pela novidade trazida por Maria tomar um peso difícil de aguentar no segundo ato, finalizado por uma névoa muito densa e um terceiro ato que é um soco no estômago, e nos deixa melancólicos.
Vemos também personagens extremamente fortes e bem construídos. Romana é uma mulher poderosa, forte, grossa mas amorosa, brilhantemente representada pela rainha da dramaturgia brasileira Fernanda Montenegro na versão de cinema do livro nos anos 80. Otávio, um pai sonhador e sindicalista, puro de coração, é a balança que deixa a família equilibrada. Tião é o personagem central do livro, mas não dá para esquecer o grande Bráulio, muito menos a Rosa, a Terezinha, tantos outros personagens secundários mas marcantes.
A leitura de Eles Não Usam Black-Tie pode ser feita em apenas um dia. Os diálogos são todos errados, propositalmente obviamente, pois retrata pessoas humildes vivendo nos morros cariocas com muito pouco, tantas vezes passando fome de comida, mas nunca de sonhos.

Cada um tem seu próprio sonho. A mãe quer uma família calma e protegida em seus braços, o pai quer a revolução socialista, o filho quer viver na "cidade" (Hoje os cariocas chamam de "asfalto"). Rosa sonha com um casamento melhor que o de seus pais, Braulio sonha com o poder na mão do povo e na igualdade. Cada qual tem seus sonhos, todos justos e honestos, mas as escolhas que cada um faz para chegar aos seus objetivos é o que faz a trama ser tão forte.
Este ano resolvi colocar entre minhas metas ler mais teatro. Li Nelson Rodrigues e Ariano Suassuna, ambos gênios, mas este livro foi o mais bonito, pois foi o mais humano e brutal entre todos.
I Danielle I 27/10/2017minha estante
Adorei a resenha, parabéns! Me deu muita vontade de ler esse livro!


Phelipe Guilherme Maciel 28/10/2017minha estante
Dani, que bom que curtiu... Leia sim, ele é pequeno e pode ser lido em um dia. Muito simples, mas emocionante. Mexe conosco




João 12/08/2023

Eles não usam black-tie
Ótimo livro, amei demais! só não gostei que não mostrou a greve! Adorarei todos os personagens, incluindo o juvencio. e achei muito incrível a trama pai e filho
Sintaxe 07/10/2023minha estante
Nesse sentido, a adaptação cinematográfica é um ótimo suplemento ao texto, pois lá a greve é mostrada e dramatizada ao máximo!




Juliane 11/01/2010

Movimentos Sociais
Tião cresceu com os padrinhos ricos na cidade grande, servindo de babá para o filho deles. Ele se acostumou e gostou da situação sócio-econômica que levava enquanto morava com eles, e gostaria de tê-la para si.
Quando crescido, retornou à casa dos pais, no morro, muito simples mas limpa e organizada pela sua mãe, Dona Romena. Seu pai, Otávio, só pensava em greves e tinha uma visão esquerdista. Tanto pai quanto filho trabalhavam na mesma metalúrgica.
Tião namorava com Maria, com quem noivou, e estava carregando um filho seu - menino, ele esperava. Pensando nisso, tentava ganhar mais dinheiro, pois devaneiava que a vida que Maria deveria levar seria longe do morro e sem ter que trabalhar.
Quando a greve estoura, Tião traí por um pouco mais de dinheiro. Perde Maria, a família, credibilidade, amizades e é convidado a se retirar de sua casa, pois seu pai só o admitiria de volta quando ele enxergasse melhor a vida.
Italo 20/08/2010minha estante
agora vou poder ler o livro traquilamente sem receios.




maiara263 06/02/2024

Operário não usa black-tie !
Eles Não Usam Black-tie fala sobre uma família carioca que vive no morro nos anos 50, onde o pai e o filho mais velho trabalham numa fábrica que é o sustento principal da família.
Otávio é um homem que luta pelos direitos dos trabalhadores e lidera uma greve pra aumentarem os salários, mas, Tião, seu filho - que não se conforma com sua posição de operário e a vida no morro - fura a greve, traindo seu pai e o movimento.

Apesar de girar em torno do contexto familiar, o tema principal não deixa de ser a luta de classes, a exploração da mão de obra dos trabalhadores e as contradições do capitalismo. O tema central, do movimento operário grevista, entra em conflito com a questão familiar patriarcal, focando no dilema: Lutas coletivas X Preocupações individualistas.

O livro é uma peça, com diálogos simples e narrações de quem entra ou saí da cena. A impressão que dá é de estar num ensaio com o roteiro na mão. Nunca tinha lido uma peça e gostei.

O que mais me impressionou é que, mesmo com poucas páginas e pouco diálogo, cada personagem é muito bem construído. O leitor termina entendendo perfeitamente a personalidade e a motivação de cada um e o contexto histórico da época mesmo sem nenhuma descrição.

Eu já tinha assistido o filme que é cinema puro!! com um elenco absurdo e um dos mais importantes do cinema brasileiro, mas a peça é ainda mais importante, o Gianfrancesco revolucionou o teatro brasileiro com 21 anos, gênio.

Eu gosto mais do filme, que é mais dramático e cruel (recomendo), mas a peça ainda é muito boa, acho que é o tipo de livro que todo mundo devia ler. 5/5.
Leticia 07/02/2024minha estante
? com essa resenha bem escrita deu até vontade de ler




LaAs183 21/01/2022

A história retrata a luta do proletariado e os conflitos de opinião dessas pessoas, ao mesmo tempo que aborda problemas familiares e questões referentes a época. Tudo de maneira magistral, com um toque de humor que traz leveza pra obra.
Ana Paula Hoffmann 31/05/2022minha estante
Tinha esquecido que vc leu esse hehe




Maria Ferreira / @impressoesdemaria 24/01/2014

Traição por egoísmo
Este livro, na verdade é uma peça de teatro. Na época de seu lançamento foi aclamada pela crítica, não só pela qualidade da obra, como também pelo fato do autor ser novo, apenas 21 anos.
É uma peça/livro com uma trilha sonora: um samba que está presente em toda obra.

As personagens principais são Tião, Maria, Romana e Otávio. Maria e Tião são um casal que logo terão um filho e se apressam para noivar e assim, casarem o mais rápido possível. Romana e Otávio são os pais de Tião.

Pai e filho trabalham na mesma fábrica. Otávio, juntamente com outros operários, se configura em um sindicalista por estar organizando uma greve reivindicando o aumento dos salários. Já Tião, diferentemente de seu pai, não é a favor da greve, pois tem medo de perder sue emprego por conta disso; então resolve furar a greve em troca de um dinheiro extra.

Furando a greve, Tião é rejeitado por sua mulher, por seus colegas de trabalho e é, de certa foram, expulso de casa. Ao furar a greve, ele não traiu só seus colegas grevistas, ele traiu também sua classe, traiu sua família. Tudo isso em detrimento do dinheiro e do desejo de uma ascensão social que estava longe da realidade que vivia. Quando mais novo, morou com os padrinhos na cidade, e agora adulto, mora na casa dos pais em um morro carioca. Ou seja, não lhe é cômodo morar no morro, se ele já experimentou da cidade.

Também é possível estabelecer uma interdiscursividade com a corrente filosófica do Naturalismo, se levarmos em consideração fatores como o determinismo (homem determinado pelo meio) e lutas de classes que remete sem dúvidas a ocupação dos morros cariocas na década de 1950.

site: http://www.minhassimpressoes.blogspot.com.br/2014/01/resenha-eles-nao-usam-black-tie.html
Nicholas.Andrew 15/10/2015minha estante
Eu concordo com o que o Tião fez.




Rafael.Montoito 20/07/2021

Sobre luta de classes, tema sempre tão atual
"Eles não usam back-tie" está no panteão das peças brasileiras de teatro, tendo sido escrita por Gianfrancesco Guarnieri quando ainda era jovem e encenada nos últimos anos da década de 50 - talvez por isso pareça, ao leitor, um pouco desatualizada em relação à ambientação, mas não no diz respeito à temática central: a luta de classes.
.
Tião, filho de Otávio, deseja casar-se com Maria, que está grávida dele. Com medo de perder seu emprego na fábrica onde a maioria dos habitantes do morro carioca em que vive trabalham, decide furar a greve que os funcionários estão planejando, o que o coloca em posição oposta à do pai, que é um dos articuladores e defensores do movimento.
.
À volta desse conflito entre pai e filho gravitam outros personagens que trazem pontos de vista diferentes ao embate; entretanto, o destaque fica pra Romana, mãe de Tião e esposa de Otávio, mulher que assume as lidas da casa como uma missão e que entende quão dura é a vida para quem nasceu pobre - no barraco da família faltam camas, pão, leite e perspectivas de dias melhores.
.
Mesmo mais de 50 anos depois da sua primeira montagem, "Eles não usam black-tie" continua dialogando fortemente com os tempos atuais, talvez ainda mais do que àquela época, visto que hoje há um contingente ainda maior de desempregados à espera de um serviço qualquer e que os movimentos grevistas parecem ter perdido a força, para a alegria dos patrões. Ao se colocar contra o pai, Tião coloca-se contra uma série de ideais e joga para o leitor (ou espectador) a delicada questão sobre o que vale mais: as escolhas pessoais ou as lutas coletivas?
Carol 20/07/2021minha estante
Eu amo!




eloisagroshevis 12/02/2024

Gianfrancesco Guarnieri fez tanto
E quando eu digo que ele fez tanto é pq a peça apesar de curta desenvolve TÃO bem cada personagem e o cenário da luta de classes, a preocupação, a pobreza, as amizades, o medo e a esperança (e as vezes a falta dela). Impecável.

A gente acaba a peça entendendo as motivações de todos, mesmo que a gente discorde delas. Adorei demais.

Nunca tinha lido uma peça mas adorei, é super rápido, dinâmico e interessante.
comentários(0)comente



Luhhh ^___^ 18/02/2010

Será que a máxima: cada um cuida do seu galho é válida?

Essa é umas das questões do livro, cada um tem a sua opinião, claro.

Todavia, pessoas que pensam assim são sozinhas, porque desse jeito não é possível cultivar amigos.

Para obter uma amizade é preciso compartilhar o seu galho e para mantê-la é necessário que ambas as partes trabalhem para isto.

O que não ocorreu com o "carinha" do livro o mesmo acabou sozinho, ou melhor, acompanhado de seu orgulho.

É melhor ser humilde sim...e com ele vem muitos amigos queridos.
comentários(0)comente



Digão Livros 07/08/2011

O livro na verdadde é uma peça de teatro. O prefácio dele explica muitas coisas, tais como o contexto em que o autor escreveu o mesmo.

O livro retrata uma comunidade carioca, em uma favela da década de 60, suas agruras, felicidades e angústias.

Em lados opostos, o pai, sindicalista convicto, lutando pelos seus direitos e de seus pares da favela, e seu filho, que não pensa em outra coisa a não ser melhorar de vida a qualquer custo.

O filho, criado fora da favela, ambiciona descer o morro, e viver os benefícios conhecidos enquanto criado fora, mesmo que de forma precária.

Ao redor do drama principal, o dia a dia de uma mulher batalhadora, os costumes, sonhos, e o código de ética de quem vive intensamente as felicidades e muitas tristezas de uma comunidade popular.

Há um link legal de um vídeo: http://www.skoob.com.br/resenha/nova/7155553/

Muito bom o livro!!!
comentários(0)comente



Behind the word 27/01/2011

Esse livro/peça teatral é bem legal, pois apresenta uma classe operária dos anos 50 no Brasil, uma classe que enfrentava os baixos salários e a vida precária no morro, algo que muitos de nós não sabemos como é. Bem, antes de dizer algo sobre a história, e o livro tenho que dizer que ele não esta escrito em prosa, é uma peça teatral, composta apenas por falas de seus personagens e suas ações no momento, como um script teatral e antes da peça tem algumas paginas de criticas e elogios, a peça se inicia na pagina 19 do livro e é dividida em três atos.
O personagem principal, Tião é um operário que não quer aderir a uma greve organizada pelo seu pai Otávio. Com um filho a vir, Tião tem medo de perder o emprego caso a greve não dê certo, e sem emprego não poder dar uma vida melhor e feliz a Maria, sua noiva.
O tema do livro não é romântico, mas no inicio da peça eles já noivam, tipo três paginas depois e eles já decidem noivar e depois se casarem, tudo bem que no contexto da peça eles já namoravam a tempos, mas até para não deixar a peça muito, digamos, politica poderiam colocar um romance, até para atrair a maioria do publico a assistir a peça, durante o livro o romance é pouco retratado, maioria das conversas são sobre a greve, a gravidez e a pobreza da família. A linguagem da peça é do tipo "nós vai" ou "tu gosta de eu?".
A história é boa e bem escrita, alem da falta de romance tem o pequeno problema do final, que na minha opinião não é feliz, é até que triste, mas não uma tragédia.
Recomendo esse livro para quem gosta de temas políticos e sociais, ou para quem quer interpretar uma peça do teatro.
comentários(0)comente



Guilherme Cruz 15/07/2013

Permanece atual, passadas quase 6 décadas.
Embora a peça seja uma análise da classe operária, escrita em 1955, o seu teor permanece atual. As recentes manifestações e greves só evidenciam o que, passadas quase 6 décadas, ainda faz parte do contexto da população brasileira: os constantes conflitos sociais.

"...aguda observação da classe operária brasileira; uma classe que, nos últimos tempos, está se conduzindo praticamente sem líderes, em momento histórico em que suas reivindicações e seus gritos de protesto nascem quase que diariamente como explosão inadiável, como que a demonstrar que nada está bem, e não como consequência fria de cálculos políticos."
comentários(0)comente



Samuel 14/07/2014

Ótimo livro/peça, história poderia ser contada em qualquer época que ainda iria fazer sentido. O livro começa com coisas boas acontecendo aos personagens, e aos poucos tudo vai dando errado,culminando no final completamente pessimista, que você espera que tenha um próximo ato com uma resolução para a situação.
Recomendadíssimo, único defeito é ser muito curto, tirando isso é muito bom.
comentários(0)comente



133 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR