Resenhas - Eles Não Usam Black-tie

Flavia Bevilacqua 03/01/2023

Li para o vestibular
Não gostei muito de como os diálogos foram escritos, o livro não utilizou a norma padrão culta e isso dificultou a leitura. Compreendo que esta forma de escrita representa melhor a variação linguística e ajuda a perpetuar o que normalmente só é passado como tradição oral. É um bom livro, mas não é o tipo de livro que eu gosto de ler.

bibioslivrosecia 31/12/2022

Catártica, didática e com consciência de classe
Essa peça foi uma leitura muito agradável para mim, boa mesmo; em primeiro plano porque foi uma leitura rápida, que me deixou com vontade de continuar lendo, e por isso mesmo foi fluida. O vocabulário é bem simples, como esperado, por se tratar da história de operários que moram na periferia, portanto é fácil de entender, passa a mensagem de maneira clara e direta. Em segundo plano, é um livro que possui em sua essência crítica social e consciência de classe, coisas que eu aprecio em um livro, acho importantes e sempre atuais.
Os personagens são um pouco caricatos em seu jeito de ser mas creio ser esse o intuito do autor, ilustrar bem as diferentes facetas humanas. Uma personagem que destaco pois, a meu ver, é a mais admirável é Romana, mulher forte, empoderada e muito parceira de Otávio, seu marido.
Achei particularmente interessante também o modo como é trabalhado o conflito interesses pessoais vs luta em prol do coletivo, na figura do pai e do filho, pois é um tanto inverossímil um pai que prefere a classe ao sangue de seu sangue, seu filho, e uma mãe que concorda com essa atitude, mas é tão emocionante esse embate que eu até esqueci de ficar analisando detalhes técnicos, eu queria era ver o desfecho daquilo tudo, e esse é ponto muito positivo da peça, seu efeito catártico.
Em suma, foi uma ótima experiência de leitura, divertida e didática, recomendo que todos leiam essa peça pelo menos uma vez na vida, vale a pena demais!

luaninha 04/12/2022

Achei os personagens mto bem trabalhados pra tão pouca página, a história é ótima e vc fica entretido o tempo todo
eu adorei a sinceridade da Romana e o Chiquinho me irritava, mas me fazia rir tb
tipo de obra do vestibular q vc n precisa se obrigar a ler, pq flui muito e é uma leitura rápida e descontraída :))

Maria 29/11/2022

Leria de novo
Esse livro eu li na escola com a minha turma do segundo ano do ensino médio.
Ele é maravilhoso, só o fim que não gostamos muito mais ok , ele é ótimo.

Daniel.Malaquias 25/11/2022

Excelente peça
Uma das melhores peças que já li, excelente contexto, ambientação e personagens ricos em sua estrutura. Já tinha ouvido falar, a história é bastante popular, porém nunca tinha lido e adorei. Recomendo por demais, uma leitura necessária.

Aline Obnesorg 19/11/2022

Bem atual.
Li para fins acadêmicos, mas gostei do fato do proletariado ser o personagem principal de uma peça.
Algo que foi inovador na época do lançamento.
Recomendo, embora não goste de peças rs

Amanda Rios 16/11/2022

Gostei muito do livro, ele é rápido, leve e tem uma boa crítica, porém por ter visto o filme antes (que inclusive o autor é um dos personagens nas telas), esperava mais, mas nada que estregue a experiência dos dois

GiB_21 02/11/2022

Narrativa leve, com humor e ritmo que prendem o leitor. Consegue ser divertido e ao mesmo tempo trazer questões e críticas sociais no enredo. Muito bom mesmo!

Du Du 29/10/2022

É a segunda vez que eu leio e segunda vez que me pego em reflexões.
Como julgar as pessoas quando cada uma está em sua razão?
Esse livro nos coloca a refletir sobre as questões sociais, sobre a vida em comunidades, sobre união e vontade de mudar de vida.
Uma peça de teatro simples e rápida na leitura, mas profunda em sua compreensão.

soph 26/10/2022

Eles não usam black-tie
Quando você entende o significado do livro, é incrível, mas o final ficou muito vago e sem sentido .

Bruna 24/10/2022

Muito bom
Romana é a melhor personagem que tem
A presença do sotaque nordestino e as expressões dos anos 50 são incríveis

O final decepciona, mas não me arrependo de ter lido e recomendo muito para as pessoas que gostam de teatro, principalmente se gostam de clássicos brasileiros

najuliass 03/10/2022

"Nosso amor é mais gostoso,
Nossa saudade dura mais
Nosso abraço mais apertado
Nós não usa as 'bleque-tais'."

Bruna 26/09/2022

Um classicão da nossa dramaturgia que estou ensaiando pra um espetáculo de fim de ano do teatro. O que acho interessante nessa peça comparada à outras com críticas sociais, é que ela nos mostra os dois lados da moeda, o que nos faz entender o lado dos operários mas também ter empatia pelo Tião. Acho a favela um pouco romantizada na história mas nada que anule a problematização do livro.

Paola 09/09/2022

Dinheiro = Vida
Uma peça muito sensível sobre as diferentes perspectivas de vida de moradores da favela.

A peça inteira se passa mostrando o dia a dia nessa comunidade, onde tudo se baseia no cotidiano. Os salários mau ganhos não incomoda muitos, que se acostumaram com a situação precária de uma vida sem razão maior que apenas sobreviver.

Sendo assim, é um personagem revolucionário que causa os conflitos da obra: O pai de Tião, Otávio. Ele faz greves em prol dos salários mais altos, convencendo a comunidade a segui-lo.

Porém, seu filho discorda desse pensamento de unidade, e procura viver una vida diferente, onde tivesse uma vida mais bem vivida, ou melhor dizendo, mais dinheiro. E para isso ele faria as coisas do seu jeito, pensando na sua própria subsistência.

No texto essas duas posições conflitantes ficam com o papel central.

Entre elas está Maria, que quer seu marido ao seu lado, mas não pode deixar de viver no morro, sendo que lá é que se encontram todos os que ela se importa.

Essa narrativa pode ser vista como uma crítica ao pensamento capitalista, sendo que Tião pensa individualmente, tentando conseguir o dinheiro mesmo que isso signifique total solidão, como aconteceu no final.

Enfim, a obra é muito simples, mas é isso que mais me encantou nela, pois a simplicidade é o mais difícil para alcançar, tanto que Tião não conseguiu aprecia-lá.

LeitorMorto 09/09/2022

Um ótimo ensaio e retrato da época
A obra nos mostra os dois lados da moeda de uma forma que podemos entender os motivos pelos quais os protagonistas, Otávio e Tião, baseiam suas atitudes.

Otávio é o pai de Tião, ele é um operário de uma metalúrgica que busca nos livros e jornais conhecimento e reconhecimento de seus direitos e, com isso, é visto como um líder ativista dos direito dos operários.

Já Tião, que também trabalha na fábrica, se vê exausto da vida na periferia. Ele não vê beleza ou aconchego no lugar, diferentemente de seus parentes, esposa e amigos, que amam a comunidade.
Um dia, logo nas primeiras 3 páginas do livro, Tião recebe uma notícia de sua namorada e futura esposa, Maria, que faz com que ele tenha uma idéia contrária ao seu pai em relação aos seus direitos trabalhistas.

A obra é curta e profunda. Aconselho pesquisarem um pouco sobre a época de Getúlio Vargas e os anos de 1955 (já que o cenário é de 1958, antes do golpe de 64)