Resenhas - Os Perigos da Interpretação Bíblica

Lucas 11/11/2021

Os Perigos da Interpretação Bíblica - RESENHA
Carson abre o livro levantando uma questão importante: será que realmente não temos como entender certas passagens, mesmo usando os mesmos métodos exegéticos corretamente, ou será que existem outros compromissos em nós que não nos permitem investigar certas interpretações tradicionais e denominacionais, como o orgulho, a vergonha, a preguiça e a imperícia?

A partir daí, Carson começa a mostrar um tipo de falácia após outro, dando exemplos (alguns simples e outros nem tanto), de grandes nomes ou não (incluindo erros dele mesmo em publicações passadas), investigando regras exegéticas (às vezes óbvias) que foram deixadas para trás nos tais exemplos, e que precisam ser recuperadas.

Os erros citados são uma mescla de falácias e imperícias, listadas a seguir, agrupadas pelos tópicos que definem seus capítulos:

1) Falácias Vocabulares:
Falácia do radical, anacronismo semântico, obsolescência semântica, reivindicação de significados desconhecidos ou improváveis, negligência no uso de material de apoio, paralelomania verbal, associação entre língua e mentalidade, falsas pressuposições sobre significados técnicos, problemas envolvendo sinônimos e análise de componentes, uso seletivo e preconceituoso das evidências, disjunções e restrições semânticas injustificadas, restrições injustificada do campo semântico, adoção injustificada de um campo semântico expandido, problemas relativos ao contexto semítico do NT grego, negligência injustificada de particularidades distintivas de um grupo de palavras, associação injustificada de sentido e referência.

2) Falácias Gramaticais:
Falácias relacionadas a tempos e modos verbais, falácias ligadas às unidades sintáticas.

3) Falácias Lógicas:
Falsas disjunções, não reconhecimento de distinções, uso de evidência seletiva, uso inadequado de silogismos, confusão de cosmovisões, falácias de estrutura interrogativa, confusão injustificada entre verdade e precisão, apelos emotivos, generalização e especificação demasiada, inferências negativas, inferências injustificadas, falsas declarações, o non sequitur, rejeição arrogante, argumentações equívocas, falsas analogias, reivindicações de autoridade.

4) Falácias Históricas e de Pressupostos:
Reconstrução histórica livre, falácias de causalidade, de motivação, paralelomania conceitual, falta de distanciamento.

O livro é um excelente exercício mental, além, é claro, de apresentar meios fundamentais e dicas preciosas de como interpretar corretamente um texto bíblico.


site: https://anthares.us/os-perigos-da-interpretacao-biblica-resenha/

GuiCalvin 11/08/2020

Simples, porém profundo
Embora o livro tenha menos de 130 paginas e não tenha um conteúdo exaustivo, ele apresenta falacias muito presentes. fazendo quem ler refletir sobre a importância de se estudar para ter um melhor resultado.

Canal Rafael Pablo 30/08/2016

Não é para iniciantes...
Trata-se de D. A. Carson, então sabemos que é bom.
Porém, em diversas partes do livro tive dificuldade de entender as falácias explicadas, tendo em vista que não sou alguém especializado em grego ou hebraico.
Os exemplos são muito bons e ajudam no entendimento, mas ainda assim existem partes do livro que somente estudantes do idioma original bíblico entenderam.
Mas com certeza vale muito a pena ser lido.

Maxsuel.Aquino 19/02/2022

Um bom livro para os estudantes da Bíblia
Os perigos da interpretação Bíblica - D. A. Carson

?Estamos lidando com os pensamentos de Deus; somos obrigados a nos esforçar ao máximo para entendê-los verdadeiramente e explicá-los com clareza?. (p.14)

Este livro é recomendado para os pregadores, estudantes e professores da Bíblia.
Carson nos apresenta quatro grupos de falácias com relação à interpretação das Escrituras.

O primeiro grupo é composto das falácias vocabulares, como por exemplo, o ?Anacronismos Semântico?, que consiste no fato do intérprete usar o significado mais recente de uma palavra aplicando-a a literatura antiga.

No segundo capítulo, ele descreve uma série de falácias gramaticais.

Apesar de ser um livro composto de poucas páginas, não é uma leitura tão fluida, e especialmente os dois primeiros capítulos que devem ser lidos com muita calma, pois além da quantidade de informações, têm alguns conceitos um pouco mais complexos para um leitor iniciante.

Os outros dois grupos das falácias exegéticas são as ?lógicas? e as ?históricas e de pressupostos?. Talvez essas últimas são as que mais estão presentes nos nossos púlpitos.

?É fácil demais aplicarmos ao texto bíblico as interpretações tradicionais que recebemos de terceiros. Então, podemos involuntariamente transferir a autoridade das Escrituras para nossas interpretações tradicionais, investindo-as de falso e até idólatras grau de certerza?. (p.15)

Carson termina apontando de forma rápida outras falácias que não foram classificadas nos capítulos anteriores.

?Todos nós cairemos em uma ou mais dessas falácias em algum momento [...]?. (p.116)
Por isso, conhecê-las pode nos ajudar a ?escapar de suas garras?.

Carla.Parreira 19/03/2024

Os Perigos da Interpretação da Bíblia (D. A. Carson). Melhores trechos: "...Em primeiro lugar, não estou dizendo que qualquer palavra pode significar qualquer coisa. Normalmente, observamos que cada palavra isolada tem um determinado campo semântico restrito e, portanto, o contexto pode modificar ou adaptar o significado de um termo somente dentro de certos limites. E claro que o campo semântico total de uma palavra não está permanentemente estabelecido; com o passar do tempo e os novos usos, ele pode mudar de forma considerável. Mesmo assim, não estou sugerindo que as palavras sejam infinitamente maleáveis. Estou apenas afirmando que o significado de uma palavra não pode ser determinado com segurança pela etimologia ou que uma raiz, uma vez descoberta, sempre projeta certa carga semântica sobre qualquer palavra que a incorpora... A segunda advertência é que o sentido de uma palavra pode refletir os significados de seus componentes. Finalmente, não estou sugerindo de forma alguma que o estudo etimológico é inútil... Da mesma forma como o sentido de uma palavra em qualquer contexto é estabelecido em parte pela série de relações que ela possui com seu contexto, assim também o significado de um tempo verbal em qualquer contexto é parcialmente estabelecido pela série de relações existentes entre ele e seu contexto..."

jotaeme 12/02/2010

Para Interpretar Bem a Bíblia
Todo pregador e expositor (que há poucos no brasil) deve ler este livro e perceber o quanta falacias temos cometido. Embora pela necessidade há o uso de termos técnicos mas as ilustraçoes esclarecem o assunto. Depois de ler este livro com certeza o pregado vai ter que dedicar mais tempo a pesquisa bíblica para errar menos e nao falar alguns absurdos como fazem os pregadores da igreja eletronica.