A cor púrpura

A cor púrpura Alice Walker




Resenhas - A Cor Púrpura


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Evy 21/07/2020

"Tudo o queu sei fazer é cuntinuar viva"
Eu li esse livro muito nova e numa época em que não entendia absolutamente qual era o tamanho do que Celie estava me contando em suas cartas, não dirigidas a mim, mas a Deus. A Deus porque Celi não tinha ninguém a quem recorrer e uma necessidade de expor seus sentimentos e os acontecimentos ao seu redor, então escrevia pra única pessoa que tinha. As vezes também escrevia para sua irmã, Netti, desaparecida e que Celi acreditava estar morta.

É através de suas cartas que vamos conhecendo Celi, que começa a contar sua história quando tinha apenas 14 anos e sofre abuso sexual pelas mãos do próprio pai. Uma jovem negra, vivendo no sul dos Estados Unidos numa época onde o machismo e o racismo eram extremamente expressivos. Suas cartas, em linguagem simples mas imensamente humana, nos fazem sofrer, chorar, sorrir, suspirar ao longo de 30 anos de história que passam por inúmeras provações terríveis: como os filhos que teve do abuso que sofria e foram arrancados de seus braços, o casamento forçado, as agressões, a solidão.

No meio de todos esses tormentos, Celi encontra algumas pessoas muito importantes em sua vida. Mulheres, que vão lhe mostrar que a vida pode ser muito mais que apanhar e servir. E esse é o ponto principal dessa história pra mim, o que mais marcou e ficou. A sororidade, já ali, naquela época. Mulheres tão diferentes, de mundos e situações tão distantes que se encontram e se unem em mútua fraternidade.

Preciso muito fazer uma releitura desse livro, pois muitos detalhes me escapam da memória e é uma obra importante demais, que aborda temas extremamente necessários até hoje e que não pode passar batida. É preciso ser revisitada, relida e sempre lembrada. Ainda não está entre os favoritos, mas acredito que fazendo a releitura, entrará!

“Todos nós temos que começar de algum lugar se a gente quer melhorar, e é o nosso próprio ser que a gente tem pra segurar".
Beto 21/07/2020minha estante
O filme é perfeito. Ainda não li esse livro mais pretendo muito. Já até tenho ele rs




Stegimenez 17/12/2023

Uma criança adulta é uma coisa perigosa.
Fiquei chocada com o tamanho do conteúdo que tem nesse livro e o quanto ele é pesado, impactante, de fazer embrulhar o estômago!

Retrata de uma maneira profunda a realidade das mulheres negras nos anos 1900/1920 no interior dos Estados Unidos, envolvendo toda a questão sobre o racismo e o machismo de um ponto de vista importantíssimo que nos trás outra visão comparada as discussões que temos nos dias atuais.

Foi uma leitura rápida apesar de densa, e com ela pude compreender o motivo desse livro ser tão importante para a literatura em si, muitas vezes estudado em universidades, e ganhando uma adaptação para o cinema em 1985.

O sentimento que se tem é de empatia por alguns personagens e ódio por outros.

?Quem você pensa que é? ele falou. Você num pode amaldiçoar ninguém. Olhe pra você. Você é preta, é pobre, é feia. Você é mulher. Vá pro diabo, ele falou. Você num é nada.?

PS: escute a música Miss Celie?s Blues (Sister) - Quincy Jones
PS2: estou ansiosa para ver a adaptação nova no cinema agora em janeiro!
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Taísa 06/05/2021

Favorito da vida
O livro conta a história de Celie, que muito jovem passa por muitos sofrimentos e para nós leitores é um livro pesado, mas ao conhecer Shug a personagem cresce e desabrocha, em todos os sentidos. É uma historia comovente e o mais belo, na minha opinião, é como o crescimento da Celie e dw várias outras mulheres dessa história ocorre com o auxílio de outras mulheres.
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Karoline 08/07/2020

A potência de ser mulher em Celie.
Acho que uma das principais lições que aprendi com a Celie é que a escrita tem poder.

Poder de fazer companhia quando não há mais ninguém além de você mesma.

Poder de registrar todos os abusos (físicos e mentais) que uma pessoa pode sofrer.

Poder de refletir sobre suas próprias crenças.

Poder de falar de amor.

Poder de refletir esperança.

Poder de acreditar.

Poder de se firmar como mulher com tudo o que isso pode implicar.

Poder de expor o racismo.

E acho que o mais importante, o poder de não ser silenciada. De se encontrar a partir da sua própria escrita apesar de toda a violência ao seu redor.

Aprendi com a Celie, que a escrita tem o poder de nos constituir como indivíduos e talvez isso seja o mais importante.
Máya 08/07/2020minha estante
Que palavras lindas!




Joel.Martins 17/10/2021

Sem palavras ?
???????????????
Um livro lindo, que nos mostra a força da mulher negra em tempos de injustiça.
Realmente estou sem palavras.
Só leiam ??
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Ana Claudia 09/06/2021

Celie é uma mulher negra, americana, pobre e praticamente analfabeta, que foi abusada sexualmente pelo próprio pai, com quem teve dois filhos e forçada a se casar com um homem extremamente violento, mas com sua inocência, simplicidade e força conseguiu superar. Uma história sobre resignação, descoberta e ascensão.

Celie é obrigada a se separar de sua irmã, Nettie, e quando casou com Albert, o sinhõ, conheceu Shug Avery, amante de seu marido. Essas duas mulheres são luzes na trajetória de vida de Celie, são os seus grandes amores da vida. São elas quem mostram a Celie o mundo lá fora, o amor pelo próximo.

A história é contada por meio de cartas que Celie escreve para Deus e, posteriormente, para sua irmã, quando descobre que ela ainda está viva. Em suas cartas ela conta toda a sua vida, sofrimento, abusos, tristezas, amores e esperanças.

Essa história aborda temas como machismo, racismo, estupro, violência doméstica, sororidade, amizade, sexualidade, feminismo, autoconhecimento, amor próprio, religião.

A Cor Púrpura é um livro que nos faz refletir sobre a desigualdade social, etnias, relação de amor, ódio e poder. Um livro atemporal!
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Asas.daleitura 15/04/2023

Inesquecível
Com certeza um dos livros que ficarão marcados na minha memória.
Celie sinta-se abraçada.


?Você faz uma pergunta pra você mesmo e ela leva você a fazer mais quinze?
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Karina Paidosz 14/08/2020

Esse livro foi uma grande surpresa.
Pra quem sempre julga um livro pela capa e pelo nome...rs
De início não gostei, achei difícil a leitura pelos relatos de violência, racismo, misoginia etc.
Com o passar dos acontecimento, os personagens foram se alinhando e tendo um desfecho excelente.
Gostei muito do livro. É sempre bom ver histórias de outras culturas e ver de fora a forma como as pessoas tratam o diferente, e o que muito me incomoda, o racismo estrutural.
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Juliana.Correa 31/07/2020

Livro fácil e necessário
Terminei de ler esse livro com um aperto no coração. Uma mistura de felicidade e tristeza por querer saber mais da vida da protagonista Celie.

Antes de começar a ler precisamos saber por quem esse livro foi escrito e o contexto histórico dele. Alice Walker, autora negra, faz um trabalho incrível relatando pelos personagens como era viver em um época na qual era comum pessoas negras serem constantemente subjugadas.
Os personagens se desenvolvem de uma maneira sutil e mostra bem a tomada de consciência deles, da luta pelos seus direitos e principalmente pelos direitos das mulheres negras norte americanas.

O livro inteiro é contado a partir de cartas da personagem principal a Deus e certas vezes para a irmã Nettie. Não estava acostumada a esse tipo de formato e confesso que no começo estranhei e não gostei tanto. Porém a autora desse livro consegue colocar uma fluidez tão grande na escrita que logo me apaixonei pela história.

A linguagem da protagonista nas cartas é muito simples, mostra bem a realidade que ela está inserida porém tem um sentimentalismo que me comoveu muito ao decorrer da história. De uma forma leve ela consegue relatar momentos pesados de violência contra a mulher, racismo, abusos físicos e psicológicos, desigualdade, angústia e dor. Mas também aborda temas como espiritualidade, amor, carinho, compreensão...

A Cor Púrpura é um livro necessário! De uma leitura simples e rápida, porém uma historia forte, emocionante e de ensinamentos grandes. Com toda certeza é um livro que irei recomendar a todos.
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Etiene ~ @antologiapessoal 03/06/2020

O início de A cor púrpura deixa uma impressão forte na gente. A mulher negra é aqui vítima de violência em suas diversas (e ridículas) formas: racial, sexual, doméstica... O julgo do escravizador apenas mudou de forma: agora são dominadas pelos maridos, pelos filhos, pelos vizinhos, pelos homens. E mais: elas conformadamente acreditam que não têm o direito a serem felizes. É chocante, revoltante e real.
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Quando passamos da camada superficial do livro, ele desabrocha numa história de empoderamento que nos encanta. Numa vida em que a própria mãe a oprime (afinal ela não conhece outra forma de se relacionar), Celie, nossa protagonista, amadurece no decorrer das páginas e se encontra consigo mesma. É inevitável não perceber o caráter espiritual do livro: estruturado por cartas de Cellie para Deus e sua irmã Nettie, a obra pontua reflexões claras e delicadas sobre o tema. Na verdade, eu senti a autora, na indicação dos passos a serem tomados para a mudança de vida de Cellie, traçando uma diretriz para muitas outras Celies que estão por aqui.
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Me sinto esgotada - e desanimada e triste e repetitiva - ao perceber mais uma vez que livros que abordam temas como racismo e misoginia ainda PERMANECEM tão atuais. Alice Walker escreveu este em 1982, mas poderia ter sido publicado agora, em 2020. Sabendo que a Literatura é uma tentativa de espelhar a vida, posso afirmar que, infelizmente, esse fragmento está representado de forma fiel.
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Isis Costa 05/02/2024

Ganhou meu coração
"A Cor Púrpura" é um clássico vencedor do Prêmio Pulitzer em 1983, onde traz narrativa profundamente tocante e transformadora. Contada através de cartas, a história nos apresenta a trajetória de Celie, uma jovem negra no início do século XX, que começa a compartilhar seu doloroso cotidiano e seus pensamentos mais íntimos a partir dos 14 anos, através de cartas a Deus. Vivendo no sul dos Estados Unidos, uma região marcada por um racismo e machismo ainda mais acentuados, Celie se encontra em uma situação de extrema vulnerabilidade, sofrendo abusos inimagináveis nas mãos de seu pai.

Ao longo das décadas seguintes, somos conduzidos pela vida de Celie por meio das cartas, testemunhando suas lutas e triunfos em um cenário de adversidades. O relato doloroso e corajoso de Celie revela a persistência do abuso perpetrado por seu pai e a dolorosa separação dos filhos. A narrativa se aprofunda ainda mais ao abordar o casamento forçado e violento com o Sinhô, evidenciando as crueldades sofridas por uma mulher negra em uma sociedade profundamente machista e racista.

Contudo, é na solidão que Celie encontra um fio de esperança. Suas cartas, endereçadas a Deus e à irmã Nettie, tornam-se um meio de expressão e resistência, uma válvula de escape para as angústias e uma ponte para sua própria identidade. Através dessas correspondências, a protagonista traça um caminho de auto-descobrimento e empoderamento.

À medida que a narrativa se desenrola, Celie começa a experimentar um profundo processo de transformação pessoal. Através de interações significativas e momentos de introspecção, ela descobre o valor da amizade, a profundidade do amor e a própria força interior. Mais do que isso, Celie se depara com o poder da educação e a importância de ser reconhecida e valorizada como ser humano, independentemente de sua cor, gênero ou origem.

Alice Walker, aborda temas de extrema relevância que ressoam fortemente até hoje. Vai além de ser um mero relato de violência contra a mulher e racismo; ela escancara as consequências do machismo, do patriarcado, da segregação racial e da marginalização da mulher negra na sociedade. A obra também se aprofunda na discussão sobre espiritualidade versus religião institucionalizada, assim como na jornada de descoberta e aceitação da sexualidade da protagonista, temas que são abordados com sensibilidade e perspicácia.

A leitura é fluida e envolvente. As cartas, muitas vezes curtas, são capazes de imergir o leitor na realidade complexa de Celie de maneira direta e profundamente emocional. Esse formato facilita e amplifica o impacto das reflexões propostas, tornando-as acessíveis e instigantes.

Ao concluir a obra, me senti profundamente tocada, quase incapaz de acreditar na inexistência física de personagens tão ricas e complexas.
Jenni 05/02/2024minha estante
Resenha belíssima, vi bastante comentários sobre o novo filme que até já salvei esse para uma leitura futura


Isis Costa 05/02/2024minha estante
O livro é realmente lindo, vale a pena a leitura! Pretendo assistir a nova versão do filme quando lançar no cinema


Fabio 07/02/2024minha estante
Belíssima resenha!
Escrita impecável!




Lele 27/05/2021

É um livro com questões forte, como preconceitos, racismo, o descaso do diretos dos negros, das mulheres, da violência e da subserviência. É uma narrativa forte, que nos faz pensar e sentir diversas emoções, que vão do ódio ao riso.
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Nil 22/07/2020

É um clássico da literatura e só por isso já merece ser lido.
Além disso, trata de temas delicados, que eu particularmente adoro, como racismo e machismo.
A forma como o livro foi escrita, pra mim, prejudicou um pouco a fluidez da narrativa, mas nada que torne a leitura ruim.
O livro tem ainda personagens desde sempre muito cativantes e outros que vão se tornando cativantes com o desenrolar da história.
Eu indico.
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mellkyemile 29/04/2021

Querida Celie.
Querida Celie,

Como é difícil dizer-te adeus. No entanto, não seja este um adeus, quem sabe um até logo. Pois, voltarei para visitar-te em teus escritos.
Oh celie! Como tu mudou-me neste breve período em que estivemos juntas. Agradeço pela inestimável experiência que tive ao saber sobre você nesse tempo em que passamos juntas. Fique bem. Com carinho, a tua mais nova amiga, emily.

P.s: referência ao livro que é composto por cartas de Celie a Deus.
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