Resenhas - A Era das Revoluções

Clio0 13/04/2021

Esse é o primeiro volume da tetralogia (Era do Capital, A Era dos Impérios e A Era dos Extremos) escrita por Hobsbawm.

Por ser um de seus trabalhos iniciais na tentativa de facilitar o acesso aos estudos acadêmicos, A Era das Revoluções termina sendo um tanto seco, devido a grande quantidade de análises apresentadas e ao seu conteúdo denso.

O autor também parte da premissa que muitos dos conceitos e fatos históricos já são conhecidos pelos leitores - o que ele não está errado, pois a noção básica é apresentada nas escolas - então, pode ser necessária uma visita a algum livro de referência ou um papo com aquele antigo professor de História.

Hobsbawm, declaradamente marxista, foca-se principalmente na Revolução Industrial - embora haja certa atenção para os aspectos sócio-culturais. Contudo, esse livro é muito criticado pela análise da Rússia de Stalin; alguns chegam a assumir que o historiador defende tal Estado. Em minha opinião, há mais uma defesa do modelo socialista do que propriamente do modelo stalinista, mas isso deve ficar a critério de quem lê.

Por fim, vale lembrar que esse livro, embora didático, não é uma enciclopédia e condensa um período extenso em menos de quinhentas páginas. Decididamente, não é uma leitura de um único fim de semana.

Lucas 28/03/2021

Leitura incrível
Neste primeiro volume da série Eras, Hobsbawn analisa a conjuntura que levou às revoluções industrial e francesa, bem como suas consequências, até o ano de 1848, que marcou a eclosão de diversas revoltas populares em toda a Europa. O livro consegue aliar conteúdo aprofundado, leitura simples e objetiva, e o entrelaçamento de diferentes fenômenos, nos mais variados espaços e tempos. Em um parágrafo, Hobsbawn é capaz de oferecer contexto e conectar tudo que ocorrida em diferentes países do mundo à época, na sociedade, economia, política, ciências, artes; situando o leitor e oferecendo sua explicação das causas e consequências das mudanças que ocorriam.

Adiel.Guimaraes 26/02/2021

!!!!
Livro pra ser lido e relido com inúmeras informações relevantes sobre um período de mudanças profundas e significantes!!!!

Vini 16/12/2020

Perfeito!
Li para poder entender melhor o ambiente de Guerra e Paz, simplesmente me ajudou demais para poder incorporar a perspectiva do mundo da época e pensar como as pessoas pensavam em meio às revoluções.

Gabslareine 20/11/2020

Você quer entender a atualidade?
Pois comece por este livro!

Não vou dizer que é fácil. Hobsbawn apesar de ser historiador e tentar escrever tanto para doutos quanto para leigos, tem um amontoado de acontecimentos complexos em que tenta explicar.

Se para um historiador que não domina a história europeia do período já precisa ter atenção, para um leigo então...

Mas existem leituras que são desafiadoras, e se você quer mesmo entender questões complexas a leitura será tão complexa quanto.

Isabelle 27/10/2020

Ótimo! Conta muito bem a história, principalmente a eruopeia, depois da Guerra dos 30 Anos e a criação dos Estados Modernos e o surgimento do capitalismo/imperialismo até o final do século XIX.

Alexandra.Tavares 22/09/2020

Ótimo, mas não para leigos
O autor realmente parte do pressuposto que o leitor já tenho um conhecimento bastante amplo sobre o assunto e a partir disso destrincha suas consequências em diversos âmbitos da sociedade. Não acho que seja um livro para leigos, no entanto, é possível extrair a ideia geral dos capítulos, porém, sem a lapidação que só uma base sólida e ampla proporcionariam ao ler esta obra. No mais, a leitura não é das mais fáceis, a linguagem é rebuscada e o autor, para minha surpresa, é bastante irônico e não esconde sua paixão pelo marxismo. Tais trechos fazem a gente dar uma risadinha de vez em quando :)
Livro difícil, mas não impossível. No geral, excelente! ??

Jaime Filho 21/09/2020

A "Dupla Revolução". Assim Eric Hobsbawm concebe a Revolução Industrial e a Revolução Francesa. Nesta obra percebemos a gênese de nosso mundo contemporâneo, fruto destas grandes ondas que derrubaram os castelos de areia da sociedade feudal e construíram novos edifícios econômicos, políticos e culturais. Ainda hoje, em certa medida, muitos dos conflitos ideológicos que assolam tanto o Ocidente quanto o Oriente - tomado de assalto pela ascensão europeia no calor dessas revoluções - herdam valores dos grupos ali estabelecidos. Uma parte que almeja a preserveção ou retorno de certos valores, uma parte que anseia por mudanças, mas nem tanto e que possui a hegemonia ainda hoje; e aquela que corresponde ao grupo que acredita que valores como democracia e igualdade não foram de fato alcançados. Uma coisa é certa, todos nós valorizamos em algum nível os ideais trazidos por este turbilhão histórico.

Fernanda Sleiman 19/09/2020

Necessário
Extremamente necessário para humanidade que anda cada vez mais perdida.

Lilly 24/08/2020

Para quem não quer ficar só no livro
O conteúdo é uma grande linha-mestra de assuntos, uma reunião superficial de nomes, fatos e datas. Para quem quer estudar além do livro pode ser um ótimo guia de contexto, que traz também muita recomendação de bibliografia complementar.

Já para os leigos em história, como eu, que não querem buscar material complementar e ainda não tem background suficiente para ligar tantos dados, a leitura é maçante.

Adriano.Seno 28/07/2020

Um livro fundamental para quem quiser se aprofundar nas origens que geraram as revoluções do final do século XVIII e início do século XIX, assim como as suas consequências.
Com certeza nos entrega uma visão clara do nascimento do mundo contemporâneo.
Não é uma leitura fácil e requer um certo conhecimento prévio dos principais acontecimentos do período. Mas com esse conhecimento prévio da para extrair o que o livro tem de melhor.

Gregori Pavan 27/06/2020

Não cometa o erro - como eu - de imaginar que você vai pegar o livro, ler e entender numa boa. Não vai!
É um livro denso. É um livro antigo, lançado em 1962, com uma escrita mais formal.
O autor parte do pressuposto que você já entende bem todos os temas e o período abordados, onde o objetivo do autor é contextualizar ao conectar e entrelaçar os acontecimentos.
É uma leitura cansativa. As frases mais parecem parágrafos, são intermináveis, com aglomeração de detalhes em cima de detalhes. Você lê a frase e depois relê, e talvez precise reler mais uma vez.
Fora isso, se quiser entender mesmo, vai ter que parar a leitura e buscar informações sobre pessoas, termos, eventos, geografia, política, filosofia... para complementar a leitura e entender o que está sendo narrado.
Ah, o livro aborda um período de 59 anos, sobre a Europa, na verdade a França e a Inglaterra, em uma época de muitas “revoluções” (Revolução Francesa e Revolução Industrial) que definiram a maneira como vivemos hoje. A passagem da sociedade feudal para um modelo capitalista. A conquista de direitos e voz de uma parte maior da sociedade, o avanço da ciência, e o aumento da desigualdade financeira.

Andre.Gomes 02/06/2020

Sobre as Revoluções Francesa e Industrial.
O autor destrincha minuciosamente as Revoluções Francesa e Industrial, mostrando como boa parte das transformações economicas e sociais posteriores no mundo estiveram ligadas a esses eventos. Obra indispensável para amantes da História.

Ayrton.Silva 14/05/2020

Ótimo livro pra quem pretende entender com mais profundidade um dos capítulos mais conturbados da história humana

Alipio 07/05/2020

Era da Revoluções
Eric Hobsbawm (1917-2012) foi um historiador inglês, mais importantes do Século XX

Hobsbawn mostra, nesta obra, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial inglesa dos Séculos XVIII e XIX transformaram este período numa conturbada fase de movimentos revolucionários.

A Revolução inglesa significou o fim do absolutismo na Inglaterra. Contudo, não obstante esse elemento político central, essa revolução teve impactos sociais e econômicos que foram determinantes para a história inglesa. A Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa são parte da Revolução inglesa, podendo ser entendida como a primeira revolução na era moderna.

Apesar de a educação inglesa ( base para a tecnologia futura) ser deficiente, a tecnologia foi um dos efeitos da revolução industrial.
As bases da revolução industrial devem ser buscada na revolução inglesa de 1640 com o fim do absolutismo Inglês
O advento do modo industrial de produção, de manufatureira a industrial, afetou todas as esferas da vida social principalmente a relação entre proletariado e patrão.
As mudanças na forma de produção promoveu uma revolução não apenas econômica, mas também social, que mudaria a fisionomia das cidades e a forma de acumular capital e por conquência, as formas de reação a ele.
É nesse contexto que será elaborado o Manifesto Comunista, de Karl Marx e F. Engel em 1848.

No final do século XVIII, a França ainda mantinha estruturas feudais nas práticas agrícolas e nas relações sociais, por exemplo com a manutenção de privilégios diferenciados para clero e nobreza. A corte vivia de maneira voluptuosa e totalmente desconectada da realidade das ruas, onde os pobres estavam sujeitos a regimes de trabalho irregulares, exploração e fome.
em 14 de Julho de 1789, a população revoltosa, toma a Bastilha, símbolo da opressão do Antigo Regime e no dia 04 de agosto, foi anunciada a declaração de dos Direitos do homem e do Cidadão.
O processo de revolução francesa estendeu-se por anos, com diversos conflitos e períodos de terror, encerrando somente quando Napoleão Bonaparte assumiu o poder do país por meio do Golpe de 18 de Brumário.

"A Era das Revoluções é um clássico comtemporâneo indispensável para compreensão do mundo em que hoje vivemos."