De repente, nas profundezas do bosque

De repente, nas profundezas do bosque Amós Oz




Resenhas - De Repente, Nas Profundezas Do Bosque


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Ronnie K. 22/05/2009

Nada de novo no front!
Aqui se dá o que normalmente ocorre quando um escritor convencional, digamos assim, um escritor de literatura adulta, resolve escrever uma espécie de fábula infanto-juvenil. Ou seja, tem-se uma linguagem caprichada, transparente, fluída, com inegável sabor e alguma inventividade a serviço de uma história que, por exemplo para adultos, ao contrário do que afirma o próprio escritor, certamente soará inócua, para dizer o mínimo.

Claro que isso é inevitável, em se tratando ao público a que se destina. Temos um forte conteúdo moralizante, um dircusro que prega a relação harmoniosa entre homens e animais e, sobretudo, um discurso anti-discriminatório na relação entre pessoas de diferentes índoles e personalidades. A narrativa bate muito nessa tecla: Não se deve desprezar, nem humilhar, nem debochar, nem zombar do próximo só porque ele é diferente e pensa diferente de nós. E também, não devemos maltratar os animais e sim preservá-los, e etc, etc, etc.

Não deixa de soar óbvio e repetitivo. Não há nenhuma novidade nesse discurso. Talvez para as crianças? Há algo de gratuito e forçosamente edificante no tom geral da narrativa. Falta-lhe tensão, conflito, o sabor da surpresa. Há a compensação de alguns personagens interessantes e originais. Porém, lamentavelmente mal explorados, são apenas esboçados. E, o que seria o clímax da historieta, a chegada das crianças ao centro dos acontecimentos, às profundezas do boque, revela-se, pelo menos aos olhos do leitor mais precavido, uma constrangedora xaropada de conotações bíblicas ao evocar de certa forma o 'sagrado' Jardim do Éden e toda a 'pureza' de um mundo primitivo e ideal.

Ainda assim, repito, pela linguagem refinada e vivaz, é bem recomendado para uma leitura infanto-juvenil.

TRECHO:

"Tudo isso porque à noite um grande medo tomava conta da aldeia. Noite após noite, todo o espaço exterior pertencia a Nehi, o demônio da montanha. Noite após noite, assim segredavam alguns pais a seus filhos, por trás das venezianas de ferro fechadas, noite após noite Nehi, o demônio das montanhas, desce de seu palácio negro atrás dos montes e dos bosques, visita as casas como um mau espírito, procura sinais de vida, e se por acaso encontra um grilo perdido, ou um único vaga-lume que veio parar aqui arrastado sabe-se lá de que distância pelos ventos do inverno, ou até mesmo um besouro ou uma formiga, imediatamente estende seu manto escuro, envolve e aprisiona toda criatura viva, e antes de o sol nascer retorna voando ao seu palácio assombrado, para além dos últimos bosques nas alturas dos montes eternamente cercados de nuvens"
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Lima Neto 12/12/2009

um livro bem escrito, sem dúvida, como só os grandes escritores são capazes de produzir. de uma criatividade impressionante, com um imaginário riquíssimo, uma mensagem tocante. no entanto, o livro não envolve aos leitores adultos, no seu ritmo de leitura.
em dados momentos, a leitura tornou-se sacal, pouco atrativa.
livro bem escrito, sem dúvida, com uma bela mensagem, indiscutível, de um autor que merece todos os elogios que já lhe foram feitos. mas o "De repente, nas profundezas do Bosque" mostrou-se um livro pouco atrativo para um público adulto, salvo, talvez, pela línguagem belíssima, pela forma ímpar que Amos Oz tem de contar as histórias, e talvez menos atrativa ainda para um público infanto-juvenil, pois este, talvez ainda não suficientemente amadurecido para compreender a beleza e poesia da escrita, ache maçante todo aquele "fabulário" criado pelo autor.
Marta Skoober 28/07/2012minha estante
Você traduziu bem meus sentimentos em relação ao De repente, nas profundezas do bosque.

Aliás parece que a maioria dos leitores o acham um livro morno...


Jose497 10/08/2023minha estante
Tive a mesma impressão. Confesso que esperava muito, mas esse papo de bullying, referencias sociais, etc - pode ser observado em muitos outros livros. Neste, pode ser no máximo alguma fábula. Sinceramente não gostei.
Certa vez uma menina me pediu pra escrever no ChatGPT algo com suspense. meu prompt: narre uma historia de suspense com duas crianças numa cidade que tinha algum segredo: a historia que a IA me forneceu foi 80% essa....




Bit 10/03/2011

Esta fábula tem muito a dizer sobre os grandes temas de nossa época, como a intolerância, a discriminação e a difícil convivência dos homens entre si e com a natureza. É uma exaltação ao poder do conhecimento, da independência de espírito e da ética pessoal.
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Gabriel S. 30/11/2011

Rasuável
O Autor não sabe definir um final, não sabe explicar com a história termina.O final com certeza que deveria sem empolgante, é totalmente sem nexo.O começo do livro pode ser até um polco convidativo mas quando percebemos o livro já acabou, e sem sentido algum....
Babele 15/05/2012minha estante
Concordo plenamente, fiquei tão empolgada, li o livro em menos de dois dias, para chegar no final e se decepcionar horrores u.u




Prosasuzana 18/11/2012

Quando comecei a ler o livro, pensei que seria uma fábula tradicional, daquelas infantis. Enganei-me. O livro dá uma lição de vida e se você prestar atenção vai encontrar escondido em meio à história, trechos que eu levarei comigo para o resto da vida. É uma história fofa e divertida, que ao mesmo tempo aborda assuntos sérios como discriminação, por exemplo. Vale a pena ler.
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João Gabriel 06/03/2012

Uma fabula pra todas as idades
Quando o autor afirma que esta é uma fabula para todas as idades, ele está completamente certo. O texto e a trama nos prendem no livro e nos fazem sentir como também estivéssemos naquela vila, onde há a ausência de vida animal. Porém, em certos momentos a história se torna repetitiva, como se todos os problemas e todas as crises da história fossem resultado da "gozação" das pessoas "normais" sobre os estranhos. Mas isso não é motivo para deixar de ler um conto israelense tão bom quanto esse.
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valmir 06/04/2012

de repente
Uma preciosa fábula,que tanto pode agradar adultos como crianças.
O preconceito,a rejeição,a discriminação,a convivência com o outro,são temas abordados no livro.
Numa pacata aldeia,onde não existe bicho algum, e nenhum adulto consegue explicar a razão disto.Duas crianças resolvem se aventurar num bosque proibido,na esperança de encontrar algum bicho.
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Evelyn 08/05/2012

O tipo do livro que no final te deixa pensando "era só isso? já acabu mesmo?" Mas, eu gostei.
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Mileidi 27/09/2012

Amós Oz
Livro muito interessante!
Passa várias mensagens muito legais.
Acho que seria muito bom se todas as crianças tivessem oportunidade de lê-lo.
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Caio 29/06/2012

Um bom livro
No início a leitura é empolgante, porém com o decorrer da história o nível de detalhamento tornou a leitura um pouco cansativa. Nada surpreendente, mas vale a leitura por ser um livro curto.
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Gláucia 28/07/2012

De Repente, Nas Profundezas do Bosque - Amós Oz
Comprei o livro após ler o maravilhoso (e forte) A Caixa Preta do autor. Classificado como infanto juvenil é uma espécie de fábula tratando de um tema meio em voga, o bullying, que sempre existiu mas com um nome mais brasileiro. É legalzinho mas faltou encanto, fantasia e carisma, não sei se agradaria aos pequenos leitores. Parece ter faltado um final mas é apenas um gancho para reflexão.
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Mariane 13/10/2012

Achei que tivesse feito uma aquisição "mais ou menos", mas após começar a leitura, me convenci do contrário.
Nunca tinha lido nada do autor, já até havia ensaiado ler A Caixa-Preta, porém me interessei por De Repente, nas Profundezas do Bosque.
É um livro bem direto, objetivo, até mesmo para que o foco da fábula seja compreendido mesmo (imagino eu).
O que mais se destaca nas críticas às características da sociedade da aldeia retratada são a intolerância e a maldade do desprezo pelas pessoas não comuns ou com ideias diferentes, pensamentos, etc.
É narrado em terceira pessoa, mas em alguns momentos a primeira pessoa vem à tona, como se por impulso do momento, quando o que está sendo falado precisa ser dito diretamente por aquele que fala, e não pelo narrador.
É um bom livro e todo o fundo de liberdade, bondade e naturalismo me caiu muito bem!
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