Paulo1584 09/11/2021História abertaEssa noção de "história aberta", a nós, latinos e mais especificamente brasileiros, é de interesse, pois, por um lado, nos faz revisitar o passado, buscando compreender acontecimentos, julgamentos, ações, para ver em que ainda interferem hoje, e, por outro lado, olhar para o futuro, pensar, com a nossa história, para onde estamos indo e se outro futuro é possível. Pensar a história aberta, para ficarmos com um pensador nacional, indígena, é pensar ideias para adiar o fim do mundo, ou ao menos para pensar outras versões, talvez melhores, do mundo.
O aviso de incêndio denuncia a urgência que é saltar para fora do progresso, essa máquina exploratória e destrutiva, da qual precisamos nos desvincular, caso quisermos ter uma visão utópica, não num sentido puramente "mágico", mas talvez até pessimista, se essas coisas não entrarem em contradição, quer dizer: é preciso negar o futuro trágico, a catástrofe. Hiroshima e Nagasaki não era uma fatalidade irremediável, foi fruto das nossas ações, enquanto modelo de vida, podemos pensar, assim também o holocausto, o stalinismo, Bolsonaro, podemos apontar mais contemporaneamente, para podermos dizer que a história está aberta e é possível mudarmos as coisas.
Walter Benjamin é um autor atualíssimo e "aviso de incêndio" nos mostra o quanto precisamos dele e de suas teses sobre o conceito de história!