Middlesex

Middlesex Jeffrey Eugenides




Resenhas - Middlesex


52 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


lucasrespindola 16/02/2021

se a história fosse somente focada na callie ia ser muito melhor... pareceu muito arrastado na parte dos avós e do objeto.
comentários(0)comente



26/01/2021

Inesperado e surpreendente
Não sei nem o que falar deste livro incrível. História interessante que aborda um tema tabu de forma leve, entrelaçando fatos e nos apresentando personagens cativantes e únicos.
Pra quem tbm ama a escrita de Eugenides, eu garanto q a leitura vai entrar pra sua lista de favoritos.
comentários(0)comente



Lucas Canabarro 10/01/2021

Demorei dois meses para terminar esse livro, e por bastante tempo eu me questionei se estava gostando da história, ou se estava lendo por obrigação.
E nesses dois meses, eu contava resenhas sobre a história para amigos e o consenso geral era um "Nossa, parece ser bem chato, porque você está lendo isso?".
Mas agora, com a leitura finalizada e com a mente mergulhada nos momentos finais, minha única sensação quanto a este livro é

QUE LIVRO FANTÁSTICO

Eu enxergo os defeitos do livro. Muito longo, o autor mega detalhista, passagens que duram páginas que com certeza virariam parágrafos em outras mãos. E a trama que, pode parecer chata. Mas eu achei um livro espetacular.

Trata-se de uma história disfarçada, no final das contas. Você vai ler esperando uma coisa, e ganha muito mais. Porque foi o que aconteceu comigo: esperava ler uma simples história de uma pessoa descobrindo e aceitando ser hermafrodita, cai numa história sobre uma família e sobre um Estados Unidos que nunca nos foi mostrado em outras mídias.

Eu sentirei sinceras saudades de Cal.
comentários(0)comente



MarcosQz 17/07/2020

Leitura prazerosa e excitante
Middlesex é um livro único. É um romance, um drama e até diria que uma biografia muito boa, apesar de não ser uma biografia.
Uma história com todas as medidas de romance, drama, aventura, suspense e comédia equilibradas, nem demais e nem de menos. Calíope, ou Cal, sabe como contar uma boa história voltando três gerações da família Stephanides, momentos antes de seus avós fugirem da Grécia e passa pelas duas guerras mundiais, a grande depressão, lei seca, segregação racial, até chegar no ponto em que sua vida começa.
Cal diz que nasceu duas vezes, uma em 1960 e depois em 1974 por condições que ficam claras bem no início do livro, sendo a segunda o momento em que ela, ainda ela, descobre que é hermafrodita.
A história de Cal é sobre seus avós, seus pais, seu irmão, não é só dela, não é apenas sua vida, mas tudo o que aconteceu para que ela venha a ser o que é.
O livro é rico em cultura e eventos mundiais, cheio de fatos históricos que são um presente, é como uma viagem ao passado. Além de abordar de forma graciosa, simples e bela questões de gênero e sexualidade.
No bom sentido da palavra, Middlesex foi uma leitura prazerosa e excitante.
comentários(0)comente



Ana Paula 01/06/2020

"Nasci duas vezes: primeiro como uma bebezinha, em janeiro de 1960, num dia notável pela ausência de poluição no ar de Detroit; e de novo como um menino adolescente, numa sala de emergências nas proximidades de Petoskey, Michigan, em agosto de 1974."
A história é narrada por Cal, que volta no tempo dos seus avós para explicar a mutação no seu gene.
Seus avós fogem da invasão turca, se casam no navio e vão para Detroit morar na casa de uma prima.
São quase 600 páginas da história de Detroit, da primeira e segunda guerra, da depressão e é lógico, da Grécia.
Um livro extenso, dividido em três partes que parte de seus avós, passa pelos pais e termina em Cal, que nasceu Calíope.
Foi um pouco cansativa a primeira e a segunda parte, mas elas foram importantes para se entender a estrutura familiar na qual a personagem cresceu.
A história é muito bonita, e apesar de enrolada, gostei bastante.
comentários(0)comente



Andre.28 01/04/2020

A Trama Envolvente e Provocante do Genial Eugenides
Certos escritores desenvolvem trabalhos tão bem acabados que até fica difícil encontrar algo no qual nós possamos nos estender com críticas. Jeffrey Eugenides é um desses escritores que trabalham exaustivamente em seus livros, demonstrando todo um tipo de narrativa, de pesquisa e empenho que nos faz nos envolver em suas histórias. Em Middlesex, livro publicado em 2002 e que fez o autor ganhar o Prêmio Pulitzer de Ficção (2003) temos todos os elementos comuns de uma narrativa e trama envolventes.

O livro conta a história de Calíope “Cal” Stephanides e de toda família Stephanides. A narrativa começa com o próprio Cal contando a história de seus avós, Eleutherios “Esquerdinha” Stephanides e a Desdêmona Stephanides na Turquia até os seus pais, Milton “Milt” Stepanides e Theodora “Tessie” Stephanides nos Estados Unidos. Cal nasce com uma espécie de hermafroditismo, combinada com uma disfunção de gênero. Vivendo como menina a maior parte de sua infância e adolescência, Cal começa a puberdade com muitas coisas ainda indefinidas. Após muitas controvérsias, medos dos pais, uma família que vivia aos trancos e barrancos e pegando fogo, ela(e) vai se descobrindo. Cal é levada a uma clínica especializada e passa aos poucos tomar ciência da sua condição, e sua busca termina na fuga em meio a um processo de aceitação de sua identidade masculina.

A narrativa é fascinante, intrigante, envolvente e genial. Eugenides cria uma verdadeira novela com uma trama geracional, apresenta uma pesquisa farta sobre identidade de gênero, biologia anatômica, história grega, formação genética, comportamentos sexuais, questionamentos sociais e políticos da História estadunidense. Uma narrativa fabulosa, que atravessa gerações, apresenta comportamentos, e que passa desde o casamento parental entre os gregos do início do século XX até o medo de um adulto (Cal) de se relacionar pela sua condição de hermafrodita. Uma história que toca o dedo nas feridas, apresentando fatos da vida cotidiana e os problemas da sociedade estadunidense entre os anos 20 e anos 70.

A narrativa é muito sagaz, ao construir uma verdadeira trama, uma novela em duração além de uma marca geracional. O artifício da narrativa que alterna o passado e o presente, a Cal garota (embrião) até Cal (garoto/homem), é muito interessante. A narrativa pode parecer um tanto despretensiosa e lenta no início, mas aos poucos vai tomando forma e vai envolvendo o leitor de uma forma tal, que quando chegamos a parte da história da adolescência de Cal as coisas te despertam uma curiosidade maluca, quase que obrigando a não largar o livro. A parte da amizade da Cal com o “Obscuro Objeto” é a pare onde temos os momentos mais provocativos e mais angustiantes do enredo. (Tenho que parar por aqui, senão vou dar spoiler)

O mote “polêmico” do hermafroditismo e o gênero fluido tomam ainda mais a nossa curiosidade. Eugenides constrói uma trama com “T” maiúsculo. Envolvente, inteligente, provocador, polêmico e muito fascinante. A narrativa em primeira pessoa nos põe próximo aos personagens, que por sinal foram muito bem construídos. Uma narrativa fabulosa, que cobre uma perspectiva diferente, apresenta novas visões de um mundo, mergulha no passado e provoca no presente. Um enredo que mexe com a pessoa, faz refletir, desperta emoções e empatia no leitor. Enredo fantástico do genial Eugenides!
comentários(0)comente



none 08/07/2019

Uma estória grega, sem (tanta) tragédia mas muita filosofia
A narradora hermafrodita Calliope no início se preocupa em contar a estória da sua família vinda de Esmirna aos EUA. O amor dos irmãos Desdemona e Esquerdinha, seus avós. O amor dos pais Milton e Tessie, primos. Cal se revela ao longo do livro. Sua descoberta vem com a adolescência e sua busca nos encanta porque nos mostra que dura toda uma vida. Não é fácil. Quem disse que seria? E imagina a situação da protagonista vivendo nos anos 70 nos EUA em uma família ortodoxa, numa sociedade religiosa e científica que ignora as dúvidas de uma pessoa fora do comum!
comentários(0)comente



Sandy 23/05/2019

Há tempos lia alguma coisa sobre este livro, porém confesso que pensava que a temática seria um tantinho tabu para minha pessoa. Ledo engano! Por algum motivo que já não me lembro, resolvi iniciar a leitura. E que livro...Super indico para todos aqueles que gostam de dramas familiares, história e, de uma ótima escrita.
comentários(0)comente



Nat 20/03/2019

Cal Stephanides, nascido Calíope Helen Stephanides, vive em Berlim. Ao relembrar sua história, percorre os caminhos de três gerações de sua família, quando seus avós se mudaram do vilarejo onde moravam nas encostas do Monte Olimpo para Detroit, nos Estados Unidos. Na época da Lei Seca, a cidade estava em pleno desenvolvimento até os protestos da população negra obrigarem a família a se mudar pra Michigan, quando ela tinha doze anos. Criada como menina, Cal desde cedo desenvolve um interesse em meninas (ela não conhece a própria anatomia). A medida que cresce, conhece pessoas que a ajudam a entender a si mesmo.

"Nasci duas vezes: primeiro como uma bebezinha, em janeiro de 1960, num dia notável pela ausência de poluição no ar de Detroit; e de novo como um menino adolescente, numa sala de emergências nas proximidades de Petoskey, Michigan, em agosto de 1974."

Esse livro é bem diferente e nada do que eu imaginava que seria quando vi o título e a capa. Mesmo que os acontecimentos sejam narrados com lentidão, a história não deixa de chamar atenção, mas uma observação: por causa do tema, o leitor precisa ter a mente aberta. Milton, Tessie, Desdêmona, Esquerdinha, o livro está lotado de personagens interessantes, além, obviamente, do próprio Cal. É muito difícil fazer uma resenha de um livro assim sem sair contando logo a história inteira. Eu recomendo porque gostei de como o personagem a própria história como se fosse a de outra pessoa.

site: https://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com/2019/03/middlesex-jeffrey-eugenides-dls-2019.html
comentários(0)comente



Coruja 05/09/2018

Não faço ideia de como Middlesex apareceu no meu radar. Sei que o autor dele é o mesmo de Virgens Suicidas, mas como nunca vi o filme ou me interessei pelo título, não posso dizer que tenha sido por causa disso. Talvez tenha sido uma questão de oportunidade, já que peguei o livro numa troca. Talvez eu o tenha visto em alguma lista; ele venceu o Pulitzer em 2002 e muita gente o considerou um dos grandes romances do século. De fato, tenho quase certeza de já ter cruzado com ele nalguma lista do tipo ‘livros para ler antes de morrer’.

Seja qual for a razão que me fez ir atrás de Middlesex para em seguida enfiá-lo na estante por três anos (skoob me forneceu a data da troca), fato é que ele estava lá, me esperando, e agora, finalmente, dei-me por lê-lo, continuando meu ambicioso projeto de algum dia ‘zerar’ a estante. Com todo o contexto acima explicado, não preciso dizer que comecei a leitura sem quaisquer expectativas e sem saber exatamente do que se tratava a história, algo que não costumo fazer - sempre pesquiso um pouco antes de catar um livro novo, vejo outras resenhas, artigos e avaliações.

Mas, olha, às vezes é bom se deixar surpreender.

Narrado por Calliope Stephanides - ou melhor seria dizer, por Cal Stephanides -, o livro começa em 1922, com a história dos avôs de Cal, cultivadores de bichos-da-seda na Bitínia, pegos em meio ao conflito entre gregos e turcos, guerra que durou de 1919 a 1922 e terminou com o Grande Incêndio de Esmirna. Desdemona e Lefty, irmãos, fogem em meio ao caos do incêndio, reinventam suas histórias pessoais e se casam em meio à travessia para os Estados Unidos. O incesto dos irmãos Stephanides encontrará genes recessivos em sua cadeia de DNA, passada ao filho, Milton, que, por sua vez casa com uma prima também dona do tal gene, e no final teremos Cal, nascido Calliope, aparentemente uma menina, mas, na realidade, um verdadeiro hermafrodita, tendente à identidade masculina em razão dos hormônios.

Em tom de epopeia grega, Cal nos conta as dificuldades da família como imigrantes nos Estados Unidos, entrelaçando o destino dos Stephanides à história de Detroit - cidade em que a família vai morar. Modelo fordista de produção, lei seca, contrabando, tensões raciais, exploração religiosa, tumultos nas ruas… Cal cresce numa época efervescente, tentando compreender seu corpo, suas escolhas e preferências, seu lugar no mundo, até que, após um acidente com um trator, o médico que a trata descobre sua síndrome.

Calliope foge. Junta-se ao circo. E assume sua identidade masculina de Cal.

Quando Cal começa a nos contar sua história - lembrando dos tempos de antes de seu nascimento, quando ainda era uma coisa amorfa a pairar sobre o mundo, ou mesmo logo após seu nascimento - já se passaram anos desde que tudo aconteceu. Ele trabalha na embaixada em Berlim e alterna sua narrativa do passado com seu interesse por uma moça que conheceu no metrô. Afinal, essas são suas memórias e ele conta na ordem e da forma que quiser. A narrativa oscila entre a primeira e a terceira pessoa, especialmente enquanto ela passa por sua transformação para ele, quando Calliope tenta entender sua condição e também sua identidade como homem. É o velho dilema de natureza e criação: Cal foi criado como uma menina, mas tem uma mente masculina e um corpo que está entre os dois limiares.

Resumindo dessa maneira, parece que estamos diante de um livro extremamente sério - incesto, violência, segredos, genética e identidade -, mas Middlesex tem algo de picaresco. Cal não é o que se possa chamar de narrador confiável; ele mesmo admite algumas invenções; conjecturas, costuras para melhor entender os fatos; o próprio fato de ele se arvorar um narrador onisciente capaz de enxergar os fatos antes mesmo de seu nascimento reforça esse tom de absurdo, mas também de humor. Por isso é que, a despeito de temas fortes, Middlesex é uma leitura divertida, fascinante.

Cal é um tanto verborrágico ao contar sua história, indo e voltando tempo, preenchendo detalhes que não parecem importar tanto - e que bem poderiam diminuir umas cem páginas do livro para tornar a leitura menos cansativa -, mas que acrescentam ao colorido de sua própria mitologia, uma mitologia que, não por coincidência, começa aos pés do monte Olimpo, onde Desdemona e Lefty Stephanides iniciam os acontecimentos que levariam ao nascimento dele. Cortar algumas partes talvez tivesse deixado o livro mais fluido, mas talvez tivesse perdido o sabor de tragicomédia grega característico dele.

No fim das contas, para um livro sobre o qual eu não tinha expectativas, Middlesex terminou sendo uma agradável surpresa. Não sei se teria colocado o livro na minha lista sabendo por alto de seu enredo, mas foi bom ter dado uma oportunidade a ele. Interessante, divertido, atual e cheio de boas reflexões para fazer.

site: http://owlsroof.blogspot.com/2018/09/desafio-corujesco-2018-uma-historia.html
Erika 28/12/2018minha estante
Nossa, que bacana sua resenha! Eu gosto muito desse livro...


Coruja 09/09/2020minha estante
Foi um livro que me surpreendeu muito positivamente!




Leila de Carvalho e Gonçalves 16/07/2018

Calíope, Ou Melhor, Cal
Em 1993, Jeffrey Eugenides publicou seu romance de estreia, "As Virgens Suicidas", cujo sucesso agitou o mercado editorial e rendeu rasgados elogios da crítica. Porém, sua consagração definitiva só viria dez anos depois com o segundo livro, "Middlesex".

Vencedor do Pullitzer e do National Book Award, trata-se de um calhamaço de quase seiscentas páginas que numa ambiciosa reunião de estilos, funde a saga de imigrantes gregos com uma investigação científica sobre o hermafroditismo, tendo como protagonista e narrador um descendente da família Stephanides: Calíope, ou melhor, Cal.

Sua história foi baseada no relato do intersexual Herculine Barbin que o escritor leu em 1980 e considerava mal explorado. Eugenides acertou o alvo, o romance além de investigar a identidade de gênero, discute o sonho americano, fazendo inúmeras alusões literárias e mitológicas que incluem o Minotauro, uma criatura metade homem e metade touro, e Tirésias, o profeta cego de Tebas que passou sete anos transformado em mulher.

Cal, apesar da estranheza que sua condição possa causar a primeira vista, é uma personagem empática que apresenta três gerações de sua família, a fim de explicar como relações endogâmicas sucessivas causaram sua deficiência de 5-alfa-redutase, fator determinante de sua intersexualidade. Mediante essa perspectiva, o leitor acompanha oitenta anos de história desde a expulsão dos gregos do território turco após a Primeira Guerra até o momento que, já adulto, Cal conclui estar preparado para abordar sua condição.

O resultado é uma leitura sensível, envolvente e perturbadora, mas que também guarda momentos de humor e ironia. Seus personagens são inesquecíveis, como Desdêmona, a avó supersticiosa que prevê o sexo dos bebês usando uma antiga colher de prata; ou Milton, um enamorado clarinetista que se transforma num empresário pão-duro e sonhador. No entanto, não há como deixar de mencionar a primeira paixão do protagonista,"Obscuro Objeto", é uma adolescente atrevida e precoce que exala sedução sob a fumaça de seus cigarros mentolados.

Absolutamente recomendado, esse é um dos melhores livros que li ultimamente.
comentários(0)comente



Henrique_ 15/03/2018

É um bom livro. O tema é interessante, sobretudo para aqueles não muito familiarizados. Se eu fosse sintetizar minhas primeiras impressões depois de lê-lo eu diria a que mensagem do livro é, dentre tantas outras, mostrar que, o hermafroditismo é um fenômeno biológico que levanta toda uma discussão a respeito da alteridade, dos novos tipos de seres humamos e da reconfiguração das relações sociais. Além disso, a escrita do autor é envolvente e bem construída, concatenando os volteios entre passado e futuro com desenvoltura. Por outro lado, o autor pesa a mão no retrocesso e na descrição dos detalhes da história de Cal/Calie (Calíope). Para se ter uma ideia, o ponto central do livro, que é o que mais me levou a lê-lo, só vai começar a ser desenvolvido lá no final. Não que o passado não seja importante ser relatado, sobretudo neste caso em que conhecer esse passado é essencial, mas reservar boa parte do livro para discorrer detalhes sobre a história dos avós, pais, tios e agregados foi excesso desnecessário.
comentários(0)comente



Alana N. 08/03/2018

"De agora em diante, tudo que eu relatar a vocês terá a cor da experiência subjetiva, da participação nos acontecimentos."
“Middlesex” é a prova de que uma história polemica pode se tornar simples e, quando muito bem contada, se torna estupenda.
Nossa trama começa em 1922 e vai avançando por vários momentos importantes dos EUA, como a era Ford, Lei seca, a Depressão, a Guerra Mundial, a queda da Lei seca, Guerra do Vietnã e etc, assim acompanhando gerações da família Sthephanides, até chegar em Calíope, que nasceu duas vezes: Uma em 1960, como uma garota. E outra em 1974, como um garoto.
Abordando temas importantes como: preconceito racial e religioso, incesto, intersexualidade, identidade de gênero, desigualdades, tanto raciais quanto de gênero, e outros diversos assuntos, todos de maneira tão fluida e natural, tão encaixados na trama, tão dentro do contexto, que o autor deveria ser aplaudido por um dia inteiro.
Essa foi uma leitura incrível e suave, mesmo com a quantidade de temas pesados que são abordados. E por mais que pareça que seja uma trama complexa, a maneira com que a história é narrada faz com que tudo seja muito retilíneo, fazendo com que as partes mais sérias na verdade agreguem profundidade e não peso a trama.

site: https://umapalavraenadamais.blogspot.com/
comentários(0)comente



Leonia.Oliveira 26/01/2017

Middlesex
É a versão greco-americana de "Cem Anos de Solidão". Fantástico.
comentários(0)comente



GilbertoOrtegaJr 19/06/2016

Middlesex – Jeffrey Eugenides
Uma coisa engraçada que aconteceu com Middlesex é que este livro se tornou conhecido por supostamente ser a história de um hermafrodita (na verdade pseudo-hermafrodita), e entre os leitores muitas pessoas começaram a correr atrás deste livro achando que a trama se baseava só nisso, e claro, são muitos os leitores que tiveram uma surpresa, pois o livro está muito mais para saga familiar do que para somente a história de um hermafrodita.

Narrado por Cal, cujo nome original é Calliope Stephanides, um hermafrodita de quarenta e um anos, que desde quando nasceu até seus quatorze anos foi criado como uma menina, o livro passa por três gerações de uma família grega que se mudam para os Estados Unidos, e abrange dentro de suas 567 páginas vários importantes episódios da história do século vinte, sobretudo a dos Estados Unidos com temas como: a guerra do Vietnã, os protestos das populações negras, a lei seca dentre outros acontecimentos que se situam nas décadas de 50 e 60 do século vinte.

Tudo começa com os avós de Cal, que moravam em uma montanha na Grécia, próximo ao Monte Olimpo, lá Desdemoda e seu irmão Lefty acabam se apaixonando e se casando, em pouco tempo eles acabam fugindo da Guerra e embarcando em um navio para os Estados Unidos, onde uma das primas do casal os esperam. Após alguns anos Desdemoda e Lefty tem um filho, Milton, que acaba por se casar com sua prima Tessie, e é a partir desta mistura genética que acaba sendo gerada Calliope, a segunda filha do casal (cujo primogênito se chama Capítulo doze), quando ela nasce não é diagnosticada como sendo um (a) pseudo-hermafrodita, e é criada até seus quatorze anos como uma menina, mas acabam de certa forma descobrindo que ela na verdade é um homem.

Enquanto tudo isso acontece passamos por um panorama dos anos 50 e 60 dos Estados Unidos; a lei seca, os protestos raciais em 1967, a guerra do Vietnã, e dentro destes acontecimentos se situa a saga de uma família grega que vive na em Detroit e busca se adaptar em seu novo país e sua nacionalidade, quem mais sofre com isso é Desdemoda, seja com seus bichos da seda, com sua colher de prata, ou seu profundo medo de em algum momento a genética trair seu segredo tão bem guardado ( o de que se casou com seu irmão).

Middlesex é um livro que apesar de seu tema inusitado, também é muito complexo de classificar ele transita facilmente entre saga familiar, romance de formação ou sátira a sociedade. Ao longo da trama o leitor tem em mãos um romance profundamente interessante e envolvente, que vale muito a pena, independente do gênero, é um tributo a genética e as famílias gregas e suas constantes tragédias, e talvez não só a elas se considerarmos que toda família é um microcosmo de pequenas tragédias particulares, sem que caia no melodrama ou em uma narrativa apelativa.

Eu não posso comparar as duas edições que existem lançadas no Brasil, mas se fosse julgar pela capa eu prefiro muito mais a minha edição (da editora Rocco), que acho a capa muito mais bonita, e na lombada temos um Cadillac que é uma peça importante na história da família de Callie

site: https://lerateaexaustao.wordpress.com/2016/06/20/middlesex-jeffrey-eugenides/
comentários(0)comente



52 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR