O Ser e o Nada

O Ser e o Nada Jean-Paul Sartre




Resenhas - O Ser e o Nada


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Myngos 27/07/2010

Uma "tijolada" na cabeça
O Ser e o Nada é um "tijolo" que poucas pessoas leram. É enfadonho como qualquer tratado de ontologia. Mas tal obra possui um diferencial. Foi escrita pela pena de um dos maiores filósofos do século XX em plena 2º Guerra Mundial e sob ocupação dos nazistas. Torna evidente que a questão "Quem somos?" não pode ser respondida através dos nossos papéis sociais, pois o que fazemos diante da sociedade ou do olhar do próximo é tão fragmentado e relativo ao ponto de tornar insuficiente a criação de uma identidade definitiva e autêntica. Não sabemos quem somos, nos falta o ser. Temos que nos contentar com as nossas ações fragmentadas e o consentimento dos outros, pois quando a cortina do palco da vida se fecha, resta apenas o vazio, o nada. Ao avançar os capítulos da obra supracitada, percebemos não só uma dificuldade corriqueira em digerir um texto denso e difícil, mas uma angústia, um pesar, de fato, a "náusea" penetrando a nossa existência e consumindo todas as ilusões e crenças dos "és" e "somos", sustentáculos do simulacro da identidade, do nome, da profissão, do título e de tudo mais que remenda a esperança vazia do ser humano de ser Deus!
Daniel 12/12/2011minha estante
eu só desisti dessa leitura porque o livro não era meu... mas ainda vou comprar esta obra magnífica que é O ser e o nada! eu li partes aleatórias dele, mais pra pesquisa, não pude ler com mais dedicação. se alguém quiser me dar de presente, não acho ruim!


Leonardo 01/05/2014minha estante
Li apenas a introdução! Brilhante. Mas infelizmente tive de abandonar porque tenho de estudar outras coisa "/


Eduardo 11/12/2014minha estante
Domingos, sinto que faltou a resenha falar de fato sobre a obra. Localizar a pesquisa ontologica dentro da fenomenologia, o que ele afirma com "Nada" do ser, que não é esse desespero emocional que o comentário na resenha faz parecer.
É uma obra "técnica" de uma rigorosa análise fenomenológica da consciência, e de seu ser. Nesse sentido torna-se das mais importantes obras da corrente.




George Diniz 25/08/2010

Excelente livro, realmente um marco para o crescimento do existencialismo, nada melhor que Sartre e seu ceticismo para nos fazer pensar um pouco sobre nossa consciência.
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Daniel Braga 20/12/2016

A chave para a compreensão do existencialismo
Este livro é imprescindível para a compreensão do existencialismo. Uma fusão entre ontologia e fenomenologia, busca dar conta de sintetizar a relação entre intelecto e apreensão sensível investigando onde situa-se o homem dentro deste contexto.

Outra leitura útil, que seria uma espécie de resumo desta obra, é o livro "O existencialismo é um Humanismo".

site: https://www.youtube.com/watch?v=kGuID_tqD5k
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Rafael27 20/03/2017

Pesado
Desisti temporariamente...achei meio pesado pra quem não é de filosofia.

Deve ser 10 vezes mais fácil pra alguém sem formação em Direito ler Controle de Constitucionalidade pelo livro do Gilmar Mendes, do que alguém sem uma boa base de filosofia ler esse livro.

=(
Cristian 25/06/2017minha estante
Se a temática lhe interessa, torço que a desistência tenha sido temporária mesmo.

Se voltares ao livro em algum momento, não te preocupes tanto com a quantidade de informações a que o livro se remete (ele referencia muitos filósofos e dialoga com toda a história da filosofia). Por incrível que possa parecer o que vou te dizer, esse livro foi pensado com exemplos cotidianos que era também para alguém que não fosse da filosofia pudesse acompanhar o raciocínio.

Para quem é do direito, essa obra coloca no cerne do que é ser um ser humano a liberdade. Essa palavra é perigosa por todas as concepções previas que temos dela. Então é preciso ir com calma e ver o que Sartre diz sobre "liberdade". Ele vai construindo esse conceito. Não é uma noção isenta de tensões na própria obra. Se somos seres constituídos de tal maneira que a liberdade nos é inerente, então também teremos que lidar com outro conceito correlato: responsabilidade. Daí é possível ver aproximações com ética e, por que não, com o direito. (Ele vai tentar desenvolver uma tese ética em outro livro, mas a base está aqui, em O ser e o nada).




Márcio 23/07/2018

Sartre e a ontologia existencialista
O Ser e o Nada é tão complexo como qualquer livro de ontologia, mas percebe-se que Sartre trabalha o tema do Ser de forma que tudo seja explicado e reexplicado para que as dúvidas sejam trabalhadas e bem "mastigadas". Não era um costume meu estudar ontologia, o que me fez ler a obra foram as questões da liberdade, da escolha, da angústia e da responsabilidade. Tudo isto é trabalhado principalmente na quarta parte (Ter, Fazer e Ser). É um estudo minucioso da ontologia fenomenológica existencialista (que rompe com a ontologia advinda dos gregos e continuada com Kant) que merece ser pesquisado, aprofundado, lido com paciência e bastante cuidado . Está foi uma leitura geral da obra que durou meio ano e para mim foi o início de novas indagações que me farão retornar a esta obra com mais minúcia.
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Gabrieli 21/05/2020

Bom livro.
Leitura difícil e bastante técnica, confesso que tive dificuldades em vários aspectos. Talvez seja mais recomendado para quem é da área.
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Homem Sério 22/08/2021

Cura.
Não se empresta livros a quem arrebata corações, anote esta regra e não se esqueça. Se eu soubesse disso antes de dar-me à facada, sobrevivia ao salto, às pílulas, e a química. Mas você me deu feliz aniversário com medo e pediu que eu me afastasse das tuas. Esqueceste que ninguém é de ninguém e que da coleira que me amarrara me liberei no enforcamento.
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Lista de Livros 20/06/2018

Lista de Livros: O Ser e o Nada – Jean-Paul Sartre
Parte I:
“O nada, como vimos, é fundamento da negação porque a carrega oculta em si, é negação como ser. Portanto, é necessário que o ser consciente se constitua com relação a seu passado separado dele por um nada; que seja consciente desta ruptura de ser, não como fenômeno padecido, e sim como estrutura da consciência que é. A liberdade é o ser humano colocando seu passado fora de circuito e segregando seu próprio nada.”
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“Na angústia, a liberdade se angustia diante de si porque nada a solicita ou obstrui jamais. (...) Com efeito, angústia é reconhecimento de uma possibilidade como minha possibilidade, ou seja, constitui-se quando a consciência se vê cortada de sua essência pelo nada ou separada do futuro por sua própria liberdade. Significa que um nada nadificador me deixa sem desculpas, e, ao mesmo tempo, que o que eu projeto como meu ser futuro está sempre nadificado e reduzido à categoria de mera possibilidade, porque o futuro que sou permanece fora de meu alcance. Mas convém notar que, nesses casos, fizemos uso de uma forma temporal pela qual me aguardo no futuro, "marco encontro comigo mesmo para além desta hora, dia ou mês". A angústia é o temor de não estar nesse encontro, o temor de sequer querer comparecer a ele.”
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Mais em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2018/06/o-ser-e-o-nada-ensaio-de-ontologia.html
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Parte II:
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“O que há de terrível na morte é que transforma a vida em destino”. (Malraux)
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“A finalidade é a causalidade invertida, ou seja, a eficiência do estado futuro.”
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“Ser livre é estar condenado a ser livre.”
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Mais em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2018/06/o-ser-e-o-nada-ensaio-de-ontologia_3.html
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Parte III:
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“Um louco não faz jamais senão realizar à sua maneira a condição humana.”
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“A jovem mais bela do mundo não pode dar mais do que tem.” (Provérbio francês)
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“O ponto de vista do conhecimento puro é contraditório: só existe o ponto de vista do conhecimento comprometido. Equivale a dizer que conhecimento e ação não passam de duas faces abstratas de uma relação original e concreta. O espaço real do mundo é o espaço que Lewin denomina "hodológico". Um conhecimento puro, com efeito, seria conhecimento sem ponto de vista, logo, conhecimento do mundo situado, por princípio, fora do mundo. Mas isso não faz sentido: o ser cognoscitivo seria somente conhecimento, posto que iria definir-se por seu objeto e seu objeto desvanecer-se-ia na indistinção total de relações recíprocas. Assim, o conhecimento só pode ser surgimento comprometido no determinado ponto de vista que somos. Ser, para a realidade humana, é ser-aí; ou seja, "aí, sentado na cadeira", "aí, junto a esta mesa", "aí, no alto desta montanha, com tais dimensões, tal direção etc." É uma necessidade ontológica.”
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Mais em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2018/06/o-ser-e-o-nada-ensaio-de-ontologia_83.html
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Parte IV:
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“Ninguém pode ser considerado feliz antes de sua morte.” (Provérbio grego)
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“O passado extrai seu sentido do presente.”
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“O desejo, como vimos, é falta de ser. Enquanto tal, é diretamente sustentado no ser do qual é falta.”
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Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com/2018/06/o-ser-e-o-nada-ensaio-de-ontologia_6.html
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Filino 18/06/2022

Um verdadeiro monumento da reflexão filosófica do século XX
Tanto em dimensões físicas como em largura de horizontes desvelados e profundidade de reflexões suscitadas, essa obra é grandiosa. É daqueles livros que, uma vez lidos, proporcionam inúmeros pontos a partir dos quais o leitor pode se debruçar com mais atenção (e, posteriormente, vai sentir a necessidade de retornar a esse livro). A partir do estabelecimento do ser Em-Si e do ser Para-Si, Sartre estabelece um itinerário que parte de uma perspectiva ontológica na esteira de Husserl (ainda que dele se afaste posteriormente) e atinge as relações entre os indivíduos. Há diálogos com os pensamentos de Spinoza, Hegel e Heidegger.

Sim, nessa obra magnífica, ainda que sob um linguajar por vezes complexo até mesmo para quem já está acostumado com o vocabulário filosófico, o leitor vai se deparar com uma investigação que abarca os mais diversos aspectos, todos eles em última instância relacionados ao Para-Si, o Em-Si e a nadificação: a temporalidade; o passado, o presente e o futuro; o instante; a morte; a liberdade e por aí vai. O campo é vasto - e não deixa de ser surpreendente que Sartre tenha redigido essa obra quando ainda não contava 40 anos de idade. Genial, simplesmente.

Numa edição com quase 800 páginas, são inevitáveis os erros tipográficos. Mas é de se notar, além disso (sobretudo mais para o fim do livro), o que parece ser um insistente erro no emprego do "por que": em algumas passagens, dá a entender que se trataria de "porque" (junto); é o que faria mais sentido em várias frases. Se é um erro ou não, apenas cotejando com o original para sanar essa dúvida. Mas fica o alerta.
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