spoiler visualizarNominável 28/06/2023
A odisséia do Vagamundo
O livro é antigo e é destas leituras que te compelem a ser uma pessoa melhor. O autor narra em tom de epopéia, quase como um épico sem a parte da poesia, e se elogia tanto que em alguns momentos tu pensa que a autoestima do rapaz não só está em dia, como está beeeem elevada.
Na narrativa temos Ralph, o garoto que ri pouco e que por isso é sempre alvo de piadinhas. (hoje em dia chamado de bullying) dentre as piadinhas, uma delas é o apelido de Ralph "Rover", porque o garoto desde pequeno só queria saber de viajar pelos mares e conhecer lugares e pessoas.
Um dia, Ralph ouve uma história sobre as Ilhas de Corais e fica com vontade de conhecer... uns cinco anos depois ele convence o pai a deixá-lo partir em uma aventura. Então... Navio. Mar. Peixes estranhos. Tempestade. Naufrágio.
Logo nos pegamos em uma ilha deserta, e apenas três sobreviventes.
Lembrando que em 1850 ainda havia monarquias, então ainda estávamos com um pézinho na idade média. O que quero dizer é que o pensamento do autor e dos personagens eram diferentes, e quando digo diferente quero dizer, "antiquado" para a maioria dos pós-modernos. Note por exemplo que, a ilha era habitada por tribos antropofágicas, os naufragos eram acho que ingleses, então o caos, o desconhecido, não estava no grupo.
No grupo a ordem era predominante, uma certa hierarquia fora montada logo que se veem perdidos na ilha, estabelecida assim: Jack é o rei, Ralph o Primeiro-ministro e Peterkin que era o mais jovem não queria título, seria só um cidadão comum da ilha. Não havia problemas entre eles, o problema eram os outros, que na época eram não-cristãos e canibais. Enfim, eles lidam muito bem com os piratas e com os nativos e acaba dando uma esperancinha, de que a natureza humana é boa.