Resenhas - Missi Dominici

Maria 14/02/2022

MISSI DOMINIC- OS ENVIADOS DO SENHOR
Alessandro Mendonça | Editora: Talentos da literatura brasileira | ???? (4,0)

"Tema o pecado, tema as bruxas, mas, acima de tudo, tema a inquisição"!

De todos os conteúdos de história que estudei durante o ensino básico, a Idade Média sempre foi à mais superestimada. Missi Dominic se passa nesse contexto medieval, período onde ouve a Inquisição, o Santo Ofícios, os Altos da fé e, principalmente, rituais de bruxaria e heréticos. Gostei bastante da temática trazida pelo livro, pois ele trata de muitas situações e pensamentos das pessoas dessa época desde as superstições como acreditar que cães pretos eram a forma encarnada do diabo até a ideia que rituais de fertilidade poderiam ser reuniões onde bruxas se encontravam.

Entretanto, confesso que não gostei da forma em que o autor desenvolve o livro ao longo da história, já que cada capítulo conta a história de um personagem até chegar em uma ideia principal, porém, não vejo que o escritor da obra tenha desenvolvido bem, pois o mesmo deixa não deixa a entender quem ou quais são o(s) protagonistas tendo em vista em que a momentos em que havia momentos em que o Juiz Jacobus toma cena, outros é Cristiane que toma a cena, porém, não há um protagonista certo (embora na descrição do livro dá entender que os personagens principais são Cristiane e Pérsio, ou Dominic), ainda que tivesse sido de forma proposital, em meu ponto de vista, ficou algo bagunçado, alguns personagens tiveram fins toscos como Ângela e o Dominic ou Keira, uma das personagens em que ele deu um maior desenvolvimento durante o livro, a mesma não teve o melhor dos finais.

Além disso, ainda existe alguns paramentos com relação às personagens que, simplesmente o autor faz com amamos e odiemos alguns personagens, alguns pela ignorância da época, outros por causa do caráter duvidoso como o Juiz Jacobus que, uma hora é vilão e outra hora é o herói, e Keira, que simplesmente odiei do início ao fim, por ter demonstrado o egoísmo do início ao fim.

Com relação a escrita do livro, é uma boa escrita, simples e existe muitas referências dentro dela, entretanto, não gostei da dinâmica de alternar entre os personagens em cada capítulo, se fosse apenas dois ou três personagens, até ficaria algo harmônico, porém, foram muitos que tiveram participação que acabou que alguns tiveram mais desenvolvimento que outros. Ademais, o escritor se prende muito nas descrições dos cenários e personagens, tornando um pouco cansativa e, consequentemente, acaba não prendendo o leitor, por mais interessante que seja a temática abordada.

DomDom 29/12/2020

Sempre que alguém me pergunta qual seria a época em que gostaria de ter vivido, sem sombra de dúvidas, minha resposta será a Idade Média. Eu sei! É uma loucura da minha parte, mas é impressionante o quanto toda a atmosfera desse período me fascina. Então, ao ver que esse livro é ambientado nessa época, não pensei duas vezes e já o escolhi.

O livro é narrado em terceira pessoa através de cenas sem ordem cronológica exata. O leitor é transportado do presente para o passado, mostrando um pouco a história de cada uma das personagens, o surgimento das relações entre elas, e o desenrolar/desfecho desses relacionamentos.

No geral, gostei bastante das personagens. Foram bem construídas, pois o autor mostrou toda a complexidade psicológica que cada uma delas possuía devido a época tão conturbada em que viviam. Faço menções honrosas à Keira e Ignácio Jacobus, que, para mim, foram as mais controversas e complexas de todas.

Outro grande ponto positivo foi a escrita do autor. É simples, fluida e descritiva na medida certa. Aliás, o autor mostrou, claramente, o completo domínio do assunto ao qual se propôs a escrever, e não precisou recorrer a nada rebuscado para dar seu recado.

Continua no blog: Ler Para Divertir

site: http://www.lerparadivertir.com/2015/11/missi-dominici-os-enviados-do-senhor.html

Clarinha 03/01/2022

O final!!!
Apesar de trazer um tema forte (Santa Inquisição), o final desse livro surpreende muito!!! Sério, foi a melhor analogia que já vi em livros sobre o bem e o mal, julgamentos e o Juízo Final. "Perdoas que serás perdoado" é o que esse livro deixou vívido em mim. Nunca julgue, pode ser você naquele mesmo lugar.

Fiquei enfadada em algumas partes do início do livro, confesso, mas quando vai chegando perto do final, te prende muito!