Talvez Nunca Mais um País

Talvez Nunca Mais um País Flavio P. Oliveira




Resenhas - Talvez Nunca Mais um País


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Yara Prado 03/03/2022

Surpreendente
No começo tive um pouco de dificuldade em me conectar com a história por conta da narrativa não exatamente cronológica, repleta de vai e vem entre passado e presente; mas quando peguei o ritmo, não consegui mais parar.

Incrível como o autor conseguiu construir um cenário desolado e ao mesmo tempo tecnológico, uma mistura muito interessante de situações e personagens reais e agradáveis. Recomendo demais, até pela semelhança com a nossa vida em pandemia.
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Lethycia Dias 13/12/2018

Um futuro apocalíptico
Imagine um futuro de verdadeiro colapso mundial. O petróleo chega ao fim. Uma doença mortal se espalha rapidamente, causando mortes em massa. Um governo autoritário no Brasil transforma municípios em cidades-estado e institui divisão das cidades em setores, onde as pessoas são obrigadas a morar e transitar de acordo com suas condições profissionais, financeiras e de saúde, sem poder atravessar para outros setores. Robôs cumprem funções humanas. Pessoas imunes à doença desfrutam de privilégios.
É nesse cenário que o narrador-protagonista, cujo nome não é revelado, vive na cidade da Guanabara, protegido por ser imune e um doador de material genético, porém obrigado a ocultar sua verdadeira identidade. Ele resgata antigas obras de arte e artigos históricos, ao mesmo tempo em que esconde seu passado de hacker apoiador do governo.
A narrativa é fragmentada em pequenos trechos, intercalando diferentes momentos cronológicos. Na minha opinião, essa forma de contar a história prejudicou o que poderia ser uma ótima distopia. A alternância de diferentes momentos narrativos fez com que eu não sentisse muito o impacto da história, já que a cada momento os acontecimentos narrados mudavam sem realmente chegarem ao fim ou serem desenvolvidos de uma vez.
Também não me agradou muito o senso de humor do protagonista, que faz muitas piadas e trocadilhos enquanto conta a história. Algumas vezes eu me divertia com isso, mas em outras não achava graça ou mesmo não compreendia.
Acho que o livro traz uma boa reflexão sobre como lidamos com a tecnologia, como dependemos de fontes de energia não-renováveis, como somos obcecados pela juventude e por nossos corpos. Além do oportunismo de governantes sobre uma situação caótica, suprimindo liberdades e direitos. Esses são alguns dos principais assuntos discutidos numa história que, apesar de ter uma premissa muito boa, não foi contada da melhor maneira.

site: https://www.instagram.com/p/BrQ-3UVgKGw/
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Nati 21/12/2017

Quando, enfim, resolvi tirar esse livro de tomar poeira na estante, fui gratificada com uma leitura de uma maravilhosa distopia que tem como cenário as nossas queridas terras tupiniquins. Talvez nunca mais um país de Flávio Oliveira, conta a história a partir da destruição da sociedade como conhecemos por dois vírus: um que acabou com as reservas petrolíferas do mundo e outro que devastou a vida humana por meio de uma doença mortal, que alguns tiveram a sorte de ser imunes. Com esse prelúdio, Flávio narra as (des)aventuras do nosso personagem principal em primeira pessoa, que alterna com fluidez entre a narrativa de seu presente e de suas lembranças.

Usando um Rio de Janeiro pós apocalítico como cenário, o mundo distópico de Flávio Oliveira trás em seu bojo uma sociedade dominada por um governo ditatorial como um mal necessário, os homens e seu papel secundário em sua sociedade dominada por máquinas com uma inteligência artificial surpreendente, mas que vive dilemas que deveriam a muito terem sido superados nos tempos de outrora, mas que ganharam somente uma nova roupagem e pelos olhos do protagonista vamos descobrindo juntos os paradigmas que essa sociedade vive e o quanto isso está ligado aos sentimentos que a humanidade já solidificou.
Sem deixar de mencionar a nossa frágil democracia que se desmorona e extingue-se e assim se inicia uma era onde a inteligência artificial domina os meios de produção e está mais populosa do que os humanos que continuam a sucumbir a doença terrível, os humanos que restam tem que conviver com a escassez de suprimentos e os mais básicos itens para uma vida digna. E assim, para organizar-se dividi as cidades em vários setores separados por cercas que impedem a transição de pessoas entre setores, mantendo-se separados sãos de doentes, entre outras classificações que convêm ao governo.

Não vou falar mais da trama, porque é um livro curtinho e já revelei o máximo que consigo sem entregar nenhum spoiller . Não sei se repararam, mas em momento algum falo o nome do personagem principal, mas é que durante toda narrativa conhecemos os mais íntimos pensamentos sem já mais conhecer seu nome e por falar nele, ele tem muito do autor em seu ser, seu otimismo louco e suas tiradas únicas.

O nosso protagonista é acompanhado de um seleto time, todos com seus nomes devidamente conhecidos, esses personagens secundários bem desenvolvidos ao longo da trama. Desde a esposa Mariana, seus amigos de infância, cujo destaque dou para Tangerina, os amigos que ele vai agregando no setor onde vive, à seus avós e aqui tenho que destacar o vovô e a declaradamente culpada bengala pelo final do mundo. Crime doloso qualificadíssimo o da bengala. rsrsrs

Uma distopia que vale a pena apreciar, que tem o personagem distópico mais louco que já li e que vai encher sua cabeça de teorias malucas e com uma trama bem construída.
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CuraLeitura 03/11/2016

Distopia no Rio de Janeiro
Talvez Nunca Mais um País é uma distopia que se passa na cidade do Rio de Janeiro. O cenário é uma cidade (e mundo) devastados pela perda dos combustíveis fósseis e pela morte de bilhões de pessoas. Ambas as tragédias provocadas por vírus.

Em um futuro cheio de robôs, prolongadores de vida e muita tecnologia, uma doença quase leva a humanidade à extinção: o mal de Hoosbardo. Um vírus que vai comendo a pessoa e pode matar lenta e dolorosamente ou rápida e de forma quase indolor - é preferível a segunda opção.

Com todas essas tragédias, o mundo - e o Rio de Janeiro - foi dividido em setores. A divisão física se deu por conta de outro fator: dentre os sobreviventes existem três tipos de pessoas: os portadores da doença (que podem desenvolver ou não), os imunes e os raríssimos doadores (doadores genéticos - de sangue - que ajuda os doentes a terem uma vida melhor).

Nosso personagem principal é um doador. Mas ninguém sabe, afinal é muito arriscado. Existem doadores pelo mundo que foram trancafiados e são mantidos em coma como bolsas de sangue. E Miguel ama a liberdade dele, ama o Rio de Janeiro e, acima de tudo, ama Mariana.

"Uma vez resolvi testar uma [teoria]. [...] Fiquei trancado no apartamento, sem tomar banho, defecando pelos cantos, deixando a comida apodrecer. Cinco dias na experiência, fedia em demasia, mal respirava, um horror. Suportei como pude, abria a janela, vomitava, o fedor aumentou ao ponto extremo.
Prestes a desistir, alguém bateu na porta.
Era a pessoa que entraria na minha vida, segundo a teoria, por um especial motivo, porém atraída pelo doentio fedor emanando do apartamento."

No decorrer do livro, vemos o amor de Miguel por Mariana e sua vontade de abrir um cinema - os cinemas deixaram de existir pela falta de eletricidade e recursos. Cinema Paradiso. Nesse meio tempo, faz amizade com os pivetes da rua, com um surfista e outros amantes do rock! \m/

O livro foi a primeira distopia que eu li, eu acho. E tenho certeza que entrei pra esse gênero com o pé direito!


Talvez Nunca Mais um País é um livro extremamente criativo e brilhante. Flavio usa elementos do nosso cotidiano, como hábitos e manias, de forma que deixa os personagens ainda mais reais. É como se todos eles estivessem ali na esquina de tão vivos.

A descrição do cenário foi perfeita também. Eu não conheço o Rio de Janeiro, mas me senti transportada para lá num futuro quem sabe não muito distante. Além da criação de ótimos personagens humanos, temos ainda as descrições das máquinas e de seus funcionamentos. E de todas as implicações que uma ação secreta pode levar. Ou seja, Miguel avalia todas as possibilidades antes de fazer uma traquinagem.

São 240 páginas de puro divertimento que eu recomendo a quem gosta do gênero e a quem ainda não conhece.

Os capítulos são curtos e divididos em uma espécie de parágrafos. Além do mais, o autor divide o tempo entre o presente e o passado do personagem principal/narrador, mas que de forma alguma fica confuso ou chato. Como o próprio Flavio diz: é uma mistura de doideiras com organização e acaso.

Vocês vão adorar o Tangerina, a Mariana e o vovô queixando-se da bengala.

Como o autor é também o dono da editora, tenho que elogiar o belíssimo trabalho com o livro: capa, diagramação, qualidade do papel.. Tudo perfeito. Texto bem revisado, sem erros. Um excelente trabalho tanto por fora (parte física) quanto por dentro (conteúdo). Parabéns!

site: https://curaleitura.blogspot.com.br/
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*Si* 01/11/2016

Uma distopia jamais imaginada
Nossa! Valeu muito a pena sair da minha zona de conforto! Conheci uma distopia genial. Sabe aquele filme que passa em nossas mentes quando a morte se aproxima? Pois é o que acontece com o nosso protagonista. Com uma arma apontada para sua cabeça, Miguel nos conduz por suas reminiscências, ora indo para sua adolescência e o que viveu junto com sua turma de amigos e os avós, ora mergulhando num passado recente em que partilha a vida com sua esposa e uma nova turma de amigos. Num mundo futurístico,onde energia elétrica é luxo, onde existem mais robôs do que humanos. Onde a inteligência artificial é dominante. E humanos são prisioneiros controlados por chips que os impedem de cruzar os setores delimitados por cercas que separam infectados e não infectados. Miguel vive no setor 7, em Copacabana, no Rio de Janeiro, e minha familiaridade com o ambiente às vezes me fazia sentir todo o absurdo do mundo destruído, em certos momentos eu me perguntava que cor teria o mar. Esses segundos que antecedem a morte próxima compõem a narrativa do livro, muito bem construída, numa linguagem que em alguns momentos lembra o submundo de Rubem Fonseca e noutros esbarra no realismo fantástico de García Márquez. Uma estória pra ser saboreada lentamente e sentida de forma a nos fazer refletir sobre o mundo em que hoje vivemos.
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Fernanda @condutaliteraria 09/06/2016

Resenha - Talvez Nunca Mais Um País
"Uma vida de teorias. A humanidade já passou do prazo de validade. Verdade absoluta, e não teoria"

Logo quando terminei as Primeiras Impressões (aqui) de "Talvez Nunca Mais Um País", não vi a hora de dar continuidade na leitura.

O livro é um romance distópico, muito diferente! Sim, podem acreditar, eu classificaria como inusitado, original e poético.

Um Rio de Janeiro devastado pela tragédia. Uma doença avassaladora, Hoosbardo, que mata rapidamente ou, aos poucos, deixa a pessoa deformada. Nada mais é como conhecíamos, um planeta em meio a uma catástrofe.


"Ninguém queria olhar-se no espelho e ver um monstro disforme consumido por chagas após anos tratando do corpo e da saúde exterior. Em uma sociedade apegada à beleza corporal, o mal de Hoosbardo foi mais do que uma doença."


Somente alguns poucos são imunes, e, devido a isso, passam a ser doadores. Nosso protagonista, Miguel, é um doador.

Conhecemos Miguel, seus amigos e seus amores, e, através de seus pensamentos e devaneios, alternando momento presente e passado, Flavio nos coloca na mente do personagem: é como se fosse uma conversa. Ficamos totalmente entregues aos acontecimentos.

Os capítulos são curtos e com alguns trechos que não seguem uma ordem. São passagens do seu passado entre acontecimentos do seu presente. No começo fiquei um pouco confusa, mas não atrapalhou a leitura, pelo contrário, aguçou mais ainda minha curiosidade.

O que achei legal e uma boa sacada do autor é que ele retrata a vida dos sobreviventes, a vida que segue no caos. Em um mundo tão devastado, onde não haveria mais esperanças, dá para sonhar? Fazer projetos futuros? Dá para apostar no amor e na amizade?


"Se consegues pisar em terra firme no fundo do poço, comemore, porque o fundo do poço poderia ser de areia movediça - mais uma das minhas teorias."


Em uma narrativa totalmente original e única, o autor conseguiu me conquistar com seu estilo.

A leitura flui de forma leve e é para ser degustada. A capa faz jus a história. As folhas são amareladas e a fonte em tamanho confortável para uma boa leitura. A diagramação está perfeita e não encontrei erros. Excelente trabalho da editora!


"Talvez ainda viva décadas doando, desacordado, mantido por máquinas sem inteligência controladas por homens ainda menos inteligentes."


Eu adorei a história e o final me surpreendeu bastante. Fiquei com gosto de quero mais!

Enfim, se você está à procura de uma leitura diferente, um estilo poético, doido e único, eis o livro! Recomendo!


"Os sonhos não envelhecem... são substituídos por novos."
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Danieli.Mutzenberg 12/04/2016

Futuro
Um dos melhores livros que já li.
Flavio P. Oliveira, um escritor com tendências a escritas loucas e mirabolantes, traz Talvez nunca mais um país com uma escrita diferenciada e própria.
O livro trata dos acontecimentos corriqueiros e normais do personagem. Tudo parece um contar do dia-a-dia, mas aos poucos a histórias revela o seu objetivo.
É confuso de um modo instigante. Por causa das mudanças drásticas de cenário e época, o enredo nunca se torna enjoativo. Vale dizer que tudo é proposital, até mesmo a mudança de época.
É uma distopia que ocorre posteriormente aos seres humanos sofreram com uma crise mundial, após terrorista inventarem um modo de deteriorar o petróleo e após um vírus matar muitas pessoas. Em um contexto geral, a espécie humana colocou-se na quase extinção. Todos que sobreviveram, passam seus dias de forma monótona, na companhia de robôs e com um passado maravilhoso deixado para trás.
Com tudo isso, nem todos se conformam e há os que lutam por uma sociedade mais significativa. Miguel, o personagem principal, acaba se vendo em meio a uma luta por um lugar melhor, por ser um doador universal, uma das poucas pessoas que tem em seus genes a constituição que permite, uma vez que outros retirem o material necessário, salvar pessoas não imunes ao vírus que consumiu e continua a consumir o mundo.
Enquanto lia, pude sentir toda a atmosfera do mundo. Todos os problemas políticos, todos os dilemas pessoais. Embora tudo se passe num cenário futurístico, pode-se transportar muito do livro para a nossa realidade atual. O que fazemos é importante? Quais são os nossos sonhos?
Se você curte uma linguagem diferente, um conteúdo de reflexão e possui um amor secreto pelo presente e um temor pelo futuro, não deixe de ler esse livro!
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Bells - @brumbells 18/12/2015

Verossímil, único e "assustador"
O mundo como o conhecemos não existe mais. Após dois vírus - um que acabou com o petróleo, outro que reduziu drasticamente a população - quase levarem a humanidade à extinção, máquinas/robôs são cada vez mais comuns e até mesmo em maior número que os seres humanos.
Dentre os sobreviventes do vírus (que origina a doença de Hoosbardo), existem aqueles que são imunes, trabalhando nas sombras como salvadores dos que ainda restam (e que possuem recursos para tanto), e entre esses "salvadores" está Miguel, nosso protagonista.
Narrado de forma não-linear, intercalando o presente com fatos do passado, Miguel nos apresenta sua história, desde sua infância e adolescência com os amigos e os avós - e quando o mundo ainda não fora devastado - até os dias atuais, atuando como salvador e sonhador num mundo desolado.

"A arte ainda não morreu. Voltando para casa, vi um vândalo construindo esculturas na areia da praia, misturava as próprias fezes para conseguir uma pasta resistente. Ele me fez lembrar de Medo, a criatura mais horrenda do colégio. Velho amigo, morreu cedo e não conheceu as salas de prolongamento."
(Flavio P. Oliveira, p. 18)

Entre a constante luta pela sobrevivência, vemos o protagonista e seus amigos, colegas e pessoas próximas tentando "viver" além da mera sobrevivência, mesmo quando tudo parece perdido, ora por conta das inúmeras mortes ora pelo autoritarismo dos governantes - que piora cada vez mais assim como o mundo torna-se mais ruim de se viver.
[...]
Leia a resenha completa em:

site: http://attraverso-le-pagine.blogspot.com.br/2015/12/recensione-livro-talvez-nunca-mais-um.html
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Tify Baesso 29/11/2015

Único e super criativo. Amei!
O livro é um romance distópico que veio para encantar, confundir, envolver até a última página. Ele se passa no futuro, em um mundo completamente diferente do que conhecemos atualmente.
Nesse futuro, as cidades foram divididas por setores, as máquinas substituíram os humanos no trabalho trabalho e uma doença de nome Hoosbardo foi responsável por dizimar grande parte da população. O mundo está em extinção.
É nesse cenário que conhecemos Miguel, nosso protagonista, que mora no Rio de Janeiro na "Idade da Reconstrução". Miguel mora no setor onde antes era localizada Guanabara.
Poucas pessoas sobreviveram a doença, algumas, se descobriram imunes. Existe um doador em cada dez mil. Uma doença que te faz parecer uma ''ameixa seca''. Pouquíssimos sobreviventes.
Na "Idade da Reconstrução", vemos pessoas vivendo em meio a robôs, com escassez de água, crianças sozinhas, prédios abandonados. O setor onde nosso protagonista vive é um dos melhores.
A medida que conhecemos essa nova realidade, Miguel nos conta algumas lembranças que tem de seus avós, seus amigos de infância e de Mariana, sua ''alma gêmea", a mulher amada que foi embora e ele sonha e espera um dia reencontrá-la.

Eu amei!!!
Assim que vi esse livro, senti vontade de ler. Sou apaixonada por distopias e procuro ler todas.
No livro, vemos um cenário completamente desolador porém, é possível perceber que algumas coisas contidas nele, são problemas que já enfrentamos atualmente.
É muita história forte, com dose de romantismo e simplicidade na medida certa. Conhecemos personagens encantadores, alguns eu amei, outros não.
O autor tem uma forma diferente de narrativa, mais poética. As cenas não acontecem de forma cronológica. Vemos traços de passado e presente se alternando de maneira genial, o que só engrandece a obra.
Em minha opinião, esse é o melhor livro que li do autor.A capa é super bonita e faz jus ao livro, combina muito.
A diagramação é simples, com páginas amareladas e fonte em bom tamanho. Amei!

site: http://osamantesdaleitura.blogspot.com.br/2015/11/talvez-nunca-mais-um-pais-flavio-p.html
Flavio P. Oliveira 02/12/2015minha estante
Adorei, criatividade é fundamental, rs.
:D




Autora Nadja Moreno 20/11/2015

Fascinante e único.
Mais uma vez me deparo com o estilo único e pitoresco de Flavio Oliveira. Em outras resenhas que fiz de suas obras já comentei: ele escreve de forma pensante, um tanto quanto poética. A mim sempre soa como se eu estivesse ouvindo os pensamentos de alguém, ao invés de lendo páginas cobertas de palavras. Em Talvez Nunca mais um País, romance distópico, Flavio se mantém fiel ao seu estilo.

Aqui conhecemos Miguel, seus amigos e seus amores. Enxergamos um mundo novo, que de novo não tem nada além de tragédia. O planeta passou por mudanças catastróficas e nada mais é como conhecemos hoje, um vírus causou o desmoronamento da sociedade financeira que conhecemos hoje. Outro destruiu as capacidades e saúde das pessoas. Dois pontos fracos da humanidade. O que sobra depois disso não é nada animador. Nem bonito.

Porém o autor consegue demonstrar uma faceta que raramente é retratada ou assumida como importante em histórias distópicas. A vida que segue. Depois de arrasado o mundo, dá para sorrir? Dá para sonhar? Dá para fazer planos? Há amizade, amor, companheirismo, fidelidade? Em uma narrativa que beira o comum necessário em contrapartida frente ao caos, Flavio conta que sim.

Eu particularmente me assombro com a facilidade que o ser humano tem de se adaptar. Situações, barreiras e imposições que, à primeira vista, seriam impossíveis, na necessidade o homem aprende, se adapta e consegue conviver. Se molda e se faz novamente para se perpetuar. Enxerguei isso com clareza na história de Miguel. A adaptação ao mundo pós apocalíptico e a renovação da esperança. Sempre.

O autor ressuscita o passado para corroborar com o presente, o que ajuda o leitor a vislumbrar os porquês dos comportamentos e situações. Achei muito interessante esta troca de tempo, porque se caso a história se fixasse no mundo pós catástrofe acho que a história ficaria séria demais, triste demais ou ainda pesada demais. As situações inusitadas que Miguel e seus amigos vivem traz um tanto de comicidade à obra, nem que seja só pelos nomes/apelidos de alguns.

A convivência entre homem e máquina está presente na trama, fazendo o leitor vislumbrar um pouco de histórias scifi e nos remete à Assimov (inclusive citado na obra). Gostei da relação homem-máquina apresentada pelo autor, que demonstra que esta relação não é em todo perigosa, como muitos costumam pensar, e também não é a solução de todos os nossos problemas, como outros ainda pensam… é uma relação… e só. Com altos e baixos, como qualquer outra.

Em determinado momento a trama recebe um tom mais urgente e palpitante, e tudo termina (ou não termina?) gerando uma sensação boa no leitor. Que sensação? Só lendo para saber…

A publicação da Delirium ficou excepcional. A diagramação e revisão estão muito bem feitas. A capa faz a gente viajar. Meio que: “acho que está retratando isso”, mas pode ser que nada tenha a ver com o que pensei. Não importa. Ela é um tanto quanto surreal e está diretamente ligada à trama.

Em suma, leitura recomendada!

site: http://www.escrevarte.com.br/2015/09/talvez-nunca-mais-um-pais-flavio-p-oliveira-delirium-editora.html
Flavio P. Oliveira 26/11/2015minha estante
Adorei, é bom ser... pitoresco, rs.
:D




Lu 19/11/2015

Criativo! Adorei!!!
Pensei por muito tempo sobre o que diria sobre esse livro e ainda não sei ao certo quais palavras usar... Vamos ver se consigo expressar tudo o que essa história me fez sentir! rs

Bem, a primeira coisa que posso dizer sobre a escrita do Flavio é que é diferente e seus livros são inovadores e criativos. Ele não segue as mesmas receitas que estamos cansados de ler e reler por aí. Ele muda, inova, derruba barreiras e cria seu próprio estilo e até gênero. Eu tive a oportunidade de ler outros livros do autor, mas esse é, sem dúvida, o melhor de todos!!! É uma mistura de distopia com doideira (bem o estilo dele rs), com humor, críticas sociais, claro, e até mesmo um romance, embora apenas pincelado. Apesar do autor alterar constantemente o passado e o presente e às vezes até mesmo o futuro, o livro não fica nem um pouco confuso! Achei a técnica do Flavio espetacular. O livro vai nos dando as respostas aos poucos, explicando a doença do século que mudou a sociedade, mas não de forma linear. Nós conhecemos seus amigos atuais, seus amores, amigos dos passado e até mesmo seus avós, e somos capazes de sentir toda a aflição, esperança e conformismo no decorrer da história.

Talvez Nunca Mais um País é um dos melhores no seu gênero. Nos faz questionar a sociedade e as nossas próprias ações, nos faz sentir tristeza e pena pelo destino de alguns personagens e nos faz rir, seja da ironia dos acontecimentos, seja da capacidade do autor em criar situações totalmente inusitadas.

Já disse e repito: sinto um estilo Machado de Assis nas histórias do Flavio. Este livro me fez novamente ter a certeza de que ele busca sempre algo mais ao escrever. Recomendadíssimo para todos que curtem uma excelente leitura.
Flavio P. Oliveira 20/11/2015minha estante
Emocionado com a resenha do meu Talvez Nunca Mais um País... Fiquei com lágrimas nos olhos. Obrigado, Lu. :D




Helaina 29/10/2015

Único, criativo e extremamente verossímil!
Escrito em primeira pessoa, vamos conhecendo o futuro onde vive Miguel, o protagonista. Apesar da situação bastante ruim na qual sobrevive, ele sempre nos lembra que está em um dos melhores setores onde a vida é relativamente boa.

Miguel nos conta sobre o seu presente alternando com histórias do seu passado antes do mundo ter sido devastado e dividido em setores. Nesses trechos conhecemos seus amigos do colégio e seus avós, por quem ele foi criado.

Uma peculiaridade do autor é usar em algumas passagens os verbos no futuro enquanto descreve as ações de seus personagens. No princípio é um pouco estranho, mas logo que nos acostumamos, a leitura flui tranquila.

A estrutura do texto também é um pouco diferente do que estou acostumada. Além dos capítulos serem curtos, os trechos de narrativa dentro de cada um também são bem curtos. Essas passagens, por vezes, vieram sobre um mesmo acontecimento em sequência, ou como fatos distintos, como quando, por exemplo, o narrador relata acontecimentos do seu passado entre acontecimentos do seu presente. Algumas vezes esse recurso me fez sentir uma quebra no fluxo da história, mas não atrapalhou, apenas fez eu ficar com mais curiosidade sobre o que aconteceria depois.

Eu adorei a história e fiquei com uma vontade imensa de saber o que acontecerá depois do final que realmente me surpreendeu. Tem que ter continuação, Flavio!

Eu recomendo Talvez nunca mais um país para quem gosta de distopias e está à procura de algo diferente das atuais.

Leiam a resenha completa no blog: Mente Hipercriativa

site: http://hipercriativa.blogspot.com.br/2015/10/resenha-talvez-nunca-mais-um-pais.html
Flavio P. Oliveira 20/11/2015minha estante
Adorei, é bom ser diferente.
:D




Pâm Possani 14/10/2015

Impecável
Vou começar com a resenha dizendo que se você quer uma leitura completamente diferente , é esse tipo de leitura que você está procurando. Calma, eu não disse "estranho" nem nada de muito absurdo como sair gritando caroço com uma melancia no pescoço (que isso, pâm?) eu disse "diferente": com nomes diferentes, com personagens diferentes, com uma visão diferente sobre tudo que eu leio.
Talvez nunca mais um país é um romance distópico que veio para encantar, para confundir e para fazer pensar muito - como seria viver numa cidade, que nem é bem mais uma cidade como conhecemos hoje - após contato com vírus e muitas mortes e destruição e bem... Sobrou muito pouco do que conhecemos hoje. Como é viver em um lugar desse jeito?
Um Rio de Janeiro na "Idade da Reconstrução", uma doença com um nome peculiar (Hoosbardo, esse autor é a pessoa mais criativa que eu conheço, gente) que faz a pessoa parecer uma uva passa ou uma ameixa seca, o que significa que não é nada legal. A doença, uma doença, a pessoa, um doador a cada dez mil, pouquíssimas pessoas realmente saudáveis. Isso, por vezes, faz parte da nossa realidade, mas de um jeito diferente, que às vezes, acabamos fingindo que não existe. Que é só ficção.
Algo que achei muito interessante foi a convivência dos personagens na cidade e nas cidades. Nunca li (pelo menos até agora) em distopias, cidades destruídas em que os personagens ficassem vivendo com os destroços, aprendendo a se reconstruir nestes mesmo lugares, com robôs de memória curta no lugar do nosso Correio (seria eficiente no lugar da entrega que temos hoje? Fiquei pensando....), dentre muitos outros pontos.
Achei muito interessante e como o autor é formado em Ciência da Computação e eu faço Sistemas, também me senti mais próxima do tema pensando "será que algum dia seremos assim?", cheios de robôs por todos os lados, robôs que lêem nossas retinas para entregar mensagens, robôs que nos vigiam e temos noção o tempo todo disso...

Leia na íntegra, no blog Interrupted Dreamer

site: http://www.interruptedreamer.com/2015/10/resenha-talvez-nunca-mais-um-pais-de.html
Flavio P. Oliveira 20/11/2015minha estante
Adorei a resenha, adorei, adorei...
:D




"Ana Paula" 22/09/2015

"Quando dois vírus alteram o mundo...
Dois vírus criaram esta nova idade histórica, o primeiro consumiu as reservas de petróleo, o segundo deixou à beira da extinção a humanidade."

Talvez Nunca mais um País é um romance distópico que veio para quebrar paradigmas. O que você pensaria se estivesse a ponto de morrer? O mundo está acabado, as cidades foram divididas por setor e entre os poucos humanos que restaram, vivem autômatos que são encarregados de fazer o trabalho que antes eram feitos por homens. Máquinas que possuem inteligência e outras nem tanto... o que era belo agora ficou somente na lembrança, uma doença acabou com a humanidade que está quase em extinção. Tudo mudou, ou não....

Este é meu primeiro contato com a obra do autor Flavio Oliveira e devo dizer que fiquei sem palavras para descrever o que senti durante minha leitura. O protagonista, Miguel, é um homem vivido, que conta como foi sua vida enquanto lembra de um amor quase surreal. Mesclando passado e presente, Flavio nos coloca na mente do protagonista, durante boa parte do livro, não me senti lendo um livro, mas sim ouvindo um grande amigo contar-me suas desventuras. Um bom livro faz isso com o leitor, nos coloca na pele do personagem, no enredo e nos deixa ávidos por sabe mais e sentir mais.

"Mariana, a elegância de uma criação divina... Deus criou o mundo em seis dias, no sétimo ( criou a guitarra) descansou; a partir do oitavo gastou milênios projetando Mariana, a perfeição repleta de mínimos e graciosos defeitos."

Eu adoro distopias, é um dos meus gêneros preferidos e como não poderia ser diferente, Talvez Nunca mais um País entrou para minha lista de melhores leituras do ano. Não por ser um nacional e o enredo se passar no Brasil (precisamente no Rio de Janeiro), mas pela forma única que o autor conseguiu me conquistar: com sua narrativa em primeira pessoa quase poética, um personagem forte, porém solitário e diferente de tudo que já li.
Uma história forte, com um "Q" de realidade, mas também simples e romântica no ponto certo. Uma leitura fluída e cheia de significados.

A capa faz jus ao enredo apresentado, muito bonita e sem sentido aparente. A diagramação é simples, mas bem feita; possui letras em tamanho confortável para a leitura e páginas amarelas. Não encontrei nenhum erro de revisão. Por ser o primeiro livro publicado pela editora Delirium, parabenizo a simplicidade e a perfeição com que foi feito.

"Na segunda vez, sete homens em estado terminal ultrapassaram o limite externo e vieram morrer do lado de cá. Não desmaiaram, apenas morreram, como se tivesses aguardando o memento exato da morte para morar no paraíso."

Sem mais, super indico a leitura. Vale a pena se aventurar por essas páginas e deixar a realidade se tornar algo que, talvez, nunca mais seja tão verdadeira.

site: http://www.livrosdeelite.blogspot.com.br/2015/09/resenha-talvez-nunca-mais-um-pais.html#.VgFNR99Viko
Flavio P. Oliveira 20/11/2015minha estante
Adorei, especialmente por você ter ficado sem palavras, rs.




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