O Órfão

O Órfão Mariana Lucera




Resenhas - O Órfão


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Lethycia Dias 15/07/2020

Incoerente e mal-escrito
Esse e-book estava no meu Kindle há muito tempo, e preocupada com a grande quantidade de livros antigos não-lidos, resolvi começar a ler no início de julho. Apesar do tempo que se passou desde quando o baixei, a sinopse ainda me interessava, e o prólogo e o primeiro capítulo, pelo menos, me intrigaram; pareciam promissores. Mas a partir disso, comecei a me decepcionar, e vou explicar os motivos.
A adolescente Florence Force e sua mãe, Janice, se mudaram há pouco tempo para a pequena cidade de Fancywood. As duas vivem reclusas e Florence não frequenta o colégio local, mas seu destino se entrelaça ao de Pircy Almond quando ele a resgata de uma tentativa de suicídio no lago da cidade. Aos poucos, ele vai conhecendo os mistérios da vida de Florence e os dois vão de apaixonando.
Conforme esses mistérios se revelam, as incoerências da história também. Como o fato de que Florence não pode se suicidar, porque é imortal, e ela sabe disso. O leitor, porém, não sabe. Essa informação é jogada no colo do leitor no capítulo 5, quando Pircy teme "ter se metido em algo ainda mais estranho do que ser apaixonado por uma garota imortal e amaldiçoada". Quem revela isso é o narrador, como se fosse uma informação que Pircy já tinha. Pouco antes disso, no mesmo capítulo, Florence afirma que sua vida foi "um inferno nos últimos 30 anos", o que faz não sentido na hora, porque até então, o leitor não sabe que Florence não envelhece e que é imortal. Um dos problemas desse livro é a forma que as informações importantes são dadas, gerando reações estranhas e fazendo tudo parecer sem sentido.
O narrador dessa história é um livro, o que me deixou muito intrigada desde o início. É o narrador mais incomum que já encontrei. O problema é o narrador relatar fatos que ele não tem como saber, por não ter presenciado, e tentar justificar isso com o fato de ser um objeto mágico. Sem querer dar spoilers, mas o narrador continua contando a história mesmo após ter sido supostamente destruído.
Florence e Pircy entram numa trama sobrenatural que envolve demônios, tentativas de trazer alguém de volta da morte e uma luta do bem contra o mal. Mas há personagens que são apresentados nessa história como ameaças em potencial e que de repente se revelam amigos, como as irmãs Prudence, duas velhinhas que vivem numa cabana no meio de uma floresta. Porém o contato inicial de Florence com as duas parece não ter nenhum objetivo na história além assustar o leitor. Elas afirmam caçar "pessoas como Florence", porém resolvem ajudá-la sem nenhum motivo aparente além do fato de haver outro inimigo para combater. Outra coisa curiosa é a existência de uma sociedade secreta, cuja sede fica localizada em um castelo medieval na cidade vizinha. Bem discreto! Ninguém perceberia.
Fora essas e outras incoerências, o livro ainda carrega uma série de frases feitas e lugares-comuns de histórias adolescentes que soam mal, como "Você não é como os outros garotos", "Eu sou diferente dessas garotas", e coisas desse tipo. Todo o texto tem frases construídas de forma estranha ou confusa, adjetivos desnecessários ou que não fazem sentido no momento em que são usados. Alguns exemplos são dizer que é "provinciano pedir [um livro de] Shakespeare em uma cidadezinha como Fancywood", ou mencionar coisas como "copo perfeito", "irrevogavelmente bizarro", "puramente afrontado". Me parece que nesses trechos, a autora não encontrou as melhores palavras para usar. O texto também apresenta erros na regência verbal e nominal, com verbos conjugados de acordo com o objeto direto ou indireto, ao invés de concordarem com o sujeito da oração. Muitos pronomes também são usados de forma inadequada, como o "cujo" e suas variações.
Além de ter uma história com problemas de escrita e de narrativa, o romance entre Florence e Pircy é uma coisa muito estranha, em que não sabemos se Pircy está sendo afetado pela maldição de Florence ou se está apaixonado de verdade. Sem falar numa das piores cenas de sexo que já li, com gritos e sangue, parecendo um estupro.
Foi difícil terminar de ler esse livro, e ele me irritou bastante. Só continuei lendo pela curiosidade com a trama sobrenatural, e mesmo assim, não valeu a pena.

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Ro Tonks 06/10/2015

E se uma história fosse contada por um livro?
Querendo ou não, eles são os melhores amigos dos leitores assíduos. Estão sempre presentes, seja dentro de uma bolsa, em cima de alguma mesa, nas mãos do leitor ou mesmo dentro da estante, a espreita do que acontece ao seu redor. É com esse narrador onipresente que Mariana Lucera nos presenteia com um romance sobrenatural.

Pircy é um rapaz adolescente que vive em uma cidadezinha pacata chamada Fancywood. Igual a todas as cidades do interior, eu mesma morei em uma durante muito tempo e sei bem o Pircy passa, Fancywood está cheia de pessoas que querem saber da vida de outras. Olhos que espreitam quando o filho do vizinho chega tarde, bocas que comentam que a filha do Senhor Popular está usando drogas.

É na rotina de ser o nerd da cidadezinha, que o mundo de Pircy muda radicalmente quando vê uma menina tentando se matar no lago congelado da cidade. Quando Pircy se encontra com Florence, Fancywood deixa de ser só mais uma cidade pacata, para se tornar uma cidade cheia de segredos, tramas, demônios, sombras e muitos mistérios.

O enredo já cativa o leitor desde o começo. O livro, narrador da história, nos conta que viu a morte dos dois principais personagens, Pircy e Florence. Ele, presente no momento, nos conta como foi ver tanto Pircy, como Florence, darem um tiro na própria cabeça.

Se você leitor não ficar curioso com o que acontece depois disso, deixo o convite para se retirar desta publicação, pois nada mais te deixará curioso. Entre o tempo que o livro descreve a morte dos personagens até o momento que isso de fato ocorre, nós conhecemos a história de Pircy e os mistérios que rondeiam a vida de Florence.

Um enredo criativo, que te deixa na ânsia de entender como foi que os dois personagens chegaram ao ponto de tentar se suicidarem até o final do livro. E que final! O epílogo te deixa sem fôlego. Eu literalmente não estava respirando no último parágrafo e ainda soltei um “maaaaaaaaaaaaaassa” quando terminei de ler.

Mariana Lucera tem uma imaginação brilhante, constrói histórias dignas de se tornarem best-seller e com O Orfão não ficou para trás. Um livro que a curiosidade move o leitor, e a ânsia de descobrir a explicação de tudo só se encerra quando o último parágrafo é lido.

site: http://www.tri-books.com/2015/10/resenha-o-orfao.html
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Celly 29/10/2015

A autora escreve como canta uma sereia...
Baixei o órfão em uma promoção na Amazon, dessas onde o livro fica um dia ou dois de graça e depois volta ao seu preço normal. Baixei ele e outros de forma meio automática, apenas para aproveitar as promoções da Amazon. Não tinha a intenção de ler, ainda assim fui carregar o livro no meu dispositivo Kindle para os dias sem internet, entretanto, assim que o livro abriu e comecei a ler as primeiras palavras, fiquei ali lendo sem querer desgrudar da tela para fazer outra coisa. Isso por que Mariana Lucera escreve como canta uma sereia, sedutoramente. Não sei se é por que eu sou mórbida e curiosa ao extremo, mas o fato é que o primeiro capitulo te sentencia a ler o livro até o final. Não há como fugir, o órfão, narrador ‘personagem’, é um malandro manipulador sem igual que te induz página por página a desvendar todo o mistério orquestrado ali naquele primeiro capítulo.
O que mais me chamou a atenção, antes da história, foi a escrita, a forma como a história é narrada é o que faz toda a diferença. Primeiro, o livro é narrado por um livro, não um livro qualquer, um livro sórdido, de personalidade feroz e de língua afiada. Isso mesmo, um livro com todas essas qualidades narrando uma história, não há como não tirar o chapéu para a autora. E a escrita é inteligente, não é aquela narrativa desleixada e sem tato que a gente se depara tanto entre os títulos da Amazon, o órfão demonstra mesmo ser uma mente sagaz, afiada, encadernada, de capa preta sem graça, e sem nem mesmo um autor para chamar de seu, mas de uma mentalidade desafiadora. Assim é o nosso narrador à medida que vai apresentando a história, dando sua opinião sobre os personagens (manipulando a nossa opinião), e desvendando aquele enigma apresentado no primeiro capitulo.
Alguns elementos da história são bem clichês, e há alguns estereótipos bem evidentes, mas não importa, o órfão já nos seduziu. Já estamos totalmente seduzidos por Florence Force, a mocinha paranormal que parece que saiu das páginas de um livro do Stephen King, se King, além de tudo dosasse seus personagens com uma dose extra de sensualidade e beleza física. Também não há como sentir empatia com Pircy Almond, o mocinho nerd (aleluia que escreveram uma história onde o mocinho é um nerd fã de Star Wars) doce e bobo, do tipo de comete heroísmos por que não vê a hora de se tornar um heroi romântico igual os dos livros que tanto se entupiu de ler a sua vida toda. As vezes Pircy se mostra um tonto inepto que da raiva, mas em outras a gente esquece tudo por que, bem, ele é um nerd fofo mesmo, do tipo de criatura inofensiva e ingênua que a gente não consegue não amar e torcer a favor.
Pircy Almond salvou Florence Force de um afogamento, ou ao menos ele tentou salvar, e assim a garota misteriosa que tem o corpo todo coberto de cicatrizes, e cujo o nome, se falado inteiro provoca tremores ou faz coisas explodirem, entrou em sua vida. Florence se sente ligada a Pircy por isso, e tem uma leve esperança de que com Pircy a maldição que a persegue, a mesma que faz as pessoas se suicidarem a sua volta, principalmente garotos que ela seduz, não terá efeito, ou agirá de forma diferente. A verdade é que Floresce está começando a despertar para a sua realidade fenestra, começa a rejeitar a sua maldição e pela primeira vez, começa a se importar com alguém. Isso faz com que a sina de Florence realmente mude. Ela espera contar pela a primeira vez com a ajuda de alguém para desvendar os mistérios que cercam o seu renascimento e em seguida sua maldição, e espera encontrar um jeito de se livrar do apanhador de almas que a persegue e que a cada ano cobra uma vida a ela. Pircy e Florence se apaixonam enquanto que vão descobrindo que a chave para todas as respostas que procuram pode estar está ali, na cidadezinha onde a garota foi parar com a mãe, a pequena Fancywood.
Para formar um triangulo amoroso ainda há o irmão de Pircy, Alfred Almond, o bonitão capitão do time, filho predileto e por quem todas as garotas caem aos pés. Alfred é o responsável pelo o declínio da história, há de se admitir, por ser um clichê, por fomentar a estúpida ideia de que um romance só se faz com um belo triangulo amoroso a lá Crepúsculo, e por que a personalidade de Florence parece fraquejar e se contradizer diante dele. Eu sou muito passional quando me envolvo com um livro, e confesso que no momento em que Florence aceita o flerte de Alfred, calculando que talvez ter um atleta valentão ao seu lado seja mais vantajoso do que um nerd hesitante e mirrado, nesse momento eu quase larguei o livro com um sentimento de traição e decepção. Felizmente os anos tem me legado mais sobriedade, e paciência e a autora ao menos um pouco não se limitou ao clichê ao trabalhar o personagem.
A história tem pontas soltas, discrepâncias, a gente acaba percebendo que a história não é exatamente aquilo que a gente pensava lá no inicio, mas grande parte disso pode ser perdoado se o leitor se fizer de bobo e lembrar que a história é narrada por um livro, nem todos os livros dizem a verdade, principalmente quando tudo o que ele deseja é ser ouvido, fazer com que a gente o leia, e a verdade é que esse órfão é um grande safado manipulador.
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Nay 17/11/2015

‘Eu estava sobre o colo de Pircy Almond quando ele tombou de borco no chão. Havia acabado de suicidar-se com um tiro no crânio. ” Esse é o primeiro trecho de O Órfão, e também o que me motivou a lê-lo.
No início da leitura tive uma impressão bem erronia do que me esperava. Tenho um relacionamento especial com livros trágicos, suicidas e dramáticos, achei que seria um desses.
Mesmo não sendo o que eu esperava, se trata de um livro muito bom. A história é contada por um livro, ele é nosso narrador e, ainda que desprovido do mérito, o personagem principal da trama. Ele, O Órfão, nos conta como seus leitores Florence e Pircy passaram por tudo o que ele descrevia a respeito de uma maldição.
Ainda que não se tratando do meu tipo literário preferido, o livro me prendeu bastante. Mariana Lucera, me atrevo a dizer, é uma grande escritora, que nos transporta para a história e nos aprisiona nos mistérios que à envolvem. Bem, esse é um livro que quero na minha estante.

site: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=822004114578864&set=a.625127034266574.1073741835.100003078508437&type=3&theater¬if_t=like
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Rafa Baccon 06/03/2021

Pircy Almond vê uma bela de uma garota no lago, Pircy vai tentar salvá-la mas acaba sendo salvo pela garota a Florence Force.
Florence é uma garota cheia de mistérios, não vai a escola e nem sai de casa, sua mãe também é só mesmo jeito que a filha.
Com o involvimento de Pircy com Florence acaba acontecendo várias coisas sinistras e que juntos precisarão enfrentar tudo de ruim pra poder se salvar.
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Gente achei o e-book desse livro no meu kindle que foi baixado a muito tempo e acabei esquecendo dele, o livro tem um universo bem diferente, bem interessante, a leitura fluiu super bem apesar que teve partes que a leitura foi um pouco lenta mas vale a pena conhecer esse livro.
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