MarcosQz 03/04/2021
"É uma triste conclusão que todas as ditaduras deixam tal morte e destruição em seu rastro."
Já no prefácio o autor diz algo que é a mais pura verdade, temos mais contato com as ditaduras através de livros do que contatos pessoais.
Sharp apresenta uma pequena tabela comparando países livres e não-livres de governos ditatoriais entre o período de 1983 e 2009, apesar do número de governos ditatoriais diminuir isso não quer dizer que golpes não continuem acontecendo. Sharp fala sobre a luta não-violenta, já que os ditadores são sempre mais equipados para aplicar sua violência, quem combate violência com violência raramente traz uma democracia. Assim como interferência estrangeira, raramente eles vão agir em benefício da sociedade daquele país, sempre há um interesse, exceção se o país estrangeiro apoia um forte e conhecido movimento interno de resistência.
Fala sobre negociações entre governos ditatoriais e uma resistência democrática, mas nem tudo pode sair como planejado ou acordado, então, como confiar? Como acreditar? O que e onde seder? Fala também sobre não colaboração com as regras, como burlar, interferir e como atacar de forma não violenta e das estratégias que devem ser bem elaboradas e divididas caso necessário, estratégias de curto, médio e longo prazo, que devem ser bem pensadas e praticadas. Sharp apresenta várias técnicas de ações não violentas contra uma ditadura, que podem levar ao fim delas, desde se bem trabalhadas.
Ao final do livro o autor apresenta um apêndice com métodos de ações não-violentas para se colocar prática, não que todas possam funcionar, depende de um país ou outro, das condições da resistência e outros aspectos.