Mulheres de cinzas

Mulheres de cinzas Mia Couto




Resenhas - Mulheres de Cinzas


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Adriana261 04/01/2022

Meu primeiro Mia Couto
Esse livro tem uma poesia e sensibilidade incríveis. A estória é repleta de metáforas que pode deixar a leitura confusa, porém não deixa de ser um belo livro. Foi uma ótima experiência, no entanto não sei se lerei o resto da trilogia.
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Naty 01/11/2021

Me fez pensar bastante sobre a colonização, principalmente aquela parte que não paramos muito para perceber, como os locais viram tudo aquilo? Aquela crise de identidade de ser um ou o outro, o julgamento dos outros se vc decide se conformar aquela situação e inclusive as mentiras dos colonizadores que, falaram se importar, mas não mexeram um músculo para defender eles. No final, todos temos um pouco de morcego, estamos entre dois mundos, sem saber, ao certo, quem somos.
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Literatania 17/10/2021

Mulheres de Cinzas. 1° das Areias do Imperador.
Sempre em suas entrevistas, Mia Couto diz que o ato de escrever é um processo de revisitação do passado. Foi assim com Camões, Saramago, Euclides da Cunha e outros grandes escritores da literatura em língua portuguesa.
Neste incrível romance, ?Mulheres de Cinzas?, primeiro livro da triologia ?As areias do Imperador? temos um retrato do infeliz período histórico da colonização de Moçambique (século XIX), os conflitos entre os portugueses colonizadores, e as etnias contra o império africano de Gungunhane.
É através da voz e do olhar da africana Imani, a narradora, cuja identidade é constantemente questionada por ter sido educada por uma missão portuguesa, que veremos uma África, que embora tente resistir, cederá lugar a uma nova identidade africana, caracterizada pela mistura de crenças, culturas, e a desmistificação dos valores tradicionais africanos . Ela sintetiza a cultura africana, os conflitos étnicos e religiosos. Imani é a metáfora da África ingênua e ao mesmo tempo guerreira, mas que se deixa seduzir pelos olhos azuis do europeu Germano, personagem este, que divide a narrativa com Imani.
A voz narrativa de Germano é o olhar do exilado em terras africanas que oscila entre o amor que sente por Imani e o preconceito, e incredulidade devido às diferenças culturais entre eles. Por meio de imagens grandiosas, o romance antecipa o declínio do império português e a vitória do africano sobre sua terra, e a permanência de sua identidade híbrida. A fabulação em linguagem poética do romance não se prende a História em si, mas deixa aberto as várias possibilidades de leitura sobre a impermanência identitária tanto dos africanos como dos portugueses em Moçambique. É simplesmente belíssimo! Vamos ao romance 2.
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Poly 12/09/2021

A poesia em meio a guerra
Mia Couto nos conta os horrores da guerra que assolava seu país Moçambique no século XIX.

Através da vida de Imani, uma adolescente que foi alfabetizada em Português e se torna intérprete de um general, que está cumprindo pena em Moçambique. Conhecemos tanto o lado das tribos que lutavam pelos portugueses quanto suas resistências.

O autor nos mostra o horror da guerra através de sua escrita poética o que dói, mas enche de beleza a narrativa.

Os capítulos se alternam entre textos muito poéticos da experiência de Imani como mulher que é completamente invisiblizada em meio a guerra.

Com as cartas do general ao seu comandante e sua dúvida sobre a fé tanto na coroa portuguesa como no catolicismo, frente a realidade completamente diferente em que ele se encontra.
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day t 06/09/2021

Incrível!
Comecei a ler Mulheres de cinzas logo depois de ter lido Terra sonâmbula, então já imaginava o que esperar em relação ao tipo de escrita e densidade da história. Particularmente, gostei bem mais de tudo. Mia Couto tem uma capacidade de envolver a gente, de escrever de uma forma profunda mas simples e poética, de falar de coisas que nos doem com uma beleza muito comovente. Faz a gente pensar MUITO sobre toda a desgraça da colonização. Mulheres de cinzas é um romance histórico, que conta a história do sul de Moçambique no final do século XIX, quando Ngugunyane (o último dos líderes do Estado de Gaza) imperava. Fala da disputa entre os colonizadores portugueses e Ngugunyane pelo domínio das terras e, entre eles, uma tribo que se nega a aceitar qualquer um dos lados. A história é contada por Imani, que faz parte dessa tribo, e pelo sargento português Germano. É um livro lindo, forte, que faz a gente pensar. Achei bem antropológico, bonito, triste, envolvente. Uma aula dada através de um romance. Já tô doida pra ler os demais volumes dessa história. Indico geral!
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Mary Manzolli 11/07/2021

Imersão na cultura africana
Mulheres de Cinzas é o primeiro romance histórico, da trilogia "As areias do Imperador", obra em que Mia Couto nos leva à Moçambique, durante a colonização portuguesa, para nos contar a história do império de Gaza, o segundo maior império africano liderado por um nativo, cujo último monarca foi Ngungunyane, e sua luta contra os avanços da dominação portuguesa, que lá chegando se impuseram como donos de terras habitadas desde sempre pelo povo nativo.
A história é contada através dos olhares da jovem Imani, nativa da tribo dos VaChopi, uma das poucas tribos que se opôs ao imperador, apoiando, assim, a colonização portuguesa, e do sargento português Germano de Melo, mandado ao vilarejo para lutar contra o imperador Ngungunyane.
É uma imersão na cultura, tradições e crenças de um povo e também é sobre resistência em não permitir que as histórias dos verdadeiros donos daquelas terras fossem apagadas pela invasão do homem branco, sem perder o lirismo, a poesia e a leveza.
Mia Couto mistura história, folclores e feitiçarias ao mesmo tempo em que narra todos os horrores da guerra, de modo que nos choca e nos apazígua a alma simultaneamente e nos leva à reflexão de que não obstante os corpos possam ser escravizados, o espírito sempre será livre.
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Fabi 30/06/2021

Não desta vez...
Um livro escrito de uma forma linda e de uma importância gritante, mas que não me fisgou. Não me comoveu como eu esperava.
Não sei dizer exatamente o que foi, talvez eu não estivesse pronta para ele ainda.
Ainda quero dar outras chances ao Mia, mas talvez daqui alguns anos.
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Paulo Henrique 20/06/2021

Imani a sem nome.
Uma leitura agradável e envolvente, onde o escritor Mia Couto traz um pouco da vida sofrida de um continente sofrido. A história da menina Imani e a beleza das frases, combinadas com a superstição de um lugar onde a miséria leva a acreditar em muita coisa, prende o leitor do início ao fim. O que me encanta em Mia Couto é como ele retrata de maneira magistral uma vida de sofrimento.
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Margô 13/06/2021

Covas de Armas.
Sou fã de carteirinha de Mia Couto. Propensa a gostar das obras do autor só pela empatia existente e comprovada ( amei a palestra dele!).
Porém, meu coração de chiclete, não foi muito grato à obra que ora concluí.

Sei do potencial desta narrativa, e do quanto é pertinente as coisas ditas em cada página, com o digno propósito de apresentar o domínio Português sobre Moçambique...

Mas, confesso que o lirismo de Mia Couto, às vezes, me lesa o raciocínio, e os olhos veem sangue e dor...sim, mas as coisas ficam como que "suspensas". De onde veio? Como foi? Por quê morreu? ( Eu querendo colocar elos nos fatos ...rss)

Então, as causas se perdem como águas aligeiradas descendo o leito do rio, borbulhando segredos inescrutáveis!

Gostei do que li, mas queria menos fantasia , e mais realismo!
Acho que foi isso.
Fabi 30/06/2021minha estante
Sua resenha expôs justamente como me senti com esse livro! Rsrs fiquei triste porque queria muito ter amado, justamente por reconhecer a grandeza do texto... Mas não rolou!


Margô 02/07/2021minha estante
Pois é Fabiana... às vezes o autor fica em dívida com o leitor...rsss. Quem manda ser sempre bom!??? ?




Diego 16/02/2021

O livro, primeiro da trilogia As areias do Imperador, nos apresenta a dureza do período colonial através das cartas trocadas entre os portugueses e da visão mágica, triste e cheia de poesia de Imani.
Essa trilogia é de longe a minha obra favorita.
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Carolina 20/01/2021

Já havia lido outro livro do Mia Couto. Este, o primeiro de uma trilogia, é ambientado no fim do século XIX, em Moçambique, em pleno período colonial.
A história é contada através de duas perspectivas: Imani, uma jovem moçambicana que foi criada em uma pequena vila e domina a língua portuguesa. E, Germano, um sargento português enviado para Nkokolani, a vila na qual Imani morava.
Através de narrativas entremeadas entre os dois personagens, conhecemos um pouco mais sobre a cultura moçambicana, a violência da guerra e da colonização e das perspectivas de cada um sobre o mundo.
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Xavier 18/01/2021

É uma leitura lenta do incio ao fim, mas com capacidade para te prender.
O autor coloca a visão do colonizador e da colonizada.
Trata de uma forma sensível, leve de temas como racismo, suicídio, sexismo.
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Juno 29/09/2020

Ótimo livro, recomendo. Mia couto sempre escrevendo coisas maravilhosas.
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Ludmilla 12/07/2020

Primeiro livro que leio do Mia. Gostei bastante. Forte, emocionante.
Irlene.Silva 23/07/2020minha estante
Pra mim também foi o primeiro. Achei triste, fiquei deprimida. Talvez eu não leia os outros da trilogia, embora tenha considerado o livro muito bom. Quem sabe em outro momento , quando passar essa pandemia?


Ludmilla 23/07/2020minha estante
Oi Irlene, é um livro triste mesmo. Como você disse, talvez seja mais adequado ler os próximos quando passar essa fase tensa. Tenho tido essa dificuldade em relação a filmes/séries.




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