spoiler visualizarjuliano 16/01/2022
Inicialmente a obra A Ilha das Sete Luas de Marcus Sedgwick é aparentemente um romance com nuances de suspense. Depois de apresentar mais o contexto e as pessoas, percebe-se que no romance há aspectos que remetem ao filme Midsommar, dirigido por Ari Aster. Assim sendo, enredo de filme de terror.
A obra segue dividida por partes e subdivididas em capítulos enumerados. Cada parte, porém, inicia-se com um salto temporal, mas aqui encontra-se uma impressionante idiossincrasia. Os saltos temporais são (spoiler) decrescentes, em outras palavras, retrocedem na história, contando a tentativa de duas pobres almas, por sete vezes, de ficarem juntas desde seu início, em épocas não datadas.
Eric, Erick, Erica, Eirik, Eirikr e outros tantos nomes, unido(a) não apenas romanticamente a Merle, Melle, Mele e seus outros tantos epítetos, por tantas épocas desde o alvorecer de sua historia, sendo não um início propriamente dito, mas um fim. O fim da vida de ambos, que os entrelaça com um juramento pelos séculos que hão de vir, na mesma ilha cuja flora pode muito bem prolongar a vida, como cessá-la.
A obra conta com uma narrativa simples em terceira pessoa, muito pouco prolixa. Um enredo, de início complicado, mas posteriormente tendo um desenrolar fluido, mas sem abrir mão dos plots. É um texto relativamente pequeno e instigante de leitura rápida. Recomendável pra quem se delicia com literatura fantástica e romances transcendentes além de ser pontilhado de terror psicológico trazidos por todos os aspectos misteriosos que quem estiver disposto a ler vai descobrir por si só.
Marcus Sedgwick é um escritor, musicista e ilustrador britânico. Foi influenciado em algumas obras pelo gótico de Poe. Ganhador de diversos prêmios, entre eles o Prêmio Guardian de ficção infantil. Atualmente vive em Sussex, na Inglaterra. E tem uma filha, Alice.