Bia 09/03/2016Resenha publicada no blog Lua LiteráriaOi leitores!!!!
Lexus é um livro, que mesmo antes de ler, já tinha um valor sentimental imenso pra mim. Primeiro por se tratar de uma obra escrita por um dos meus melhores amigos, Paulo Henrique Bragança.
O Paulo é um cara tão gente boa, com um coração tão grande. Ele começou escrevendo pequenos textos em seu extinto blog, Estante Jovem, e atraiu a atenção do público (inclusive a minha). Amante do gênero terror, participou da antologia Sombras e Desejos, e seu conto se destacou em meio aos demais.
Num dia, ele me enviou um capítulo de seu novo trabalho. Adorei a premissa, e me surpreendi ao ver que meu nome fora emprestado a personagem principal.
Maleficamente, ele me enviou apenas dois ou três capítulos, fiquei louca pelo resto da história. E o processo foi mais rápido do que esperava: a Editora Arwen se interessou em publicar, foram alguns meses de espera e ansiedade para que hoje, tivesse o resultado de um sonho que pude fazer parte em mãos.
Assim sendo, desde que li os primeiros capítulos, já era meu favorito. Chega ser antiético fazer uma resenha sobre ele, agora que vocês sabem toda a história por trás. Mas, eu preciso dizer minhas impressões da história, e dane-se a ética.
O nome do livro, Lexus, é dado devido a um laboratório gigantesco situado na cidade de Campos Elíseos. Tal laboratório é como se fosse o coração do lugar, gerava trabalho e consequente renda para a maioria das famílias ali situadas.
Dentre elas, destacamos o círculo familiar da adolescente Bia. Acompanhamos a vida rotineira do lugar. A garota, geniosa, por vezes madura e em outras, demasiadamente imatura.
Tem uma relação linda com seu irmão mais velho Lucas. Brigam como cão e gato, mas são totalmente grudados um no outro.
É possível enxergar, desde o início, a força que os irmãos têm. Íntegros, sempre dispostos a ajudar o próximo.
Acompanhamos algumas intrigas e acontecimentos banais entre eles e seus amigos, quando uma explosão ocorre. Todos se assustam com o barulho estrondoso, porém ninguém sabia que a escuridão se iniciaria ali.
As ruas serão um lugar perigoso e, sob situações extremas, as pessoas se transformam e têm reações imprevisíveis. - página 41
O laboratório desabou, muitas pessoas morreram, o caos tomou conta do local. Como se não bastasse, um vírus atacava, transformando os moradores em verdadeiros zumbis sedentos por sangue.
Tudo indicava que era um atentado terrorista, mas por que em Campos Elíseos? Que tipo de vírus era esse? Como sobreviver?
O mundo não está preparado para este tipo de revelação. - página 93
A leitura é muito rápida, porém cheia de ação e aventura. Adoro histórias com zumbis, e não podia deixar de gostar dessa.
Quem já tem familiaridade com filmes e livros que abordam “zumbis”, vai perceber que o autor fez um mescla para dar vida às criaturas: podemos ver uma inspiração dos clássicos dos anos 90, misturados com sua imaginação fértil original.
Ao contrário de muitos livros e filmes, os zumbis não foram o que me prenderam no enredo. A problemática por trás do aparecimento destes que foi a responsável. Intrigas e conspirações ganharam por total minha atenção.
Preciso ser franca e dizer o que foi negativo a meu ver. Uma das características do autor é a praticidade. Alguns pontos pediam mais detalhes, senti falta daquela enrolação que é clássica no horror.
Outros pontos realmente não pediam tantos detalhes, e tal praticidade acabou por auxiliar naqueles famosos sustinhos que sentimos ao assistir um filme com o tema.
Sobre os personagens: uma pena eu não poder contar muita coisa aqui, tão pouco dar dicas. Posso dizer que, como se trata de uma série, percebi que eles vão amadurecer com o decorrer da história. Minha personagem predileta é, sem sombra de dúvidas, Aurora. Ela é forte, destemida, enfim, tudo que quero ser quando crescer.
Desejo ao Paulo todo sucesso do mundo, e espero que ele colha logo os frutos de seu trabalho.
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