O Homem Integral

O Homem Integral Divaldo Franco




Resenhas - O Homem Integral


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Fefa 08/05/2011

Para ler, reler, ler de novo e outra vez...
Você levanta, sai para o trabalho ou faculdade. Faz suas atividades corriqueiras, cumpre com seus compromissos, nem sempre tem tempo pra mais do que a rotina. O estresse, o cansaço, as preocupações acabam se acumulando e o dia a dia ficando cada vez mais difícil. É nessa hora que palavras acalentadoras se tornam uma opção mais do que bem-vinda. O Homem Integral se encaixa neste exemplo por conter uma leitura edificante e elucidativa em suas páginas.

“...fazemos um estudo de diversos fatores de perturbação psicológica, procurando oferecer terapias de fácil aplicação, fundamentadas na análise do homem à luz do Evangelho e do Espiritismo, de forma a auxiliá-lo no equilíbrio e no amadurecimento emocional, tendo sempre como ser ideal Jesus, o Homem Integral de todos os tempos.”

Pontuando os vários aspectos do comportamento humano, como a relação do indivíduo com ele mesmo, com a família e no campo profissional, a autora espiritual Joanna de Ângelis nos chama para o despertar do inconsciente.

Sendo assim, a Psicologia e o Espiritismo se unem nesta obra para trazer o homem a ele mesmo. É o autoconhecimento o seu grande desafio. E inserido numa sociedade desajustada e inconseqüente, a busca pelo equilíbrio entre corpo e mente se faz imperativa. O homem precisa aprender que o ter não é nada além de uma condição efêmera da matéria, assim como o poder e o parecer são caprichos que só servem para alimentar o ego, o essencial é mesmo o ser. Mas neste terreno já cultivado, é preciso completar os estudos em determinados segmentos que ainda oferecem lacunas em sua compreensão.

É possível, em inúmeras passagens, recriar as situações que o livro aborda na própria realidade do leitor [claro que falo por mim, acreditando que não tenha sido a única]. O Homem Integral é um verdadeiro refúgio espiritual para aquele que se abre, sem preconceitos nem autodefesas armadas, para as verdades que concernem ao ser como um homem integral e para a única verdade, que é Deus.

O livro é recheado de ótimas citações. Eis uma das passagens que mais gostei, sobre autodescobrimento:
“Certamente não vem prematuramente o triunfo, nem se torna necessário. Há ocasião para semear, empreender, e momento outro para colher, ter resposta. O que se não deve temer é o atraso dos resultados, perder o estímulo porque os frutos não se apresentam ou ainda não trazem o agradável sabor esperado. Repetir o tentame com a lógica dos bons efeitos, conservar o entusiasmo, são meios eficazes para identificar as próprias possibilidades, sempre maiores quanto mais aplicadas.”

E outra sobre relacionamentos:
“O amor é uma conquista do espírito maduro, psicologicamente equilibrado; [...]É uma forma de ‘negação de si mesmo’ em autodoação plenificadora. Não se escora em suspeitas, nem exigências infantis; elimina o ciúme e ambição de posse, proporcionando inefável bem estar ao ser humano que, descomprometido com o dever de retribuição, também ama. Quando, por acaso, não correspondido, não se magoa nem se irrita, compreendendo que o seu é o objetivo de doar-se, e não de exigir. Permite a liberdade ao outro, que a si mesmo se faculta, sem carga de ansiedade ou de compulsão.”

Agora é só pôr em prática!
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Regine 23/03/2023

Excelente livro - muito completo
Livro muito completo com sugestões do que fazer e muitos insights sobre como lidar com a vida. Escutei em audiobook mas sugiro leitura, pois tive que voltar a escutar várias vezes. Acabei comprando o ebook para fazer marcações, porque valem muito a pena, com reflexões
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Jack Zack 26/01/2021

Está série psicológica nos proporciona a observação de certos detalhes referentes a estruturação da nossa própria personalidade direcionada pelos ensinamentos de Jesus que antes escapam da nossa observação.
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Jhonatan108 13/11/2021

O amadurecimento psicológico proveniente do autodescobrimento e do autoconhecimento é o ponto chave do livro , Joanna tem uma maneira muito própria de nos fazer refletir sobre nós mesmos , o livro é psicologia pura , abordado de uma maneira muito clara e simples , super indico a leitura para todos que buscam a auto iluminação ?
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Beto 26/02/2023

Bom livro
Um bom livro. Passa a ideia de que viver intensamente a existência humana, buscando se alinhar com valores culturais, intelectuais e espirituais elevados pode nos trazer satisfação e sentimentos de paz e de realização pessoal.
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Daniela200 13/02/2023

O Homem Integral
Segundo livro da série psicológica de Joanna de Angelis, psicografia de Divaldo Franco.
Leitura de média complexidade, porém profunda.
Acho similar aos demais livros da série que já li.
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HARRY BOSCH 13/08/2021

Psicologia Transpessoal
Segunda obra da série Psicologica de Joana de Angelis.Um convite ao autodescobrimento do homem integral,possibilitando o entendimento de nossos vazios existenciais...
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Marina 04/12/2023

O homem integral
Relido depois de 40 anos, são muitas lições a serem apredidas, muitas reflexões, muitas estratégias a serem esquematizado p o progresso espiritual a que o livro nos encaminha.

Vamos qu vamos
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Moitta 15/05/2013

Ama
De início, o vocabulário me pareceu um pouco rebuscado demais.
Cada frase, porém, vale o tempo gasto no entendimento. Um livro pra ser estudado, praticado.
Fiz mais copiar partes do livro do que uma resenha de fato.

Fatores de Perturbação: - Rotina; Ansiedade; Medo; Solidão; Liberdade.

Os valores da nossa sociedade encontram-se em xeque, porque são transitórios.
Os fenômenos fóbicos procedem das experiências passadas - reencarnações fracassadas - nas quais a culpa não foi liberada.
O irreal, que esconde o caráter legítimo e as reais aspirações do ser, conduz à psiconeuroze de autodestruição. É uma doença que ameaça o homem distraído pela conquista de valores de pequena monta, porque transitórios.
"O amor ao próximo como a si mesmo" após o "amor a Deus" como a mais importante conquista do homem.
Somente mediante a responsabilidade o homem se liberta, sem tornar-se libertino ou insensato. A violência jamais oferece liberdade real. A liberdade é um direito que se consolida na razão direta em que o homem se autodescobre e se conscientiza. Qualquer comportamento que coage, reprime, viola é adversário da liberdade. A busca da verdade - única opção para tornar o homem realmente livre.
Ser lúcido e responsável interiormente, portanto lúcido.

Estranhos Rumos, seguros roteiros:

- Homens aparência; - Fobia Social; - Ódio e suicídio; - Mitos.

A busca da realidade:

- Autodescobrimento; - Consicência ética; - Religião e religiosidade

A descoberta da própria inutilidade produzindo-lhe choque emocional, angústia ou agressividade, em mecanismo de defesa do que supões pertencer-lhe.
A fuga aturde, a ignorância amedronta, o desconhecido produz ansiedade, sendo todos esses estados de sofrimento. O autodescobrimento é também um processo de parto, impondo a coragem para o acontecimento que libera. Examinar as possibilidades com decisão e enfrentá-las sem mecanismos desculpistas ou de escape contitui o passo inicial.
A experiência do amor é essencial ao autodescobrimento, pois que somente através dele se rompem as couraças do ego, do primitivismo predominante ainda em a natureza humana. A sua aquisição exige um bem direcionado esforço que deflui de uma ação mental equilibrada.
A verdade faculta ao homem o valor de recomeçar inúmeras vezes a experiência equivocada, até acertá-la.
A preocupação com o parecer em lugar de ser gera homens espelhos, que não tendo identidade própria, refletem as alheias. Tornar-se autêntico é uma decisão definidora que precede a resolução de crescer para dar-se.
É preciso que o homem se arrisque, se aventure, mesmo que esta decisão o faça ansioso quanto ao seu desempenho, aos resultados. Ninguém pode superar a ansiedade natural, que faz parte da realidade humana, desde que não extrapole os limites, passando a conflito neurótico. A característica ansiedade neurótica é reveladora do medo do futuro e da solidão, vencida pela autoconquista.
A realização interior lúcida, se consegue através da coragem de o homem emergir da rotina e encontrar a própria identidade.


O homem em busca do êxito:

- Inseguranças e crises; - Conflitos degenerativos da sociedade; - O primeiro lugar e o homem indispensável

O que se nega em compromisso de direito é tomado em mancominação da força com o ódio.
O homem deve ser educado para conviver consigo próprio, com a sua solidão, com os seus momentâneos limites e ansiedades, administrando-os em proveito pessoal, de modo a poder compartir de emoções e reparti-las, distribuir conquistas, ceder espaços, quando convidado à participação em outras vidas, ou pessoas vierem envolver-se na sua área emocional. A educação deve estruturar-se em uma consciência de ser, antes de ter. Sem a preocupação de parecer.
Guerras exteriores surgiram pois os seus apaniguados viviam em constantes guerras íntimas, inseguros. A segurança íntima conseguida mediante o autodescobrimento, a humanização e a finalidade nobre que se deve imprimir à vida são fatores decisivos para a eliminação das crises. É necessário que se dê a transformação, a evolução dos conceitos, o engrandecimento dos valores.
Em nome da evolução, secedem-se as revoluções vazias que não oferecem nada capaz de preencher o espaço vazio que causam. O indíviduo perturbado ou pertura o grupo, sendo expulso pela reação geral ou tornando-se um câncer.
Em razão da insegurança pessoal, desconfiam dos sentimentos alheios. O conflito íntimo é matriz cancerígena no organismo humano. Sentindo-se incapaz de enfrentar-se, a busca de alguém capacitado a apontar-lhe o rumo e ajudá-lo a percorrê-lo é tão urgente quão indispensável.
A sociedade deve responder pelos elementos que a constituem, pelos conflitos que produz, assim como assume as glórias e conquistas dos felizardos que a compõem.
A competição surge, a fim de fortalecer a combalida personalidade do indivíduo que, carente de criatividade apega-se às experiências exitosas que outros realizaram para impor-se e, assim, enfrentar as próprias dificuldades. O homem tem o dever de abraçar ideias de enobrecimento pessoal e grupal, participar, envolver-se emocionalmente, fazer-se presente na comunidade, como complemento da sua conduta existencial.
Uma autoanálise cuidadosa, uma reflexão periódica a respeito dos valores reais e aparentes, a meditação sobre os objetivos da vida concedem pautas e medidas para a harmonia, para o êxito real do ser.
A finalidade da existência corporal é a conquista dos valores eternos, e o êxito consiste em lograr o equilíbrio entre o que se pensa ter e o que se é realmente, adquirindo a estabilidade emocional.

Doenças contemporâneas:
- O conceito de saúde; - Os comportamentos neuróticos; - Doenças físicas e mentais; - A tragédia do cotidiano; - O homem moderno.

O homem teima por ignorar-se.
Quando o homem moderno passar a considerar a própria imortalidade em face à experiência fugaz do soma, empreenderá a viagem plenificadora de trabalhar pelos projetos duradouros em detrimento das ilusões temporárias, observando o futuro e vivendo-o desde já, empenhado no programa da sua conscientização espiritual.

Maturidade Psicológica:

Habituada a criança a ter as suas necessidades e anseios resolvidos, imaturamente, pelos adultos, nega-se a crescer, evitando as responsabilidades que enfrentará. Acreditando-se credora de todos os direitos, cria mecanismos inconscientes de evasão dos deveres, reagindo pelas mais variadas como ridículas formas de atitude, nas quais demonstra prevalência do período infantil. O que se sucede são o adulto susceptível, medroso, instável, ciumento que não superou a crise da infância. Se refugia em mecanismos desculpistas para não lutar, mantendo-se distante de tudo quanto possa gerar decisão, envolvimento responsável, enfrentamento. Fugindo das situações que exigem definição, parte para as formulações e comportamentos parasitas, buscando nas pessoas que considera fortes.. Com efeito, cresce-lhe a área dos conflitos da personalidade, com a predominância da autocompaixão, num esforço egoísta de receber carinho e assistência, sem a consciência da necessidade de retribuição. Crê-se merecedor de tudo, em detrimento do esforço de ser útil ao próximo e à comunidade. Instável emocionalmente, ama como fuga, buscando apoio, e transfere a pessoa querida as responsabilidades e preocupações que lhe são pertinentes, tornando o vínculo afetivo insuportável para o eleito.
O homem nasceu para a autorealização; os problemas devem constituir-lhe meio de desenvolvimento em razão de serem-lhe estímulos e desafios, sem os quais o tédio se lhe instalaria, desmotivando-o para a luta.
Partindo de decisões mais simples, o exercício de ações responsáveis, nas quais o insucesso faz parte dos empreendimentos, o homem deve evitar os mecanismos de evasão , assim como as justificativas sem sentido. Toda fuga psicológica contribui para a manutenção do medo da realidade, não levando a lugar algum.
Todo esforço a ser enviado em favor da libertação dos mecanismos de fuga contribui para apressar o equilíbrio emocional, o amadurecimento psicológico, de modo a assumir a sua humanidade, que é a característica definidora do indivíduo: sua memória, seus valores, seus atos, seu pensamento.
Num bom relacionamento, não há predominância de uma vontade sobre a do outro, porém em bom entrosamento, que sugere a eleição da sugestão melhor. O afeto conquista sem se impor. A pessoa de personalidade infantil deseja o espaço do outro, sem querer ceder aquele que acredita seu.
Toda doação gratifica. Aquele que se recusa a distribuição padece a hipertrofia da emoção, mesmo estando na posse do excesso. Somente doa, cede, quem tem e é livre, interiormente amadurecido, realizado. Somente se perde o que não se tem, que é a posse da usura, e não o valor que pode ser multiplicado.
A reconquista da identidade: Ocultando a identidade, mascara-se com personalidades temporárias - e que são copiadas de pessoas que lhe parecem bem, aquelas que quebram a rotina e que, de alguma forma, fizeram-se amadas ou temidas. Na superficialidade da encenação, asfixia-se, mais se conflitando em razão da postura insustentável que se vê obrigado a manter. Com efeito do desequilíbrio, passa a fingir em outras áreas, evitando a atitude leal e aberta. É pessoa de difícil relacionamento, vez que tem a preocupação de agradar, não sendo coerente com a sua realidade interior e, mutilando-se psicologicamente, abandona os compromissos, as situações e amizades que lhe pareçam desinteressantes ou perturbadoras..
É um dever emocional assumir a sua identidade, conhecer-se e deixar-se conhecer. Deste modo o indivíduo tem o dever de enfrentar-se, de descobrir qual é a sua identidade e, acima de tudo, aceitar-se. Aceitar-se como se é estimula o autoaprimorar-se, superando os limites e desajustes por educação, disciplina e lutas empreendidas em favor de conquistas mias expressivas. A própria identidade é a vida manifestada em casa ser.

O prolongamento da idade infantil, em mecanismos escapistas da personalidade, faz com que a existência permaneça como um jogo, e os bens, como as pessoas, tornem-se brinquedos nas mãos de seus possuidores.
A integridade e a segurança defluem do que se é, jamais do que se tem.

A conscientização dos fenômenos neuróticos não deve engendrar vítimas novas contra as quais sejam atiradas todas as responsabilidades. Isso impede o amadurecimento psicológico do paciente, que busca justificar seus insucessos.
A experiência terapêutica exige os recursos técnicos e as pessoas especializadas para o tentame (falando de viagem ao passado), evitando-se apressadas conclusões falsas e o mergulho em climas obsessivos que impõem mais cuidadosa análise e tratamento adequado.
A consciência expressa-se em uma atitude perante a vida, um desvendar de si mesmo, de quem se é, equipando-se de lucidez que não permite mecanismos de evasão da realidade. Esses momentos de consciência impõem exercício, até que sejam aceitos como natural manifestação de comportamento. Para tanto, devem ser considerados os diversos critérios de duração, de frequência e de largueza, como de discernimento. Por quanto tempo se permanece consciente, em estado de identificação? Quantas vezes o fenômeno se repete e de que o indivíduo está consciente?

Plenificação Interior

Considerando-se a força do impulso sexual no comportamento psicológico do homem, as disjunções orgânicas, a configuração anatômica e o temperamento emocional tornam-se de valor preponderante na vida, no inter-relacionamento pessoal. O conceito de que o homem é um animal sexual peca pelo exagero. A necessidade de amor lhe é superior ao instinto. Por falta de uma equilibrada compreensão da afetividade, deriva para as falazes sensações do desejo, em detrimento das compensações da emoção.
A falta de esclarecimento, no passado, em torno das funções do sexo, desnaturaram-no. A denominada revolução sexual, abriu espaço para a promiscuidade para os excessivos mitos do prazer, com a consequente desvalorização da pessoa, que se tornou objeto. A consciência deve dirigir a conduta sexual de cada indivíduo, que lhe assumirá as consequências naturais.
O uso indevido de qualquer função produz distúrbios, que somente a educação do hábito consegue harmonizar.
A vida saudável na área do sexo decorre da educação mental, da canalização correta das energias, da ação física, pelo trabalho, pelos desportos, pelas conversações edificantes que proporcionam resistência contra os derivativos, auxiliando o indivíduo na eleição de atitudes que proporcionam bem-estar onde quer que se encontre.
Toda frustração decorre do querer e não poder realizar, e dão nascimento ao conflito. A liberação das distonias sexuais mais perturba o ser, por desrespeito e desprezo de si mesmo e, por extensão, aos outros.
Sob conflito psicológico, o portador do problema sexual não se aceita, fugindo para outros comportamentos dissimuladores; ou quando se conscientiza e resolve vivê-lo, assume feição chocante, agressiva, como uma forma de enfrentar os demais, demonstrando que não digeriu o problema nem o assimilou. Toda exibição oculta um conflito de timidez ou inconformação, de carência ou incapacidade. Não basta satisfazer o sexo - toda fome e sede, de momento saciadas, retornam, em ocasião própria - mas, harmonizar-se emocionalmente, vivendo em paz de consciência, embora com alguma fome perfeitamente suportável, em vez do constante conflito da insatisfação decorrente da imaginação fértil.. ninguém se sente pleno, no mundo, acreditando-se haver logrado tudo o quanto desejava.
São dificuldades e, como tais, merecem consideração, tempo e ação especializada. Porque inseguros, são desconfiados, ciumentos, por consequência depressivos ou capazes de inesperadas irrupções de agressividade.
Quando a característica de doar-se, e não exigir, descomprometido com o dever de retribuição, quando esta ausente, o amor é uma palavra, não o real sentimento que ele representa. Para uma nova conduta a psicologia profunda se torna o estudo de uma nova linguagem libertadora. A palavra é o símbolo que veste a ideia; por sua vez formulação de pensamento, que se torna memória acumulada e retorna quando se deseja vestí-lo.
Quando alguém se identifica com a pessoa que supõe amar, está apenas realizando um ato de prolongamento de si mesmo, portanto, amando-se, e não à outra pessoa.
Graças ao autoconhecimento, ele adquire confiança, e seus conflitos cedem lugar ao amor. O amor porém, entre duas ou mais pessoas, somente será pleno se elas estiverem no mesmo nível. A solução para os relacionamentos perturbadores não é a separação. Só a adoção do amor com toda a sua estrutura renovadora, saudável consegue o êxito almejado, pois o problema não é a relação em sí, mas seu estado íntimo.
Com o acúmulo de valores transitórios de um lado do inconsciente, e do outro o mecanismo da Vida a impulsioná-lo para o progresso, o resultado é uma mente confusa, buscando claridade; são problemas psicológicos aguardando solução.
Para que se mantenha o propósito de entendimento de si mesmo e da Vida, faz-se necessário um percebimento integral de cada fato, sem julgamento, sem compaixão, sem acusação. Examiná-lo com imparcialidade. O entendimento de si mesmo exige uma energia permanente.
Todos os problemas existentes no homem dele mesmo procedem.
Tentativas de manter os propósitos do autoconhecimento muitas vezes falham, pela falta de perseverança, pelo desânimo diante das dificuldades do começo da empresa e pelo desinteresse de libertar-se dos conflitos. O homem se queixa que o autoconhecimento exige demais. A manutenção dos conflitos consome muito mais.
A incerteza, no amadurecimento, é indispensável, pois que ela fomenta o crescimento, o progresso, significando insatisfação pelo que já conseguiu.
É necessário que o homem aprenda a viver com sua solidão, sem ninguém a quem submeter ou a quem se submeter, liberando-se da consciência de culpa que lhe vem do passado.
A resolução de ser feliz rompe as amarras de um carma negativo. Um resignação dinâmica ante o infortúnio - a naturalidade para enfrentar o insucesso - realiza a primeira fase do estágio feliz. É no mundo íntimo que se encontram os valores da plenitude.
Idear a felicidade sem apego e insistir para conseguí-la; trabalhar as aspirações íntimas, harmonizando-as como os limites do equilíbrio; digerir as ocorrências desagradáveis como parte do processo; manter-se vigilante, sem tensões nem receios, e se dará o amadurecimento psicológico, liberativo dos carmas do insucesso, abrindo espaço para o autoencontro, a paz plenificadora.

O Homem Perante a Consciência

O nascimento da consciência se opera mediante a conjunção dos contrários, em todo um trabalho de individuação. O homem deve adquirir conhecimento para elevar-se do ser bruto, e não lhe bastará conhecer, mas também viver a experiência de ser o objeto conhecido. Indispensável, nesse jogo de conhecer sendo conhecido, que não se crie uma dependência em relação à pessoa que conhece.

Encontrando o sofrimento o homem tem o dever de identificar as suas causas. Egoísmo, apego, imaturidade psicológica, que apresentam-se em destaque o medo, o ciúme, a ira. Devem ser tratadas com carinho, porém com disciplina.
Impõe-se o trabalho de condicionar a mente à necessidade de harmonia, recorrendo à meditação em torno das finalidades altruísticas da vida, disciplinando a vontade, exercitando a tranquilidade diante dos acontecimentos que não podem ser evitados. Enfrentar, portanto, o sofrimento, sem válvulas escapistas, é uma atitude saudável. Também resulta de uma disposição consciente para o homem enfrentar-se desnudado. O sofrimento faz parte do mecanismo de evolução na Terra. A superação do sofrimento é, sem dúvida, o grave desafio da existência humana, a que todos cumpre conseguir.

A coragem é fator decisivo, e para hauri-la, basta o interesse consciente e duradouro em favor da aquisição da felicidade. A ausência de aspirações nobres resulta da morte de ideais, provocada pela indiferença da vida.

Fases da Terapia Liberativa:
a) Considerar todos os indivíduos como dignos de serem amados e tomar por modelo alguém que o ama e se lhe dedica, por isto mesmo credor de receber todo o afeto.
O ato de ver bem as demais pessoas torna-se um hábito terapêutico.

b) Identificar e estimular traços de bondade do caráter alheio.
Em todo sentimento existem terras férteis para a bondade. A maldade revela pessoas que necessitam de ajuda, em vez de reproche.

c) Aplicar a compaixão quando agradido.
A compaixão dinâmica é aquela que vai além da piedade, buscando ajudar o infrator.

d) O amor deve ser uma constante na existência do homem.
É o antidoto mais eficaz contra quaisquer males. Age nas causas. Puro expressa, ao lado da sabedoria, a mais relevante conquista humana.

Meditação e ação. O amadurecimento resulta de uma disposição consciente para meditar, evitando o emprego de largos períodos que se transformam em ato constrangedor e aborrecido. Através de uma concentração analítica, o neófito examina as suas carências e problemas, os seus defeitos e as soluções que poderá dispor para aplicar-se. Estudando um problema de cada vez, surge a clara solução com proposta liberativa que deve ser aplicada sem pressa, com naturalidade.
Passando por regular período de alguns anos, por exemplo, a avaliação patenteará os resultados. Quais as conquistas obtidas? De que se libertou? Quantas aquisições de instrumentação para o equilíbrio? Estas questões se revestem de magna significação, por atestarem o progresso emocional logrado, dispondo a mais amplos experimentos.
A meditação, portanto, não deve ser um imposto, porém um prazer conquistado. A meditação abre lugar à ação. A ação consolida as disposições comportamentais do indivíduo, ora impregnado pelo idealismo de crescimento emocional. A ação é o coroamento das disposições íntimas, a materialização do pensamento nas expressões da forma. O ato de meditar deve ser sucedido pela experiência do viver e agir.
Essa transformação processa-se lentamente, e ele se dá conta só após vencidas as etapas da incerteza e do treinamento. Assim, o importante e essencial é dominar a mente, adquirindo o hábito de ser bom.

O Futuro do Homem

Numa análise profunda, o homem teme a morte porque receia a vida. Para fugir, mergulha na embriaguez dos sentidos consumidores e das emoções perturbadoras.
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Wagner 18/03/2021

Busca da integralidade
Esta Obra, apesar de conter conceitos difíceis, não deve ser descartada. Uma segunda, terceira ou mais vezes pode ser adotada a leitura, ou até fazer parte da cabeceira, para fixar as ideias, conceitos e advertências inquestionáveis que a Autora nos presenteia.
Muitas páginas de luz e emoção foram para mim inesquecíveis...
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brunogama 21/01/2022

Leitura bem técnica
Segundo livro lido da série psicológica de Joanna de Ângelis. Leitura de reconhecimento. Tive que recorrer a vídeo elucidativo no YouTube para auxiliar na compreensão dos textos. Decidi por refazer a leitura/estudo desse livro e de ?Jesus e a Atualidade? antes de retomar a leitura de novos livros da série. Imperioso ler novamente, a fim de tentar absorver um pouco mais.
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Patricia 03/12/2022

Reflexões profundas
Não surpreende, já que sendo da Joanna não se poderia esperar nada diferente, mas trás convites ao autoconhecimento e reflexões sobre a evolução certa que nos espera um dia de cada vez. Leitura indispensável para qualquer um que queira acelerar seu auto desenvolvimento de forma disruptiva e profunda.
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Vivi.Montarde 23/11/2018

Autoconhecimento para o progresso pessoal e social

Trata-se de um livro para quem já tem algum conhecimento prévio da doutrina espírita. Iniciantes terão dificuldades porque apesar de trazer apontamentos bem relevantes e muitas questões para refletir não há exemplos e a autora não se aprofunda. Aliás, achei o livro bem objetivo, poderia ter sido mais explicativo. É um livro para ser lido sem pressa, para relacionar cada trecho que for lendo com suas próprias experiências, com o que aprendeu ao longo da vida, e assim você vai criando seus próprios exemplos e aprendendo ainda mais. Porque se tem algo para ser falado desse livro é o aprendizado, ele é repleto de lições que nos levam a refletir e que contribuem para nosso amadurecimento.

O livro foca bastante na importância do autoconhecimento. Ressalta que o homem não se conhece, ele camufla os sentimentos enquanto persegue metas exteriores. E é preciso conhecer-se, uma vez que o autoconhecimento leva ao amadurecimento psicológico, o qual cria a resistência necessária para suportar as vicissitudes da vida. Porém isso não é fácil, é preciso coragem para decifrar-se porque o autodescobrimento é doloroso. Precisamos ter em mente a recompensa e que há ocasião para semear e outra para colher. Não se pode temer o atraso ou o resultado que não é do nosso agrado. A perseverança deve ser conservada com entusiasmo. Quando conquistamos esse autoconhecimento e amadurecimento, adquirimos maior discernimento entre certo e errado e a segurança emocional para não se deixar abater nas dificuldades e para domar nossas más inclinações, e a vida se transforma em uma existência útil para o meio social, uma vez que o homem não se contenta mais com o prazer pessoal e egoísta.
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jumorgensten 22/03/2019

O Homem Integral é o segundo livro da série psicológica de Divaldo Pereira Franco com Joanna de Ângelis.

Nesta obra é comentado sobre as questões humanas sempre fazendo o contraponto entre o homem terreno e o consciente.

São 9 capítulos: Fatores de Perturbação; Estranhos Rumos, Seguros Roteiros; A Busca da Realidade; O Homem Em Busca do Êxito; Doenças Contemporâneas; Maturidade Psicológica; Plenificação Interior; O Homem Perante a Consciência e o Futuro do Homem.

Dentro desses assuntos, são abordados outros subtítulos como ansiedade, fobia social, autodescobrimento, inseguranças e crises, o problema do espaço, leis cármicas e felicidade, meditação e ação, a reencarnação, entre outros.

É uma obra com menos de 200 páginas, a leitura é fluída e o texto é fácil compressão. Porém, é tão reflexivo que pausas são necessárias, quando você vê está viajando para dentro de si tentando descobrir se já acordou naquele assunto ou não.

Superficialmente o livro é bem "simples assim", porém, o conteúdo é absurdamente profundo. Se você não quer olhar para dentro de si, fuja dessa leitura.

site: http://hidratarvicia.com.br/2019/03/22/o-homem-integral-divaldo-pereira-franco/
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Lara 15/04/2022

Leitura edificante que aborda espiritismo e psicologia jungiana, recomendo a leitura, pode ser lido fragmentando os capítulos.
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