Biia Rozante | @atitudeliteraria 21/04/2016Leve e FluidoEm uma palavra, Surpresa. Esta é meu primeiro contato com a escrita da autora e fui verdadeiramente surpreendida por seu poder de nos envolver e criar um mistério capaz de nos deixar na dúvida sobre quem é o verdadeiro vilão e mocinho da trama. No inicio da leitura ainda cheguei a pensar, lá vamos nós novamente, embarcar em um clichê não que isso seja, ruim. Na verdade eu amo clichês -, só que não. A autora com um toque sábio conseguiu reverter toda a situação e nos mostrar, que até o clichê pode sim ser original e surpreendente.
Com uma pegada erótica, muita sensualidade e sedução, O BEIJO DO BILIONÁRIO, torna-se uma leitura agradável e rápida. Com um enredo envolvente, um mistério viciante, um casal com muita química e um final que apesar de satisfatório deixa um gostinho de quero mais e um gancho para o segundo volume da série, o livro torna-se sim, uma boa pedida para os amantes do gênero.
Adam, me conquistou. Com um humor ácido, arrogante e cheio de si, ele acaba nos cativando ao longo das páginas por mostrar sua generosidade e doçura. O que mais me cativou nele, foi que mesmo diante da perda, passando por um momento de sofrimento, ele não perdeu seu riso ou brincadeiras. Ele não é um personagem amargurado, cheio de traumas, muito pelo contrário, ele quer é viver e se divertir mais e mais.
Amy é uma mulher brilhante. Inteligente, determinada, guerreira e linda, não é do tipo que abaixa a cabeça, ou recua diante do primeiro obstáculo. Um tanto quanto frigida, Amy nunca foi capaz de atingir um orgasmo, nem quando se tocava (Não condeno, muitas mulheres nunca conseguiram verdadeiramente, mesmo se tocando. Não saber se dar prazer não deve ser motivo de condenação, e sim um belo impulso para que percam essa vergonha e medo e saiam por ai buscando conhecer o próprio corpo e como realizar a masturbação sem que a mesma seja, um tabu).
(...) Eu queria que tudo o que aconteceu comigo se tornasse um aprendizado, mas o meu passado é visto como um rótulo, nada mais.
Adam e Amy se conhecem durante o trabalho. Adam é um dos donos da empresa que tem interesse de comprar, a empresa em que Amy trabalha, e ela tem a missão de viajar até a sede da mesma, para analisar o contrato e se assegurar de que a venda é segura e uma boa opção. A atração entre eles é carnal, a primeiro momento é apenas uma necessidade física, afinal de contas, Adam é um mulherengo avesso a relacionamentos. Só que após ter Amy em seus braços, a história começa a mudar... Já Amy se vê presa em meio a uma dúvida quando escuta uma conversa, o que pode mudar todo o rumo da negociação, e em paralelo a tudo isso o inesperado acontece... Um mistério começa a pairar no ar e Amy se vê presa no meio do olho do furacão, sem saber se escuta seu coração ou a razão...
(...) Eu gostei de sua comparação, ele e eu somos como água e vinho. Eu sou a representação perfeita de água, simples e sem gosto e ele é fino e elegante como um bom vinho.
Talvez por ser uma leitura realmente rápida, a autora tenha pecado em alguns momentos deixando algumas cenas superficiais demais, em determinados momentos fiquei com a sensação de que faltava algo a mais. Assim como em outros eu senti que ela exagerou na dose. Não que isso tenha de alguma forma, tenha interferido na beleza da leitura. De modo geral a obra realmente vale a pena e eu recomendo.
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