O papel de parede amarelo

O papel de parede amarelo Charlotte Perkins Gilman




Resenhas - O Papel De Parede Amarelo


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vick 11/12/2018

Fiquei com medo!
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Lua 08/01/2019

Pesado
Fiquei arrepiada com as cenas descritas, e em alguns momentos me identifiquei com a personagem oprimida e controlada rigorosamente.
Pra um conto de 6000 páginas, achei incrível como a autora me balançou, já pretendo reler porque ainda sinto que no balanço algumas coisas caíram, mas achei demais!
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Fernando Lafaiete 15/01/2019

O Papel de Parede Amarelo: O feminismo assombroso de Charlotte Perkins Gilman.
******************************NÃO contém spoiler******************************

O Papel de Parede Amarelo, o conto escrito por Charlotte Perkins Gilman e lançado no final do século XIX é de fato um conto feminista? Para muitos, não passa de um conto de horror mal interpretado. Mas para os mais esclarecidos, ele é sim um conto feminista que critica da maneira mais brutal possível o machismo da época em que foi escrito. Não tem como ler este conto e não perceber toda a angústia da personagem e da autora, e a necessidade de Gilman em gritar para o mundo o seu desesperado diante de uma sociedade que impunha as mulheres comportamentos que as asfixiava e as escravizava, colocando-as a margem de atitudes enlouquecedoras.

Assim como Jane Austen, Gilman escreveu romances, ensaios e contos que tinham como objetivo criticar o comportamento imposto as mulheres. E sim, Jane Austen foi uma das percursoras do feminismo. Mas isso deixarei para explorar melhor em uma possível resenha de alguma obra sua. O importante agora é entendermos que encarar o famoso conto de Charlotte Perkins Gilman apenas como um conto de horror, não passa apenas de um ato claro de revolta e uma tentativa improlífica de indeferir sua importância.

O conto traz a situação de uma mulher que se vê aprisionada pelo próprio marido que a tranca em um quarto com a justificativa de que ela estaria sofrendo de crises nervosas. Sendo médico, ele possuiria conhecimentos que justificariam tranquilamente esta infame atitude. Ela sendo mulher, não poderia reclamar e nem mesmo se opor a isso. Trancafiada, passa a ser assombrada pelo papel de parede de cor amarela que enfeita o quarto. Passa a ter alucinações e acredita que há mulheres aprisionadas na parede. O final do conto é chocante!

Diversas interpretações podem ser feitas. A metáfora utilizada pela autora e o desenvolvimento do conto são espetaculares. Alguns momentos nos deixam confusos, mas outros deixam claro a intenção da autora e todo o significado metafórico da obra.

Foi um conto esquisito. Li três vezes; as três vezes de maneira seguida. Queria entender a obra o melhor que eu conseguisse. Ao terminar a leitura, iniciei o meu processo de pesquisa no desespero de validar minhas percepções sobre o que havia lido. Fiquei impressionado com a força da obra e agora entendo o porquê dele ser considerado um dos textos mais importantes já escrito quando o assunto é feminismo.
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Tamiris 15/01/2019minha estante
Gostei muito da sua resenha!
Esse conto tem uma importância tão grande! Eu o li recentemente e fiquei impressionada com a força dessa obra. A personagem manifesta desespero e angústia enormes, porém invisíveis ao marido (e até mesmo às outras pessoas). Podemos ver o machismo, muito presente nesse conto, quando o marido toma as decisões acerca do que ELA sente sem ao menos consultá-la (apenas para citar um exemplo, porque podemos perceber isso em vários momentos). Ademais, o tempo todo é exposto para a personagem que tudo o que está sendo feito (a mudança, o afastamento e, pasmem, o sofrimento do próprio marido) é por causa dela. No entanto, em nenhum momento, é levada em conta a opinião da mulher que sofre todas as aflições de uma doença mental. Os outros, principalmente o marido (médico, possuidor do conhecimento), tentam "aliviar" essa condição ao dizer que ela "não está doente" e que é algo passageiro, além de acharem que a personagem não está se esforçando o suficiente para melhorar, um julgamento muito comum para desordens da saúde mental.
As alucinações e a construção de um delírio (no meu entendimento, porque não consegui conversar com alguém da área da saúde mental sobre) são extremamente fortes e contribuem para o peso do conto. É uma obra que aborda um tema muito real e muito possível de ocorrer com várias mulheres.


Fernando Lafaiete 15/01/2019minha estante
Agradeço pelo comentário e fico feliz de saber que gostou da resenha. Eu também fiquei impressionado com tudo que li. O marido querendo saber mais do que a própria esposa sobre o que ela estaria ou não sentindo e se estaria ou não melhorando foi um completo absurdo. É revoltante perceber até que ponto o machismo e a ignorância conseguem chegar.


Cárita.Cibele 03/02/2019minha estante
Muito boa resenha. Acabei de ler a obra e também senti que deveria pesquisar mais sobre. Li por indicação de uma amiga e sem muita expectativa, mas foi uma leitura impressionante. A dinâmica da escrita da autora é mágica, em poucas palavras ela cria muitas sensações. Já quero ler outros livros dela.


Fernando Lafaiete 03/02/2019minha estante
Que bom que gostou da resenha Cárita. Também quero ler outras obras da autora. Muito em breve lerei o Terra das Mulheres... espero que seja tão bom quanto ou até melhor.




Bernardo Brum 23/01/2019

Dos melhores contos de terror já escritos. Como Poe, Perkins soube relacionar em sua narrativa que imita um diário o relacionamento entre elementos extraordinários e mentes perturbadas, retratando de maneira perturbadora os malefícios do poder estabelecidos de maneira hierárquica entre os gêneros. O ápice que suspende a barreira entre realidade e alucinação está entre os momentos mais sombrios e assustadores da literatura.
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Mariana Dal Chico 24/01/2019

“O papel de parede amarelo” de Charlotte Perkins Gilman, foi publicado em 1892 e entrou para categoria contos de terror, mas ele vai muito além disso, a autora “confronta diretamente a política sexual das relações homem-mulher, marido-esposa” - Elaine R. Hedges.
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A minha edição é da editora José Olympio e conta com a apresentação de Marcia Tiburi, Posfácio de Elaine R. Hedges e Notas.
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A história é narrada com precisão, poucas palavras bem escolhidas que causam o impacto desejado no leitor: o horror crescente acompanhado de angústia e indignação em certos momentos.
A personagem é incrivelmente complexa, a autora conseguiu com maestria e economia de palavras trazer todo sentimento de desespero por estar se perdendo a sanidade, com a esperança de que se alguém a lesse e compreendesse, poderia realmente ajudá-la.
Tenho para mim que ela sofria de depressão pós-parto, mas os médicos - marido e irmão -, detentores do conhecimento, alegaram que não era nada, que descanso, ar puro e nada de escrita fariam com que essa fase passasse em breve.
Em vez de receber estímulo intelectual, nossa protagonista é tratada como se fosse uma criança, um tanto mimada, que precisa fazer esforço para melhorar “por amor ao marido”. -
Pausa para “por amor AO MARIDO”. Uma frase que parece despretenciosa, pode passar batido, mas carrega ANOS de repressão feminina. E infelizmente, é algo ainda presente em nossa sociedade, muitas vezes usado para coagir as mulheres, a frase vem disfarçada como “prova de amor”.
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Voltando ao conto, o papel de parede amarelo ao longo do conto ganha proporções alarmantes, ele é o retrato não apenas do momento em que a protagonista se encontra, mas também da sociedade e realidade de todas as mulheres de sua época. E aqui podemos sair da interpretação literal de terror fantástico e abrir para a metáfora e crítica social.
O final do conto para mim foi devastador.
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Ainda fico maravilhada com a genialidade de alguns escritorxs para tratar de temas tão complexos em pouquíssimas palavras.
As outras obras da autora já foram para lista de desejados!
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Instagram @maridalchico

site: https://www.instagram.com/p/BtBS5A6gx73/
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MatthewsVianna 31/01/2019

Uma leitura agoniante, onde, junto da autora, perdemos o controle do que é real e nos afundamos em devaneios que nos prendem ao papel de parede amarelo desbotado e seus padrões inconstantes e enlouquecedores.
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Carol1984 05/02/2019

O papel de parede amarelo
Tão atual quanto se tivesse sido escrito no século XXI, o livro de Gilman aborda questões ainda deveras presentes em nosso cotidiano e muitas vezes deixadas de lado.
A autora deixa lacunas (propositais, acredito eu) ao longo da história, nos fazendo refletir sobre e, assim, permitindo que nós mesmos as preenchamos de acordo com experiências e pensamentos, nos tornando mais parte daquilo que acontece no livro.
Livro curto, genial e que fomenta o questionamento sobre o papel da mulher na sociedade, sobre machismo, a importância da discussão sobre saúde mental e o que mais sua mente conseguir encontrar nessa história fascinante.
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Ninha 17/02/2019

Ótimo
Leitura atualissima e sufocante, papel de parede merece todos os louros que tem, escrita direta e sincera, nos leva a crer e temer.
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mug 08/04/2019

Loucura
História muito doida. No meu entendimento uma mulher é mantida trancada num quarto e vai enlouquecendo a medida que interage com o papel de parede. Acho que vale a leitura, embora a história fique boa mesmo, na parte final.
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Bruna 10/05/2019

Um horror muito além do clássico
A doença dos nervos e a histeria, eram duas doenças populares nos séculos 18/19, que eram atribuídas ao sexo feminino. Muitas mulheres, que na verdade sofriam opressões sociais/familiares, eram tachadas como doentes(com uma dessas doenças), para esconder suas reais inquietações e desconfortos.Além de serem mais fáceis, nestas condições, de serem manipuladas pelos homens.
Neste livro curto, porém cheio de significados, encontramos a personagem principal e também narradora de sua própria história, nos conduzindo ao sufocante papel que ela desempenha na sociedade e consequentemente, em seu casamento.

"Por vezes imagino que, dada a minha condição, se tivesse menos contrariedades e mais convívio e estímulo..." *

Acompanhamos todas as proibições que lhes são impostas por seu marido e familiares, além de sua crescente paranoia-no livro retratada pela obsessão que ela desenvolve pelo papel de parede amarelo do seu quarto-causada pelo confinamento e a proibição de fazer qualquer atividade que seu marido julga desnecessária ou de menor importância, como seu gosto pela escrita.
"Aí vem o John, e eu tenho que esconder isto-ele detesta que eu escreva uma palavra que seja."

Por muito tempo, este livro foi objeto de roteiros de filmes de terror, mas quando ele de fato retrata a história de "terror" vivido por muitas mulheres daquela época que viviam a sombra do machismo, com todas as imposições que lhes sufocavam e alienavam de seus desejos. Deixando a margem da sociedade mulheres que desejavam outras formas de viverem suas vidas, além da de ser uma dona de casa exemplar ou/e esposas perfeitas.

"Ela é uma dona de casa perfeita e entusiasmada, e não deseja outra profissão melhor. Acredito, plenamente, que pensa que foi a escrita que me fez ficar doente!"

A medida que vai avançando na leitura, várias partes vão nos mostrando o quanto isso é maléfico para a saúde emocional da personagem e, o quanto na verdade é isso que vai agravando o seu estado clinico.

"Agora passo muito tempo deitada.O John diz que devo dormir muito. De fato, ele pôs-me neste hábito , obrigando a que me deitasse..."

Um outro ponto a ser levantado é o chamado "sexismo benevolente", que encontramos neste livro. Por vezes, a personagem principal tem consciência do quanto o tratamento imposto por seu marido, também médico, tem o efeito contrário ao de sua "cura". Mas ela se culpa por ter este tipo de pensamento, já que julga que todas as imposições e regras do marido ,na verdade, são atos de benevolência dele para com ela e acaba por muitas vezes, a não contestá-lo e obedece-lo, mesmo contra seu real desejo.

"Ele é muito cuidadoso e terno, não me deixa dar um passo sem que eu siga uma direção específica. Tenho um horário previamente estabelecido para cada hora do dia. Ele tem imensos cuidados comigo, assim, sinto-me basicamente uma ingrata por não valoriza-lo ainda mais"

Este tipo de comportamento é como disse acima, o que a psicologia social chama de "sexismo benevolente". Que seria uma avaliação feita por um gênero (no caso o masculino), a outro gênero (no caso o feminino), que pode vim a parecer como algo subjetivamente positivo (isso para a pessoa que está avaliando-masculino).Quando na verdade, é prejudicial a quem é alvo dela . No caso do livro, seria a ideia de que as mulheres precisam ser cuidadas pelos homens, porque elas são frágeis e ingenuas para saberem distinguir o "bem do mal" e o "ruim do bom".
O desfecho deste enredo não chega a ser uma grande novidade ao leitor, mas não deixa de ter seu status perturbador,ainda mais sabendo que poderia ter sido evitado.
Um livro para ser ler mais de uma vez e, a cada leitura se surpreender com algum elemento da narrativa que se deixou passar na anterior.

"Se ao menos esse padrão exterior se conseguisse separar do interior!"



*Não coloquei as páginas dos trechos que tirei para ilustrar a resenha, por ter lido no Kindle e por consequência, ter a numeração diferente da impressa.
*A teoria do sexismo benevolente (sexismo ambivalente), foi desenvolvida em grande parte pelos psicólogos sociais,Peter Glick e Susan Fiske.



site: https://link.medium.com/hHwkBvj3ZY
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Mrs. Helena Hawthorn 15/05/2019

Brilhante
Apenas uma coisa: mulheres, nunca fiquem presas no papel de parede, não deixem seus maridos a controlarem, arrebentem o papel de parede e sejam livres :)

(quem leu entenderá)

Fenomenal! Excelente conto! Super recomendo! Aqui vemos a história de uma mulher ficando maluca porque ela não pode fazer absolutamente nada sem que o marido a permita. Ela está doente, mas seu marido, John, insiste em dizer que está tudo bem e que seu problema é na verdade meros "desejos" ou "luxos" pessoais. Ela não pode escrever, não pode comer o que quer e nem sair de casa de dia sem que o marido concorde. Ela dorme num quarto muito esquisito com um papel de parede amarelo, e toda noite ela percebe que ele mostra a forma de uma mulher. Não seria essa mulher talvez ela mesma "aprisionada" pelo marido?

É um livro revoltante, mas com um final libertador! Eu amei :)
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Fefe 18/06/2019

"Rastejando"
Uma leitura de início não tão simples, mas com o passar do tempo se desenvolve numa velocidade incrível, e mostra-se um livro ótimo com excelentes e necessárias críticas a sociedade. Recomendo a todos. O final é simplesmente perfeito e cheio de significativos
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Emi 26/06/2019

Tão interessante quanto a obra é a trajetória da autora, portando amei a edição que trouxe sobre a vida dela. Afinal ambas se complementam.
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Nikki Vargas 27/06/2019

Um livro tocante, todas as mulheres deveriam ler!
Um livro pequeno, porém de grande peso. Somos apresentada a protagonista, que logo após um ataque de nervos se vê em uma casa de campo alugada junto do seu marido, para se "recuperar" no decorrer de três meses. Onde seus desejos e motivações não são levados em consideração jamais, cabendo ao marido a decisão de tudo em sua vida.

O principal destaque vai para o dito papel de parede, do quarto infantil onde a mesma se encontra de cor amarela que tanto incomoda como deslumbra a nossa heroína. Assim por meio da narrativa passamos a conhecer e a admirar os esforços que a protagonista faz para se manter sã. Mediante a um marido que a todo momento tenta infundir a culpa por meio de violência emocional e intelectual. Embora no inicio da narrativa o mesmo seja definido como um homem amável e cheio de boas intenções.

O livro mostra uma clara evidência de modos relacionados ao século XIX, onde nos é mostrado as aflições daquele contexto da época. Claramente acusações feitas pela autora as pressões sociais e incapacidades da época que eram impostas as mulheres e os sofrimentos que tinham de suportar. Mostrando o fato de que eram tratadas como crianças ou brinquedos fazendo com que perdessem a confiança em si mesmas.

O livro ainda pode ser considerado em alguns aspectos atual. Quantas mulheres ainda não estão presas em um papel de parede permitindo que suas vozes sejam caladas? Logo ao ler esse livro pude entender como a escritora faz um convite para que todas as mulheres não se prendam em um papel de parede. Um livro que comove quando mulheres se identificam em um relacionamento abusivo e que estão se perdendo de alguma forma.
Um livro que todas mulheres deveriam ler, além de ser percursor e clássico na literatura feminista.
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