O papel de parede amarelo

O papel de parede amarelo Charlotte Perkins Gilman




Resenhas - O Papel De Parede Amarelo


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Thaís Aguiar 30/08/2020

O papel de parede amarelo - Charlotte Perkins Gilman

Fui surpreendida positivamente com uma história que, de maneira muito breve, nos envolve num suspense psicológico no estilo Edgar Allan Poe, mas com uma temática que considero muito mais séria e atemporal: a política sexual das relações entre marido e esposa.

Neste conto, vamos conhecer a história de uma mulher que, supostamente, sofre de um problema psicológico que o próprio marido, médico, caracteriza como sendo um tipo de histeria, uma doença dos nervos, porém nada muito grave. Como médico, o marido da personagem representa na história a razão científica, a praticidade e a verdade imposta para ela. Ele a recomenda que os dois aluguem uma propriedade provisoriamente e passem uma temporada afastados, pois, segundo o marido, a esposa precisa de repouso absoluto.

Porém, entramos em contato com uma mulher que questiona a conduta de John, seu esposo, por sentir a vontade de trabalhar, ocupar o seu dia com atividades comuns e sentir-se útil para si e outros. O que vemos a partir daí, são as limitações que cercam essa personagem e a limitam em diversos aspectos na trama.
Ela fica confinada num quarto infantil que possui um papel de parede na cor amarela que a protagonista detesta assim que o olha. Considera a decoração como enjoativa e com o passar do tempo, tamanho o desgosto e impotência, torna-se obcecada por desvendar os desenhos do papel de parede, que a consome com angústia.

Pessoalmente, achei que esta história teve um impacto ainda maior para mim após a leitura de seu posfácio, escrito por Elaine R. Hedges, que nos explica como a vida pessoal da leitora foi a principal inspiração para a criação do livro. Elaine explica através de uma belíssima análise, como as entrelinhas dialogam com o leitor e até mesmo a estrutura do texto tem um propósito. O leitor passa a ter conhecimento do que motivou Charlotte a escrever O papel de parede amarelo, o que o conto buscou significar (que muitos críticos falharam em perceber) e de que forma a protagonista é um pouco de todas as mulheres que lutam por uma voz que as iguale aos homens.
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Aline Marques 27/01/2020

A violência como perspectiva [IG @ousejalivros]
Algemas, nem sempre, são feitas de aço. Por vezes, assumindo os formatos mais inesperados.


E se você é alguém com "uma ligeira propensão a histeria", todo o mundo ao seu redor pode se tornar uma prisão.
Foi assim com a esposa de John que, seguindo ordens médicas, buscou refúgio no campo, em uma grande e estranha casa colonial de cômodos incômodos, onde o quarto amplo e arejado, determinado pelo marido para uso do casal, era revestido com um feio papel de parede amarelo de padrões irregulares e exagerados. Padrões esses, capazes de confrontar segredos e libertar temores, ocupando a mente de quem sente intensamente.


É neste misto de sensações poéticas e pungentes, ornamentadas com o fantástico (pode chamar de bizarro também!), que Gilman tecerá sua autêntica narrativa. E ao expor o horror das relações entre homens e mulheres, marido e esposa, a autora desafirá o leitor a encarar a realidade imposta pelo patriarcado (ainda hoje), compreendendo a urgência e justiça presente na liberdade de ser considerada uma igual.


Um clássico, não apenas da literatura feminista, com um desfecho capaz de inúmeras interpretações, uma mais dolorosa do que a outra. Mas todas verdadeiras e inexoravelmente humanas. Conheça o papel e o questione.

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Clube #MulheresNoPapel ?
Tradução de Diogo Henriques
TW: relacionamento abusivo, depressão, tentativa de suicídio.
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Clarice 01/04/2021

No mínimo interessante
Busquei ler está obra sem nenhum texto de apoio, para buscar entender por mim mesma, com base apenas no texto.

É a primeira vista, um texto simples, mas profundo, um mergulho na mente de uma mulher depressiva, com certeza vou buscar mais informações sobre a obra e me aprofundar em toda a discussão.
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Jéssica Bruna 15/08/2022

Forte, marcante e necessário!
Um conto de leitura super rápida, mas ao mesmo tempo tão enriquecedor!
Publicado em 1892 conta a realidade de tantas mulheres e ainda se mostra tão atual.

Obrigada Gilman e todas as mulheres que lutaram antes de mim.
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RaquelC_Torres 17/06/2020

#MLI2020
- livro sobre transtorno mental;
- livro recomendado por um booktube.

considerações: é difícil escrever sobre esse livro. acredito que cada pessoa vai interpretar de uma forma e sentir algo diferente(como em todos os livros, óbvio), mas como ?o papel de parede amarelo? conta sobre uma mulher com transtorno mental, suponho que vai realmente mexer diferente com cada leitor.
o livro é bem curto e possui uma delicadeza e profundidade sem igual. além de ter metáforas muito intrigantes e complexas, trabalha também a questão do papel da mulher na sociedade do século XIX, e que até hoje é pauta de discussões feministas. vale muito a pena a experiência.
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Karina.Fernandes 06/11/2020

Quanto o isolamento pode ser prejudicial para a saúde mental
Aí aí como é triste ler texto sobre relacionamento abusivo, descaso com doenças psicologias e várias outras problemáticas que foi escrito a mais de 100 anos e ainda e tão atual.
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Emy 25/06/2020

"Toda mulher conhece o papel de parede amarelo e seu bizarro padrão. Muitas o rasgam e saem de dentro dele num ato de transgressão cujo preço é conhecido".
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vicqs 01/01/2021

Aprisionada
Foi assim que eu me senti lendo este livro, aprisionada, junto com a personagem! Que poder tem esse livro em poucas páginas, meus caros! Leitura rápida mas de um êxtase duradouro! Uma surpresa boa e inquietante!
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Fabricia 15/10/2021

O que foi isso?!!
Uma mulher que sofre de depressão pós parto. No qual o marido q é médico não da importacia , so deixa ela dentro de um quarto com um papel de parede horroroso
Onde o estado dela de depressão só piora. Esse conto traz uma história rápida mas ao msm tempo com muitas camadas.
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Vinicius383 16/07/2021

Não importa quando, mas leia antes de morrer!
Simplesmente um papel de parede amarelo que retrata a angústia, a impotência e a depressão em várias metáforas que nos faz pensar bastante e nos colocando no lugar dela, em como deve ter sido... leiam antes de morrer!!
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Patrick.Swayze 23/03/2023

Curto e profundo
Li esse livro hoje na sala de espera de um consultório médico em mais ou menos uma hora, mas mesmo nesse curto espaço de tempo a história trouxe uma perspectiva única da mulher no século 19 e o papel dela em todos os sentidos da vida, as referências e similes foram feitas de uma forma intrincada, mas ainda sim simples. É uma história forte e muito bem construída.
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gustavo244 01/01/2023

Tudo é inquietantemente amarelo
É uma história rápida de se ler mas ela te causa desespero, te trás agonia e o sensação de estar preso. É o segundo livro que li sobre a temática da saúde mental e a forma que as pessoas com transtornos e problemas mentais são tratadas é algo que me apavora, hoje em dia melhorou um pouco mas mesmo assim é algo assustador
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