Linhagens do Estado Absolutista

Linhagens do Estado Absolutista Perry Anderson




Resenhas - Linhagens do Estado Absolutista


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AndreoDm 19/09/2017

As Linhagens do Estado Absolutista, Inglaterra
Nasceu em 1938 Historiador e ensaísta político britânico, professor de História e Sociologia na Universidade da Califórnia em Los Angeles, Anderson foi editor da New Left Review (NLR), no início da obra o autor apresenta a dinastia normanda e a angevina que criaram o Estado Régio mais forte da Europa Ocidental tal monarquia medieval foi a que acabou produzindo o absolutismo mais breve e fraco da Europa segundo o autor. A monarquia inglesa poupou-se dos riscos de um governo unitário que os governantes feudais confrontaram na França. Na Itália ou na Alemanha. o autor também apresenta em sua obra o modo de organização daquela sociedade, dentro do sistema parcelar da soberania feudal, o poder monárquico situado além da suserania só se sustentava, em geral, no consentimento das assembléias excepcionais de vassalos, capazes de votar auxílios políticos ou econômicos, fora da hierarquia mediada das dependências pessoais. Com uma abordagem profunda sobre a criação do Parlamento inglês. Com a guerra dos Cem Anos e a guerra das Rosas, que o autor deixa explícito que foram acontecimento de grande importância para a formação do atual estado inglês, o autor explica detalhadamente a guerra das Rosas que foi uma disputa de nobres ingleses entre 1455 à 1487 com as principais casas de York e Lancaster, com o final da Guerra das Rosas e a unificação destas duas casas e a criação de uma nova dinastia dos Tudor, esta figura como a mais brilhante da história da realeza dos britânicos. Composta de seis soberanos consecutivos, pelo menos três deles estão entre as figuras mais famosas em história monárquica da Inglaterra e da Grã-Bretanha. Tudo começou quando Ricardo III, último rei Stuart, foi derrotado e morto por Henrique de Tudor, de origem galesa, na Batalha de Bosworth Field, Leicestershire (1485), que marcou o epílogo da Guerra das Rosas e, assim, abriu caminho para o início da Dinastia de Tudor, coroando-se como Henrique VII, seu filho como Henrique VIII e os três netos como Edward VI, Maria I e Isabel I, que governaram durante 118 anos. Durante este período, a Inglaterra desenvolveu-se como um dos mais significativos poderes coloniais europeus, expandindo seu domínio pela América e assumindo o controle da Irlanda. Teve um papel proeminente no Renascimento cultural da Europa, com nomes como William Shakespeare, Edmund Spenser e o Cardinal Wolsey. O autor evidencia no texto a criação das adoções de novos graus de nobreza dos quais eram, os Duques, Marqueses, Barões e viscondes, com isso podemos perceber que a dinastia Tudor foi um grande alívio para a Inglaterra da época. Henrique chegou ao poder numa época de grandes conflitos entre Inglaterra e França. Mas, mesmo assim, foi capaz de selar a paz entre as duas nações, conseguindo até mesmo que sua irmã se casasse com o rei francês Luis XII, Henrique VIII assumiu o trono inglês em 1509 e, no mesmo ano, casou-se com Catarina de Aragão, viúva de seu irmão Arthur. O autor evidencia que o último grande ato de Henrique VIII foi um ataque à França em 1543 que isso trouxe consequências para todo o destino da monarquia inglesa com a morte de Henrique se aproximando a Inglaterra também entrou em declínio mostrando-se como uma monarquia em crise pois recorreu a empréstimos compulsórios e à desvalorização da moeda que também começou a despencar. Em 1500, todos os pares do reino inglês portavam armas, já na época de Elizabeth, calculou-se que apenas metade da aristocracia tivesse alguma experiência de combate. Ao longo do reinado de Elizabeth I, diante do declínio do comércio inglês e do domínio marítimo espanhol, que impedia a expansão britânica, Elizabeth tomou medidas drásticas: patrocinou a pirataria semi-oficial dos corsários Francis Drake e John Hawkins, que passaram a lhe trazer o ouro capturado dos galeões espanhóis. Impulsionando dessa forma o desenvolvimento do comércio e da marinha, Elizabeth acirrou a rivalidade com a Espanha de Filipe 2º. “Em 1588, Elizabeth I era a senhora da marinha da mais poderosa que a Europa já vira.” A Armada sucumbiu ante as semicolubrinas inglesas e se perde em meio à névoa e à tempestade. A segurança insular estava garantida, e as fundações do futuro imperial, firmadas. Visto que a maioria das frotas inglesas durante todo o século XVI ainda se compunha de navios mercantes temporariamente convertidos para as batalhas, por meio da adição de canhões, e capazes de se reverterem de volta para as atividades comerciais. Com a morte de Elizabeth I, o trono passa para o filho de Maria, que se torna Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra, rei da Escócia, primo distante de Elizabeth. Jaime assumiu com o nome de Jaime I iniciando um período conturbado. A burguesia fortalecida com o grande desenvolvimento econômico, atingido durante a dinastia Tudor, passa a reivindicar direitos políticos e igualdade com a nobreza. Ao mesmo tempo, o processo de Cercamentos gerar uma massa de ex-camponeses miseráveis que sofreram como animais, concentrados nas grandes cidades, representando um forte elemento de tensão social e de oposição ao rei, Carlos I (1625-1648), filho de Jaime I, buscando reforçar o absolutismo, fixou novos impostos sem aprovação parlamentar. Com a chegada de Jaime I (1603 – 1625) – da dinastia Stuart – foram tomadas algumas medidas que prepararam o cenário revolucionário inglês. Primeiramente, ele deu continuidade a Lei dos Cercamentos. Segundo essa nova lei, as terras destinadas ao uso do campesinato foram confiscadas para a criação de ovelhas utilizadas na produção de lã para a indústria têxtil inglesa. Dessa maneira, as camadas populares inglesas já se colocaram contra o novo poder estabelecido. Em 1628, as despesas causadas pela guerra com a França obrigaram o rei a convocar o Parlamento hostil que lhe impôs a Petição dos Direitos. O controle da política financeira e da convocação do exército passaram a ser de competência do Parlamento, que seria convocado regularmente, com o adentrar de gerações o absolutismo inglês entrou em crise por causa dos particularismo aristocrático e do desespero dos clãs em sua periferia Sucedendo o governo de Jaime I, Carlos I (1625 – 1648) buscou ampliar os poderes da nobreza concedendo vantagens políticas e legais aos seguidores do catolicismo. A burguesia, de maioria protestante, viu nessa medida uma ameaça a seus interesses comerciais e, ao mesmo tempo, a possibilidade da ascensão de um governo centralizado de orientação católica. Ao fim de todo esse processo conflituoso e confuso, a Inglaterra se manteve monárquica, reestruturou sua economia, garantindo as condições que a fariam se tornar uma grande potência mundial nos séculos seguintes. De acordo com alguns estudiosos, foi a partir do processo revolucionário que a Inglaterra obteve condições de se tornar uma das mais influentes nações capitalistas do mundo, hoje podemos perceber o quão grande a Inglaterra tornou-se após passar por todos este problemas desde o início de sua formação como apenas um reinado até agora como monarquia governada pela rainha Elizabeth II da casa de Windsor.




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Hildeberto 29/06/2011

Abragente e bem escrito
Perry Anderson foi muito feliz ao escrever esse livro. Bastante abragente, aborda tanto a formação do Estado Absolutista de forma ampla como também de forma específica. Para isso ele aborda os desenvolvimentos particulares de diversos países da Europa Ocidental e Oriental. Mas além disso, ele faz uma comparação (em seus dois apêndices) sobre outras formas de organização políticas que, em comparação com a Europa, enriquecem o entendimento do fênomeno.

O livro é muito informativo e a leitura é agradável. Não se trata de uma obra fútil, seu carater é primordialmente academico. Portanto, seria mas indica a pessoas que estudem ou tenha interesse intelectual pela estruturas políticas do Antigo Regime e como ocorreu seu processo de formação.
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